História Tóxic Desire - Gala Party.

A pessoas só me querem por uma coisa (que eu não sou) Não estou mudando o jeito que eu (era) Só quero me divertir (e bagunçar).- Strip That Down - Lyam Payne. 

[...]

No dia seguinte. 

Kathleen  • Point of View

Estava no meu quarto, assistindo Pretty little liars comendo torrada e geléia de damasco. 

— Posso levar? — Perguntou Maria, pegando a bandeija que estava em cima da minha cama.

— Claro, Maria. — Sorri fraco, ela assentiu se retirando do quarto. Peguei meu notebook, resolvi fazer uma chamada de vídeo pelo Skype com o meu padrinho, quero saber como andam as coisas na empresa. Liguei o mesmo, logo nos conectamos pude ver o mesmo sorrindo, continuei séria.

— Eai, como estão as coisas na empresa? — Fui direta ao ponto.

— Oi pra você também, Kathleen. — Ele falou, forcei um sorrisinho irônico. — Está tudo sobre controle, não se preocupe. — Revirei os olhos. "Não me preocupar? Essa empresa era do meu pai, agora eu tenho que zelar por ela, pois o Lorenzo só confiou em mim pra fazer isto. arqueei as sobrancelhas, esperando ele continuar. 

— Bom, está tudo indo de bom para melhor, conseguimos um novo contrato com uma loja italiana e pelo o que percebi isso vai render muito, não se preocupe o seu dinheiro vai cair certamente na sua conta todo o mês, eu sei que você sempre se dedicou a empresa e merece esse tempo pra descansar, então aproveite a sua viagem.— Fez uma pausa. — Pode ficar tranquila. — Completou, sorri internamente por isso, realmente me importo muito com a empresa e graças à Deus que está tudo bem.

— Ainda bem. — Falei. — Bom, era só isso mesmo, tchau. — Digo, sem nem ao menos dar chances dele responder encerro a chamada de vídeo. Bryan sabe muito bem que vai ser difícil eu perdoá-lo, ainda bem que o mesmo entende o meu lado e não força a barra. Rolei os olhos, deitei na cama voltando a assistir uma das minhas séries preferidas.

[……]

Eu me encontrava de frente ao espelho do meu quarto, retoquei o batom vermelho, olhei em meu celular e eram exatamente 20h59min. Sentei na cama, calçando o meu salto preto, logo ouvi baterem na porta, peguei minha bolsa, eu vestia um vestido azul longo. Suspirei eu estava nervosa e inquieta pois não fazia ideia do que poderia acontecer nesse tal baile de gala e o pior estava com um pressentimento ruim, abri a porta me deparando com o Bieber, em minha frente, tenho que confessar era até engraçado vê-lo de terno, pois eu sei que ele se sente mais a vontade com o estilo Swag dele. Ele me analisa dos pés a cabeça, logo abre um sorrisinho malicioso.

— Gostosa. — Mordeu o lábio inferior.

— Você também não está nada mal, Bieber. — rolei os olhos, ajeitando a minha bolsa no ombro. — Vamos? — Perguntei tentando parecer o mais tranquila possível.

— Vamos. — Ele falou, eu o segui. 

Kathleen  • Point of View

Nesse momento eu estava dentro do Koenigsseg Agera R – do Bieber, o mesmo dirigia completamente centrado na estrada.

— O Chris vai ficar monitorando o que vai acontecer nessa tal festa de gala lá da mansão? — Perguntei.

— Como é que você sabe disso? — Semicerrou os olhos.

— Ah, não sei. — Fiz uma pausa. — Ele parece ser meio nerd, acho que ele se dá bem nisso, não é? — Perguntei tentando disfarçar, o mesmo deu de ombros indiferente.

— Relaxa, não vai acontecer nada demais e se caso acontecer está tudo sobre controle, então não é muito arriscado. — Falou, assenti meio relutante. Depois disso seguimos o caminho em silêncio. Depois sai do carro batendo a porta, encarei o enorme salão de festa muito iluminado, tinha vários veículos estacionados no estacionamento, várias pessoas e seus pares adentravam no mesmo.

— Caso houver alguma provocação ou deboche, ignore. — Bieber falou em um tom sério me encarando. — Nada de perder a paciência. — Completou, entrelaçamos os nossos braços, senti como se uma onda de corrente elétrica passase pelo o meu corpo assim que nos tocamos, me arrepiei inteira, mas que diabos? Portanto preferi ignorar isso, abri um sorrisinho irônico.

