1. Spirit Fanfics >
  2. Together For 365 Days >
  3. Just Hold On

História Together For 365 Days - Just Hold On


Escrita por: zjmaria

Notas do Autor


Apesar da demora, espero que ainda estejam interessadas na história. Tentei fazer um capítulo bom pra vocês por isso ele está enorme, mas espero que gostem mesmo assim.

Capítulo 37 - Just Hold On


Fanfic / Fanfiction Together For 365 Days - Just Hold On

Queria que você pudesse construir uma máquina do tempo para poder ver as coisas que ninguém consegue. Parece que você está no limite, olhando as estrelas e desejando ser uma delas.

— Louis Tomlinson & Steve Aoki, Just Hold On, in Loving  Memory of Johanna Deakin.

 

CAPÍTULO 36

Zayn mandou Danielle esperar no carro e poucos segundos depois a porta dela se abriu, sorrio para ele, segurando em sua mão e descendo do carro, ela agradeceu mentalmente por ele fazer isso, não soube se conseguiria andar corretamente com aqueles saltos. Assim que desceu do carro, Zayn ofereceu seu braço e ela entrelaçou o seu ao dele, ele já tinha entregado a chave para o motorista do estabelecimento que conduziria o carro até o estacionamento.  

Subiu as escadas da entrada com Danielle e as portas de vidro de abriram para eles entrarem. Os dois passaram e encontraram a recepcionista. Danielle parou enquanto Zayn deu um passo a frente.

— Reservas?

— Estão no meu nome. Zayn Javadd Malik — Zayn disse passando a mão pelo cabelo e depois segurou a mão de Danielle, a puxando mais para frente, para que ela ficasse ao lado dele. — Mesa pra dois. — Naquele instante, a recepcionista se surpreendeu, tentou esconder, mas principalmente Danielle viu a surpresa dela e o sorriso que dirigiu aos dois depois. Com certeza ela deveria conhecer Zayn de algum lugar, ou pelo menos reconhecer o nome depois do sorriso que deu.

Os dois seguiram e passaram por dois vasos de plantas grandes que decoravam o ambiente, as luzes eram fracas, o que tinha um clima muito especial e romântico, luzes douradas sobre as mesas e as pessoas falavam baixo, algumas sentadas nas mesas e outras mais ao canto em sofás vermelhos. As paredes em creme tinham detalhes em dourados com luzes embutidas em flores de gesso. Danielle se viu no espelho quando passaram por um, estava quieta, apenas observando e escutando enquanto o homem que lhes guiava desejava que tivessem uma boa noite e boas vindas.

Zayn parou, quando Danielle deu mais um passo a frente ela o alcançou, ele pegou a mão dela a entrelaçando a sua com suavidade e depois voltando a andar, sem dizer nada, como se aquele fosse um habito comum, que para ela, não era, mas ela estava tentando se acostumar. Os dois subiram uma escadaria na lateral do restaurante e um grande tapete vermelho se estendia por toda ela, Danielle se sentiu em uma premiação de Hollywood, onde todos entravam passando por tapetes vermelhos. A luz continuava fraca e dourada, com lâmpadas compridas que ficavam em cima das mesas, quando ele chegou ao andar de cima e parou para observa-lo, viu enormes janelas de vidro, mostravam a cidade inteira, as luzes dos prédios e das ruas iluminava mais um pouco ali, principalmente próximo as janelas e um garçom estava passando por ali, poucas pessoas, aliás, jantavam ali. Tinha menos movimento e muito menos barulho do que na parte de baixo.

O homem que guiava os dois estendeu o braço quando se aproximaram de uma mesa, sorrindo para ambos e Danielle e Zayn se sentaram, um de frente para o outro e o mesmo homem lhe entregou os cardápios. A toalha de mesa dourada, taças ao lado dos talheres entrelaçados em uma fita azul e a vista ao lado deles. Zayn o homem agradeceu com um sorriso e apenas quando ele se retirou ele se direcionou a Danielle. 

— Pedi que servissem vinho na entrada — ele disse tirando os olhos do cardápio e olhando para ela.

— Tudo bem — ela sorrio pegando o cardápio encapado com couro preto e gentilmente o abrindo. — É bonito aqui — ela colocou o cardápio sobre a mesa, sorrindo um pouco nervosa. — muito bonito. — ele assentiu concordando, sorria também, só olhar para Danielle fazia o sorrir, estava muito bonita, mais do que o normal já que ela sempre conseguia ser bonita, de qualquer jeito.

— Já decidiu o que vai querer? — ele perguntou colocando seu cardápio sobre a mesa também. Ela se surpreendeu antes de responder, não tinha decidido. Aliás, nem mesmo tinha conseguido entender algumas coisas, isso podia fazer parte do mundo dela, mas com certeza ela não fazia parte desse mundo.

— Vou deixar que escolha pra mim — sorrio cruzando as penas em baixo da mesa. — Me surpreenda. — deu de ombros levemente, quase imperceptivelmente.

— Tudo bem — ele assentiu. O garçom se aproximou e serviu vinho para os dois, Danielle e Zayn ficaram olhando um para o outro, sorrindo até que o garçom se retirou, depois de Zayn ter dito nomes de pratos, os quais Danielle não conhecia e tinha quase certeza de que era francês.

— Você já veio aqui antes? — ela perguntou curiosa, olhando ao redor.

— Esse lugar é novo, mas é muito bem-conceituado. Elegante e romântico, achei que fosse gostar — ela assentiu. — Ei, e eu sinto muito por ter atrasado por quase todo esse tempo, foram 30 minutos...

— Eu devia mesmo ficar brava, sabe que tive que fechar meu vestido sozinha? Sabe quanto tempo demorei? — ela disse reprimindo um riso.

— Da próxima vez estarei lá pra fechar pra você.

— E você disse algo sobre uma viagem de última hora que iria ter que fazer... — ela disse levemente incomodada só com a palavra, seu pai sempre esteve fazendo esses tipos de viagem durante toda sua adolescência e ela não tinha recordações muito boas sobre isso.

— Eu pensei que fosse ter que fazer, mas não tive, não podia deixar você... todos, eu não podia deixar todos. — ele deu de ombros enquanto ela bebia um pouco de vinho sem tirar os olhos dele.

Ela não sabia muito bem o que fazer, fazia muito tempo que não frequentava um lugar como aquele. Estava mexendo as pernas cruzadas sem parar, um pouco agitada, só queria poder falar com ele, mas todos ali falavam muito baixo ou quase não falavam e ela estava longe dele, isso a deixou triste. Tinha passado o dia inteiro longe dele e sozinha, o mais perto que chegou foi tocar as mãos dele, nem se sentaram lado a lado para que pudessem conversar com mais intimidade, e ela mal conhecia as comidas que tinha lido, não estava confortável, mas ela não diria isso a ele nunca, nem que lhe obrigassem.

— Então, o que fez o dia todo? — ele perguntou dobrando os braços sobre a mesa, se curvando um pouco mais para frente.

— Quer mesmo saber?

— O que? Mas é claro que eu quero, adoro saber coisas sobre você — ele apoiou o rosto nas mãos e ela riu, ele tinha um sorriso fofo nos lábios e os olhos estavam meio fechados enquanto sorria.

— Eu fiquei no apartamento, dormi e quando acordei não consegui me levantar, estava sentindo muita dor, então eu...

— Dor? — ele arrumou a postura tomando um semblante preocupado. — Dor aonde?

