1. Spirit Fanfics >
  2. Touch me -Luwoo >
  3. Divided

História Touch me -Luwoo - Divided


Escrita por: ownct

Notas do Autor


Me desculpem a demora :(
quem lê minhas outras fica deve saber que to demorando pra atualizar todas, infelizmente ando meio desanimada e sem inspiração pra escrever, me enrolando em minhas próprias histórias.
Essa fic Luwoo eh minha favorita e a única que me emociono só de escrever, espero que me perdoem e continuem lendo, o apoio de vocês é indispensável pra mim.

Espero que gostem do capítulo, boa leitura

Capítulo 6 - Divided


Fanfic / Fanfiction Touch me -Luwoo - Divided

Acordei tranquilo pra mais um dia de aula. Eu odiava a escola, mas desde que Lucas chegou e passou a me fazer companhia, tudo tinha ficado mais suportável . Continuávamos comendo sozinhos na sala, mas Lucas havia se juntado ao clube de basquete, então enquanto ele jogava eu o esperava na biblioteca. 

 

Quando estávamos juntos, ninguém me perturbava. Esse era uma das vantagens de estar com ele, além da simples companhia dele. Lucas era muito bonito, atlético, simpático e atraía a atenção das garotas, já seu bom desempenho no basquete ganhou o respeito dos garotos. Era comum eu ver alguém chamando Lucas pra sair ou conversar e isso não me incomodava, eu achava mesmo que ele deveria passar tempo com pessoas além de mim. Eu tinha medo de que Lucas se enjoaria de mim se passássemos tanto tempo juntos, então quando alguém o chamava pra sair, se não fosse uma das pessoas que eu sabia que eram ruins, eu o incentivava a ir. 

 

Todo colégio tem pessoas tóxicas, a minha não era diferente. As vezes era difícil se esconder. A biblioteca era boa porque falar era proibido, mas o senhor Park, que era o bibliotecário, não conseguia escutar todos os sussurros. 

 

Numa quinta feira, quando Lucas estava jogando. As duas sanguessugas e o seguidor fiel delas se sentaram na minha mesa da biblioteca. Eu as apelidei assim, pois seguiam qualquer garoto que as agradava e só paravam depois de tirar tudo que queriam deles. Elas sempre implicaram comigo, mas do jeito que havia piorado, o alvo da vez era Lucas. 

 

— Vocês não acham que Lucas anda com Jungwoo por pena? — começou Chaewon, sussurrando como se eu não estivesse ali. 

 

Era óbvio que eu estava ouvindo, ela estava sentada do meu lado. Tentei ignorar, fingindo que lia o livro. Não tirei os olhos das páginas nenhuma vez. 

 

— Mais cedo ou mais tarde ele percebe a aberração que Jungwoo é, só precisamos esperar — Yeeun completou. Eu não precisava olhar pra ver o sorriso em seus rostos, dava pra ouvir no tom das suas vozes. 

 

Elas continuaram falando, sussurrando, falando coisas ruins de mim, falando como gostavam de Lucas e o que queriam fazer com ele. 

 

Senti nojo. 

 

Me levantei de repente, assuntando Chaewon que sentava ao meu lado. Ela sorriu vitoriosa. Me dirigi ao senhor Park pra pedir o livro. Eles me seguiram. 

 

— Boa tarde, senhor Park — entreguei o livro, pra ele anotar que eu o havia pego. As sanguessugas pararam e me olhavam de longe enquanto eu falava com ele. 

 

— Boa tarde Jungwoo, boa escolha — ele me deu o livro e o prazo de entrega, eu agradeci e saí da biblioteca. 

 

Coloquei o livro na mochila e andei pelos corredores até a saída da escola. Eu já havia sido liberado, só estava esperando Lucas pra irmos embora. O grupo continuava andando atrás de mim, falando alto agora que estávamos fora da biblioteca. O corredor estava vazio, elas não eram estupidas de correr o risco de levar advertência por me perturbar. Elas me seguiram até eu atingir o portão da escola, finalmente livre. 

