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História Toxicidade (Kakuhida) - Sonhos inglórios - capítulo oito


Escrita por: mclaraqc

Notas do Autor


Oi para você que não foi um dos figurantes da quarta guerra ninja

Bom, hoje tenho duas pequenas coisas para falar antes de começar a leitura:
1) este capítulo está um pouco mais curto do que de costume e isso tem um motivo: o próximo capítulo será um divisor de águas e foi um saco escrevê-lo, eu quase desisti oito vezes e o resultado final não foi de meu total agrado, mas agora não tem como mudar. Então, decidi deixar este aqui um pouquinho menor para "preparar o terreno" e não ficar tão maçante
2) hoje faz um ano que estou no Spirit, feliz aniversário pra mim! (Bom, meu aniversário ainda está longe, bem longe, mas considero minha entrada aqui como uma data comemorativa também). Nada mais justo do que agradecer vocês, por me acolherem tão bem nessa plataforma que conquistou meu coração então, obrigada!!

Sem mais enrolação... boa leitura<3

Capítulo 9 - Sonhos inglórios - capítulo oito


Kisame concordou com a proposta e se levantou, recebendo diversas reclamações por ser um homem de um e noventa e cinco de pé no cinema, pulou para o lugar dele e dormiu novamente em menos de um minuto. Hidan se apoiou no ombro de Kakuzu para conseguir chegar na fileira abaixo, tropeçando no encosto e quase caindo em Itachi, sendo salvo pela mão do de olhos verdes segurando a sua. Ajeitou-se na cadeira e arrumou a jaqueta no corpo, dando alguns tapinhas no braço de Kakuzu enquanto ria.

-Oi! Agora eu posso te irritar melhor.

-Tenta Hidan, -afastou a mão dele de seu braço e a apertou entre seus dedos- eu te mato.

-Eu sou imortal, imbecil!

-Que? Tá passando bem?

-Me deixa viver no meu RPG mental!

-Ei! -Itachi exclamou um pouco alto- Calem a boca, tem gente tentando entender de onde diabos surgiu o Palpatine de novo! -fitou as mãos juntas dos dois e sorriu ladino- Agora, se forem se pegar, podem deixar que eu saio.

-Sai fora!

Hidan puxou a mão e guardou no bolso, Kakuzu deu um tapa na testa de Itachi e voltou a assistir ao filme, como deveria desde o início.

 

=

 

-Tá, estou decepcionado. Que final foi aquele?! Eu não entendi nada, não fez sentido nenhum! -Itachi exclamava- Ninguém mais prestou atenção no filme para reclamar comigo?!

-Eu prestei. -Nagato falou tímido e parou ao lado do Uchiha, para que pudessem reclamar juntos.

Kisame caminhava atrás do grupo, cambaleando de sono, Tobi e Deidara estavam com os lábios inchados e as roupas amassadas, Yahiko e Konan conversavam sobre o filme, os Zetsu e Sasori discutiam maneiras de criar um final alternativo para o filme e fingir esquecer a existência daquele. As ruas estavam silenciosas no início da madrugada, então a voz dos amigos discutindo era o plano de fundo dos moradores dos arredores; os que haviam ido de carro, buscaram seus automóveis para ir embora, Hidan era o único que iria a pé.

Porém, mesmo habitando próximo ao cinema, aceitou a carona de Kakuzu para casa; sentou-se no banco do passageiro ao lado do homem e Sasori estava no banco de trás, aproveitaria para ir junto deles visto que não dormiria com o namorado naquela noite. Os três estavam em silêncio dentro do automóvel, as vezes trocavam poucas palavras e admiravam as estrelas escondidas no céu. Sasori estranhou, pois Kakuzu não parava de dar voltas justificando querer ver as ruas adormecidas; descobriu se tratar de uma mentira ao notar a mão de Hidan sobre o câmbio e, quanto mais voltas o moreno desse, mais ele poderia tocar nas mãos pálidas para mudar a marcha e fazer as curvas.

-Estou sobrando aqui...

-O que? -Hidan se virou, não entendendo o que foi dito pelo ruivo.

-Nada não, pensei alto.

Minutos depois estavam na frente do prédio do jashinista, ele desceu do carro e se despediu com um aceno, não se dando ao trabalho de desejar boa noite para eles. Sasori aproveitou e pulou para o banco da frente, sorrindo em direção a Kakuzu assim que ele deu partida.

-E então? Qual é a sua com o Hidan?

-Como assim?

-Tá apaixonado?

-Por aquele idiota?

-É. -Sasori se ajeitou no banco, sorrindo presunçoso em direção ao amigo, insinuante- Você se apegou mais a ele do que aos outros caras que conheceu no último mês, fica o tempo todo do lado dele ou encostando na mão dele, todo mundo reparou nisso. E aí? Você gosta dele?

