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História Tormentas de uma alma melancólica - Sonho ébrio de uma alma solitária


Escrita por: connordeviant

Notas do Autor


Eu não sei o porquê de estar aqui, apenas estou.

Capítulo 1 - Sonho ébrio de uma alma solitária


Depois de tanto tempo, eu finalmente havia te encontrado. Eu não sabia qual reação ter. Eu não havia forças para fazer qualquer movimento, e muito menos tinha idéia de onde olhar; mas quando mirei teus lindos olhos, que me fitava com mágoa, eu travei. Seu olhar quente, fervoroso, havia me congelado, deixando meus pés firmes no chão, sem qualquer sinal de que iria se mover. O que era uma ironia, já que você era o próprio raio de sol, e eu, apenas o vento gelado da calada da noite. 

Eu não sabia exatamente o que meu olhar transmitia. Mas você havia travado no lugar, do mesmo jeito que eu me encontrava. E eu, perdido, só sabia apenas o que estava sentindo, as batidas frenéticas do meu coração e o encantamento que subia junto com a tristeza ao ver que você estava ainda mais lindo que a última vez que nos vimos. Eu sentia como se minha garganta estivesse sendo apertada por milhares de espinhos; como se aquelas flores vermelhas que você tanto amava, havia se virado contra mim e me enforcado, me tirando do chão e me deixando no breu. 

Eu tinha tanta coisa para lhe dizer. Eu queria abrir minha maldita boca, e dizer o quanto eu te amo, e o quanto eu não deixei de te amar nem por um só segundo. Queria dizer o quanto eu desejava ver novamente os raios solares colidindo com a tua pele, que era tão brilhante e tão chamativa quanto o próprio astro; queria novamente, passar meus dígitos pela tua epiderme quente, lhe dando satisfação, prazer, transmitindo com ações todo o amor que eu sinto por ti. 

Queria abrir a minha boca, e dizer com todas as palavras o quanto eu gostaria de sentir novamente o teu coração batendo em sincronia com o meu enquanto estávamos abraçados e envolvidos de forma inocente, com meu nariz passando pelos teus cabelos que possuía um cheiro suave, e meus dedos passavam pela sua pele em um carinho singelo.

Queria beijar todas as pintinhas do teu corpo, que formam a mais bela de todas as constelações. O céu não é páreo para ti, não é páreo para a arte que o teu corpo, Xiao Zhan. Eu queria beijar essa tua pinta que ficava abaixo dos teus lábios, independente de qual fosse a intenção; eu queria lhe amar novamente, sob os lençóis azuis esparramados na cama, enquanto eu te faria se sentir o homem mais amado do mundo. 

Mas, de todas as coisas, a única que eu mais desejava era de te ter por perto. Eu queria ouvir tua voz melodiosa o tempo inteiro, me contando sobre o seu dia ou sobre um assunto que você amava, mas que eu não fazia a mínima ideia do que se tratava. Eu queria ver o teu sorriso, aquele grandioso, que conseguia me contagiar e lhe dar beijos por todo o rosto, lhe mimando, lhe dando carinho. Eu não me importaria de olhar tuas orbes castanhas todos os dias quando você fitava algo de forma curiosa; e muito menos de observar o teu rosto bonito e delineado, com as pálpebras fechadas, enquanto estava dormindo. 

Nossa, e como eu desejava dizer de uma vez por todas que eu queria passar a minha vida ao teu lado. Que eu queria acordar contigo, dormir contigo, ajudar a conquistar todos os seus objetivos. Como eu queria dizer que eu te desejo, que eu te quero e que não há nada além de você, que não existe ninguém além de você. 

Entretanto, a vida não é simples, e eu te deixei escapar entre os meus dedos. 

Te digo, apenas por te olhar, este olhar que você tanto conhece e essa expressão que permanece em meu rosto, que você tanto estudou com afinco, que eu te amo. Meus lábios se curvam em um pequeno sorriso, mas não um sorriso de vindo de algo bom; e sim, da mais pura melanclia que se apossa de toda a minha alma. Você apenas concorda, me dando um último aceno, enquanto seus lindos olhos começam a ficar brilhantes por estar começando a ficar marejados. 

E pegando as chaves do meu bolso, eu te dou o meu último olhar, antes de entrar no meu apartamento escuro, mórbido, que tinha o tom da minha alma agora. 

Senti minha alma sair do meu corpo, a tristeza bater com força e as lágrimas começarem a cair dos meus olhos de forma incessante. 

Não haveria mais volta. 




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