História Too Late - Especial: Too Late For Us.

Too Late For Us.

...

Meu corpo é empurrado e eu acabo me afastando enquanto você é atingida em minha frente.

Eu consigo vê-la estremecendo, perdendo as forças com seus joelhos falhando enquanto você desaba.

E eu me precipito para você, Ochako. Eu te seguro em meus braços murmurando diversas vezes sobre o porquê de ter feito isso.

Eu não valho sua vida, Uraraka.

Seus olhos castanhos estão se perdendo aos poucos, sua pele está empalidecendo e eu estou com medo.

Você está morrendo Ochako?

Meu agarre se fortalece sobre você, eu sinto que se soltá-la você vai me deixar.

Por que você sempre é tão inalcançável, Uraraka? Sempre distante, tão fora de meu alcance.

Você está em meus braços agora, então por que você insiste em querer ir?

Meus olhos estão úmidos, isso não é real não é, Ochako?

Por que você me encara como se estivesse morrendo?

Seu corpo está em meu colo, minhas mãos estão em seu rosto enquanto minhas lágrimas finalmente caem.

E eu continuo tentando falar com você, mas você não me responde.

Por que não me responde? Como pode estar fazendo isso comigo?

Nós estávamos tão perto e agora você está tão distante… É minha culpa.

É minha culpa, Ochako.

Eu sempre te quis tanto, te amaldiçoei tanto por existir.

É minha culpa. É minha culpa. Você não vale minha vida.

Era mentira Ochako, eu nunca quis que você deixasse de existir.

Então, por favor, continue viva.

Seus dedos tocam meu rosto com calma, mesmo assim sua individualidade não se ativa e isso me deixa com um gosto amargo na boca enquanto o desespero me toma.

Seus olhos estão perdidos agora, embriagados em um sono mortal que eu tento afastar gritando para que não se entregue, que não vá, que não me deixe aqui sofrendo sua morte.

E você sussurra, baixo, sem forças e com uma ternura que me arrasa e um sorriso que me mata tortuosamente por dentro.

Você pede que eu sorria apenas pra você, e tudo que eu consigo fazer enquanto me sinto ruir é atender seu desejo.

Como pôde fazer isso comigo, Ochako?

Seu corpo está gelado, seus olhos estão se fechando me condenando à dias assombrados sem sua luz.

- Como pode morrer sem me deixar te dizer que a amo, Ochako?