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História Tragic Symphony - Boas vindas


Escrita por: Alelubets

Capítulo 15 - Boas vindas


Fanfic / Fanfiction Tragic Symphony - Boas vindas

Perguntei ao Tay onde ficava o banheiro no andar de baixo e ele me apontou o final do corredor. Assim que saí de lá, ouvi um barulho de vidro quebrando na cozinha, que ficava ao lado. Andei devagar pra não parecer inconveniente ou enxerida e coloquei a cabeça na porta.
Era só um copo que tinha caído no chão e Zac estava abaixado juntando os cacos.

- Oi! Tudo bem por aí? - eu perguntei falando baixo. Fazia ideia do mau humor que ele estava devido a cara de poucos amigos durante o tempo todo que esteve ali. Se eu levasse um fora, pelo menos só eu ia saber.

- Tudo - levantou a cabeça e olhou pra mim rapidamente voltando a atenção pros cacos de vidro. - Foi só um copo.

- Machucou? Digo, você se cortou? - minha voz e o jeito que eu falava sempre denunciavam o quanto eu ficava insegura perto dele.

- Não! Já disse que está tudo bem, não disse? - ele falou enquanto ficou de pé e foi em direção à lixeira pra jogar os cacos fora. Eu fiquei com o rosto queimando de vergonha e me achando uma idiota por insistir em falar com esse ogro.

- Tá bom... - e fui andando em direção à porta da cozinha.

- Michelle, escuta uma coisa! - pelo tom de voz não poderia ser coisa boa. - Você não vai me enganar com esse jeito, com essa voz e fazendo essa cara, se aproximando da nossa família assim, fingindo de boa moça. Olha pra você! - ele me olhou dos pés à cabeça.

Isso era tão absurdo e ofensivo. Porque ele achava que me conhecia ou sabia quem eu era? Nós nunca nem conversamos! Não entendia porque tanta antipatia por mim. Entendo que ele estava passando por problemas em casa, como o Taylor disse, mas eu não tinha nada a ver com isso e o irmão dele já era bem crescido, além de ser um pouquinho mais velho e mais experiente. Era o Zac quem tinha escolhido brincar de casinha desde muito novo, era ele que parecia ser infeliz no casamento, então eu e Taylor não tínhamos absolutamente nada a ver com o mau humor dele.
Eu só consegui dar um sorriso sem graça e os olhos encheram de lágrimas. Eu tive vontade de partir pra cima dele, mas eu não ia fazer cena justamente na noite em que conhecia a família inteira. Eu parei um segundinho no corredor pra respirar e voltar pra sala sem essa cara de sentida. Sempre me achava uma boba quando não conseguia controlar isso. Que raiva!
Eis que surgem Taylor e a mãe trazendo uns pratos pra cozinha e eu levei um susto quando ouvi e vi que eles estavam se aproximando. Se eu não conseguisse disfarçar ia criar um caso enorme... O que eu poderia pensar bem rápido? A lente.
Rapidamente, Taylor notou e graças a Deus a luz apagada do corredor me deu um tempinho pra pensar.

- Amor, o que foi? - ele passou todos os pratos pra uma mão só e ficou com a outra livre pra colocar no meu ombro.

- As lentes. Não sei, acho que irritou... e o colírio não está na minha bolsa. Você se incomoda se a gente for embora?

- Não, tudo bem. Só um minuto.

No momento em que ele entrou na cozinha, Zac passou igual a um trator por ele.

Ei, devagar! - Taylor chamou atenção mas foi também ignorado.

Ele olhou pra mim tentando entender e eu temi que ele achasse alguma coisa . Mas não percebeu clima nenhum. Não deu tempo. Realmente acreditou na história da lente.

***

Como uma péssima mentirosa que sou, seguimos bem no caminho de casa e eu nem tive o cuidado de reforçar meu incômodo, muito menos chorar mais um pouquinho. Parabéns pra mim!

- Melhorou o desconforto? Dá pra chegar em casa ou você quer passar numa farmácia? - ele perguntou todo preocupado colocando a mão na minha perna.

- Não, tá tudo bem. Acho que dá pra esperar - Ahh, a lente. Concentra na mentira que você inventou, Michele. Sim, essa era eu falando comigo mesma.

Tratei de correr no banheiro pra pelo menos tirar essas benditas e acabar com essa história idiota. Aproveitei pra entrar no chuveiro e remoer a ignorância que Zac me fez, tentando pensar em um motivo. Eu ainda ia tomar coragem e falar francamente com ele, mas agora achava cedo demais.
Quando saí do banheiro, Taylor estava sentado na beirada da cama desabotoando a camisa.

- Viu? Você sobreviveu ao interrogatório da família Hanson e parece que foi aprovada. - e riu.

- Você acha? - eu perguntei.

- Acredito que sim. Você tem dúvida? - ele tirava os sapatos.

- Eu tenho CERTEZA que seu irmão Zac não gosta de mim. Eu sei, você já me disse que ele não está num bom momento, mas hoje ele me disse umas coisas... - eu, como sempre, falando demais. Ele era tão querido que eu acabava ficando confortável pra falar essas coisas. Ele me olhou, estranhando.

- Como assim? O que ele te disse? - tirando a calça.

- Só deixou claro que eu não era bem vinda ali. Não vale a pena dizer o que ele disse. Definitivamente, ele estava azedo. Não sei se é assim o tempo todo ou o quê. Sinceramente, não me interessa.

Ele me puxou, enquanto eu passava de toalha na frente dele.

- Você sabe que é bem vinda aqui, não sabe? - Credo, aqueles olhos, aquela cara, aquele homem.

- Pra você, pelo menos, eu sei que sou - Sentei no colo dele.

- E eu ainda nem agradeci devidamente por você ter aceitado vir passar esses dias comigo. - passou a mão na minha perna.

Ok, estava entendendo mas fingi que não. Franzi a testa e disse:
- Agradecer? É só dizer obrigado, mas nem precisa, vc sab...

Me interrompeu me beijando. Ahhh, tava entendendo sim!

- Preciso arrumar um jeito de te convencer a ficar - ele disse olhando pra minha boca e com uma das mãos no meu rosto.

- Eu tô aqui agora. Para de falar do futuro.

- Então vamos curtir o agora. - e praticamente me derrubou na cama.

Eu ainda estava de toalha e a que estava enrolada no meu cabelo já tinha caído. Eu achei graça e soltei um riso misturado com um grito de susto. Quando tirei minhas duas mãos do rosto, olhei pra ele pertinho e com o sorriso mais lindo, como se eu já não estivesse sentindo o peso dele em cima de mim.

- Não faz isso. Tô com medo! - rindo.

- Você não sabe o que eu vou fazer. Quieta!

- Tinha esquecido que você adora mandar. Acabei de lembrar quando você segurou meus braços... E continua segurando, né Taylor?

Aquele bandido sabia como tirar minhas forças. Eu nem tive coragem de resistir. Enquanto ele me beijava, soltava minha toalha e quando eu percebi, ele já estava apertando minha perna e tirando meu fôlego. Muuuito bem-vinda!



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