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História Todos em Gintama Precisam de um Psicólogo. - Gênio Idiota.


Escrita por: LysRomero

Notas do Autor


Retornei!
Então amores, ontem não tivemos capítulo e eu sinto muito, mas não tive chance de postar
O motivo é justo e eu sei que todos vão compreender
No caso, ontem foi o funeral de um primo meu e eu simplesmente não tinha nem cabeça nem tempo para a fanfic
Mas retornei com só um dia de atraso e agora retornamos a nossa programação normal
Além! Esse capítulo se passa em algum momento entre o final da guerra e o início do anime, sim? Nesse intervalo de tempo em cada um dos Joui seguiu um caminho diferente

Capítulo 5 - Gênio Idiota.


Fanfic / Fanfiction Todos em Gintama Precisam de um Psicólogo. - Gênio Idiota.

Pode parecer estranho dizer isso, mas ele gostava de estar na frente daquele túmulo.

De verdade.

Estar na frente do túmulo de seu sensei era quase como estar em frente dele.

Para ser bem sincero, o terrorista sentia como se ele realmente estivesse ali, o olhando com olhos suaves e esperando as palavras que seu aluno diria.

Os conselhos que pediria.

Era reconfortante.

E ele nunca pensou que um "cemitério" poderia ser reconfortante.

Mas seu sensei tinha esse dom de fazer o pior local parecer um bom local.

Da mesma forma que, no meio de uma guerra, ele conseguiu fazer com que diversos órfãos pudessem se sentir em casa.

Era um dom, ele pensava.

Um dom que transpassava até mesmo a morte.

Que o fazia buscar conselhos ou simplesmente conforto no meio de um local abandonado e esquecido, afastado da cidade em que agora vivia.

Naquele túmulo sem corpo que ele e seus companheiros fizeram há tanto tempo.

O homem esfregou as mãos, para fazer uma prece e pedir algum conselho sobre como lidar com seus dois maiores amigos.

- O senhor pode me aconselhar sobre o que fazer com eles.

E depois, suspirou pesadamente.

- Ou pode simplesmente fazer com que um raio caía sobre cada um.

Cinco segundos depois ele chega ao veredicto.

- O raio parece mais eficiente no momento.

E ele quase podia sentir uma risada doce e grave no ar.

- Acontece, sensei, que eu tenho a séria impressão de que falhei como amigo.

Os dois idiotas falavam numa língua diferente da dele.

Agiam de acordo com algo que ele não compreendia totalmente, como se seguissem seu próprio coração.

- Mas se de fato eles seguem, seus corações estão podres.

De fato estavam, ao mesmo tempo que não estavam.

Ele entendia o idioma deles, ao mesmo tempo não entendia nada.

Como se eles usassem diversos dialetos diferentes e ele conhecesse alguns, mas desconhecesse todos os outros.

- É confuso, frustrante e eu realmente quero saber com quem eles aprenderam isso.

Dentre eles, ele era o mais inteligente. Um prodígio, sim? Algum tipo diferente de gênio idiota.

Mas como todo gênio, ele não era completamente capaz de entender o coração das pessoas. Ele copiava o que via por aí, como uma pessoa mais sentimental agiria.

Contudo, ele ainda era um gênio idiota.

Ele ainda agia mais pelo que havia em seu cérebro do que pelo que havia em seu coração.

- Me pergunto se isso me faz ainda mais estúpido do que eles.

Talvez sim, talvez não, ele não sabia dizer.

Não sabia nem se isso havia uma resposta real.

Mas, independente da forma como ele agia, apesar de ser mais razão do que emoção, ele realmente amava seus companheiros.

- Por mais que eles não gostem de quando os chamo de 'companheiro'.

E ele queria salvar a ambos, pois estavam caindo num buraco que não havia fim.

- Um deles está matando pessoas pelo mundo e o outro está morrendo dentro de si mesmo.

E ele era algo entre os dois, matava e morria constantemente.

Talvez isso realmente o fizesse mais idiota do que os dois.

- Todos somos grandes agora, mas por quê será que quando me olho no espelho vejo um menino? Por que quando penso neles vejo apenas dois pirralhos?.

Era entranho, era um homem, mas uma criança órfã ainda, tentando entender como o mundo funciononava e falhando miseravelmente.

- Quando nos encontrarmos novamente, como será?.

Quando, e não "se", pois eles definitivamente iriam trombar no caminho um do outro. E ele tinha a impressão de que não seria doce nem amigável, iriam parecer tudo, menos como velhos amigos, pessoas que cresceram e começaram a ver o mundo juntos.

- Mas também não seremos estranhos. Não dá mais pra fingir que não nos conhecemos.

Não dava para fingir algo assim quando se havia chorando, matado e sangrado ao lado uma pessoa.

- Sinceramente, acho que vamos tentar no matar.

- E o senhor nos mataria se nos visse assim.

E riu, e fingiu ser apenas uma risada idiota de um idiota, mas sua voz era rouca e dolorida, parecia carregada de palavras que ele não tinha dito e talvez devesse ter dito.

- Sensei, o senhor acha que se eu os chamar e depo...

Acorda, uma voz doída falou em sua mente, ele morreu e nesse túmulo nem corpo há. Não se iluda, garoto.

Sua voz morreu.

Ah é.

Ele morreu.

Ele vira com seus próprio olhos há alguns anos.

Verdade.

Que tolice, ficar falando asneiras para um montinho de terra e pedras.

Realmente, onde ele estava com a cabeça quando viajou até aqui.

Besteira, era apenas besteira.

- Que tolo sou eu.

E riu escandalosamente, para disfarçar a rouquidão e a dor.

Para fingir que seus olhos não estavam brilhantes de lágrimas.

Para fingir que seu peito não estava apertado, para fingir que ele não estava caindo em um buraco sem fim. Para fingir que estava tudo bem, que ele não estava pedindo socorro.

Para fingir que ele não era apenas um menina órfão e sozinho no mundo que o sufocava a cada dia.

Para fingir.

Como sempre, para fingir.

O homem se levantou, se curvou para a lápide, seus longos cabelos caindo como uma cascata, fazendo a reverência mais por hábito do que qualquer outra coisa.

- Adeus, sensei.

Seu coração doía tanto, céus.

Ele não sabia que algo não físico poderia doer tanto.

Era insuportável.

E quando ele saiu andando para longe daquele lugar, para beber e se esquecer e fingir mais um pouco, sentiu como se fossem olhos tristes em suas costas. Olhos como de um pai que quer ajudar, mas não sabe como.

Ou melhor, que não tem como.

Ele quer olhar para trás, mas não se permite.

Ele morreu, repetiu em sua mente.

Ele está morto.

Foi morto bem a sua frente anos atrás.

Ele morreu.

Está morto.

Ele só queria que não estivesse.

Queria olhar e ver longos cabelos claros, olhos doces de quem tem todas as respostas para todas as suas perguntas.

A solução que ele procurava.

Mas não havia isso.

- Ele morreu.


Notas Finais


Eu queria muito escrever algo sobre ele e a relação com o sensei, tipo, muuuito msm, já que no anime não foi lá muito explorado
E bem, Zura é o amorzinho do coração de quase todo o fã, queria escrever algo dele
Maaas é isso
Até sábado meus jovens!
(Acabei de perceber que eu esqueci de citar o Sakamoto)


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