— É mesmo, porque de impaciente já basta você, né? — Reclamei. — Pode deixar não vou perder meu valioso tempo com os seus "amiguinhos". — Fiz aspas com os dedos. Na entrada um segurança iria nos parar, mas assim que percebeu que se travava do Bieber, apenas deu espaço para passarmos sem nem ao menos me encarar. Pelo o jeito ele é mais respeitado e conhecido por esse "trabalho" do que eu poderia imaginar. Ao pisar no tapete enorme na entrada controlei a surpresa no meu rosto, tudo aqui era realmente lindo e perfeitamente arrumado, tinha um globo grande giratório de iluminação e parecia até de ouro no centro principal onde alguns caras dançavam com vadias contratadas, logo ergui minha cabeça e percebi uma escada que óbviamente levava pro andar de cima, algumas muralhas estavam no final da escada e outros rodeavam o local não muito longe dali. Garçons passeavam com bandejas de pratas e taças, tudo em grande estilo. Segui o Bieber pra uma mesa e nos sentamos. Peguei uma taça de campanhe do garçon que tinha passado ao meu labo, fiquei bebericando a mesma parecia ser Boërl & Kroff, ótima escolha pelo jeito esses mafiosos cagam dinheiro. Com certeza até são mais ricos do que eu.

— Grande Bieber? — Um cara acompanhado de alguma puta contratada cumprimentou o Bieber em um aperto de mãos. — Pensei que não viria...— Ele disse, logo me encarou abrindo um sorrisinho malicioso, senti o meu estomâgo embrulhar, quem esse velhote pensa que é? Ele deve estar na casa dos quarenta anos, poupe-me, né? — Outra vadia, Bieber? — Debochou.

— Olha aqui seu— Justin me interrompeu antes que eu falasse merda.

— Não, Tony! Essa é apenas uma amiga, o lugar ficou espaçoso e a festa está boa, primeira vez que você comemora o teu aniversário nesse estilo não é? — Bieber perguntou, o tal Tony assentiu.

— Que bom que gostaram. — E então os dois começaram a conversar sobre um tal contrato deles, revirei os olhos. A vadia que acompanhava o homem às vezes encarava Justin mordendo os lábios, que safada! Como ela tem coragem, além de estar acompanhada ainda dá em cima dos outros, é isso? Olhei pra ela com cara de tédio, só faltava essa agora! Bufei, pegando o meu celular, vi que tinha várias mensagens da Candi.

Mensagens on:

"Kath, e ai? Pelo menos ta da hora essa tal festa de gala?"

"Tem muitos boys magia, ai? Esta tudo bem, não aconteceu nada demais não, né?"

"LAYENE, EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ, ME RESPONDE! NÃO ME DEIXA NO VÁCUO, SUA VACA!"

"VOU TE MATAR!" Ri fraco com o exagero da minha amiga.

"Calma, está tudo bem sim, isso aqui está um saco! Já não vejo a hora de vazar logo daqui". - Digitei. 

Mensagens off.

Bloqueei meu celular, só então percebi que o tal Tony e a sua "companhia" já não estavam mais aqui, o Bieber falava em seu celular.

— Não Lil, porra, o sequesto da filha do governador é só no próximo mês, o carregamento de drogas da Rússia nós vamos receber depois amanhã, o Ryan que vai cobrar os niggas pelas drogas e pegar o dinheiro amanhã, porque eu realmente não tô com paciência pra isso, se caso eu tiver que ir resolver essa parada amanhã, não vou resolver nada porque só de olhar pra cara daqueles merdas eu meto balo sem nem pensar duas vezes, ou sem muito menos me importar com as consequências do prejuízo do dinheiro que com certeza irei perder. Copiou? Tá, falou! — Bieber, desligou o celular, ele tinha o semblante sério e irritado, na verdade não entendi muito o rumo da conversa dele. 

— Porra, até nas conversas dos outros pelo o telefone gosta de stalkear. — Ele falou inconformado. — Pergunta logo o que você quer.

— Como sabes que eu quero perguntar algo? — Abri um sorrisinho inocente. — Por que cobrar os niggas pelas drogas, e o dinheiro? Que dinheiro? — Perguntei, Bieber bufou.

— Drogas que eles compram e não pagam, já o dinheiro é tipo agiota, sacou? Se eles pegarem grana e não me pagarem eu tiro algo de valor deles, ou simplesmente os mato. — Falou indifente, ele realmente parece não se importar nem um pouco com o fato de tirar a vida de outra pessoa. "Também o que você esperaria de um bandido, Kathleen?" — minha mente alertou.

