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História Together By Chance 1 Temporada REBOOT - Os Novos Viventes Do Limoeiro


Escrita por: MFMorningstar

Notas do Autor


Olá amores, eu sei que já postei essa fanfic, mas tem uma diferença, essa aqui foi revisada, serão no total 33 capítulos, são mais longos e melhor revisados, e ainda, dentro desses 33 capítulos tem 1 capitulo completamente bônus, que só se encontra nessa versão da 1 temporada de Together By Chance.
Vocês perceberão que no decorrer dos capítulos, algumas coisas foram mudadas e reformulados, essas mudanças foram para melhorar a história, então agradeço desde já a compreensão!
Espero que acompanhem e que gostem!!!
A fanfic é escrita por mim e pelo meu amigo, João.
E ela se encontra na plataforma do Nyah também.

Boa Leitura!!!

Capítulo 1 - Os Novos Viventes Do Limoeiro


P.O.V Mônica Souza

Era segunda-feira, sete horas da manhã, o grande recomeço da volta as aulas. Estava indisposta e o fato de rever alguns amigos não colaborava em nada, não me deixava mais animada, pois sempre vejo os mesmos: Cebola, Cascão, Magali, Xaveco, Titi, Denise, e os outros da turma.

Acabei por tomar um banho rápido. Após me arrumar, desço as escadas em direção a minha mãe, para a dar um beijo de bom dia, e por fim, tomar um café da manhã. Quando termino, a campainha toca. Eu já sabia quem era, e por saber exatamente quem, não fico nem um pouco disposta a recebê-lo.

— Oi Mônica! Trouxe isso pra você. – Diz DC me entregando um buquê de boca-de-leão branco.

— Oi. Obrigada pelas flores. – Agradeço simplesmente.

— Qualé, Mô! Não vai nem me dar um beijo?

— DC, você sabe que ainda estou chateada contigo. – Falo pegando a mochila, deixando as flores em um vaso. – Quem mandou você ir no show sem me avisar?

— Pera ae, Mô! Era o maior show de rock do ano. – Tenta se justificar DC. – Não se vê Slipknot todo dia!

— O que mais me chateia é saber disso por meio da Denise. Da D-E-N-I-S-E, Do Contra. – Cruzo meus braços.

— Eu ia te contar. Eu juro! Só que...

— Olha... Deixa isso pra lá. – Corto ele, não querendo me estressar. – Mas o que mais ferra tudo DC, é o fato de que você quer fazer T-U-D-O a sua maneira. Todo relacionamento possui limites!

— Ai ai, tá bom. Prometo me comportar!

— Vamos para a escola logo. Já deve estar aberto e eu estou querendo saber a sala que fiquei, para ver quem tanto está nela.

P.O.V Cebola Menezes

Andava pelas ruas do Limoeiro acompanhado do Cascão e do Xaveco. Estava até que animado, pois sabia que a Mô e o Do Contra não estavam vindo muito bem em seu relacionamento. O que na minha opinião, isso é ótimo!

— Você não está se alegrando um pouquinho, não é? Apesar de que eu possa meio que entender esse seu entusiasmo, é chato querer a separação de um casal, ainda mais quando esses dois são amigos seus. – Alega Cascão.

— Quem disse que o DC é meu amigo? Desde criança que eu não gosto do jeito dele. Sempre tentando aparecer para a Mônica.

— Mas, por intermédio de seus planos, você também fazia bastante isso. E o Xaveco, que depois de mim, era o que mais apanhava tentando te ajudar.

— É verdade! – Concorda Xaveco, balançando a cabeça positivamente.

— Vocês nem parecem meus amigos! Parecem até que não gostam de me ver feliz.

— Não é isso, careca. É que você está meio que se precipitando. Todo namoro passa por uma fase duvidosa, mas nem todos terminam.

— Você não pode dizer muita coisa, mano. Você e a Cascuda vivem brigando. – Digo com um sorriso sarcástico no rosto.

