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História Tokyo ghoul re: sob costuras e sorrisos - "O dia antes de tudo desabar"


Escrita por: lua_vermelha8

Notas do Autor


Olá! Capítulo desta semana!
Boa leitura!

Capítulo 18 - "O dia antes de tudo desabar"


Fanfic / Fanfiction Tokyo ghoul re: sob costuras e sorrisos - "O dia antes de tudo desabar"



Amanheceu chovendo aquele dia.
Talvez seja por pura impressão, mas um sentimento nostálgico está por me atiçar desde os dias longínquos. Amanhã, iremos dar inico á operação de fim da Aogiri.
Amanhã, as coisas serão realizadas com o propósito de livrar a humanidade dos ataques, e... eu estive me perguntando se poderia significar outra coisa a mais.
Estive pensando sobre ghouls, sobre meu passado, sobre leves vislumbres que venho tendo.
Me recordo de uma cafeteria, um lugar tomado pelo café amargo e gostoso. Me recordo de sorrisos e risadas, e lembro-me de um companhia gostosa. Um garoto, seus cabelos eram ruivos e ele usava fones grandes ao redor do pescoço.
Ele estava sorrindo pra mim, seu sorriso belo como se o maior erro do mundo fosse alguém tira-lo de seu rosto.
E não apenas ele, lembro também de uma garota. Ela era grossa, intimidante, mas também era sensível e frágil, ela me faz lembrar touka, a amiga de juuzou.
Me pergunto se teria alguma relação.
Os vislumbres me deixam pensativo, talvez seja o fato de que o perigo se aproxima. Como se em algum momento eu já tivesse passado por um instante antes de uma catástrofe, e meus sentidos estivessem se aguçando para prevenir-me.

Mas se essa era a intenção, então não vejo como pode ajudar.
Não me levantei da cama como sempre. Hoje recebemos folga para que nos preparamos para a missão amanhã, os dados serão passados em seguida e vamos todos agir para garantir a derrota do leilão ghoul e das famílias ghouls de tokyo.
Significa também que os ghouls mais perigosos estarão reunidos em um lugar só, e que teremos apenas uma chance de acabar com isso. Acabar com tudo.

Me levanto da cama as 11:30, passei no mercado ontem, então como de esperado, meu esquadrão já está na cozinha, preparando macarrão instantâneo.
- Bom dia - Eu digo.
Eles sorriem, e me cumprimentam. Todos parecem felizes, animados, e altamente nervosos.
- Meu miojo está com gosto de camarão amassado misturado com papinha - Shirazu diz, seu rosto transparecendo que ele está nervoso com a missão.
Saiko se aproxima dele.
- Não, aqui diz "Sabor galinha" - Saiko responde - Você está comendo errado.
- Quer saber, vou me deitar - Shirazu diz se levantando - Preciso descansar pra amanhã.
- São 11 horas - Urie diz - Você tem que comer e treinar, não apenas passar o dia deitado na cama jogando vídeo game para relaxar.
Shirazu olha para ele, confuso.
- Vou fingir que seguirei seu conselho - Ele responde parecendo tonto.
O loiro vai até seu quarto e fecha a porta, se escutando em seguida o barulho dele caindo na cama.
- Vocês também estão nervosos? - Pergunto.
- Bem... - Tooru diz hesitante - Um pouco.
- Chances de Vitória, 78% por cento - Urie diz - dependendo da quantidade e eficácia dos ghouls declarados como acima de rank S, as nossas chances aumentam se a organização da defesa deles estiver corroída pelo ataque surpresa de juuzou e Tooru, indo para 58% por cento.
Tooru não se agradou com o número.
- Uau... - Ela diz - 20% da missão está nas mãos de mim e de juuzou.
- Você vai se dar bem - Eu a reconforto - Juuzou estará com você, e além disso, você é forte. Vai ficar tudo bem.
As palavras parecem surtir efeito, os ombros de Tooru se soltaram.
- Eu ainda não consigo usar minha kagune... - Ela diz, parecendo triste.
- Não tem problema - Eu respondo - Se as coisas darem certo, não vai precisar usar.
Tooru pareceu se focar.
- C-certo...
Somos interrompidos pelo meu celular, que começa a tocar.
- Um momento - Eu digo á todos enquanto volto ao meu quarto, onde a acústica é melhor.
Olho para a tela e vejo que juuzou está por me ligar.
- Alô? - Eu atendo.
- Alôoooooo - Juuzou responde.
- Aconteceu algo? - Pergunto.
- Não, quer dizer, eu deixei o suco cair e manchou o pano que ganhei de Natal do hanbee, mas isso não importa.
- Primeiro, importa sim. Segundo, mancha de suco sai se usar o produto certo.
- Certo, certo - Ele parece rir discretamente, como se minha ciência de remover manchas o trazesse boas lembranças - Oque vai fazer hoje?
- Nada - Respondi.
- Certo, vamos toma café juntos.
- Café? - Pergunto.
- Naquela cafeteria, eu estou aqui hoje para ajudar a Touka - Ao escutar seu nome uma onda elétrica correu pelos meus dedos - Você pode aparecer lá?
Respiro fundo, se touka está relacionada comigo em algum aspecto, seria bom eu descobrir dele logo agora?
- Claro - Respondi - Passo aí umas...
- Agora - Juuzou diz - Pode vir para cá agora.
- Mas... Eu acabei de levantar, pensei que iria mais tarde na cafeteria - digo, olhando para o relógio.
- Hoje é terça, dia da touka vir me ver - Ele diz, imagino ele sorrindo - Ela veio me dar o almoço e voltamos juntos pra cafeteria. Ela está pedindo para eu te convidar desde que chegou em casa. Não é touka? (Oque?) - Escuto uma voz ao fundo - Eu tô falando pro haise que você está querendo falar com ele. (Eu não quero falar com ele, quero que ele venha aqui para tomar um café, apenas isso). Isso é querer conversar com ele. (Cala a boca).
Não consigo segurar o riso, escutar eles conversando me trás um sentimento bom, como se em algum momento eu quisesse muito que eles se entendessem dessa forma.
- Estou indo - Eu digo, olhando para meu guarda roupa e pensando nas roupas que vou usar - Devo chegar aí em trinta minutos.
Escuto juuzou se animar, seu suspiro de alegria transparece sua animação.
- Ele vem daqui a pouco - Juuzou avisa touka - Até logoooo.
E assim, a ligação acaba.
Me arrumo depressa, escovo os dentes, me troco e coloco os sapatos. Vou para a garagem e ligo o carro, partindo para as ruas silenciosas da chuvosa tarde de tokyo.