— Dor que a gente sente naqueles dias... quer dizer, você não, eu — ela riu. — Naqueles dias, Zayn — ela disse mais baixo, chegando mais perto na mesma hora que percebeu que ele não tinha entendido. — Dores menstruais.

— Ah — ele assentiu rápido, pegando sua taça de vinho e bebendo um pouco. — Ah, eu tinha entendido. Mas você está bem?

— Estou, na verdade... — ele não deixou que ela terminasse.

— Precisa de alguma coisa? Algum outro remédio, não sei, talvez... você ainda vai trabalhar? — perguntou rápido e ela demorou uns segundos para responder apenas entendendo as perguntas, todas rápidas e feitas de uma vez.

— Eu vou, não tem por que eu não ir trabalhar, não estou morrendo, eu só fico um pouco mal...

— A sua sorte é que eu cresci com duas mulheres, sei tudo o que se deve fazer nesses dias.

— Ah, é? — ela riu, bebendo um pouco de vinho e o garçom de repente apareceu nas escadas, trazendo com sigo uma bandeja prateada e nela, os pratos que Zayn havia pedido.

O garçom os serviu e Danielle ficou observando enquanto ele colocava tudo sobre a mesa, servindo mais vinho aos dois. Tudo sendo feito silenciosamente e graciosamente também e assim que ele saiu, Zayn sorrio para ela e colocou suas mãos nos talheres, ela fez a mesma coisa, olhando para ele tentando fazer as mesmas coisas que ele estava fazendo.

Ela percebeu, olhando ao redor, que quase nunca tinha frequentado lugares como aquele. Só conseguiu se lembrar de uma vez, quando tinha 16 anos e seu pai a levou em um jantar de empresários já que eles também levariam suas filhas, depois disso ela não conseguiu se lembrar mais de nada. Andava muito longe daqueles lugares, sempre atrasada e portanto, apressada, ela passava a maior parte do tempo em cafés, ou comendo comidas rápidas e com o tempo que tinha de almoço na galeria, mal dava para ela se sentar em um restaurante antes de ter que voltar.

Ela nem entendeu o que Zayn tinha pedido. Não sabia se a cor no seu prato era molho ou de repente o caldo de algo, ela reconheceu um raminho de agrião e pensou que outra parte fosse frango, era só o que ela comeria, e era pequeno também, além de não ter uma cara muito boa. Mas Zayn devia gostar, já que ele foi o primeiro a comer e nem percebeu que ela ficou por alguns segundos encarando o prato com uma cara confusa e aflita, só depois pegou o garfo e faca, ainda hesitante, e então cortou o primeiro pedaço do que pensou ser frango.

— Qual a história desse colar? — Danielle perguntou se ferindo ao anel que ele usava como pingente em uma corrente de prata.

— Ah — ele se endireitou bebendo um pouco de vinho. — Minha mãe usava a aliança de noivado em um colar, e eu passei a vida inteira vendo ela usar todos os dias, ela diz que é muito especial, esse dia foi muito especial. — Danielle assentiu, deixando os talheres encostados no prato e ficou segurando a taça de vinho, talvez assim pudesse disfarçar o fato de não estar comendo.  — Então, quando eu ganhei esse anel decidi que também usaria em um colar, ele também é especial, era do meu pai. — ele disse simples. — É uma historia bem...

— Bonita. — ela sorrio — Não tenho nada desse tipo — levantou os ombros querendo dizer que ela mesma não tinha culpa, Zayn sabia que não.

Eles continuaram conversando o jantar inteiro, contando coisas de suas vidas que ainda não sabiam e rindo de algumas outras. Tudo que Danielle fazia ou falava, fazia Zayn se perguntar como ela podia ser tão boa, como ela estava sozinha por esse tempo todo, se ele fosse o namorado dela nunca deixaria que ela fosse embora. Danielle era amável, seu sorriso era amável, tudo nela parecia prender a atenção de Zayn de uma maneira que nem ele mesmo percebia, só via quando já estava se esquecendo de tudo e apenas prestando atenção na voz dela.

A conversa durou por muitos minutos, mas enquanto Danielle bebia seu vinho inteiro, a primeira taça de Zayn ainda estava quase intacta. Ele estava dirigindo, então não queria beber, mas isso não explicava o fato de Danielle não ter quase tocado na comida o jantar inteiro e sim ter bebido todo o seu vinho pelo menos umas três vezes. Zayn parou o assunto em que estavam e ficou olhando para ela um pouco intrigado, e sua expressão se tornou um pouco decepcionada.

— Você quer pedir outra coisa? — perguntou colocando a mão sobre a dela na mesa. Danielle congelou, olhou para as suas mãos juntas e depois para ele.

— Por que?

— Você não gostou do que eu pedi, não foi? — ela negou rapidamente.

— Claro que eu gostei — sorrio nervosa. — Eu só como devagar demais, me desculpe.

— Você não come não, Danielle, se você não gostar podemos pedir outro, eu devia ter perguntado, só me... me desculpe. — ele tirou sua mão de cima da dela aflito, estava começando a ficar nervoso. Como a noite seria perfeita se ela nem ao menos estava comendo? Zayn pegou o cardápio rapidamente o abrindo e começando a procurar por algo, mas Danielle o tirou das mãos dele. — Eu fiz alguma coisa de errado? — ele perguntou. — Porque se eu fiz, então me diga...

— Zayn... — ela segurou a mão dele dessa vez, o acalmando instantaneamente. — Está tudo bem, você não fez nada.

— Só pedi algo que você não gosta. — ele praticamente afirmou diante dela, balançando a cabeça e Danielle negou. — Podemos...

— É que você comeu rápido, apenas isso — ela deu de ombros tentado parecer tranquila. — Eu estava tão entretida na nossa conversa que... — ela sorrio, esquecendo o que ia dizer.

— Eu posso esperar você terminar — Zayn disse sorrindo, ele estava com um sorriso gentil no rosto a noite inteira, Danielle não podia resistir nem se quisesse, o sorriso dele era lindo.

— Hum... por que não pedimos a sobremesa agora? Eu adoraria! — ela tentou mudar de assunto.

— Quer escolher algo? — ele estendeu o cardápio a ela e Danielle o pegou, indo a parte das sobremesas e observando uma por uma, querendo escolher bem já que não fazia ideia dos ingredientes.

— Hum... — ela disse analisando os nomes dos pratos e depois olhou para ele. — Mousse?

— Você gosta? — ele perguntou e ela assentiu um pouco aliviada, chocolate ela adorava. Conseguiria comer, ele talvez nem percebesse que ela não tinha comido o prato principal porque não havia gostado.

Zayn pediu e quando o garçom saiu, levando o prato de Danielle com sigo, os dois voltaram a conversar.

— Você resolveu tudo o que precisava ser resolvido hoje? — Danielle perguntou, bebendo mais vinho, e já estava começando a se sentir tonta, seus ombros pesando e sua cabeça também e estava com fome.

— Sim — ele assentiu. Suas mãos estavam sobre a mesa e as dela sobre as suas coxas. — Sabia que querem que eu dê uma entrevista? — ele perguntou animado. — Pra televisão. — ela soltou um riso.

— Isso parece incrível.

— E é, e mais ainda porque todo mundo ficou feliz por mim, eu estou feliz por poder compartilhar tudo com você, contar sobre isso e...

— Pode sempre compartilhar comigo tudo o que quiser — ela disse mexendo os ombros, aquilo, para ela, era algo simples que Zayn já tinha que saber.