— Ela está sendo muito chata! Mandona demais, muito ciumenta. Pega no meu pé direto e não me dá sossego, nem para o parkour. Normal estarmos brigando.

— Por isso não namoro. – Diz Xaveco se intrometendo. – Não gostaria de namorar alguma garota chata que nem a Cascuda.

— Você diz isso, mas a verdade é que você não tem competência mesmo. – Dou um sorriso maroto.

— Pare de me atazanar, Cebola!

P.O.V Mônica Souza

Já estando no colégio, olho no mural para procurar a sala em que iria cair nesse ano. Localizando meu nome, leio quem estava na mesma sala.

— Cascão, Cebola, Carmem, Denise... Hm, praticamente, quase toda a turma. – Falo nem animada, nem desanimada.

— Eita. Que sorte, né?! – DC fala.

— É, muita sorte mesmo... – Dou de ombros discretamente.

— Você não parece entusiasmada, Mônica. – DC parece me analisar. Forço um meio sorriso.

— Não é nada. Apenas dormi um pouco mal esta noite.

— Eu já apareço lá na sala. – Fala DC me dando um selinho e saindo da minha vista.

Vem em meus pensamentos como seria daqui pra frente o meu relacionamento com o Cebola. Apesar das várias mancadas do mesmo, e de atualmente namorar o DC, ainda não consegui esquecer totalmente dele. Já não bastava o ver todo santo dia, ainda caio na mesma sala que ele. Vai ser difícil esquecer tão rápido.

Tiro isso da mente, e me concentro no caminho até a sala. Quando entro, vejo a Magali e mais três pessoas, estando duas junto dela e uma separada.

— Ei, Mô!

— Oi. – Corro pra onde Magali estava, dando-a um abraço. – Que bom termos caído na mesma sala!

— Eu também acho, amiga! Olha, tenho uns colegas novos para te apresentar. Esses são o João e a Maria Fernanda.

João era um garoto branco, com cabelos grandes e ruivos, sendo um pouco mais alto que os demais. Maria Fernanda era uma garota de cabelos castanhos cacheados, e olhos cor-de-mel, tendo a mesma altura que a minha.

— Oi, prazer em conhece-los. – Dou um sorriso.

— Digo o mesmo! – João diz me olhando de uma maneira "maliciosa", eu acho.

— E quem é aquela garota ali? – Aponto para a loira afastada.

— Não sei bem quem é. Eu ia chamar ela para conversar, mas ela estava lendo um livro, aí resolvi não a incomodar. – Diz Maga tranquilamente.

Resolvo ir até a menina que estava no canto esquerdo superior da sala. A garota estava no celular, com apenas um fone no ouvido com os olhos no livro.

— Oi, tudo bem?

— Hãn? Oi, tudo sim. – Diz ela tirando os olhos do celular se dirigindo a mim, após colocar o marca página no livro e o fechar.

— Como é seu nome?

— Monique.

Ela era uma menina de 1,70 de altura, com cabelos loiros, olhos azuis e com curvas. Além disso, tinha um estilo rockeira, estava usando um moletom e um short pretos, uma meia arrastão com coturno escuro.

— Nossa, meu nome é Mônica. – Digo surpresa. – Nossos nomes são bastante parecidos!

— É verdade. – Diz ela dando um meio sorriso. Ela não era do tipo muito sociável, ao meu ver.

— Vem aqui, Monique. Vamos conversar. – Digo a convidando para ir até as outras pessoas que estavam ali.

— Ah, não sei. As vezes prefiro ficar na minha.

— Vem, tenta se enturmar um pouco. – Insisto e ela dá um suspiro, seguido de um dar de ombros.

— Okay.

Vamos até onde todos estavam para conversarmos.

P.O.V Cebola Menezes

Meus amigos e eu estávamos próximos da escola, até que uma garota me chama a atenção.