Chego na cafeteria, estacionando o carro e o fechando. A calçada está molhada, a chuva está tranquila e calma, como se seus sentimentos estivessem equivocados.
Encosto na maçaneta, abrindo a porta e sendo recebido pelo aroma gostoso do café sendo fervido. Os tons pastéis da cafeteria me recordam da primeira vez cujo olhei bem para Juuzou, quando o vi na cafeteria e ele me deu uma xícara de café.
A lembrança me faz sorrir, o café e seu aroma fazem parte de minha história, fazem parte de quem sou.
- Seja bem vindo, Haise - Uma voz feminina me traz á realidade, era Touka, seus cabelos azuis roxeados e um leve sorriso calmo me traziam conforto, sua pele pálida e bochechas rosadas se compadeciam ao seus olhos brilhantes. Ao menos, um deles.
- Bom dia - Eu digo.
- Juuzou está na cozinha, ele queria que seu café já estivesse pronto na hora em que você chegasse - Ela diz, andando até o caixa, cujo é ocupado por um homem de cabelos claros e um olhar famíliar.
- Bom dia - Ele me cumprimenta.
- Este é renji - Touka diz.
- Bom dia - Respondi.
O homem me analisa bem, seus olhos claros se focam em meu corpo.
- É bom te ver novamente - Ele diz, se levantando e indo em minha direção - Eu gostaria de agradecer.
Renji estende sua mão, ele está sorrindo de forma gentil, oque se encaixa raramente á um homem de seu porte, mas tras certo carinho.
- Pelo quê? - Pergunto, apertando sua mão da mesma forma.
O homem me observa paciente, como se soubesse de algo que eu não sabia.
- Obrigado Haise, muito obrigado - Ele diz, parece estar se esforçando para permanecer misterioso, mas ainda sim, é como se ele precisasse me agradecer faz anos.
Quando tento insistir sobre o porquê, sou interrompido por Juuzou, que surge de uma porta segurando uma xícara de café equilibrada num pratinho.
- Haiseeeeee! - Ele diz andando rapidinho em minha direção, com cuidado, para não deixar a xícara cair.
- Bom dia, juuzou - Eu digo, seus cabelos e roupas de garçom me trazem nostalgia. Seu sorriso refletia suas costuras vermelhas, e sua tranquilidade quanto nossa missão de amanhã me deixava mais calmo.
- Aqui! - Ele diz, me entregando a xícara de café - Eu que fiz, cuidado está quente.
Eu a pego, sorrindo para ele enquanto com cuidado bebo um gole.
O gosto é forte, amargo mas também doce. É o melhor café que tomei desde minha última visita a Re.
- Está otimo - Eu digo.
Juuzou sorri, ele parece estar lembrando de algo.
- Juuzou me contou que estava se preparando para uma missão - Touka diz, ela nos acompanha até uma mesa, cujo nos sentamos em seguida.
- Sim, - Respondo - Uma missão perigosa, mas não se preoculpe. Vamos ficar bem.
A garota sorri, seu sorriso é notavelmente bonito.
- Dizem que café deixa as pessoas elétricas, mas para os ghouls é como um xarope gostoso, eles dizem que deixam eles calmos e melhor reflexivos - Touka diz, ela observa minha xícara.
Realmente, meu esquadrão sempre comenta sobre como o café os deixa elétricos, energizados. Mas para mim, sempre foi algo como um calmante. O café me deixava tranquilo, me deixava pasmo e calmo. Com a missão de amanhã, vejo o quanto foi bom vir para cá.
Juuzou deve ter contado sobre eu ser meio ghoul, por este motivo, ela comentou tal coisa. Mas ainda sim, sua voz e tom natural na fala me levantou questionamentos.
- Ah, aqui - Juuzou diz revelando uma lancheira para mim - Eu trouxe a massinha de comida.
Ele abre a lancheira, revelando 6 bolinhas de massa ghoul comestível.
- Ah, a comida de fase de teste - Touka diz.
- Sim, pena que eles cancelaram o projeto por causa das objeções da ccg - Juuzou diz - só consigo algumas amostras porque eu passo no laboratório a noite e roubo.
- Meu garoto - Touka diz, orgulhosa?
Eu pego um bolinho e o coloco na boca, a massinha tem um gosto artificial de algo que deve ser macarrão? Pastel? Miso? Eu não consigo distinguir, mas ainda sim, é gostoso.
- Qual o sabor? - Juuzou pergunta para mim.
- Não tem sabor, mas é gostoso - Respondo.
- Touka, não quer provar? - Juuzou pergunta, mas me pergunto o porquê para touka em específico.
- Prefiro sanduíches, mas aceito um - Ela diz, pegando um dos bolinhos de massa e o colocando na boca.
Enquanto mastiga, seu rosto se torna engraçado. Ela desvia o olhar e continua mastigando.
- Uau - Ela diz com a boca cheia - Isso é muito bom... - Ela olha para mim, então parece retornar á algo em sua mente - Digo, prefiro sanduíches, mas isso não é tão ruim.
Juuzou sorri, ele parece gostar da reação de touka sobre os bolinhos de massinha.
- Renji, pensa rápido - Juuzou diz atirando um bolinho sob a sala, na direção de renji.
O homem parece ter um bom reflexo, pois acabou por ser acertado na bochecha pelo bolinho.
Esperava que ele ficasse com raiva, mas ele não ficou, apenas fez uma expressão confusa. Ver um homem alto e grande como ele, tão calmo, me deixava pasmo.
- Sua mira não melhorou desde a vez que lançou uma xícara em mim na cozinha só porque estávamos cheios de pedidos... - Renji diz, pegando a massa do rosto e a deixando em pedacinhos, para assim e comer.
- Desculpaaaa... - Juuzou diz.
Sinto que a relação de juuzou com renji é boa, como se desde a primeira vez, eles haviam se dado bem.