— Você me acalma — ele disse se curvando mais sobre a mesa., dizendo aquilo antes que ela falasse qualquer coisa. — Você me acalma muito, Danielle — ele disse puxando o ar, esticou a mão e tocou o rosto dela, que sorrio, fechando os olhos por poucos segundos.

— Eu nem... eu não faço nada... — ela se confundiu com as palavras, estava concentrada no toque das mãos dele.

— Não — ele sorrio, admirando-a com ternura. — Não faz...

 

[...]

 

Que tal me dizer o que estou fazendo de errado?

Danielle teria achado a pergunta grossa, ou talvez até pensasse que ele estava irritado, mas havia humor em seu tom, humor e sorriso, isso a deixou mais confortável, mas mesmo assim, ela não estava esperando escutar aquilo. Ficou parada, o encarando, mordendo os lábios incerta sobre o que dizer, ele tinha sido tão romântico a noite inteira, tinha dito as coisas certas em todos os momentos, estava lindo, tinha trazido-a a um lugar linda, mas como ela explicaria o que tinha que explicar a ele?

Isso não era a vida dela. Não era o que ela fazia. Não era o lugar ao qual ela frequentava.

Desde o início, ela só estava ali por conta de seu pai, primeiro entrou por ele, depois ficou por si mesma, porque quis provar que conseguiria e não que voltaria correndo para a casa como todos imaginavam, aquela relação que tinha com Zayn era completamente diferente no início, ela só havia concordado para provar aos outros e si provar que podia fazer algo de importante, que podia ser útil. Mas independente de tudo, a vida dela nunca foi aquela. Danielle sempre teve que acordar cedo, pegar ônibus para chegar até a faculdade quando não queria gastar a gasolina do carro, sempre precisou juntar dinheiro para tudo aquilo que quis, nunca teve e nem nunca gostou de ter as coisas pronta em suas mãos e por isso ela sempre se esforçou pra tudo, e nisso também tinha o fato de ela ter pouquíssimos minutos de almoço em seu trabalho, ela só tinha tempo de ir a um restaurante ou uma lanchonete e comer alguma coisa rápida, na maioria das vezes preferia cafés e comia biscoitos com chocolate quente.

A verdadeira questão também, é que além de tudo aquilo, ela nunca se importou com ou exigiu o dinheiro que sabia que poderia ter. Ela não tinha uma vida como a de seu pai ou como a de Zayn, não tinha empregados, motoristas, pessoas marcando seus compromissos e os lembrando dos mesmos a toda hora e ela nem fazia questão. Estar ali, com Zayn, só a lembrou mais uma vez de que havia um espaço entre eles em relação a isso, ela sabia que Zayn fazia questão dos carros, dos empregados, das pessoas anotando seus compromissos... ela só não queria magoa-lo ao dizer que não estava se sentindo confortável naquele restaurante por nunca frequentar lugares assim. Não sabia como dizer.

— É esse lugar — ela disse suspirando, decidindo ser sincera. — Eu sinto muito. — Observou a expressão confusa tomando conta do rosto dele, Zayn se encostou na cadeira sem entender, a mão dela estava sobre a sua e Zayn segurou os dedos de Danielle esperando que ela explicasse ou dissesse algo. — Eu sei que isso faz parte da sua vida — ela começou chegando mais perto e dizendo baixo. — Sei que vai a esses tipos de lugares com a sua família, ia com as suas exs namoradas, eu sei... mas é que isso nunca fez parte da minha vida, da do meu pai sim, mas eu não vivo a mesma vida que ele.

— Por que não... — ele começou e ela facilmente notou o tom chateado em sua voz.

— Porque eu viria de qualquer forma, se é o lugar que você escolheu pra nós termos nosso primeiro encontro então eu viria independente de qualquer outra coisa. — ela disse apertando as mãos dele, querendo assegura-lo de que suas palavras eram verdadeiras. — Eu só... Não me senti confortável, apenas isso. Você perguntou e eu acabei de falar. Eu nunca frequento lugares assim, mas eu sabia que me traria a um.

— Podia ter me dito antes pra qual lugar você gostaria de ir e nós...

— Não tem problema, eu posso vir a esses lugares com você sempre que quiser, eu faria isso por você, eu faria tudo... — A voz dela ficou mais baixa de repente.

— Mas do que adianta sair pra um lugar que você não gosta?

— Eu gostei daqui — ela disse balançando a cabeça rapidamente e olhou em volta — As pessoas que nos atenderam parecem simpáticas, é romântico e olhe só pra essa vista... — ela encarou a janela e Londres inteira a sua frente. — Eu sei que eu posso estar sendo idiota — abaixou a cabeça, colocando sua outra mão sobre a dele antes de tirar o cabelo do rosto. — Na verdade, acho que estou sendo. Você me trouce a um lugar lindo e tudo isso... Zayn, isso é o mais longe que eu já fui com alguém a vida inteira e não estou falando do encontro apenas, mas sim do que eu sinto. Qualquer mulher se sentiria lisonjeada — ele a interrompeu.

— Mas você não — ele disse balançando a cabeça.

— Mas podemos ficar aqui, vir aqui... — ela começou agitada, se sentindo extremamente culpada por achar que ele estava ficando chateado, instantaneamente algo começou a se apertar dentro de seu peito e ela perdeu um pouco o ar, respirando mais rápido, ainda segurando as mãos dele. — Só te contei porque percebeu que eu não comi, era só isso, não sou muito acostumada com esse tipo de comida, mas se esse gosta desses lugares podemos vir aqui sempre.

— Mas você não se sente confortável...

— É que eu... eu não queria magoar você, Zayn, se está decepcionando... — ela iria começar a pedir desculpas e se fizesse isso choraria, estava se sentindo péssima.

— Onde você nos levaria? — ela tirou os olhos das mãos dele entrelaçadas as suas e levantou a cabeça e para sua surpresa, um sorriso. — Pra um primeiro encontro.

— Onde eu... eu nos levaria? — ela gaguejou. — Não... — sorrio negando. — Você não gostaria, nunca nem deve...

— Me leve lá. Vamos. — ela foi para trás se surpreendendo enquanto ele parecia certo sobre o que disse, estava sorridente também.

— Está falando sério? — Indagou surpresa.

— Não é igual aqui, não acho que você iria gostar — ela disse sorrindo, mas parou quando percebeu que ele estava falando sério, então se deu por vencida, percebendo que ele estava falando sério.

 

[...]

 

— Vão achar que estamos fugindo de algum casamento que deu errado — Danielle disse bem humorada quando desceu do carro, logo Zayn já estava dando a volta e parando ao lado dela. — Olha, se não gostar, se quiser ir embora ou qualquer coisa é só me dizer... — olhou para ele pensativa.

— Danielle, pare com isso, vamos entrar logo. — ele segurou a mão dela começando a andar em direção a porta de entrada e os dois foram juntos pelo caminho de pedras do estacionamento até a entrada.

Vasos grandes de plantas estavam do lado das portas de vidros escuros que ambos empurraram para entrar. Lá dentro, bastante pessoas, se considerando que a maioria eram casais então Danielle não tinha escolhido um lugar ruim. O piso branco e preto, a música clássica tocando e a decoração vintage, com direito a quadros e a mesas de madeiras com cadeiras que tinham estofado vermelho, combinando com os sofás perto das janelas na parede, só alguns aspectos haviam mudado, como a ordem das mesas, o balcão e as flores na entrada. Ali, naquele sofá vermelho ao lado deles, apenas um homem tomando café e mexendo em seu notebook. Algumas janelas estavam abertas, trazendo vento ao local e a parte do lado de fora também parecia movimentada quando Danielle olhou.