— Caras, vão entrando. Preciso ver uma coisa. – Digo dando uma batidinha no ombro de cada um.

— O quê? – Pergunta Xaveco.

— Tem uma garota ali. Vou dar umas palavrinhas com ela. – Dou uma piscada de olho.

— Você não se emenda mesmo hein, careca?! – Alega Cascão dando uma risada.

Ando até a garota que estava entretida com um mangá, que aparentemente parecia ser Saint Seiya – Os cavaleiros do Zodíaco.

— Olá! – Digo me aproximando dela. – Você é nova por aqui?

— Oi, sou sim. Me mudei do Rio de Janeiro.

— Entendo. Como se chama?

— Meu nome é Jessica, Jessica Fernandes. E o seu?

A garota tem cabelos longos castanhos, olhos azuis, é magra, e um pouco mais baixa que eu.

— Cebola. – Digo a ela.

— Cebola. Que nome diferente! – Diz ela dando uma risadinha.

— Na verdade é apelido. Meu nome é Cebolácio.

— Ainda assim é um nome engraçado. – Diz ela sincera, e eu balanço a cabeça com um meio sorriso.

— Eu sei, ainda pergunto para os meus pais o porquê desse nome. – Digo mesmo sabendo o motivo, afinal meu pai se chama assim. – Desculpa, mas o que você está lendo?

— Ah, isso é um mangá! – Fala Jessica mostrando a revista. – Se chama Saint Seiya.

— Sério? Que massa! Também curto uns mangás, apesar de poucos.

— Se você gosta de mangás de ação, leia esse aqui. Super recomendo!

Na verdade, nunca tinha tocado em algum mangá até hoje, apenas HQs do Batman e do Superman, algumas do Homem-Aranha também, mas para que eu não perca o assunto com a garota, acho que isso pode ser válido.

P.O.V Mônica Souza

Depois de algum tempo na sala de aula, Cascão, Xaveco, Denise e Carmem haviam se juntado a nós. Denise, toda curiosa, pergunta logo ao João:

— E então gato, você tem namorada? – A ruiva coloca um de seus dedos no peito do garoto ruivo, toda assanhada. Internamente acabo por revirar os olhos, tentando deixar isso para lá, continuando minha conversa com Monique.

— Er..., não, para falar a verdade, nunca namorei, mas acho que esse ano as coisas podem ser um pouco diferentes. – Acabo olhando brevemente o João que eu podia jurar ter me olhado de volta.

— Você é uma das primeiras pessoas que conheço que não curte sertanejo. O ritmo é a febre momentânea! – Digo impressionada com os gostos distintos da garota loira.

— Raramente sigo modinhas. Acho que por ser uma garota um pouco "desvirtuada", isso acaba por me afastar das pessoas. – Ela dá de ombros.

— Como assim? – Pergunta Maga. – As pessoas se afastam de você?

— Geralmente sim, mas não sei por qual razão. Acho que elas se esquecem ou acabam não gostando de mim. Então acabo sozinha, mas já acostumei. – Diz a garota dando de ombros, mesmo que seus olhos demonstravam tristeza. – Por isso não me entroso muito com as pessoas. Para não me arrepender depois.

— Isso é muito chato. – Confessa Magali.

— Mas não fique assim. A turma é meio doida, tem certas panelinhas, mas no fim, você se enturma rápido. E qualquer coisa, se algo der ruim, me chama que eles vão se ver com esse braço aqui. – Digo exibindo meu muque.

— Agradeço. – A loira dá um leve sorriso.

Tudo estava indo bem, até que percebo Cebola entrando com uma garota desconhecida. Os dois sentam um pouco mais isolados de todos, o que me deixa incomodada com a situação, pois apesar de tudo, estaria me enganando por dizer que esqueci.

Logo, entra na sala um garoto de cabelos vermelhos, assim como o João, mas os cabelos eram um pouco mais curtos, ainda sendo compridos. Seus olhos eram cinzas, um corpo um pouco musculoso, e uma cara intimidadora.

