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História Torena - Patas-provocantes


Escrita por: Anadgc

Notas do Autor


Boa noite meus tesouros do deserto, como estão todos vocês?
Andam a comer devidamente? Dormiram as horas necessárias? Espero bem que sim porque este capítulo exige boa condição física (ops, suou bem errado, eu sei).
Bem, eu não costumo muito dar longos textos nesta parte então só tenho algumas coisinhas a dizer aqui em baixo, é bem rapidinho:

⇥ Esqueci de dizer algumas coisas nas primeiras notas do capítulo anterior então faço-lo aqui;

⇥ As imagens que posto no início dos capitulo não são de minha autoria, são simplesmente imagens que encontro (quase raramente) na internet e posto-as aqui para embelezar a FanFic;

⇥ Desculpe-me os erros ortográficos ou gramaticais que cometo ao longo da FanFic. Às vezes fica difícil acompanhar a coordenação motora e o cérebro, acontece que penso mais rápido do que faço;

⇥ Por favor, não repostes esta história sem antes eu ser informada;

⇥ O prazo para postar é indefinido visto que depende da minha disponibilidade e criatividade;

Por enquanto penso que disse tudo, caso contrário, acrescento nas próximas notas ;)
Deixo-vos agora com a leitura <3

Capítulo 2 - Patas-provocantes


Fanfic / Fanfiction Torena - Patas-provocantes

Às vezes dou por mim a perguntar-me: "No que a minha vida se tornou"?

Talvez seja por minha culpa que nada dê certo na minha vida, isso aplica-se a diversas situações: no amor; no trabalho; nas amizades…Em tudo! Penso que o problema não seja dos outros ou da época do acaso, o problema acaba sempre por cair em mim. Ou talvez eu tenha simplesmente insegurança (o que também acaba por ser um problema). E por mais que ache idiota questionar-me sobre a minha própria postura e insegurança, continuo por sem saber no que e como mudar.

- Ei. - ouço de fundo aquela nova voz da casa e levanto os olhos, acordando dos pensamentos - Estavas a adentrar a mente por segundos, mas pareces preocupado…Está tudo bem?

- Ah? - ajeitei-me no sofá - Sim, e porque perguntas? - questionei-o, desinteressado pela sua preocupação.

- Bem, como agora és minha propriedade, tenho que me preocupar com a tua saúde tanto mental quanto física.

- Ah? Primeiro, eu sei me cuidar porque já sou um adulto; segundo, quem sequer mencionou que eu seria a tua "propriedade"?

- Quando algum animal  marca algum sítio, automaticamente, todas as coisas ou pessoas que se encontram nesse lugar ficam devotas ao poder de quem marcou então, aconselho a habituares-te. - ele falou, ríspido pela primeira vez.

-Ahahahah! Claro, irei ajoelhar-me perante um rafeiro e pedir gentilidade, sim, sem dúvida. - respondi ironizando fortemente a situação.

Parei de judiar quando os meus olhos cruzaram os seus que, por sua vez, estavam demasiado sérios e brilhantes, observando-me rir da situação. Foi assim que, em questão de segundos, a minha expressão, antes risonha, foi preenchida por um aroma sério que matou completamente a *vibe* e fez a minha nuca arrepiar-se.

- Estavas a brincar, certo? - para minha pergunta tive a negação dele com a cabeça como resposta.

 Levantei do sofá e caminhei de cabis baixo cinco passos, parei e voltei rapidamente o olhar para ele que, por sua vez, estava sentado no sofá repimpadamente. Um *click* ativiou-se como por magia na minha cabeça e a minha única possível reação foi voltar correndo para o sofá.

 - Diz-me, por favor, que não estamos ligados! - baforei de um tom demasiado dramático.

E, novamente, obtive como resposta um aceno que me sugou metade das forças ao ponto de me fazer descair os ombros.

- Mais uma bosta no meio do caminho, perfeito! - murmurei, cansado e de ombros mortos.

- Desculpa, mas essa "bosta" a que te referes está bem aqui à tua frente e sabe muito bem como tratar as pessoas, ao contrário do que aparenta. - ele defendeu-se como que ofendido.

- Shh… Não digas nada. Eu só quero morrer neste momento.

Não pude ver a expressão de…de…Agora que me lembro, eu ainda não sei o nome desta criatura!

Levantei lentamente a cabeça, de olhos humedecidos e boca-entre-aberta.