Ela e Zayn escolheram um lugar juntos, um mais afastado de todos, ao lado das portas de vidro e se sentaram, os bancos eram como sofás, presos a parede.

— Se não gostar daqui, pelo menos se lembre que sentei do seu lado. — Danielle riu enquanto ajeitava seu vestido ao se sentar ao lado dele. — Eu queria poder fazer isso no restaurante, está vendo como estamos perto? — perguntou e mesmo sem querer, ela foi sensual, a inocência e o divertimento em suas palavras pareciam ter deixado tudo mais malicioso e Zayn sorrio assentindo, um sorriso que a fez tremer tanto que ele perceberia se ela não se controlasse. Ele passou o braço pelo banco, até que sua mão encostasse no ombro de Danielle.

— Você já sabe o que vai querer? — Zayn pensou por uns segundos e depois negou. — Pode pedir pra mim.

— Tá — ela assentiu rindo. Estavam bem próximos, se Danielle virasse o rosto talvez se beijassem de tão perto que estavam naquele momento. — Então eu vou pedir uma coisa pra nós dois. — ela se afastou um pouco e então se levantou, sorrindo antes de sair e andar por ali até o balcão. Zayn apenas ficou parado, observando-a se mover até lá. Parecia estar em câmera lenta, Zayn sentiu vontade de segui-la, o corpo dela naquele vestido estava machucando ele, Danielle estava muito bonita.

Quando ela se debruçou no balcão, o vestido dela ficou mais curto e Zayn até teve vontade de dizer ou de ir até lá escutar o que ela ia pedir, ficar ao lado dela, mas não queria que nada atrapalhasse a sua visão, então nem ao menos se moveu. Ela sorrio em algum momento, quando a pessoa que a atendeu se afastou e virou levemente o rosto, olhando para trás, para Zayn que acenou para ela.

Quando Danielle voltou, com duas latas de refrigerantes nas mãos e se sentou ao lado dele, Zayn foi o primeiro a dizer algo.

— Você conhece as pessoas daqui? — ele perguntou e o refrigerante fez barulho quando ele o abriu, bebendo o primeiro gole sem tirar os olhos dela.

— Conheço — ela disse assentindo, bebendo seu refrigerante também. — Mark, o dono daqui era meu amigo na escola, os pais dele eram os donos na época e vinhamos aqui sempre, o lugar só mudou um pouco. — ela deu de ombros. — Grace me perguntou se você era meu namorado — Danielle soltou um risinho e Zayn rapidamente entendeu que Grace se tratava da atendente. — Eu sempre venho aqui só com amigos.

— E disse o que a ela?

— Que não, oras — deu de ombros sem olhar para ele, caso olhasse, veria a expressão de Zayn se tornando indignada.

— E eu não sou seu namorado? — ele indagou com certa irritação se arrumando no banco e ficando ereto, e isso deixou Danielle feliz, querendo sorrir, mas ela não o fez, continuo falando normalmente como se não entendesse tal irritação.

— Não — ela tentou soar o mais normal possível, mas queria sorrir e gritar por ele estar se importando com aquilo. Ela se moveu inquieta, queria continuar sendo sínica, mas sua vontade era de abraça-lo e beija-lo, tinham ficado longe a noite toda e agora que estavam sentados lado a lado ela conseguia sentir qualquer coisa que o corpo dele passasse, naquele momento algo como tensão e calor. — Não estamos namorando. — ela balançou a cabeça como se fosse obvio, tentando não olhar para ele, ficou mexendo em sua lata de refrigerante em cima da mesa com o maior ar cínico que conseguia.

Ah é? — ele perguntou irônico, batendo sua lata de refrigerante em cima da mesa e tirou o braço de cima do sofá/banco onde estavam sentados e ficou olhando para ela, com as sobrancelhas arqueadas e respiração forte. — Somos o que então? — ele mesmo percebeu que estava se incomodando demais e tentou parar, puxou o ar respirando fundo e olhou para Danielle com mais calma.

— Eu disse a ela que estamos nos conhecendo — ela mexeu os ombros virando a cabeça para olhar para ele, bebeu um pouco de refrigerante o olhando com os olhos verdes atentos a qualquer reação que ele pudesse ter, mas Zayn tentou se manter calmo o máximo possível.

— Se dissesse que sou o seu melhor amigo e que nós transamos seria melhor do que isso — ele revirou os olhos, murmurando baixo, e se virou para frente, pegando a lata de refrigerante e tomando um longo gole antes de colocá-la de volta na mesa. Danielle riu. — O que é tão engraçado? — ele virou a cabeça devagar para olha-la.

— Queria que eu dissesse que é meu namorado?

— E eu não sou? — ele bufou, fechando a cara e ela também se virou para frente, respirando fundo, tentando se acalmar, já estava conseguindo sentir as batidas do próprio coração de tão acelerado que estava.

— É? — ela indagou. — Você nunca pediu. — deu de ombros.

— E eu preci — ele mesmo parou quando viu uma mulher se aproximando com uma bandeja, os dois a olharam atento enquanto ela colocava os pratos na mesa. Danielle sorrio e Zayn a observou.

— Eu amo pizza — ela sussurrou colocando a cabeça mais perto da dele gentilmente para dizer aquilo. A mulher deixou mais duas latas de refrigerante antes de sair e Danielle demorou uns segundos para falar algo, estava encarando a pizza. Tinha estado com fome a noite inteira e finalmente comeria. — Refrigerante porque se eu beber mais vinho vou me sentir tinta e você está dirigindo... — disse e pareceu se lembrar de algo, ia pegar os talheres, mas parou. — Espera — ela disse quando Zayn também moveu a mão para pegar os talheres. Ela se virou para ele, colocando uma mão em sua coxa de uma forma instantânea, normal e inconsciente. Zayn olhou para a mão dela e depois para ela, engolindo seco. Já bastava o sorriso, a voz e o vestido que lhe caiu perfeitamente bem, se ela colocasse a mão nele outra vez ele não responderia mais por si. — Eu sei que... — ela disse começando a ficar nervosa, pensou que estivesse soando de tão quente que se sentia. Seu coração acelerado demais, sua boca seca e seus olhos fixos nos dele a deixando sem forças para sequer se mover, era como uma corrente elétrica passando por todo o corpo dela, a deixando ligada a ele. — Você deve estar me odiando a gora — desviou os olhos dos dele, abaixando a cabeça e seu cabelo caiu em seu rosto, mas logo ela passou os dedos entre ele, o colocando atrás da orelha e continuando antes que Zayn a interrompesse. — É, você me levou a um restaurante caro e aqueles pratos que você pediu... meu deus, devia ter comida importada naquilo, algum tipo de coisa especial e eu só te trago pra comer uma pizza — disse aflita, inquieta.

— Danielle...