Percebo que Carmem e Monique olham para ele fixamente. Carmem, claramente, com mais safadeza, logo, puxando Denise para um lado para “fofocar”.

— Amiga, olha só aquele gato. Meu Deus!

— Já não bastava o João, agora esse aí? Essa sala está ficando cheia de bofes. – Denise comenta toda animada.

Por mais que é feio ouvir conversa dos outros, era impossível não ouvir elas conversando, já que estavam próximas da gente.

— Esse aí é meu, ninguém tasca. Observe e aprenda!

Carmem se aproxima do garoto que estava quieto, observando a sala, analisando onde se sentar. Quando ele percebe a Carmem, seu olhar frio se fixa a ela.

— Oi, tudo bem?

— Por que deveria estar? – Diz o garoto rispidamente.

— Ei, calma! Só queria saber seu nome.

— Castiel Salvatore. Agora dá para sair da minha frente? – Essa nem foi para mim, mas senti daqui.

— Bem, eu...

— Pare de encher o saco! – Castiel pronuncia num tom bem sério.

O garoto logo coloca os fones no ouvido, se encaminhando para algum lugar. Escuto Monique ri disfarçadamente da situação. De fato, Carmem mais do que mereceu.

P.O.V Maria Fernanda

Estava a caminho da minha sala quando vejo um garoto loiro (Toni) esbarrando em uma garota que eu ainda não havia visto. O garoto parecia emburrado, e esbarrar com a menina só parece ter piorado a situação.

— Ô menina, não olha por onde anda, não? – Grita o garoto.

— Desculpe, por favor. – A garota abaixa os olhos em direção ao chão.

O idiota logo sai enfurecido. Então vou até a menina para ajudá-la a se levantar.

— Menina, você está bem?

— Sim, estou sim. Não se preocupe. – Diz a garota, logo eu a ajudo a pegar seus livros, que na confusão se espalharam pelo chão.

— A culpa não foi sua, aquele cara que é um cego. – Assim que pegamos os livros, nos levantamos.

— Então... você saberia me dizer onde fica a sala 05 m2? – Pergunta a garota, aparentemente sem saber onde a sala fica.

— Que coincidência! É a minha. – Dou um sorriso amistoso. – Vamos! Eu te mostro onde fica. – Começo a guia-la pelo caminho. – O meu nome é Maria Fernanda. E o seu?

— Eu me chamo Laura.

Ela era uma garota baixa, de cabelos morenos, com algumas mechas loiras. Tinhas olhos verdes bem claros, e era uma garota tímida, acima de tudo.

— Você é nova aqui?

— Não, já estudava aqui, mas mudei de turno. Então estou meio perdida. – Confessa a garota um pouco triste.

— Entendo. Bem, eu também sou nova, então estamos quase no mesmo barco.

Laura dá uma risada. Quando entramos na sala, escutamos uma algazarra. A menina ao meu lado parece incomodada, provável que não goste muito de bagunça, prefira paz, e ao julgar pela pilha de livros, ela ama ler, possivelmente escrever? Ao julgar pelo caderno de anotações que eu acabei vendo o título de “ideias para escrever”.

P.O.V Cebola Menezes

— Poxa. Sério que você é fã de jogos online? – Pergunta a garota que eu acabara de conhecer.

— Sim, principalmente os de FPS. – Digo me referindo aos jogos de guerra e tiros. – Poxa nunca pensei que garotas curtissem essas coisas. Isso é bem raro!

— Nem é. Você que está desinformado.

Mônica se aproxima da gente, cortando nossa conversa.

— Ei, Cê! Não vai me apresentar sua nova amiga? – Diz ela com um olhar estranho.

— Claro. Jessica essa é Mônica, Mônica essa é Jessica. – Apresento ambas.

— Prazer. – As duas dizem em uníssono.

— Você tem que conhecer ela, Mônica. Ela é muito legal!