Kakuzu se remexeu no banco desconfortável, não gostava das insinuações de Sasori e muito menos do fato de seus amigos falarem sobre si e discutirem sua relação com Hidan.

-Não, não estou apaixonado por ele. Ele me fascina, só isso. Ele esconde muita coisa e é um tanto quanto... diferente, só queria conhece-lo melhor.

-Sei, sei. Ei, pode me deixar aqui, estamos a uma rua do meu prédio, vou andando agora.

-Por que?

-Já falei tudo o que eu queria.

Dito isso, ele pulou do carro como uma criança e saiu rindo, deixando Kakuzu incrédulo e um tanto quanto irritado: ele realmente queria tentar arrancar uma informação? Deu de ombros, não havia nada para extrair dali, não precisava se perturbar por isso, era apenas uma suposição boba. Deu partida, precisava voltar logo para casa e se preparar para a aula no dia seguinte.

 

=

 

-Bom, Kakuzu, muito bom. -ele sorriu sem mostrar os dentes e se esticou na cadeira, as várias telas em sua frente exibiam desde códigos à página inicial do “Toxicidade”- Já tenho informações o suficiente para que coma em minhas mãos.

O homem esticou a coluna, fazendo com que o capuz do moletom caísse de sua cabeça, liberando os fios rebeldes; sentiu suas vértebras estralando e grunhiu em satisfação, ficar horas em frente as telas era cansativo, porém necessário. Desligou os monitores para descansar, tivera um dia cheio e ainda precisou ficar conectado para vigiar Kakuzu, seus patrões não perdoariam se ele se descuidasse e fosse expulso do servidor do homem, ainda mais agora que seu trabalho estava só começando. Ele era experiente, sabia muito bem como burlar as táticas rudimentares de segurança implantadas no blog e o fazia com maestria, não poderia deixar passar uma informação que prejudicasse o corpo de polícia.

Bom, agora ele não precisava se preocupar, poderia dormir em paz sabendo que suas peças estavam se movendo perfeitamente. No dia seguinte, enviaria as primeiras instruções verdadeiras que Go Ares precisaria efetuar, sabia que ele não gostaria, mas não tinha escapatória, afinal... a vida de seus preciosos companheiros estava em jogo. Sorriu mais uma vez, não se divertia com a angústia alheia, mas adorava a pequena sensação de poder proporcionada por ela. Agora, era só esperar para poder se deliciar.

 

=

 

Kakuzu acordou em um pulo, molhado de suor, assustado e excitado. O pesadelo que passara a assombrar suas noites não apareceu desta vez, fora substituído por um mais grotesco ainda, seguido de um sonho erótico.

O pesadelo começava com a vida de seus amigos se esvaindo, ele via seus olhos se apagarem e ficarem opacos como bonecas; não se dissolviam em algoritmos como no anterior, o que acontecia era pior: transformavam-se em marionetes e caíam no chão, suas últimas palavras eram calúnias, culpavam Kakuzu por algo que nem ele mesmo sabia ter feito. De repente o sonho mudava, ele abria os olhos e não enxergava nada, sabia apenas que estava deitado em um lugar fofo e segurando as coxas de alguém sentando sobre si, subindo e descendo em seu colo enquanto proporcionava-lhe um prazer nunca sentido; a voz da pessoa ecoava em sua cabeça, dizendo palavras rudes e culpando Kakuzu, ela dizia que ele não deveria ter se envolvido, agora estaria preso em suas correntes para sempre. Para finalizar o sonho, a pessoa adquiria uma áurea e o moreno abria os olhos, ainda entorpecido pelos movimentos e sem conseguir distinguir quem estava ali, ele acordou de supetão, com as pernas tremendo e a respiração descompassada.

Esfregou o rosto com o edredom, estaria perdendo a sanidade? Não entendia o porquê do erotismo no pesadelo, não fazia sentido e a ereção entre suas pernas não estava pior do que os calafrios de puro terror percorrendo sua espinha.

Levantou-se contrariado, mas não fazia diferença, não dormiria mais de jeito nenhum.

 

 

 

Continua  


Notas Finais


Este sonho do Kakuzu é recheado de simbolismos, literalmente nada é atoa. Quero ver quem vai dar uma de Sigmund Freud e interpretar hehe

Aiai, ontem foi dia de São Valentim e, como a MIkasa Ackerman, o Hidan e a Rei Batsubami não existem para passar essa data comigo, eu passei o dia escrevendo. Foi bom para adiantar a história, estou ansiosa pelos capítulos seguintes aa

Até sexta e espero que esteja gostando <3

obs: fãs de Star Wars fiquem em luto comigo pelo último filme, porque pelo amor de Rikudou Sennin foi desastroso


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