- Não posso nem saber o nome do meu superior?

- "Superior"? Cruzes, não sejas dramático! E como resposta à tua pergunta, o meu nome é Otvazhnyy.

- Saúde. Agora, qual é o teu nome?

- Já te disse, Otvazhnyy.

- Ah…Ahahah - ri sem graça, totalmente desconfortado e coçando a cabeça - Prazer, Otvaxi.

- Otvazhnyy - ele corrigiu, sério.

- B-bem…Eu sou o Kenma, e posso chamar-te de "Ota"?

- Se te der mais jeito, por mim, tudo bem. - ele respondeu, finalizando com um sorriso extremamente atraente e inocente ao mesmo tempo. Um sorriso que provocou um leve arrepio na minha espinha.

- Agora… - quando me distraía desviando o olhar daquele perigoso sorriso, ele aproveitou para chegar o seu corpo mais perto do meu com um simples pulo que me fez despertar e erguer os olhos. - Devíamos discutir interesses, sabes, essas coisas simples que fazem diferença na hora de satisfazer alguém.

O que ele quis dizer com "satisfazer"?

- C-como assim? - tremulamente respondi, inclinando para trás o meu peito e erguendo uma das sobrancelhas.

- Sabes, era só uma partilha de informações para nos conhecermos melhor. Agora que sabemos o nome de cada um, devemos partir para outras arestas, se é que me entendes. - e assim terminou com um piscar de olho.

Com um dedo posicionado na testa de Ota, afastei a cara dele da minha e seguidamente ajeitei o rabo no sofá, levemente constrangido.

- Se queres saber mais sobre mim, porque não fazeres por isso? - e desafiei.

- Hum…Guia-me.

- Vamos jogar. Vou-te dizer duas verdades e uma mentira e tu tens que adivinhar qual as verdades e qual a mentira, caso contrário, fazes o jantar,  e vice-versa! - propôs, animado com a ideia

- Boa ideia porém, falta um ponto: Se eu não quiser fazer o jantar? - deveria parecer um resmungo porém, ele tornou a pergunta numa mera provocação.

- E porque não aceitar? És um homenzinho, né? - então eu resmunguei de braços cruzados, ato que o fez rir. 

- Esqueces-te de que estou no meu território e és minha posse.

Ahhh! Agora lembro-me do porquê de querer morrer…

 

- Bff…Vais utilizar isso como desculpa? Que infantil… - a última parte da frase saiu como um murmúrio.

Num movimento rápido e quase imperceptível, Ota rodou o seu corpo para cima do meu, sentando-se no meu colo com ambas as pernas em volta da minha cinta. Não havia escapatória pois os seus braços bloqueavam as duas saídas possíveis. A única coisa que pude fazer foi prender a minha respiração quando a sua boca procurou o meu ouvido.

- Eu sei bem como ser um homenzinho, olha, estou a fazê-lo bem agora. - o som que reverberou no meu sensível ouvido fez deslizar um arrepio ponta cabeça.

Encontrava-me numa situação muito pouco favorável. Ota prendia o meu colo e cabeça enquanto sorria maliciosamente e provocava-me com as sua falas. O meu sangue palpitava mas não queria deixar-me vencer pois o meu orgulho ainda não queria ser manchado.

- Isso é cobardia, seu idiota. - tomei a atitude de levantar o braço que até então achava que estava morto e empurrar com a mão o corpo de Ota de volta para o seu lugar.

- Tá, tá… No touching… Vamos lá então! Começas tu.

Suspirei, recompôs todos os meus sistemas interiores, regulei a temperatura corporal e ajeitei-me no sofá.

- Ok. Eu tenho vinte e um anos; estudo engenharia informática; e eu sou adotado.

Após ouvir o leque das opções ele limpou a garganta e compôs-se novamente.

- As verdades são: tu tens vinte e um anos e estudas engenharia informática; A mentira é: és adotado.

- Beeehh! Errado! Eu não estudo engenharia informática mas sim direito. Isso faz de "sou adotado" verdade.

- Hum…Pena, não acertei. Agora sou eu. - ele fixou os seus mirantes cinzas nos meus que, por momentos, fraquejaram - Eu sou russo; Sou um dos maiores proprietários de territórios; Quero muito beijar-te.

Ah? Aquilo foi uma opção? Verdade? Mentira? Porque raio o meu coração apertou tanto quando ouviu aquilo? E porque sinto as minhas bochechas corarem instantaneamente?