Sem perceber, meus olhos se tornaram pesados, a luz se tornou fraca, e derrepente tive um vislumbre curto de um breve momento em minha vida anterior.
Me lembro de um garoto estar com medo pois iria revelar para sua família que era gay, que gostava de um garoto, e que o queria apresentar para eles.
Então, aparece renji, que não se espantou com a notícia, ele tratou o garoto bem, disse que estava com ele se precisasse, e que não havia problema algum gostar de outro garoto.
"O preconceito é igual para todos, todos sofremos, ghouls, humanos. Gostando de homens, gostando de mulheres. São coisas cujo não escolhemos, nascemos assim, ninguém escolhe como vai nascer, de quem vai amar, ou do que o mundo vai fazer com você"
Sim, eu me lembro dessas palavras.
Um homem velho e gentil me disse elas quando eu era mais novo.
Era o gerente, ele e renji me disseram isso.
Mas teve algo mais, teve uma coisa ainda mais tocante cujo me lembro deles dizerem.


"Nós ghouls, somos aqueles que entendem oque é sofrer por ser da forma que nasceu, da mesma forma que não queremos ser desprezados por quem somos, não queremos que vocês sejam desprezados por amarem quem amam..."

Sim, renji estava lá na minha vida passada. Renji, touka, o gentil gerente...
Hinami, sim... onde está a Hinami?