— É? – A dentuça fala nem um pouco entusiasmada.

— Sim. Ela é gamer, otaku, um pouco zoeira... Acho que temos muita coisa em comum. – Digo colocando minha mão no ombro da garota nova. – Não é, Jessica?

— Sim, acho que sim. – Fala ela sem entender nada.

— Hm. Bem, se precisarem de mim, estou ali, com meu n-a-m-o-r-a-d-o. – Depois de falar pausadamente a última palavra, Mônica vai até DC que estava no canto da porta, logo dando-lhe um selinho.

Faço uma cara irritada, involuntariamente, mas compreendo que todo esse “showzinho” foi porque deixei a dentuçinha com ciúmes. O que me faz esboçar um sorriso vitorioso, cumprindo meu objetivo. Pena que a Jessica acabou ficando sem entender nada do que acontecia, mas é melhor assim.

P.O.V Monique Lockwood

Estava conversando com a Magali, quando meu celular começa a tocar, olho para a tela do mesmo, e fico nervosa.

Não! Isso não pode estar acontecendo! Não agora...

— Magali, eu preciso atender. Já volto. – Digo com um sorriso tímido tentando parecer calma.

— Está bem. – Diz ela e eu logo saio da sala, indo até um local afastado das pessoas, no pátio.

— O que você quer? – Pergunto rusticamente.

— Que temperamento ruim, não devia ser assim. – Diz o cara do outro lado da linha.

— Eu já disse que não é para me ligar, já consertei a dívida de meu irmão. Vê se me deixa em paz! – Falo irritada, e quando estou prestes a desligar o celular, escuto a voz de meu irmão. – O que ele faz aí? – Pergunto ríspida.

— Você sabe. O de sempre. Nos vemos de noite, docinho. – O sujeito fala e depois desliga.

— Merda vezes merda! – Reclamo com ódio, chutando a árvore que estava a minha frente.

— Opa, não desconte na árvore o que você sente. – Fala uma voz rouca atrás de mim.

Quando me viro me deparo com um garoto de cabelos vermelhos sangue e olhos cinzas frios me olhando seriamente com um cigarro nas mãos. Era o mesmo garoto da sala, em que tinha dado um toco da garota metida a patricinha.

— Eu desconto em quem eu quiser! – Exclamo mais irritada ainda, ele ri parecendo não se importar com minha fúria.

— Okay, loirinha. – Diz com um sorriso irônico, dando uma tragada em seu cigarro. Chego perto dele como uma leoa prestes a atacar sua pressa.

— Sabe..., você não é nada esperto em fumar sabia? – Falo séria.

Ele arqueia uma sobrancelha, o momento de distração perfeito, para que eu pegue o cigarro de sua mão, o jogando no chão para pisar logo em seguida, o apagando completamente.

— Por que fez isso? – Era perceptível o ódio em sua voz.

— Nunca fume na minha frente! Dessa vez foi o cigarro, da próxima vai ser algo “pior”. – Digo com um sorriso irônico. Saio dali indo até a sala.

Vamos lá, Monique!

Você consegue vestir sua máscara de boazinha e sorrir.

Você sempre fez isso e sempre deu certo.

— Voltei, Magali. – Digo me sentando no meu lugar anterior.

P.O.V Do Contra Fagundes

Mônica surpreendentemente começou a me dar mais “atenção”. Inclusive estávamos nos abraçados no fundão da sala. A Mô estava conversando com a Isa e a Maria Mello, enquanto eu observava a sala, quer dizer, olhando os integrantes que nela estavam.

Definitivamente há bastantes alunos novos, principalmente meninas. Olho para a porta e vejo uma garota loira entrar sendo seguida por um ruivo estilo a badboy. Ouço Carmem suspirar quando o cara entrou, o que me faz revirar os olhos abraçando mais a Mônica que estava em minha frente.

— O que vocês acharam dos alunos novos? – Pergunta Isa do seu jeito de sempre.