— Não Zayn, só me deixe continuar. — ele assentiu. — Sinto muito por ter estragado o seu encontro e a noite que você preparou pra nós, mas te trazendo aqui, te mostrando um lugar que eu gosto de frequentar com um prato relativamente simples que eu gosto de comer — ela olhou rapidamente para o pedaço de pizza de quatro queijos e depois voltou seus olhos para os dele. — eu quis dizer que não preciso que gaste dinheiro comigo. Comprando coisas caras, me levando a esses restaurantes que... eu estou me sentindo muito culpada. — Zayn tentou ficar mais perto dela, segurou sua mão para acalma-la. — É que não é a minha vida, entende? Eu não frequento esses lugares, não sei o nome daqueles pratos ou daquelas sobremesas, não sei a diferença entre a marca do chocolate, dos doces que pedimos... isso soa muito idiota. — ela suspirou, fechando os olhos e levando suas mãos até a nuca dele, entrelaçando as no pescoço de Zayn e acariciando sua pele, isso era o que acalmava ela. — Eu gosto de pizza, gosto de batatas fritas e de refrigerante — sorrio aproximando seus rostos. — Gosto de flores, Zayn. — sussurrou.

— Não gostou de lá? É isso que quer me dizer? — ele perguntou colocando a mão no rosto dela.

— Eu gostei, é um lugar lindo, com certeza muito bonito, mas não faz parte de mim, eu só queria que você soubesse antes de tudo, antes que a gente possa... sei lá... começar alguma coisa séria? Eu não sei, só quis... eu só quis... — ela sentiu os lábios dele roçarem nos seus.

— Não precisa ficar nervosa — ele sussurrou contra os lábios dela. — E eu amo pizza — ela riu, mas foi parada no início pelos lábios dele contra os seus, se apertando no início de um beijo.

Danielle entrelaçou os dedos no cabelo dele e apoiou uma mão na mesa, tentando se manter firme. Danielle era delicada demais para ele, Zayn era muito forte e ela estava quase caindo pela força do corpo dele contra o seu. Por mais que quisessem ser discretos, aquilo não era nada imperceptível. A mão dele se colocou sobre a coxa dela, adentrando seu vestido e fazendo cócegas em sua pele, nesse momento, se separaram buscando ar e Danielle lhe deu um selinho rápido, segurando seu rosto.

— Não pode fazer isso aqui — ela reprimiu um riso, segurando a mão dele sobre sua coxa nervosa, se ele continuasse ela não conseguiria para-lo.

— É que você... — ele suspirou, chegando mais perto de Danielle e mordendo seu lábio. — Você está muito linda. — ela sorrio, se afastando e beijando o rosto dele levemente, sentindo a barba dele fazer cocegas em sua bochecha. Segurou a gravata dele que estava dentro do terno a puxando levemente para que ele ficasse mais perto dela e voltou a beija-lo, mais intenso dessa vez. Ele segurou seu rosto, puxando seus lábios e Danielle apertou mais a gravata dele e quando se separaram sorrindo, suas testas ainda ficaram juntas.

— Quero que prove e que diga que é boa — ela se separou devagar. — Porque é. — disse tentando fazer uma cara severa, mas não deu certo, ela não conseguiria ficar brava de jeito nenhum. Aquilo era muito mais do que ela havia esperado, Zayn nem parecia tão chateado ou irritado por ela ter o trazido ali como ela imaginou, ele parecia estar mais perto, não fisicamente, mas emocionalmente, sentimentalmente. Ela podia sentir mais todas as emoções dele, todo o calor que o corpo dele tinha. A noite estava sendo ótima, conversar com ele, rir com ele... ela sempre quis alguém para dividir suas coisas, conversar sobre seus planos e alguém que lhe dissesse coisas bonitas, mesmo que lá no fundo, e agora ela tinha.

 

[...]

 

— Vamos voltar aqui um dia, isso é realmente muito bom. — Zayn disse e Danielle riu, deixando seu copo de milk-shake em cima da mesa.

— Eu vou precisa de academia por três anos depois de tudo isso — ela deitou a cabeça no ombro dele.

— Eu preciso de você depois de tudo isso — ele disse sorrindo, encarando a mesa e ela ficou sem graça, levantando a cabeça e o encarando envergonhada.

— Você sempre conquista as mulheres dizendo essas coisas? — segurou um suspiro.

Tinham dado alguns selinhos e beijos curtos enquanto comiam suas sobremesas então o cabelo dele já estava meio bagunçado, penteado para o lado ao contrario pelo menos nas laterais onde Danielle sempre entrelaçava os dedos.

— Faz tempo que não conquisto mulher nenhuma — olhou para ela e Danielle pegou seu copo grande de vidro, segurando o canudo vermelho com a ponta dos dedos e bebendo um pouco, olhando para ele.

— Você quer? — ela perguntou sem jeito e ele negou, então ela continuou bebendo. — Podemos ir ao restaurante que você quiser da próxima vez.

— Por que? Você não gosta dos pratos... — ele entrelaçou sua mão na nuca dela, acariciando o cabelo de Danielle fazendo ela mexer a cabeça e levantar os ombros arrepiada, ela mexeu a cabeça lentamente de uma forma relaxante.

— Eu nunca vi um daqueles antes, mas se você me der um tempo eu posso aprender a gostar — olhou para ele, Zayn a encarava com ternura enquanto acariciava sua nuca. — por você...

— Não precisa mudar por causa disso — ele disse. — É só um restaurante — ele passou o braço pelos ombros dela, a abraçando de Danielle chegou mais perto dele.

— Eu gosto de frango — ela deitou a cabeça no ombro dele. — Já é alguma coisa. — beijou o pescoço de Zayn, roçando seu nariz na pele macia e cheirosa dele completamente entorpecida pelo seu perfume e pelo momento. Estava se sentindo tão arrepiada, quente, protegida...

Os dois ficaram por uns segundos daquela maneira, apenas juntos, sem dizer nada, Danielle tinha uma não na coxa dele e Zayn acariciava seu cabelo respirando devagar, passando tranquilidade para ela também. Ela queria dormir ali, ficar daquele jeito por muito tempo, mas ela se moveu quando seu celular começou tocar dentro da sua bolsa pequena que estava ao seu lado. Ela apenas levantou a cabeça para olha-lo e o viu assentindo, como se não se importasse.

— Sinto muito — disse baixo, pegando o celular e ele responderia um “sem problemas” mas ela já estava atendendo.

— Olá — disse com um sorriso no rosto, Zayn não fazia ideia de quem poderia ser, mas depois de pensar bem viu que poderia ser Brad ou até mesmo Megan, já que eram amigas. — O que? — Danielle se enrijeceu de repente e Zayn fez a mesma coisa, ficando preocupado. Ela se afastou, colocou uma mão em cima da mesa como se precisasse se apoiar e estava querendo dizer coisas, sua boca se abria, mas se fechava de novo. — Não! — ela quase gritou, já estava se levantando. — Não faça nada, eu já estou indo, vou chegar muito rápido eu prometo. — se levantou. Tinha praticamente se esquecido de que Zayn estava ali e isso o deixou pior, ele queria imediatamente perguntar o que tinha acontecido, Danielle se tornou pálida e preocupada, os lábios eram uma linha fina enquanto parecia escutar a outra pessoa falando.

— O que aconteceu? — Zayn perguntou assim que ela desligou o celular, com as mãos agitadas e o corpo tremulo em cima dos saltos.

— Holly está no hospital — Ela segurou a mão dele. — Eu vou pagar, por favor, saia e ligue o carro — ela pediu aflita. — eu preciso muito que me leve ao hospital.

— Claro — ele assentiu, deixando a segura. — Mas eu pago, tudo bem — ele segurou os braços dela e Danielle se soltou.

— Eu te trouce aqui — ela parecia ofegante e ele ficou preocupado, achou que ela iria passar mal. — Eu pago.