- Haise? - Touka me traz de volta para a cafeteria, as luzes se tornam claras, meus olhos voltam e respondem á eletricidade.
- hã? - Pergunto, Touka está me olhando de forma estranha.
- Tá tudo bem? Parece que você caiu no sono derrepente - Ela diz, e eu finalmente noto que estou conversando com um ghoul. Mas... não estou com medo ou assustado, esse sentimento de estar com ghouls normalmente me deixaria atento e em estado de ataque, mas não é assim com eles. Eu me sento seguro, me sento tão seguro que me pergunto o que fiz para me perder deles...
- E-estou - Respondo, olhando em volta e reparando que juuzou ainda estava conversando com renji sobre o bolinho de massinha cujo eles comiam.
Touka me encara, como se lesse minha mente, mas então ela sorri.
- Você é bem vindo aqui quando quiser - Ela diz - Não precisa ficar nervoso com a gente, também não precisa ficar preoculpado. Juuzou faz parte da nossa família.
- V-você sabe que... - Pergunto, como é possível que ela saiba que descobri?
- Somos, nós somos sim - Ela responde com tranquilidade - mas não machucamos ninguém.
Meu corpo começa a tremer, como é possível eles serem ghouls? Juuzou sabe disto? Como... por que?
Com tantas perguntas passando sobre minha mente, eu me sinto levemente fraco, o vapor aromático do café me deixa semi transparente, e então, touka se aproxima.
- Usamos grãos de café da nossa própria colheita - Ela diz, e toda minha tensão é quebrada pelo apelo normal de sua fala.
- Ah... - Respondo, muito mais tranquilo. Talvez oque ví fora apenas um sonho idiota, mas ainda sim, algo cujo eu me questionava ainda.
- Os grãos tem que ser cuidados de forma bem delicada - Ela diz - Juuzou está aprendendo a plantar também, você poderia aprender se quiser.
Ela se referia á café...
Por um momento, eu pensei que eles fossem ghouls, mas ainda sim, não me convencera. Mas ainda sim, mesmo que fossem, por que eu me sinto tão bem com eles? Me sinto tão seguro e...

Tão feliz?



A companhia da moça me deixa pasmo, mas também me deixa constrangido, como se em algum momento, como em meu curto vislumbre, ela devesse estar sendo mais rígida e mais íntima de mim.
- Eu adoraria - Respondo, e ela dá um sorriso.
Juuzou e renji se aproximam, renji ainda tem um pedacinho de massinha na bochecha, oque é bem fofo.
- trabalhar como investigadores deve ser bem difícil - Renji diz.
- Nah, é fácil na maioria das vezes, mas missões de grande escala são realmente perigosas - Juuzou responde.
- Você poderia se demitir e começar trabalhar aqui por tempo integral - Touka da a ideia para o costurado, enquanto parte um bolinho da lancheira e o põe na boca.
- Não até por a Aogiri pra correr - Ele responde bebendo do café em minha xícara.
- Ei, meu café - Eu digo.
- Nosso, café - Juuzou diz beijando minha bochecha.
Renji e Touka riem, como se esse momento fosse altamente precioso. E talvez, realmente seja.
Enquanto conversávamos sobre o clima e sobre o trabalho, me perguntava sobre meu vislumbre. Sobre renji e touka talvez serem ghouls, sobre eles serem...
Ghouls amigáveis?
O passado de kaneki ainda me intrigava, as pessoas que ele conheceu, o mundo cujo ele queria consertar. Me perguntava o porquê de tudo isso. Talvez Touka e renji fossem o motivo de ele querer mudar esse mundo...
Mas acima de tudo, me perguntava sobre como as palavras gentis que ecoavam sobre nossos risos foi tão importante para mim. Algo sobre ser aceito como nasceu, algo sobre amar quem quiser amar.
Se alguns ghouls vêem isso...
Se renji e touka realmente forem ghouls...




Então não existem apenas ghouls ruins.
Assim como não existem apenas pessoas ruins.




Ficamos na cafeteria até fechar, nunca passei tanto tempo conversando com alguém como passei conversando com renji e touka. Eles queriam saber sobre meu passado, sobre meu sabor favorito de massinha, sobre os livros que eu gosto de ler. Xícaras se empilharam em nossa mesa, e por sorte tiveram poucos clientes hoje, então conversamos por horas.

