Eu estava ali, naquele parque, me perguntando da vida, sim. Diferente de tantos outros, na era desinformada da informação, eu me pergunto a razão de tudo. Sou melancólico sim, sou sentimental sim, sou intenso sim, mas tudo isso eu fecho com sete infernos em mim desde criança, quando comecei a ver que o mundo não era tão colorido quanto me falavam.
Faz dois anos que meu irmão mais velho tenta, incessantemente, me abrir emocionalmente. Ele diz que sofro de anti-sociabilidade crônica e que devo me tratar, afinal, segundo ele, sou um cara "brilhante".
E cá estou eu, um homem de 23 anos prestes a se formar em uma tediosa faculdade de história, mas não se engane, a história me diverte, as pessoas da faculdade é que me enchem. Em cinco minutos vou entrar pelas portas daquele requintado prédio, me sentar numa poltrona e esperar que a renomada psicóloga Hinata Hyuuga me faça cuspir frustrações, e quem sabe, na melhor das hipóteses, receitar alguns remédios para dormir.
Eu sei, todos os psicólogos são os donos da razão, ela vai resolver minha vida e serei normal daqui uns meses, mas isso te atrai? Você quer mesmo um final feliz, podre humano com gustação ao mórbido e obsceno do mundo? Não. Você estará aqui para ler sobre mim em meu defeituoso existir. Não diga nada, não sinta pena ou amor. Goze mais, coma mais, fale mais depois de mim, quem sabe assim eu me consolo sabendo que vives aí, do outro lado do meu computador, no ".com" da minha vida.
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