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História Together - KageHina - Orquídeas


Escrita por: Kyara-_- e Shobiio

Notas do Autor


Obs: a partir daqui, a escrita começa a decair. Estou constantemente consertando os capítulos, então essa observação em breve sumirá desse capítulo e será transferido para o próximo.


Boa leitura!

Capítulo 7 - Orquídeas


Fanfic / Fanfiction Together - KageHina - Orquídeas


 Ainda processando sua conclusão anterior, permaneceu de braços cruzados enquanto encarava algum ponto do chão. 


Tobio saía aos poucos da cozinha após parecer satisfeito em relação a analisar as flores do cômodo. Indo para o quarto, Miwa o chamou com certa confusão estampada na voz. 


- Tobio, venha aqui. 


- Para quê? - Questionou em alto tom, mesmo que já se aproximando. Ao não receber a resposta, para na frente da mais velha. - O que é?


- Me mostra uma foto da pessoa. De quem dará as flores. 


O desgosto no rosto do mais novo passou a virar conformação. Ao parar para pensar, era compreensível a irmã querer ao menos saber quem é depois de toda ajuda que o deu. 


Mesmo assim, não cedeu.


 - Não tenho fotos dele. 


Miwa arregalou levemente os olhos ao ouvir o pronome masculino ser ditado mais uma vez. Teve satisfação ao ter certeza de que não era coisa de sua cabeça, mas ainda sim, era confuso.


"Ele nunca foi de se abrir pra mim.

Está falando como se eu já soubesse dessa informação, mas ele nunca nem demonstrou interesse por ninguém para sequer citar isso antes.

Ele não pode ser burro o suficiente para se expor sem querer dessa forma."

 

- Ele não tem foto de perfil? - Insistiu.


Tobio estreitou os olhos. Sabia que a irmã pediria por tal informação dali para frente se não fosse dada de imediato. 


"Estou sendo chato.

Ela já sabe de tudo aquilo, não custa mostrar ao menos uma foto."


Respirou fundo, pegando seu celular do bolso.


- Deve ter. - Respondeu. 


Acessou o perfil do contato do ruivo e, por um longo período, seus movimentos cessaram ao abrir a foto.


Havia a visto pouco tempo atrás, mas parecia que era a primeira vez.  


Nela, os olhos do ruivo estavam fechados devido ao grande sorriso que abria. 


Kageyama achava que era novamente a estranha sensação de melancolia o atingindo, mas nela parecia haver algo diferente. 


- Tobio! Me mostre! - Impaciente com a demora, aproximou-se do mais novo. 


Tobio deu o celular a irmã, tentando retirar a imagem do sorriso de Hinata de sua mente. 

 

- Ele é do seu time, certo? - Sua pergunta soava como uma afirmação. Miwa observava a foto sorridente, dando zoom no rosto do garoto.


- Como sabe? - Questionou. A irmã o olhou com a resposta prévia estampada em seu rosto.


- Tem vários motivos. - Afirmou, devolvendo o celular. - Eu lembro de você chamar alguém do seu time de "mexerica idiota", e não acho que teria mais alguém ruivo como esse aqui. - Apontou para a foto de perfil. - E, além disso, não te vejo dando tanta importância e querendo ficar perto de alguém que não tenha algo a ver com vôlei.


Kageyama calou-se e permaneceu de cabeça baixa, refletivo. 


"Dando tanta importância e querendo ficar perto...?"


(...)


Ao final do dia seguinte, Kageyama se apoiava nos joelhos, recuperando o fôlego ao final de uma partida de treino. Observou o relógio acima da porta do pequeno depósito da quadra.

Arregalou seus olhos, logo correndo aos seus tênis em um banco ao canto.


"Que merda! Aquela floricultura fecha em 10 minutos."


Seus pensamentos se dividiam entre deixar tudo aquilo para lá e dar seu jeito no dia seguinte, ou largar o treino e correr até o estabelecimento.


Não tinha tempo para se decidir e, além do mais, tudo apontava para uma única coisa.


"Permanecer aqui contraria todo aquele auto encorajamento de ontem. 

Faz todas as minhas pesquisas serem atoa e até a conversa com minha irmã ser mais inutilizada. 

Além disso, me faz um covarde. 

Estaria recuando de algo que faria várias coisas vantajosas não só para mim.

Fugindo denovo."


Tobio apertou os punhos, olhando com uma estranha valentia para o técnico.


- Treinador, eu vou sair mais cedo! - Anunciou em alto tom.

Tobio terminava de amarrar os sapatos enquando alertava Ukai. Agarrando sua bolsa de treino com certa pressa, saiu da quadra em uma caminhada ligeira.

 

- Kageyama, espere! - Ukai levantou a mão para frente, mas era tarde. O moreno já estava com ouvidos fora de alcance. - Pra onde ele tá indo com tanta pressa? 

 

- Primeiro Hinata, agora ele que está ficando estranho. - Tanaka cruzou os braços. - Melhor não deixar ele andar de bicicleta. 

 

(...)