— Não sei muito o que dizer. Acabei de conhecer alguns deles, mas para ter certeza do que acho, só com um pouco mais de convívio. – Explica a minha namorada.

— Fala, Mô. Percebi que você já tem uma opinião sobre alguns. – Diz Maria Mello e eu encaro a mesma que é confrontada.

— É sério! Não tenho impressões. – Fala com um sorriso diferente dos de sempre.

Algo na Mônica mudou. É claro que amo mudanças, mas essa mudança não é muito agradável.

P.O.V Laura Styles

Depois da confusão, Maria e eu nos sentamos próximas. Eu na segunda carteira de frente para a mesa do professor, e ela do meu lado.

— Obrigada por me mostrar a sala, e me ajudar depois daquilo. – Digo com um sorriso tímido, e ela dá um sorriso enorme.

— Não foi nada. Aquele idiota não devia ter te tratado daquele jeito. – Fala, e eu dou de ombros.

— Vai ver, não estava em um bom dia. – Digo e ela revira os olhos. – Conhece ele? – Pergunto achando que ela o conhecia, por causa do seu jeito.

— Não. – Diz e eu arqueio uma sobrancelha. – Só acho que ninguém deve tratar o outro mal, mesmo estando num dia ruim.

— Tem razão. – Concordo rindo e ela ri junto.

— Atenção meninas, meninos e indecisos. – Diz um professor entrando na sala.

— Que cabelo é esse? – Pergunta a garota e eu rio, também achei estranho quando comecei a estudar ano passado aqui, mas já havia me acostumado.

— Não liga não, Licurgo é meio “diferente”. – Quer dizer, “louco”, mas se ele me escutar, vai ter um piti.

— Percebi. – Maria arregala os olhos quando Licurgo começa a desenhar uma junção de porco com zumbi.

— Zombie Pigman! – Grita uma garota loira e logo ela cora.

— Acertou! Cinco pontos para a senhorita Louckawood. – Diz Licurgo e a menina sussurra um: “é Lockwood, maluco”.

Olho para Maria que está pasma pelo ocorrido, não sei se é pelo fato do professor Licurgo, em vez de dar a aula de História, fazer todo tipo de aula maluca, ou pelo fato da menina ter ganhado cinco pontos por ter acertado aquele desenho.

— Alguém me explica como eu ganhei cinco pontos acertando um desenho dos mobs do Minecraft? – Pergunta a garota loira com o nome de Monique.

— Ninguém vai conseguir explicar. O Licurgo é louco. – Sussurra Mônica e depois disso o professor dá um salto.

— Alguém me chamou de louco? – Perguntou, quer dizer, gritou Licurgo. – Foi você, Cassy? – O professor se dirige ao garoto de estilo rockeiro.

— É Castiel! – Gritou ele irritado e o professor o olha desconfiado.

— Estou de olho em você, Cassy. – Fala Licurgo ignorando a correção do nome do garoto e voltando para os desenhos.

P.O.V Castiel Salvatore

Desde que eu dei aquele fora naquela patricinha, parece que ela quer porque quer insistir. Já recebi três cartinhas dela. Na primeira, ela disse que não queria ter se intrometido muito. Na segunda, passou o número do celular dela. E na terceira, ela perguntou se eu não queria entrar para o grupinho dos populares e belos. Dá para acreditar? Que garota que não se toca e além do mais, tosca.

Enquanto uma loira me deseja, outra me intriga pelo fato de ter me confrontado e de ter pagado um mico na frente de todos gritando algo que nem ligo, mas que foi engraçado, foi.

Percebo a garota intrigante olhar para o seu celular discretamente e ficar mais branca do que ela já é. Suas mãos tremem e os olhos dela começam a brilhar, ou seja, ela está a ponto de chorar, mas ainda assim, “engole” o choro.

— Professor, será que posso ir no banheiro, por favor? – Ela pergunta.

