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História Torture - Margaret, Part II


Escrita por: ghost___

Capítulo 4 - Margaret, Part II


 No dia seguinte ela foi ao bar, como havia dito. Ela estava simples. Nunca havia a visto assim. Sem maquiagem, saia florida e uma camiseta preta, sandalhas e cabelo preso. Ela veio até mim e falou:

 -E então? O que achou, rapaz?

 -Mais elegante do que nunca.-respondi

 -Vamos nos sentar ali.-disse ela enquanto apontava para uma mesa no canto

 -Estou trabalhando. Cadê os seus homens?

 -Troquei aqueles homens falsos por um verdadeiro.

 Ri. Achei que ela estava dando em cima de mim, então perguntei:

 -Por que eu seria um homem? Eu poderia tê-la ofendido ontem.

 -Só um homem de verdade tem coragem o suficiente de perguntar e esclarecer suas dúvidas, por mais ofensivas que sejam.

 Agora entendo como ela consegue.

 -Vou falar com o seu chefe.-avisou-me

 Ela foi na direção dele. Não sabia sobre o que ela iria falar, mas mesmo assim não me preocupei, apenas fiquei pensando no que ela me disse. 

 Após alguns minutos ela voltou. Disse que ele havia permitido que eu saísse naquele instante. Ela havia dito que era uma parente minha e que minha mãe estava no hospital. Como meu chefe só se importa com as mulheres belas que vão ao bar, acredito que ele não pensou que ela ia lá todos os dias e que nunca tinhamos nos falado antes.

 Sai do serviço acompanhado por ela. Ela me levou a sua casa. Sua casa era linda, uma mansão. Tinha um jardim com flores vivas, a maioria rosas brancas. Um portão também branco e uma mesa branca com cadeiras também brancas.

Entramos. Tinha um lustre gigante no teto, uma escada gigante, uma televisão gigante, um tapete gigante. Basicamente tudo era gigante lá dentro. Sentei-me no sofá, que também era gigante e macio. Ela sentou-se ao meu lado.

 -Bem, como é a sua vida?-perguntou-me

 -Triste.

 -Por quê?

 -Nunca tive amor. Não sei o que é amor.

 -A maioria das pessoas diz que o amor machuca. Amor é a melhor coisa do mundo, as pessoas que sujam o nome deste sentimento o usando para enganar os outros. Amor é uma coisa maravilhosa. Quando se ama alguém, você quer ver a pessoa feliz, você morre um pouco quando a pessoa amada está triste. Ele não faz sentido, ele surge de repente, mas depois que aparece em nossas vidas, ele as muda drásticamente.

 -Eu nunca senti isso.

 -Algum dia você sentirá, meu bem.

 -Eu espero. Tinha uma mulher. Ela morreu. Eu não senti nada, mas ainda lembro. Seu nome era Anastasia. A via quase todos os dias. Ela me contava sobre seus relacionamentos amorosos. Será que eu sou uma pessoa ruim por não ter sentido nada?

 -Não, meu bem. Você apenas não a amava. Talvez nem sentisse algo por ela.

 -Você já amou?

 -Sim. Ele era alto, acima do peso, estava sempre a reclamar das coisas, sempre me criticava, chegou até a me bater. Bebia muito, tinha sempre um cigarro na boca, ás vezes charuto. Mesmo que ele me tratasse como lixo, eu o amava, pois o amor é incondicional.

 Eu não sabia o que dizer. Entendo como ela consegue.

 Margaret. Agora esse nome significa muito para mim. Sabedoria, gentileza, paz. Margaret. Velha e feia, porém, amavél. Margaret, me mostre o amor.



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