 

Kageyama corria em direção à floricultura local que, por sorte, não era tão longe de sua escola.

 

Aumentava o passo enquanto observava os minutos passando nos relógios das lojas que passava em frente.


Ao fim da rua, avistou um chamativo estabelecimento. Era decorado com cores diversas e algumas belas flores ao contorno de uma extensa janela. 


Na porta da frente, Tobio conseguia ver um senhor parado o encarando com um leve sorriso.


Ao se aproximar, diminuiu o passo e se direcionou ao homem grisalho.

 


- Senhor! A loja ainda está aberta?? - Tobio se apoiou nos joelhos, recuperando o fôlego. Permanecia de cabeça erguida, olhando o idoso com expectativa.

 

- Estava fechando, mas pode entrar. - Deu passagem para o mais novo, guardando as diversas chaves no bolso. -  Vi sua corrida até aqui, deve ser para alguém importante. - Ele sorriu de olhos fechados. 


Kageyama se curvou minimamente, agradecendo pela empatia. Adentrando a loja decorada, observou as flores de diversos tons e cores.

 

Recolhia as mãos nas próprias costas, com receio de conferir alguma das plantas.


"Minha irmã falou que rosas são boas, mas eu não sei se Hinata iria gostar.

Não sei... isso soa errado."


O desconforto permanecia insistente ao ter deixado o treino para algo dispensável. A palavra "importância" continuava deixando-o uma pulga atrás da orelha.



- Quer alguma ajuda? - O senhor iniciou ao lado, analisando a expressão pensativa do mais alto.


 Kageyama o olhou. Sua boca se movia, mas palavras não saiam. 


Não sabia se queria a ajuda, mas também tinha de considerar que não queria dispensar a oportunidade que o senhor deu em abrir a loja apenas para si.


Antes que pudesse responder o mais velho, o grisalho iniciou algo que parecia um monólogo ao começo.


- Normalmente as pessoas gostam de presentar com flores características a beleza. Eu até entendo isso, mas têm outros fatores. - O senhor tocou com gentileza em algumas flores ao seu lado, as quais se alteravam entre brancas, rosas e lilás. - Essa aqui é a flor de ervilha doce, ela significa despedida. Eu, particularmente, não gostaria de recebé-la de alguém que amo. - Cruzou os braços, olhando o jovem novamente. - Estou disposto a ajudá-lo com seu objetivo. Diga-me o significado dessa pessoa, direi a flor com uma beleza equivalente. 


Kageyama entendia o raciocínio proposto, mas não achava que Hinata se importaria com significados. 

Ele é um idiota, não veria entrelinhas por trás de uma flor, Tobio insistia em pensar.

Mas, por algum motivo, queria que a flor que oferecesse tivesse o mais belo significado, mesmo que apenas ele saberia. 


- Essa pessoa é... - Ele parou para pensar, colocando os dedos no queixo - ...bem animada. Não para de falar um segundo, sua energia nunca acaba. Mas ela, ultimamente tem estado estranha e desanimada. Descobri que eu sou um problema pra ela, então eu queria tentar ser melhor. - Ele fitou o chão com melancolia. Arqueou uma das sobrancelhas, relembrando de suas falas com um sobressalto. 

 

- Não se desculpe, desabafar é bom e você parecia precisar disso.  Acho que essa pessoa, pela sua descrição, gostaria bastante de uma flor bem chamativa, como orquídeas! Elas tem um cheiro muito bom e podem ter várias formas como essa pessoa que você descreveu. Ela é muito animada, mas agora parece triste. É apenas uma singela sugestão minha, deixarei você decidir.

 

- Eu irei levar orquídeas! - Tobio soltou instantes após da última fala do mais velho.

 

- Isso foi rápido. - Ele gargalhou. - Pode pegar as que você quiser, há vários tipos de cores e formas.

 

(...)

 

- Quando vai custar?? - O senhor observou o jovem retirando o dinheiro da bolsa com pressa, e parou para pensar.

 

- Pode levá-las, é por conta da casa. - Kageyama travou, levando seu olhar lentamente devolta ao senhor. 

 

- Mas...

 

- E apenas uma gentileza minha, pode levá-las. - Pode sentir os olhos do maior se iluminarem enquanto guardava o dinheiro na mochila.

 

- Muito obrigado! Não sei como agradecer!

 

- Apenas faça uma coisa. Daqui a algum tempo, volte aqui e diga como está sua relação com essa pessoa. Posso estar velho, mas também tenho minhas curiosidades. - Ele deu um riso anasalado.

 

- Claro, eu farei isso! Obrigado novamente, até outro dia! 

 

 

Esses jovens, viu... eu já estou muito velho para amor, não é, querida? 

O senhor retirou uma simples foto em preto e branco de seu bolso. Nela se constavam dois jovens se abraçando com esbeltos sorrisos amostrados.

Sinto sua falta...

 

 

Com Kageyama.

 

Aquele senhor realmente é muito legal. Essas flores têm um cheiro muito bom... orquídeas, né? Acho que o Hinata vai gostar. É bem colorido e enérgico, como ele.