 

Mandei uma mensagem pra Lucas dizendo que tinha ido antes, disse que estava com mal estar, e então fui andando pra casa. Lucas sabia que haviam pessoas na escola que implicavam comigo, mas eu nunca contava pra ele quando algo acontecia. Eu não queria que ele se preocupasse comigo mais do que ele já preocupava. Além disso, ele não sairia de perto de mim com medo de algo acontecer, do jeito que ele era protetor comigo, talvez largasse o clube de basquete, ou cansaria a si mesmo tentando me levar em casa e voltar correndo pros jogos. Então eu guardava tudo pra mim. Estava tudo bem, incomodava, mas eu já era acostumado, mesmo que agora tivesse piorado um pouco. 

 

Eu aguentaria. 

 

Eu aguentei até aqui já, minha vida tinham muito mais motivos pra eu considera-la boa agora. Eu aguentava antes, agora não mudaria. 

 

Quando eu cheguei em casa, havia uma mensagem de Lucas no meu celular. 

 

“Você está bem? Vou tomar um banho e ir praí” 

 

Respondi um “ok” e fui tomar banho também. 

 

Como era uma sexta feira, eu já tinha planejado chamar Lucas pra vir pra cá. Nós costumávamos passear ou assistir séries e filmes, mas como eu queria cozinhar pra ele, sugeri filme dessa vez e ele aceitou. Eu queria cozinhar pra agradecer pelo milkshake. Na verdade eu queria agradecer por tudo, o milkshake era só uma fachada, talvez ele achasse estranho se eu o agradecesse por existir. Apesar de ter se mudado, como veio com sua família pra Coreia, ele ainda comia bastante pratos típicos de sua terra natal, então decidi fazer macarrão, algo que fugia do normal pra nós dois. Como minha mãe trabalha bastante, eu aprendi a cozinhar desde cedo pra ajudá-la. Eu não era nenhum chef, mas minhas comidas eram gostosas. 

 

Eu tomei banho e esquentei tudo, colocando a mesa. Não demoraria muito pra lucas chegar. Eu tinha quase acabado quando a campainha tocou e eu corri pra abrir. 

 

— Oi — sorri pra Lucas, dando espaço pra ele entrar. 

 

—  Como você está? Está melhor?  — ele perguntou, obviamente preocupado. 

 

— Foi só uma dor de cabeça  — menti — venha, eu fiz o comida — mudei de assunto rapidamente. 

 

Nos sentamos na mesa, Lucas parecia impressionado. 

 

— É muita comida! Quando você fez tudo isso? Vai sobrar muita coisa — ele sorria de orelha a orelha, olhando tudo que havia na mesa. 

 

— Come logo  — brinquei. 

 

Comecei q comer silenciosamente, observando Lucas maravilhado. Quando ele começou a comer, seus olhos grandes se abriram mais do que eu achava possível e ele me olhou com a boca aberta cheia de comida. 

 

— waaaaa  — ele fez um ruído em surpresa e eu não conseguia deixar de rir — está muito gostoso. 

 

— não exagere — eu reclamei, mas sorria por ter conseguido agrada-lo — e pare de falar de boca cheia. 

 

— eu  não estou exagerando! Tá ótimo, parabéns. 

 

— Obrigada. 

 

Nós continuamos comendo, ele me contou sobre seu jogo, como haveria um torneio daqui a algumas semanas e ele estava animado, já que tinha sido posto no time titular. Eu disse que apenas lia na biblioteca enquanto ele treinava, e era verdade. Quando acabamos, ele lavou a louça, coisa que eu só confiava em minha mãe pra fazer, e eu sequei. Lucas não havia se tocado, mas eu comemorava internamente. Admito que prestava atenção atentamente pra ver se ele limpava direito, e as vezes apontava pra algo que ele deixou passar, Lucas sorria e me agradecia.  

 

Quando acabamos de arrumar tudo, me dirigi a sala pra ligar a televisão pra assistirmos filme. Eu liguei e me sentei no sofá, passando pelos filmes do Netflix, eu gostava de animações, principalmente as japonesas. Mesmo sendo filmes que parecem infantis, há mensagens muito profundas. São os tipos de filme que você assiste quando é uma criança e adora, depois assiste novamente maior e além de amar, se surpreende por não ter percebido  antes. 

 

Eu escolhi um filme do estúdio ghibli, mesmo que já tivesse assistido todos, Lucas não tinha assistido nenhum, mas eu achei que ele fosse gostar. Lucas se juntou a mim no sofá, e eu estava preparado pra dar play no filme quando ele me interrompeu. 

 

— Você não quer tentar de novo? — ele me questionou com grandes olhos em expectativa. 