— Claro, senhorita Louckawood, nem todos conseguem ser bons em se segurar. – Diz ele e logo a outra loira solta o maior riso do mundo.

— Será que você não se toca, garota! – Me irrito batendo na mesa com força, falando diretamente para a garota loira de cabelos enrolados.

— O que?! – Exclama surpresa a garota loira que havia me confrontado no pátio.

Eu a encaro profundamente, fazendo com que a mesma desvie o seu olhar. Rapidamente ela sai da sala, em direção possivelmente ao banheiro, e eu aposto que não era para “usá-lo”, e sim, para chorar escondida.

P.O.V Jessica Fernandes

Já era a terceira aula. E adivinha? Educação Física... Sorte que o professor deixou todo mundo decidir o que cada um queria fazer, por ser o primeiro dia de volta as aulas.

Eu peguei meu mangá e fui para as arquibancadas para ler. Mas acabei não sendo a única a ter essa ideia, pois já havia outra garota sentada lá, ou melhor, se esparramado lá para ler um livro que eu não conseguia ver o nome.

Fora ela, havia um garoto de cabelos cor de sangue ouvindo música na outra arquibancada, de frente a nossa. Os outros estavam, ou conversando num grupo, ou jogando na quadra.

Depois de um tempo lendo, acabo por ir até a garota do livro para ver qual era aquele livro. Sou curiosa não posso negar, e também, não sei como ela consegue ler e escutar música ao mesmo tempo.

— Oi? – Digo assim que estou na frente dela.

— Oi. – Ela responde sorrindo ao olhar o mangá em minhas mãos.

— Posso me sentar aqui? – Pergunto meio tímida.

Algo nela me deixou meio constrangida, ela parecia me analisar como um gavião.

— Claro. – Diz ela encerrando sua “investigação”.

— Qual livro é? – Pergunto assim que me sentei.

— Os Instrumentos Mortais: Cidade Do Fogo Celestial. – Responde a loira mostrando a capa.

— Ah sim, tem um filme sobre isso, né? – Pergunto meio incerta. Acho que já ouvi falar, ou até assisti, nem lembro.

— Sim, sobre o primeiro da série, Os Instrumentos Mortais: Cidade Dos Ossos, e também agora tem a série Shadowhunters, que eu não curti nada. – Explica ela dando ênfase nos nomes, acabo rindo e ela me segue nisso. – Desculpe, as vezes sou meio espontânea demais, acaba sendo esquisitice até.

— Tudo bem, é o seu jeito. Todos temos nossos jeitos. – Digo sorrindo e ela concorda.

— Ei, garotas! Alguém quer entrar no nosso time de vôlei? – Pergunta Magali pelo o que Cebola havia me falado.

— Não. – Falamos eu e a garota do meu lado, ao mesmo tempo, o que nos faz rir novamente em sincronia.

— Acho que não me apresentei, sou Jessica Fernandes. – Digo e ela sorri.

— Sou Monique Lockwood, não Louckawood como o doido do professor falou. – Ela dá uma risadinha.

— Então, onde morava antes daqui? – Pergunto e ela olha confusa.

— Como sabe que não sou daqui? – Rebate arqueando uma sobrancelha.

— Você não me parece ser daqui. – Respondo e ela concorda relaxando.

— Quando eu era pequena morei com minha mãe na Flórida, mas ela acabou falecendo e eu tive que vir morar com meu pai e meu irmão em uma cidadezinha em Santa Catarina, e agora estou morando com minha tia por parte de mãe, Margie. – Diz ela meio triste e eu concordo com a cabeça. – E você?

— Morava no Rio de Janeiro, mas meus pais tiveram que vir para cá por causa do trabalho deles. – Explico.

Conversamos sobre várias coisas, até bater o sinal para a hora do intervalo. Então resolvemos continuar nossa conversa em outro lugar, saindo do ginásio.


Notas Finais


Até o próximo!!!


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