Calma Ken…É só mais uma das infinitas provocações dele.

Suspirei, humedeci os lábios e retirei de foco os seus olhos para me concentrar um algum outro ponto aleatório da parede rústica.

Juro que quando ele disse aquilo que os meus olhos cederam um pouco e logo a seguir piscaram diversas vezes como se não tivessem também processado o que ele dissera. O meu cérebro embrulhava-se entre a mistura do leque de opções que ele me havia dado, especialmente a última opção, e a possível resposta que tinha de lhe dar.

- B-bem… A mentira é que não és russo.

- Ahahah…Erras-te! Eu sou russo, por incrível que pareça.

- Não pareces mesmo. O teu rosto é muito diferente da comum estrutura facial russa, tirando a palidez. Mas, afinal, qual é a mentira?

- Hum…E se eu te disser que não há mentira?

-Se me disseres isso eu responder-te-ei que fizeste batota.

- E se me punires com a última verdade?

- E se eu não quiser?

- Então eu, como teu proprietário, vou tomar medidas.

- Isto virou um encontro? Porque raio ele ainda está aqui, Kenma? - uma outra voz entra na conversa e vejo Prince parada na porta da sala de braços cruzados e olhar cerrado em direção a Ota que, por sua vez, revirou os olhos e pareceu aborrecido com a intervenção.

- Bom dia para ti também, Prince. - e respondeu com a maior lassidão existente.

- Eu não entendo ainda porque, mesmo depois de te ter advertido quanto a este rafeiro, ainda o deixas cá ficar e providencias simpatia! - ela exclamou, quase gritando enquanto mantinha as sobrancelhas carregadas e uma aura negra. 

- Prince, ficou decidido que ele ficaria aqui esta semana, caso ele fizesse algo que não me agradasse, ele sairia. - respondi-lhe calmamente para não acordar as marés vivas do seu humor.

- Claro, daqui a uma semana já nem casa tens.

- Não mudas o teu humor e por isso ainda continuas solteira. - e no pior dos momentos, Ota decide meter mais lenha na fogueira.

- Disseste o que? - Prince reforçou. Ai, vendo uma tempestade a aproximar-se.

Eu queria de muitas maneiras parar aquela bomba que não tardava em ser lançada mas entre estes dois eu prefiro o meu silencio.

- Disse que à conta desse teu humor de bosta ainda continuas uma gata encalhada. - ele reforçou, já mais sério.

- Nunca vi ninguém a arrasar corações por conta do humor, aliás, tu és uma prova disso.

Ouch! Não queiram entrar numa discussão com Prince pois ela sabe como nocautear.

- Bem, eu só não arraso porque não quero, senhora sabe tudo. - Ota realmente estava a ficar aborrecido com o humor hediondo de Prince. Preocupo-me nas possíveis brigas que se gerarão entre estes dois.

- Oupa, oupa, já chega! Eu estou aqui e dentro da minha casa só se discute quando não se fecha a porta de entra, combinado? Agora, parem com esse lança- bombas e façam o favor de me explicar em como se conhecem. - intervi, sendo cauteloso de não deixar intervir ninguém nas minhas falas longas afim de acalmar certos ânimos.

- Longa história... - Ota, que ainda não se havia levantado do sofá, respondeu.

- Sim, eu sei, mas estou disposto a ouvi-la. - respondi-lhe com certidão na minha fala, coisa que não acontece com frequência.

- Porque queres tanto saber disso? - foi a vez de Prince se pronunciar.

- Por que talvez mereça saber o porquê de se odiarem tanto!

Após a minha fala um silencio adentrou a sala e até então, ninguém havia movido um músculo a não ser eu, que olhava de cara em cara aqueles dois. Até que Prince ergue a cabeça e olha-me fixamente antes de abrir a boca para falar:

- Eu e ele já fomos namorados.


Notas Finais


⇥Oupa...Parece que verdades serão ditas depois que se tocou neste assunto. Como será que Kenma reagirá?
⇥E o que acham dos nomes, uma bosta, né? Na verdade, eu tentei fazer uma tradução de "ousado" em russo e deu aquele gigantesco nome do ´Ota porém, com o nome "Kenma" eu simplesmente gostei o coloquei ao no personagem, simples assim.

Deixem-me saber do que acharam deste segundo capítulo e aguardem pelo próximo


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