- Aí aí - Touka se despreguiçou após mover a placa de "aberto", para "fechado" - Eu perguntaria se vocês gostariam de ficar para jantar, mas voces devem querer voltar pra casa e descansar, não é?
A ideia de ficar com eles por mais tempo me deixava animado, mas ainda sim, tinha algo que meus vislumbres me traziam que ia além de qualquer mistério.
- Oque acha haise? - Juuzou me perguntou, exatamente a única pessoa do mundo cujo poderia me fazer mudar de ideia. Infelizmente, eu já estava decidido á entender melhor disso antes de nossas missão.
- Desculpa, mas eu ainda tenho que voltar e ajeitar o material da missão de amanhã, e já são 7 horas, meu esquadrão precisa de mim para fazer comida - Eu digo, já sabendo que não é isso que vou fazer.
- Ah, tudo bem - Renji diz - Traga eles na próxima, ficaríamos felizes de conhecer eles também.
- Sim, juuzou trás o esquadrão as vezes, mas eles nunca ficam muito tempo - Touka diz, seu sorriso virado á mim.
- Juuzou, eu te levo pra casa, pegue seu casaco e podemos ir - Eu disse, olhando para a chuva que caia lá fora.
- Okay - Juuzou responde, enquanto passa pela porta da cozinha atrás de seu casaco.
Touka olha para mim, seu cabelo trampando o olho direito a deixava extraordinariamente bonita.
- Cuidado voltando pra casa - Ela disse, também olhando para o clima através da vitrine.
- Não se preoculpe - Respondo - Vou bem devagar, não gosto de dirigir rápido.
- Não é isso que eu quis dizer - Ela responde.
Sem tempo de eu questionar, renji se aproxima.
- gostaria de levar um copo de café? - Renji pergunta, em sua mão está um daqueles copos de café do Starbucks.
- Gostaria - Admito, enquanto aceito o copo - Obrigado.
Estar sob a presença de renji e touka me deixava feliz, os dois tinham um jeito gostoso de me fazer sentir acolhido.
Derrepente, a porta se abre, e dois homens passam por ela.
- Renji, eu quero um café pra ont... - O primeiro que estava falando foi perdendo as palavras ao me ver, seus olhos pareciam me reconhecer. Ele usava um moletom preto, seu cabelo era ruivo e seus olhos através do óculos eram bem surpresos.
A figura de trás dele entra em sua frente e sorri para mim, ele tem um cabelo grande, o corpo repleto por tatuagens e seus olhos são gentis. Ele era alto, talvez da altura de renji, e vestia um sobretudo negro como carvão.
- Oh, Nishiki, Uta, esse é Haise - Touka diz.
- O-oi... - Respondo, os dois são familiares, quase da mesma forma que Renji e touka.
Nishiki, o ruivo, parece um pouco constrangido, mas ainda sim, ele se posiciona.
- Eae - Ele diz de forma forçadamente tranquila.
- boa noite, é um prazer - Uta responde.
- boa noite - Digo.
Juuzou surge pela porta com o casaco em mãos, ele olha para nós e sorri.
- Eae Nishiki, eae Uta - O costurado parece tranquilo com os dois, fazendo parecer alguma relação de intimidade.
- Não sabia que vocês estariam aqui - Uta diz sorridente - Eu deveria ter chegado mais cedo.
Renji se aproxima.
- Atrasado como sempre - Ele diz.
- Você adora. - Uta sorri.
- Eca vocês dois - Touka brinca - Podemos marcar de tomar café juntos outro dia, afinal, a cafeteria está sempre aqui.
Todos concordam, e então eu e juuzou saímos e vamos para o carro, correndo pela chuva na tentativa em vão de não nos molharmos.
Enquanto eu ligo o carro, juuzou põe o cinto, ele parece feliz.
- Eu gostei deles - Eu digo.
- Eles gostam de você - Juuzou responde.
Olho para a janela e vejo a cafeteria através da vitrine, Touka e os outros conversam enquanto riem, eles parecem estar mais tranquilos do que quando cheguei algumas horas atrás.
Ligo o carro e começo a dirigir, juuzou liga o rádio e começamos a escutar músicas enquanto vamos para o departamento residencial, onde juuzou mora.
As ruas estão tranquilas, a chuva é forte mas ainda sim o trânsito colabora.
- Você vai entrar? - Juuzou pergunta, se referindo á quando chegarmos.
- Bem... na verdade, eu gostaria de falar uma coisa com você - Eu digo, já fazia tempo que eu precisava fazer isso, e com a missão amanhã, eu tinha que ter isso resolvido.
O costurado se encolhe um pouco, talvez um tanto nervoso.
- Ah, claro, só não repare na bagunça - Ele diz sorrindo forçadamente.