— Mas quem te chamou pra um encontro fui eu.

— Mas Zayn — ela disse baixo, nem se irritar ela conseguiria.

— Pode ir na frente. — ele disse e não deixou ela questionar mais, saiu e foi até o caixa enquanto Danielle empurrava a porta de vidro um pouco desorientada. Estava frio lá fora, ela sentiu o choque térmico em seu corpo naquele instante, estava frio e um vento bateu no rosto dela, fazendo seu cabelo voar na frente do próprio rosto.

 

[...]

 

Danielle entrou naquele hospital às pressas, ofegante e preocupada demais, ela entrou no elevador e ele já estava quase se fechando quando Zayn entrou correndo.

— Calma, Danielle — ele disse tocando o ombro dela, sentiu na hora que ela estava tremula, parecia até mais sensível, como se o toque dele pudesse desmonta-la inteira, Zayn teve até medo de continuar com a mão ali. — Vai ficar tudo bem. — ele se aproximou, dizendo mais baixo. Só os dois estavam naquele elevador, era muito grande e branco, frio, deixou Danielle pior do que já estava, sua garganta ficou mais seca ainda pelo ar condicionado.

— Ela é muito sensível — ela se virou para Zayn colocando sua mão por cima da dele em seu ombro. — Ela ficou completamente exposta a tudo assim que ela nasceu, teve uma crise de hipotermia quando estava vindo para o hospital e mesmo aqui ela não melhorou, levou tempo. A mãe dela só ficou na vida dela tempo o suficiente pra fazer mal a ela, ela bebia, usava drogas... Holly estava ficando bem, sem nenhuma sequela grave, sem nenhuma doença, quase um milagre depois de tudo o que ela passou. Frio, fome, medo... a mãe dela nem lhe deu um nome, Zayn. — a voz dela foi ficando cada vez mais fraca, Zayn olhou bem nos olhos dela e viu que ela tinha medo, as palavras dela eram assustadas. — Como alguém faz isso com o próprio bebê? Eu não consigo pensar em como alguém tem um filho e o abandona, isso me deixa triste.  — Sussurrou, sem olhar para ele, olhava para frente, consequentemente para o nó da gravata dele. Estava pensando em mil coisas e estava horrorizada, ficava horrorizada toda vez que começa a pensar naquele assunto. — Ela não interrompeu a gravidez antes dos três meses — ela levantou a cabeça. — ela continuou. Continuou toda a gravidez pra isso? Só pra fazer mal a Holly?

Zayn estava pronto para dizer algo que pudesse acalma-la ou pelo menos fazer com que ela parasse de tremer, mas a porta do elevador se abriu diante deles e os dois olharam ao mesmo tempo, mas Danielle foi a primeira a sair, segurando a mão de Zayn e o puxando.

— Acho que é... por aqui — Zayn entrelaçou suas mãos. Ela parou suspirando um pouco, estava agitada demais e Zayn percebeu, por isso segurou sua mão com mais firmeza.

Danielle soltou suas mãos assim que chegaram no andar Neonatal. Ela saiu andando mais rápido e parou na frente de uma enfermeira.

— Posso ajuda-la? — ela perguntou assim que encarou Danielle, percebendo que ela estava assustada.

— Estou procurando por uma bebê. Ela é loira, pequena e está com febre muito alta, o nome dela é Holly. Me ligaram e eu tenho que vê-la. — disse balançando as mãos, aflita. A enfermeira assentiu rápido, querendo ajudar ela o mais rápido possível. Zayn estava se aproximando por trás de Danielle aos poucos.

— Você é a mãe dela? — A enfeira que usava um uniforme rosa claro com ursos desenhados nas pontas das mangas perguntou.

— Sou. — Danielle disse a tempo de Zayn escutar quando se aproximou e ele ficou a encarando confuso e mais preocupado ainda, ela estava quase se esquecendo de que ele estava ali.

— Pode vir comigo — A enfermeira sorrio nervosa e Danielle a seguiu.

— Não precisava ter vindo tão rápido Danielle. — uma mulher se levantou dos bancos que tinham no corredor e ficou de frente para Danielle, a enfermeira já tinha entrado.

— É claro que precisava — Danielle disse e outra mulher também se levantou, parecia um pouco mais velha, sorrio abraçando Danielle que ficou quase imóvel de preocupação. Zayn concluiu que talvez devessem ser assistentes sociais ou até as mulheres responsáveis pelo abrigo onde Holly ficava. — Como ela está? Eu posso vê-la?

— Ficamos com medo, nós sempre ficamos, ela ainda é muito pequena, não tem nem um ano, mas mesmo assim não queríamos preocupar você, ligamos porque pediu pra que te avisássemos caso isso acontecesse outra vez e sabemos que você gosta muito dela. — uma das mulheres disse com um sorriso no rosto, talvez até um pouco de ternura. Zayn ficou atrás de Danielle, observando e escutando tudo.

— Fizeram muito bem — Danielle assentiu. — Posso entrar pra vê-la? — Danielle só se lembrou de que Zayn estava ali quando ele a abraçou pela cintura, a puxando levemente para ele, querendo acalma-la e as duas mulheres olharam para ele, sorrindo gentis. — Esse é... ele é meu... ele — ela foi interrompida pela enfermeira saindo das portas de vidro e sorrindo para Danielle.

— Ela acordou, se quiser entrar agora posso te explicar também como ela está.

— Claro — Danielle disse seguindo a o mais rápido possível e Zayn ficou sozinho ali, com as duas mulheres um pouco sem jeito.

— Hum, eu sou o namorado dela. Namorado. — ele disse assentindo para elas e para si mesmo.

— Ah, claro. — uma das mulheres sorrio.

— Danielle se importa muito com Holly. Não queríamos incomoda-la, mas desde o início ela esteve com Holly, ela quem escolheu o nome, já fomos chamadas quando a menina chegou ao hospital e ela estava com a gente, se ofereceu para vir junto e...

— Ela escolheu o nome? — Zayn perguntou surpreso.

— Sim, quis pagar o hospital e desde então está muito ligada a Holly.

— Ela é uma pessoa muito especial — Zayn disse procurando Danielle depois da porta de vidro, mas ela aparentemente já tinha entrado em algum lugar — Cheia de bondade e amor... — ele soltou o ar. — Vou entrar pra ficar com ela, está muito assustada. — As mulheres assentiram e Zayn passou pelas portas de vidro, enquanto elas se sentavam e um celular começava a tocar.

— Ela já acordou e está bem melhor. — A enfermeira disse pegando o prontuário de Holly nas mãos enquanto as duas se aproximavam de outras portas de vidro que levavam ao quarto em que Holly estava. — Ainda está com um pouco de febre, mas ela abaixou muito, ela chegou aqui muito quente.

— Ela... ela nasceu prematura — Danielle disse se aproximando da pequena maca onde Holly estava deitada e no momento em que viu Danielle a reconheceu. — O sistema imunológico dela não — a enfermeira a interrompeu assentindo.

— Sim, por isso fizemos exames, o pediatra achou que ela podia estar com pneumonia, mas pelos exames ela não está, ainda bem.

— Ela já passou dois meses aqui quando nasceu, odeio pensar que ela pode passar mais dias nesse hospital — Danielle chegou mais perto de Holly, segurando a mãozinha dela.