— Sequestar a filha do governador? — Perguntei, Bieber revirou os olhos se aproximando de mim, pude sentir sua respiração perto do meu ouvidos e suas mãos ágeis foram diretamente pra minha cintura, que filho da puta estava se aproveitando da situação só pra tentar arrancar uma casquinha de mim, mas eu não iria permitir que isso aconteça.

— Um esquema pra manipular o governador italiano, o concorrente dele vai pagar muito bem pra mim fazer isso, claro que só trará vantagens pro meu trabalho, principalmente pras minhas contas bancárias. — Falou sorrindo, é ele também parece se importar muito com dinheiro.

— Huh. — Falei. — Mas não vai ser jogo sujo atingir o governador logo no ponto fraco dele? — Perguntei, Bieber riu nasalado.

— Nesse mundo Kathleen, não importa se você esta jogando sujo ou não, o importante é você ganhar o jogo. — Fez uma pausa. — E ele sabe muito bem que isso poderia acontecer a qualquer momento, porque tudo está em jogo, até a família daquele merda. — Completou, fiquei boquiaberta. — Ficou impressionada, Kath? — Bieber debochou. — Os políticos são mais corruptos do que você possa imaginar, acredite. — Ele falou, me senti um pouco desconfortável, me colocando no lugar da "família" deles, imaginem mesmo assim, um familiar não merece pagar pelos erros cometidos por uma pessoa corrupta que coloca em risco até a vida da sua própria família, só por causa de dinheiro e poder, certo? Já vi que não me sinto a vontade com esse negócio de "narcotráfico". Fala sério, isso afeta a vida de pessoas inocentes, mesmo não tendo nada a ver com isso, eu me sinto desconfortável. Coitadas dessas pessoas. Suspirei pesado. Olhei ao redor e várias pessoas dançavam, se divertiam, outras conversavam e nesse momento tocava uma música calma, percebi várias vadias dando em cima do Bieber, sem nem ao menos se importarem com a minha presença ao lado dele, o vagabundo ainda parecia adorar todo essa atenção "especial". Revirei os olhos, eu realmente não mereço isso. Poupe-me, né? Vou no banheiro que eu ganho mais. Peguei minha bolsa, segui meu caminho a procura de um banheiro. Subi as escadas, não conheço nada daqui, tomara que eu não me perca, uma pessoa trombou em meu ombro. Vi que era uma mulher, parecia ser mais uma vadia contratada. Esses homens conseguem ser mais patéticos do que nunca, pra que contratar vadias pra ficarem ao seu lado? Completamente desnecessário isso, só gastando dinheiro á toa mesmo. Assim que a mesma me encarou, seus olhos brilharam ao ver o meu vestido da Armani e minha bolsa da Michael Kors. Franzi o cenho, será que ela pensou que eu sou bandida também?

— Sabe onde fica o toalete feminino? — Perguntei

— A-h, — Gaguejou. — No segundo corredor a direita. — Falou, murmúrei um "Valeu", sai dali seguindo o caminho que ela havia me informado. Entrei pela porta e percebi que o mesmo era enorme e luxuoso, tinha um espelho grande ao lado na parede e uns lavatórios, a decoração era bem bonita. Percebi que haviam algumas mulheres ali, mas nem me importei retoquei o meu batom vermelho, o Bieber realmente vai ficar puto quando perceber que eu o deixei lá em baixo, ainda sai de perto do mesmo sem nem ao menos me importar em avisar, mas quem liga? É engraçado deixar ele irritado, mesmo que isso seja uma das coisas mais fáceis desse mundo. Ajeitei o meu longo vestido, logo sai do banheiro. Quando estava descendo as escadas, escutei vários barulhos de tiros e pancandas. Porra, olhei ao redor todos estavam correndo no maior alvoroço, no meio do tiroteio percebi várias pessoas caindo no chão certamente mortas, só me faltava essa agora, presenciar um massacre. Senti minhas pernas vacilarem, mas mesmo assim me forcei a correr, tentando fugir de toda aquela bagunça, com a minha arma em mãos, virei com tudo ao sentir um empurrão, cambaleei pra trás, logo levei um soco certeiro no maxilar, dei uma rasteira no cara, logo meu vestido estava manchado de sangue. O Bieber, tinha acabado de atirar no cara, na minha frente. O encarei assustada.