Chegando em seu apartamento, não vejo bagunça, apenas o fato de que ele deixou a caixa de cereal aberta e agora ela estava toda murcha.
- Meu cereal :'1 - Ele diz triste.
- Eu já te falei que é para fechar essas coisas antes de sair de casa - Eu digo.
- Tudo bem, eu tenho outro guardado - Ele responde enquanto guarda a caixa na dispensa. Aparentemente, cereal murcho ainda não o impede de ser um belo café da manhã do costurado.
O apartamento dele está exatamente como a última vez, embora desta vez, estivesse mais limpa.
- Então... - Ele se aproxima de mim - Sobre o que quer conversar?
Eu me posiciono ao seu lado, sinto-me mais quente, e também, também me sinto pronto para finalmente admitir oque tanto ando pensando.
- Sinto muito... - Eu por fim falo.
Juuzou parece não entender.
- Por que? - Ele pergunta.
- Por... fazer você esperar - Eu me aproximo dele, a culpa finalmente correndo por entre meu corpo - Você esperou por mim todo esse tempo, não deve ter sido fácil...
O garoto não se mexia, mas seus olhos estava molhados, talvez emocionado.
- Não precisa se desculpar - Ele diz sorrindo de forma gentil - Não foi sua culpa.
- Foi sim... foi minha culpa.
- Não - Ele se aproxima também, seu rosto bem próximo do meu - Você queria mudar o mundo, e eu não estava com você naquele dia. Mas agora estou, estamos juntos agora e é isso que importa.
Senti suas palavras doerem, como se ele estivesse em um sonho cujo apenas não quisesse acordar. Entendo agora que oque ele quer mesmo é tornar esse sonho real.
Ficamos em silêncio, minha culpa ainda se acumulando em meu peito.
Nunca suportei que o machucassem, mas quem realmente o machucou por anos fui eu. Eu, aquele que deveria ceder á ele o mundo, o fiz chorar e se machucar por anos.
Derrepente, o garoto ri.
Seu riso puro e inocente como se nosso silêncio fosse uma piada.
- Oque foi? - Pergunto.
- Você é tão gentil, sempre acha que as coisas são culpa sua - Ele diz se aproximando e me beijando, sua boca macia e delicada me fizeram perder a linha culposa em meu peito.
- Mas... - Sou impedido de falar pois juuzou tampou minha boca com seu dedo indicador.
- Você é gentil, sempre foi - Ele diz - Sempre coloca sua culpa nas coisas que afetam os outros. Mas isso tudo não é culpa sua, é nossa culpa.
Ele faz uma pausa, seu silêncio é mais preciso que todas as palavras que poderiam ser ditas.
- Eu te amo - Ele diz - E vamos consertar esses dois anos, de pouco em pouco, vamos mudar o mundo e vamos fazer com que as pessoas como nós possam sorrir da forma como você me faz sorrir.
Ele tira o dedo de minha boca, suas mãos caminhando ao meu peito, sentindo a pulsação de meu coração.
- Então relaxa um pouco kaneki... - Ele diz.