 

— Tentar o que? — eu sabia o que era, mas queria confirmar. 

 

— Me tocar de novo, mesmo que nossas mãos de esbarrem as vezes, sempre sou eu que tomo a iniciativa, você tem que tentar também — e novamente ele tinha razão. Lucas era um pateta na maioria das vezes, mas sempre estava certo quando o assunto era eu. 

 

— O doutor disse que tenho que me acostumar a tocar os outros ainda, que meu corpo tá acostumado a se esquivar. 

 

— Você não acha que o melhor jeito de fazer ele se acostumar a não se esquivar é tocando as pessoas? — ok, não tinha como contra-argumentar. 

 

— Ok — respondi, rendido. 

 

Lucas pegou minhas mãos e pôs sobre as dele, diferente do que fizemos pela primeira vez. Eu senti suas mãos com as minhas, as virei, passei a mão sobre os nós dos dedos e as veias de sua mão. Subi os dedos por seu braço descoberto, seguindo a linha das veias. Seus braços eram fortes, combinavam com sua estrutura corporal. Lucas apenas observava quieto, eu me movia com lentamente e meus toques eram leves, como se eu tivesse medo de toca-lo, porque era exatamente o que eu sentia. Corri as pontas dos dedos pelo seu ombro, por cima do tecido macio da blusa, então passei por seu peito. Quando cheguei em em seu coração, Lucas pousou a mão sobre a minha, fazendo com que minha mão toda estivesse em contato com a camiseta, a palma da minha mão sobre seu coração. Eu me assustei com o movimento brusco, mas me acalmei me concentrando na frequência das batidas de seu coração. 

 

— Você precisa sentir, Jungwoo — a voz de Lucas era baixa e grossa. 

 

Lucas tirou a mão dele da minha, fechando os olhos como se concentrasse no toque. 

 

Então eu tirei minha mão de seu peito e toquei seu rosto. 

 

Primeiro a ponta dos dedos, depois a palma. A pele de Lucas era macia e ele soltou um suspiro. Tirei a mão rápido, achando que tinha passado dos limites, mas ele pegou minha mão no ato e pôs no mesmo lugar, me olhando nos olhos. Sangue subiu as minhas bochechas, mas Lucas tinha o rosto sério, como se estivesse em transe. Não percebi que estávamos nos aproximando até eu sentir sua respiração pesada lamber meu rosto, me deixando alerta. Meus olhos arregalaram em puro medo, mas não me mexi, era como se eu estivesse travando uma briga interna. 

 

Ele estava próximo demais.

 

Minha respiração entrecortada fez um ruído quando tentei puxar o ar com a boca. Lucas pareceu ter acordado com o barulho e se afastou, levantando do sofá tão rápido que cambaleou e eu achei que cairia. 

 

— Eu acho melhor eu ir pra casa — ele disse secamente. 

 

— Mas...  — “nós não assistimos o filme” “você não fez nada” “eu não quero que você vá” “por favor, fique”. Tinham muitas maneiras que eu poderia completar a frase. Será que ele achava que tinha feito algo errado? Ou eu tinha estragado tudo? Será que ele estava decepcionado comigo? 

 

— Eu vou te compensar outro dia, prometo — não tive tempo de rebater, Lucas saiu pela porta antes que eu raciocinasse. 

 

Minha mente vagou procurando respostas. O que tinha acontecido? Então isso que diziam que era vontade de beijar alguém? Eu queria muito que a pequena distância entre nós não existisse e que eu fosse capaz de afundar nos braços de Lucas, que circulavam totalmente meu corpo com facilidade, mas meu corpo me pregava peças. Como, quando eu seria capaz de transpor isso? SE eu fosse capaz. Será que Lucas estava triste? Bravo? E se ele parasse de falar comigo? Não sei quanto tempo pensei, mas quando me toquei já tinha saído pela porta, correndo atrás de Lucas. 

 


Notas Finais


O que vocês acharam da história? Gostaram? Eu já to pensando lá na frente sobre como vou continuar.. quero tanto que a fic se desenvolva que to com medo de ir rápido demais. Vocês acham que eu to indo rápido com a fic? Ou não? Por favor, deixem a opinião de vocês!

Vocês querem uma playlist pra fanfic? Se vcs pedirem eu faço

Me sigam no Twitter: @nctrully

Desculpa falar muito e até a próxima 💗


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...