 

(...)

 

- Cheguei.

 

- Eai Tobio, comprou as flo.. - A mais velha parou no lugar, observando o vaso envoltado pelos braços do mais novo. - Meu Deus! Eu não sabia que você tinha gosto bom pra isso, elas são muito bonitas!

 

- Na verdade foi o dono da floricultura que me ajudou a decidir. Você acha que ele vai gostar?

 

- Claro! Elas são muito bonitas! - Ela entusiasmou. - Agora que eu parei pra pensar... perguntei todas essas coisas sobre, mas não perguntei o nome dele. Qual é?

 

- Hinata Shoyo.

 

- Nome bonito! Depois vou querer vê-lo pessoalmente...

Hinata Tobio? Hum... ou Kageyama Shoyo? Os dois soam bem.

 

- V-você tá interessada nele?! - Kageyama desconfiou, olhando a irmã com indignação.

 

- O quê?! Claro que não! Nunca roubaria ele do meu irmãozinho. - Ela piscou, com o irmão abrindo uma cara confusa. - Bem, me dê as flores aqui, irei colocar elas na água para não murcharem. Você não acha que comprou muitas? Achei que você só daria um buquê.

 

- As pessoas não dão desse tanto?

 

- Normalmente elas dão em uma quantidade um pouco menor, quer que eu retire algumas para formar um buquê?

 

- Você consegue fazer isso?

 

- Claro. Não é tão difícil, tirarei algumas e deixarei prontas para você dar amanhã.

 

- Obrigado. Eu vou tomar banho.

 

"Nunca roubaria ele do meu irmãozinho." O que ela quis dizer com isso? Roubá-lo de mim? ... Deixa pra lá.

 

Agora eu também tenho que pensar como posso ser gentil com ele. Como ele iria querer que eu o tratasse?

Gentileza e socialização. Vou pesquisar.

 

No dia seguinte, 5h da matina.

 

Eu não consegui dormir. Por que estou tão nervoso? Devo estar pensando muito se ele vai aceitar as flores ou não. Acho que vou me arrumar logo para chegar cedo na escola e poder encontrá-lo na entrada.

 

 Pouco tempo depois.

 

Estou pronto. Cadê o buquê? Acho que ela deve ter deixado na mesa.

 

Tobio se encaminhou a mesa da cozinha. Ao chegar, se deparou com um buquê chamativo e de bom aroma sobre a madeira.

 

Ali estão elas. Caramba, como ela fez isso? Não mentiu dizendo que sabia. 

 

(...)

 

Me sinto envergonhado, cada pessoa que eu passo fica olhando para mim. Acho que não é para mim na verdade, e sim para as flores. Aquele senhor estava certo falando que elas chamam atenção, e falando nisso... como eu vou entregar o buquê para o Hinata?

"Tome essas flores para eu parecer um cara legal." 

Isso definitivamente não pega bem.

 

Pouco tempo depois, na escola.

 

Cheguei cedo demais... será que ele vai demorar?

 

 Do outro lado da rua se ouviu uma voz reclamando de algo. Kageyama se sobressaltou, virando o rosto para o local cujo tal som familiar saia.

 

- Não precisava ter vindo comigo, mãe! Eu já consigo andar sozinho. - Hinata disse, colocando a bolsa nas costas. 

 

- Achei melhor me certificar já que não quis vir de muleta. Você ainda está mancando bastante, então tome cuidado! Eu já irei voltar, preciso acordar sua irmã para deixá-la na escola. Se cuide e vê se não exagera, sua perna ainda está ruim. - Ela depositou um selar na testa do filho.

 

- Tudo bem, até mais tarde. - Tobio observou Hinata se aproximando, sem vê-lo.

 

 

Ele está vindo pra cá! O que eu faço? Me escondo? Dou as flores agora? Que seja! Vou dar agora!

 

Pela última vez, Kageyama formulou as frases que planejou. Em um passo rápido, parou na frente do pequeno.

 

- Hinata, bom dia! - Ele falou firme, encarando o pequeno. Shoyo parou em um susto repentino, encarando Kageyama de cima a baixo. - Com está a sua perna? - O ruivo permaneceu paralisado, processando as falas ditas rapidamente.

 

- Ah! Bem, ela está bem! -  Ele coçou à nuca, virando o rosto para a lateral.

Como Suga-san falou, preciso agir normalmente!

 

- Entendo, que bom. - Também desviou o olhar para a direção oposta, bagunçando seus pensamentos. - Bem, eu queria te dar uma coisa. - Ele pausou, engolindo seco. Hinata o olhou atentamente, mas antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Kageyama pocisionou o buquê na frente de seu peitoral. - É para você. - Sem coragem de olhar a reação do pequeno, fitou as flores coloridas. Hinata, dentro de um minuto, arregalou gradativamente seus olhos.

 

"U-Um buquê?!?"

 

 

 


Notas Finais


Desculpem pelos erros de português, espero que estejam gostando!

Até o próximo capítulo!


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