O calor de sua respiração se aproxima de mim, sua mão em meu peito me estimula de maneira gentil. Eu me aproximo, o garoto entende que as coisas são assim, e ele não se importa, pois independentemente, ele estará comigo. E... é exatamente assim que eu também me sinto.
Sem reparar, eu já o estava beijando denovo, eu precisava de seu corpo, precisava estar com ele assim como precisava de ar para respirar.
Juuzou era como meu oxigênio, e eu estava sedento para respirar.
Juuzou se entregou, seus beijos fortes e sensíveis percorriam pelos meus, suas mãos agarraram meu braço, e então ele cessou, sorrindo para mim.
Ele me puxou para seu quarto, onde desabotou sua blusa e logo também desabotou a minha.
Seu corpo magro e bonito era refletido pela luz amena da lua que entrava pela janela.
Nos encaminhamos para a cama e eu toquei sua cintura, seu corpo suado e quente era como se eu estivesse sendo acolhido por um anjo.
Seu corpo estava tremendo um tanto, mas seus beijos ainda se mantiam como possessivos, eles eram deliciosos, macios e doces como bombons de licor. Embora eu não soubesse como são, presumo que sejam assim.
O garoto abriu suas pernas e me permitiu aproximar ainda mais meu corpo do dele, nossas cinturas coladas, suas pernas se fechando ao meu redor, prendendo e me pressionando contra seu ventre.
Entre um beijo e outro, juuzou consegue dizer.
- Você quer fazer? - Ele para de me beijar e vai até meu pescoço, o mordendo de forma prazerosa e rígida.
- E-eu... - Tento dizer, mas minha situação já me entragara, apenas de ouvir suas palavras gentis, eu me encontrava numa posição muito mais rígida do que deveria estar.
Juuzou me dá um sorriso.
- Eu e kaneki nunca chegamos nessa parte - O garoto admite.
Uma onda de insegurança me corre pelo corpo, algo inteiramente novo e incerto começa a se propagar sobre minha mente.
- Você... deixaria? - Pergunto.
- Eu quero - Ele responde, suspirando de forma equivocada e quente em meu ouvido - aqui, agora.
Ele desabotoa a calça e a tira, junto de sua cueca box preta, em apenas um movimento, ele retorna para mim e joga suas roupas para o pé da cama.
Junto dele, me dispo e a vergonha de minha situação me deixa constrangido.
As mãos de juuzou tocam meu peito, deslizam sob minha cintura e chegam na fonte de meus maiores desejos, suas mãos carinhosas começam a me atiçar, suas pernas tocando minhas panturrilhas enquanto ele sorri.
Por todos esses momentos, nunca reparei o quanto esse momento era crucial para ele, afinal, nunca consegui fazer ele chegar aonde ele me levava no final de cada encontro. Mas hoje não. Hoje eu iria até o fim, hoje eu não iria ceder de medo, hoje eu entregaria tudo para ele.
Quando penso estar mais preparado que nunca, juuzou decide me paralisar, ao invés de suas mãos, ele começa a acariciar-me com sua boca.
Tomando extremo cuidado com os dentes e com os lábios, ele emite gemidos entre os avanços constantes de sua cabeça. Não consigo me controlar, minhas mãos chegam em seus cabelos escuros e tocam suas raízes, o fazendo soltar um gemido prazeroso.
Quando penso estar chegando lá, juuzou para, ele sorri para mim de maneira perversa como de quem sabe que não vai acabar até que esteja tudo realmente acabado.
O garoto se afasta, suas costas repousam sob a cama e ele sorri de forma descarada, abrindo suas pernas e aguardando minha aproximação. Seu rosto avermelhado me deixa levemente constrangido, mas não é apenas isso.
Me aproximei um tanto desengonçado, sentia que estava prestes a tomar algo que não me pertencia, mas ainda sim, algo que juuzou precisava e que eu também.
Minhas mãos tocaram suas pernas, as segurando e as mantendo no lugar, minhas mãos deslizaram sob seu corpo, subindo pela cintura, tocando seu ventre, chegando e acariciando seu peito liso e ofegante, por fim puxando a cabeça dele em um beijo molhado e incerto.
Minha cintura se precionava sobre a dele, um ar inseguro o tomava conta.
- Está pronto? - Pergunto.
- Estou - Ele responde, mas sua voz soa como se ele fantasiasse isso á muito tempo.
Com um alento final, eu faço de forma gentil, tento não agir muito rápido, de forma devagar e levemente constrangido, eu chego até onde posso estar. Juuzou está tremendo, sua língua se contorcendo em sua boca, seus olhos revirados em prazer. Sua respiração atiçada torna-se uma enquanto a madrugada se tornava ambígua.
Começo a fazer movimentos com a cintura, a cada impulso juuzou parecia quase se quebrar. Ele era sensível e frágil, mas estava totalmente entregue aos seus desejos mais antigos, á tudo que ele mais queria.
Meu nome saia de sua boca, junto de gemidos altos e acalorados, as vezes ele tentava dizer algo como "mais rápido", e "Não pare agora". Oque realmente, não dá para não obedecer.
Suas pernas me enroscavam, seus braços me entrelaçavam sob meu pescoço enquanto eu o beijava, tempo e calor se tornavam uma parte de nós tão subjetiva que o prazer de estar com juuzou chegou em seu ápice.
Nossos corpos conectados se reencostavam um no outro, no embalo de nossos movimentos, a cama rangia, nossos corpos estavam tomados pela adrenalina. Como se fosse exatamente calculado, eu e juuzou chegamos em nosso ápice final, um alto gemido do garoto me trouxe em meu último alento.
O molhado e grudento manchava os lençóis, junto de sua pele, suas coxas, seu ventre. Ele estava exausto.
Ainda em cima dele, eu sentia um aperto no peito, uma sensação acolhedora, uma sensação levemente familiar e extraordinária.
Meus olhos me traíram, e lágrimas caíram sob o rosto de juuzou, que por algum motivo também estava chorando.
- Por que está chorando? - Juuzou pergunta, como se ele mesmo não notasse suas lágrimas.
Não consigo responder, o beijo de forma ainda mais penetrante. Era como se apartir daquele momento, tudo fosse diferente, eu estava conectado com ele, eu estava junto dele de uma forma nova, estava ligado com ele por um laço avermelhado de prazer e ágape.
- Eu te amo - Eu digo.
Sem hesitar, juuzou acaricia minha bochecha.
- Eu também te amo.
E juntos adormecemos, aguardando o amanhã, o dia em que vamos dar um fim á Aogiri.