— Sinto muito, mas ela vai passar essa noite em observação, ela chegou aqui chorando muito, estava toda mole como se estivesse sem forças. — Danielle olhou para Holly com os olhos marejados, abaixando a cabeça e isso fez com que seu cabelo caísse ao lado do rosto. Ela passou a mão pela cabeça de Holly, se abaixando um pouco e sorrindo para ela. — Dr. Prescott. — a enfermeira disse e Danielle olhou na direção dela, um médico estava se aproximando, um jaleco branco por cima de um uniforme azul.  — Esta é a mãe da pequena Holly — Danielle sorrio nervosa, apertando as mãos dele. Torceu para que as assistentes sociais não escutassem isso ou ela não poderia entrar ali para ver Holly.

— Não precisa ficar tensa, Holly precisa de alegria — ele disse colocando a mão nos bolsos do jaleco. — E esse é o andar Neonatal, não apenas a UTI. — sorrio e Danielle se acalmou, ter um profissional dizendo a ela que estava tudo bem foi bom para que realmente pudesse tentar acreditar. — Os resultados dos exames saem em algumas horas, mas já estabilizamos o caso. Ela é prematura, mas não tem sequelas, não fez cirurgias... pode estar com uma gripe, inflamação na garganta, mas com muito mais intensidade pelo tamanho dela e por não ter um sistema imunológico muito forte. — Danielle assentiu, limpando rapidamente uma lagrima que correu por seu rosto. — Está tudo bem — ele assentiu analisando a ficha de Holly e assinando em algum lugar.

— Será que eu... — Danielle recuperou o ar. — Eu poderia pega-la? — O médico a sua frente pareceu pensar por uns segundos, mas acabou assentindo.

— Pode se sentar ali — ele apontou para uma poltrona marrom que Danielle mal tinha percebido. Só tinha olhos para Holly.

O médico saiu, pedindo licença e quando a enfermeira viu Zayn se aproximando fez o mesmo, dizendo a Danielle que daqui a pouco voltaria ali para ver se estava tudo bem. Pensou que ela e Zayn deveriam estar passando por alguma coisa, já que haviam duas assistentes sociais ali, isso partiu o coração dela, principalmente quando olhou para trás e viu o tamanho da delicadeza que Danielle teve ao tirar Holly da cama. A pegou com cuidado, deixando Holly deitada em seus braços e passou a mão pela cabeça dela, tirando sua franja do rosto e levantando a até encostar seus lábios na testa dela de uma forma suave e silenciosa.

Ela ficou balançando a em seu colo de uma maneira lenta, passando a ponta dos dedos em seu rosto e ela estava acordando, Zayn ficou impressionado com o que viu. Ele soltou o ar, percebendo que Danielle não estava só ajudando aquela bebê, não estava só cuidando para ela ficar bem, era muito mais do isso, Holly segurava nela, colocava sua mão por cima da de Danielle em seu rosto, segurava seu cabelo, seu vestido, elas já tinham uma relação que ia muito mais além do que ele pensou. Ela levantou um pouco mais Holly, juntando suas testas e sorrindo, roçando seus narizes surrando coisas bonitas para ela, dizendo que ela ia ficar bem.

Quando ela percebeu que Zayn já estava próximo, levantou a cabeça para olha-lo e sorrio. Ele sorri para ela também, estava muito mais calma e isso o deixou calmo também. Ele se aproximou mais dela, até estar ao seu lado, olhando para Holly também, fazendo carinho em sua mão com o polegar.

— Ela está com sono, mas acho que não quer dormir porque está olhando pra mim, mas os olhos dela estão fechando... — disse baixo.

— É um lugar estranho — ele disse baixo também, tão perto de Danielle que estava sentindo o cheiro perfumado que vinha do cabelo dela. — ela deve estar feliz por finalmente ver alguém conhecido. — Danielle assentiu concordando.

— Tenho tanto medo — ela disse, Zayn sentiu novamente fragilidade em seu tom.

— Você quer ter filhos? — perguntou. — Sonha em ser mãe? — ele já estava quase ciente da resposta. Danielle era boa com crianças, apaixonada por Holly...

— Sim, eu — ela recuperou o ar —, eu quero ser mãe. — olhou para ele rapidamente, mas depois voltou a olhar Holly um pouco congelada e envergonhada. Por que ele estava perguntando isso a ela?

Ela se virou para Zayn.

— Você quer segurar ela um pouco antes de falarem que temos que ir? — Zayn ficou surpreso.

— Eu? — Indagou. — Mas eu... ela não vai gostar de mim.

— Já ficou com ela antes — Danielle se afastou. — Se não quiser tudo bem — ela se virou para a poltrona e se sentou. — Eu não entendo por que não gosta dela, por que está sempre se afastando... — evitou olhar para ele, deixou Holly sentada em seu colo com a cabeça em seu peito.

— Danielle, pare de pensar assim! — Zayn a repreendeu. — Eu gosto dela, é um bebê, claro que eu gosto dela.

— Tudo bem — ela o olhou dando de ombros. — Tudo bem. — voltou a olhar para Holly, resolveu deixar para lá e aproveitar os minutos que tinha com ela. — O médico disse que ela está bem, mas vai ficar em observação. — disse se levantando, pronta para colocar Holly de volta na cama, mas Zayn segurou seu braço, fazendo Danielle ficar de frente para ele e então acabou se dando por vencido, pegando Holly e tentando ser leve e delicado para que ela não chorasse, e ela nem pensou em chorar. Zayn a segurou no colo e beijou seu rosto, deixando a cabeça dela deitada em seu peito enquanto passava a mão em seu cabelo, olhando para ela. Tão frágil e linda. Ele se perguntou se Danielle sentia por Holly o mesmo que ele sentia por ela, uma vontade imensa de proteger.

— Obrigada por ter vindo até aqui — Danielle disse baixo, se aproximando dele. Colocou a mão sobre as costas de Zayn chegando bem perto dele, encostando seus corpos e levantando um pouco a cabeça para beijar o rosto dele. — Obrigada. — Acariciou o ombro dele e beijou a testa de Holly dessa vez. Zayn sorrio, abraçando Holly e a beijando novamente antes de colocá-la deitada na cama pequena novamente. — Vou conversar com a Carmen e a Amy sobre a Holly e depois vamos embora, tá? Amanhã eu vou busca-la no abrigo, é sexta feira, acho que me deixam leva-la.

— Tudo bem, eu vou com você não se preocupe.

 

[...]

 

— Você tem certeza de que está bem? — Zayn perguntou para Danielle assim que saíram do elevador e quando olhou para o lado ela não estava. Estava há alguns passos atrás apoiando sua mãe na parede enquanto tirava seus saltos. Ele sorrio divertido, ela estava pequena novamente.

— Estou bem — ela respirou fundo continuando a andar. — Só preciso de uma noite de sono.

— Quando a gente estava no hospital você... — ele pensou bem sobre falar ou não, mas estava muito intrigado com tudo. Abriu a porta pesada de madeira e a empurrou, deixando que Danielle entrasse primeiro. As empregadas já tinham ido embora e o lugar estava vazio, perfeitamente arrumado e vazio, até as almofadas que estavam sempre amassadas estavam colocadas corretamente sobre os sofás. — A enfermeira te perguntou se era mãe da Holly e você disse que sim. — ela ia subindo a escada na frente dele e parou nesse momento, isso deu tempo para que Zayn a alcançasse.