O dia em que vamos mudar o mundo.









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*Re*
Na cafeteria, todos se sentam ao redor da mesa, cada um com uma xícara de café na mão.
- Touka - Nishiki diz - Por que não tentamos trazer o Kaneki de volta?
A garota fica em silêncio, bebe um gole de seu café e sorri enquanto olha para a janela, o vapor de sua xícara encosta em sua pele pálida.
- Ele está feliz - Ela diz, sorrindo - Haise está feliz. Ele finalmente está com juuzou, e nada pode atrapalhar eles. Kaneki está feliz como investigador, não temos o direito de tirar isso deles só porque estamos com saudade do Ken.
Renji e Uta a encaram, ambos com bochechas rosadas. Eles sabiam sobre oque Touka passou depois de Kaneki morrer, mas ainda sim, ela já era uma pessoa madura, ela sabia oque era bom para seu amigo. Mesmo que ele mesmo não soubesse.
- Eu gostei dele - Nishiki diz - Ainda é o mesmo nerd que gosta de livros.
Touka solta uma leve risada.
- Sim, ainda é...
- Minha namorada estava ansiosa pra ver ele e Juuzou denovo - Nishiki bebe um gole de seu café.
Todos riem pela lembrança.
Derrepente, a porta se abre, revelando uma figura que os deixam em choque.
Touka é a primeira a se levantar.
- Oque... - Ela é interrompida.
- Precisamos de ajuda - A figura diz.
Nishiki se levanta e ativa sua kagune, se pondo em frente de Touka.
- Oque você quer Ayato? - Ele pergunta de forma hostil, Ayato, o irmão de Touka, está aliado á Aogiri.
- Nós, precisamos de ajuda - Ayato diz, dando um passo para o lado, revelando uma garotinha encapuzada e com os olhos pesados.
- H-Hinami... - Touka diz.
- Tem boatos que kaneki está vivo... - Ela diz - É verdade?
Todos se encaram, por fim, Touka admite.
- Sim, ele está...
Hinami a encara nos olhos, suas bochechas ardem e ela sorri, a primeira vez que a garota sorri em dois anos, desde a perda de seu irmão de consideração. Mas então, o sorriso se torna preoculpado.
- Por que precisam de ajuda? - Renji pergunta, seus punhos estão fechados.
- Querem matar esse tal de Sasaki Haise - Ayato diz - A Aogiri sabe sobre o plano da CCG e querem dar fim ao que o tapa-olho pode fazer se retomar a memória.
- Por que você se importa? - Touka pergunta para Ayato, que suspira, como se estivesse sendo pressionado por alguém.
- Ela me fez ajudar... - Ele admite, apontando para Hinami.
Hinami retoma sua pose tranquila.
- Precisamos ajudar o Kaneki - A garotinha diz, sua fala ecoa pela cafeteria.

Todos ficam em silêncio, então, Touka se posiciona.
- Juuzou me contou sobre o plano, eu acho que sei como podemos ajudar - Ela diz indo até Hinami - Vamos repetir oque aconteceu á dois anos - Os olhos das duas se aproximam - Mas desta vez, vamos fazer eles jogarem no nosso jogo.
Renji sorri, se aproximando.
- A anteiku não vai deixar isso acontecer de novo - Ele diz.
- Vamos ajudar o Kaneki, isso me traz lembranças - Uta diz, enquanto retorna á sua xícara de café.
Nishiki cruza os braços, ainda desconfiando da aliança de Ayato.
- Não se preoculpe - Hinami diz ao perceber - Ele é manso agora.
- Cala a boca - Ayato responde - De qualquer forma, não é apenas por isso que precisamos da ajuda de vocês.
Todos o encaram.
- A Aogiri tem uma coisa grande, eles se aliaram á um médico idiota que faz experimentos com humanos e ghouls - Ayato suspira - Graças á ele, a Aogiri tem força para acabar com a CCG.
- Mas... isso significa... - Touka pensa, seus pensamentos são cruéis.
- Significa... - Hinami diz -



Que se a Aogiri não acabar amanhã, Tokyo vai ser tomada pela a Aogiri,



e a humanidade será extinta.






Notas Finais


Obrigado por ler até aqui!
Desculpa pelos erros de escrita :'0

Estarei dando início ao ataque do leilão no próximo capítulo.
Mas gostaria de avisar que infelizmente, não haverá capítulo na semana que vem. Tenho que resolver umas coisas pessoais e preciso de tempo para escrever.
Terça que vem não haverá capítulo, mas na terça depois dessa haverá.
Até semana que que vem!

Obrigado por lerem! Adoro vocês ♡♡♡


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