— Eu disse? — ela perguntou mordendo os lábios. — Bom — continuou subindo, um pouco nervosa. — , se eu não dissesse eu não poderia vê-la e nem segura-la. — levantou os ombros, estavam andando pelo corredor juntos. — Eu vou tomar um banho.

— Ah, eu também vou. — Zayn parou na porta de seu quarto e Danielle deu mais alguns passos até chegar na sua. — Vou dormir sozinha então, porque você disse... você disse — ela gaguejou um pouco. — disse pra irmos devagar. — ela abriu sua porta, se virando e sorrindo para ele antes de entrar.

— Eu disse. — ele suspirou, e ela entrou dentro de seu quarto o deixando sozinho ali no corredor.

Ele queria entrar em seu quarto, queria tomar um banho em seu banheiro, deitar em sua cama e dormir, como fazia todos os dias. Mas ele não conseguiu, alguma coisa vibrou em seu corpo inteiro, fazendo o formigar e ir até o quarto de Danielle. Assim que ele abriu a porta, ela estava de frente para a o espelho se contorcendo para puxar o zíper de seu vestido para baixo. Zayn adentrou o quarto e segurou a cintura dela, puxando ele mesmo o zíper.

— O que foi? — Danielle perguntou se virando.

— Eu sei o que eu disse. — ele se afastou um pouco, para conseguir olha-la melhor. — disse pra irmos devagar, eu sei.

Naquele momento ele achava que nem tinham mais que ter os quartos separados, usar banheiros separados ou qualquer outra coisa. Deviam começar a dormir juntos em um novo quarto, usar um novo banheiro. Se já moravam juntos e agora já sabiam que estavam apaixonados um pelo outro então não tinham que ir devagar, já tinham ido devagar durante muito tempo.

— Eu digo coisas assim, eu sempre vou dizer e você vai ter que se acostumar com isso — ele disse meio confuso, foi para trás cada vez mais até bater contra a cômoda dela, assustando a. Ela entortou um pouco a cabeça, olhando para ver se algo iria cair e depois olhou de volta para ele, sem saber onde ele queria chegar. — O que eu quero dizer é que — ele suspirou, tentando se manter calmo, mas de repente tinha ficado impossível.

O que é que aquela mulher estava fazendo com ele? As respostas eram tudo que Zayn procurava a instantes atrás, mas de repente elas tinham se tornado inúteis em um momento. Pra que as respostas quando ela estava bem ali? Quando se queriam e se gostavam, pra que as respostas que talvez nem podiam existir? Podiam ser coisas da cabeça dele.

Ela ficou calado, observando a reação dele e se perguntando se ele estava daquele jeito pois o que ia falar era ruim. Ela estava começando a achar que não suportaria perder Zayn de novo como sempre perdia quando brigavam, ela não podia deixar que isso acontecesse de novo, ela sentia algo muito forte por ele. Os dois sentiam.

Quando estavam juntos, quando se olhavam nos olhos, se tocavam e sorriam um para o outro ou quando simplesmente diziam algo, qualquer que fosse a palavra, era como se cada átomo do corpo deles dissesse que estavam no lugar certo. Que eram ali o lugar a que ambos pertenciam. Danielle acreditava no amor e Zayn acreditava nela, acreditava que nunca iria conhecer outra pessoa como ela e que se alguém como Danielle estava ali, na sua frente, ele não podia deixar que se afastasse.

— Ir devagar pode funcionar quando você comanda uma empresa, pode funcionar quando tem que assinar contratos e apresentar propostas, mas  não funciona pra duas pessoas que se gostam. Eu não sei se você quer dormir no mesmo quarto que eu, se quer... sei lá, fazer as coisas que um casal de verdade faz. Eu só quero que não fique com isso de ir devagar na cabeça — ele deu dois passos até ela, tocando o braço de Danielle. — Vamos só fazer o que a gente quiser, sem se preocupar se estamos indo devagar ou não. A gente se gosta, pronto, vamos fazer o que a gente quiser.

Danielle sorrio sentindo seu coração dar um salto tão alto que ela até pensou que não tinha como ele voltar.

— Eu vou tomar banho — ela disse e ele ficou com uma expressão seria.

— Se quiser conversar, se quiser... se quiser qualquer coisa, eu vou estar no meu quarto. — disse pronto para se virar, mas ela segurou a mão dele.

— Você não disse que ia tomar banho também? Tem um banheiro aqui — ela apontou para a porta atrás de segurando seu sorriso. — Bem aqui. 


Notas Finais


Oi gente, primeiramente queria pedir desculpas por ter demorado tanto tempo. Eu fui cobrada por algumas pessoas e me deixou feliz saber que vocês sentem falta da história, eu também sinto, acreditem, estava super ansiosa pra postar esse encontro e tudo, mas uma serie de coisas que aconteceram me desanimaram e se não fosse pelas pessoas que me cobraram, talvez eu nem estivesse aqui hoje. Recebi mensagens e comentários e foi muito bom, é por isso que eu estou aqui, ou capítulo novo só sairia mês que vem, eu realmente não estou com cabeça pra nada.

Eu já estava um pouco desanimada, mesmo que por dentro, e então acordei com a noticia de que a mãe do Louis, a Johanna, tinha falecido. Eu fiquei cinco minutos parada olhando para o nada, tentando fazer o que eu li entrar na minha cabeça de algum jeito. Eu nunca perdi ninguém próximo, mas eu sinto muito amor pela minha minha mãe e pude tentar imaginar, ao menos tentei imaginar em como esta sendo para todos da família dele. Ela era muito amada, sempre procurando ajudar os outros e sempre demonstrando seu carinho por todos. Ela deixou 7 filhos, seu marido e um neto. Ernest e Doris tem apenas dois anos, isso partiu meu coração. E ela não era da minha família, muito menos me conhecia, mas em todo esse tempo acompanhando a One Direction eu cresci não só com eles, mas com a família deles também, então é uma perda, me deixou muito mal pensar em como a família deve ter ficado, porque por mais que já soubessem da doença, nunca é fácil dizer adeus e nunca estamos ou estaremos preparados pra coisas como essa. Espero que todas vocês pensem coisas positivas e mandem energias positivas para a família e para o Louis, que foi muito forte e tenho certeza que ele a deixou muito orgulhosa. Eu admiro ele como artista e como pessoa, foi mais forte do que eu jamais seria ao se apresentar no TXF em homenagem a ela.

Esse capítulo foi meio que uma "homenagem". Eu sei que a historia não tem a ver com ela ou com o Louis, mas é pra deixar marcado, não é grande coisa, eu sei, e eu sei que nem todos vocês são Directioners, mas de qualquer forma foi pra lembrar a vocês de não se esquecerem de orar por ela, pela família e pelo Louis, é pra lembrar a vocês do amor. Amor é tudo e tenho certeza que se mandarmos cada vez mais amor a todos, isso fará diferença sim! Não só amor a eles, mas a nossa família, aos nossos amigos, a todos. Espero que todos eles sejam confortados por Deus e pelas pessoas ao redor.

Bom, mas agora, sobre a fanfic, eu estou feliz com o rumo que ela está tomando. E vocês? O que tem a me dizer sobre esse capítulo? O que vocês querem que aconteça com a Holly e a Danielle? São tão fofas, não são? Elas já tem um futuro preparado. Me digam nos comentários tudo o que estão achando e claro, sobre esse encontro não é? Queria muito um desses.

A fanfic tem um teaser novo? Seria um teaser da segunda temporada?
Vocês podem ver aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MB2JyiJtFaM

❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...