História Tragic Symphony - Pega leve!

Cheguei no endereço que ele me enviou por mensagem (sim, ele tinha meu número já. OMG!) e aparentemente ele não havia chegado ainda. Bateu insegurança... Era verdade tudo isso? Pedi alguma coisa pra beber enquanto esperava. Olhei o telefone algumas vezes tendo certeza que ele desmarcaria ou qualquer coisa trágica assim.

Quando eu me distraí com o barman preparando a bebida, Taylor chegou e sentou do meu lado.

- Olha, acho que a festa já começou, hein! - com um sorriso lindo.

- Oi. Há quanto tempo você tá aqui?

- Acabei de chegar. Desculpa, tô atrasado. Isso não é legal num primeiro encontro, né?

Parei de beber no meio do caminho. Oi?

- Encontro? Eu pensei que estava só conhecendo um lugar novo em Tulsa.

Ele balançou a cabeça e olhou pro lado com cara de "falei demais"

- Tá, não quis dizer bem isso. De qualquer forma, me desculpa pelo atraso.

- Primeiro, você não tem nada pelo que se desculpar. Depois, vamos parar de pedir desculpas um ao outro? Já percebeu quantas vezes a gente fez isso só hoje?

Ele riu e disse: - Verdade.

Enquanto ele pedia uma cerveja e falava com o barman, eu observava o quanto ele estava bonito. Nada demais, jeans, camiseta branca e beleza.

- Quando você vai embora?

Eu bebi um pouco e disse: nossa, eu já te chateei tanto assim?

- Por favor, não me entenda mal - pegou na minha mão num impulso. Ele percebeu meu estranhamento porque eu olhei pra nossa mão. Ele levantou os ombros e as duas mãos.

- Você não quer me deixar usar aquela palavra, né? Eu jáia falar de novo, hahaha.

A cerveja dele chegou e ele perguntou se não queria ir pra uma mesa no canto do bar. Só preciso dizer que tinha a iluminação mais baixinha e tipo um sofazinho que separava as mesas, bem no estilo americano. E eu gostava desse ambiente!

Ele perguntou sobre a banda e como começamos, sobre o meu interesse em começar a cantar e tudo...

- Eu adorei a sua voz. Mesmo! Talvez a gente pudesse fazer alguma coisa juntos.

- Nós? Os meninos iam adorar. - fiquei animada, pensando na possibilidade.

- Bem, na verdade, eu quis dizer eu e você

- Ah, poxa. Fico feliz. Seria ótimo trabalhar com você.

- Passar alguns dias com você seria interessante.

- Tipo... agora?? - Eu disse.

- Sim, desse jeito: trabalhando e saindo juntos.

Senti que tinha a oportunidade de perguntar um pouquinho já que ele estava sendo claro sobre gostar da minha companhia.

- Mais cedo você disse que não é mais casado. Você está com alguém? Porque você além de famoso é bonito também, então...

- Eu tô sim com alguém... - apoiou o braço na mesa - bem aqui... na minha frente.

- Taylor, para de brincadeira. - eu ri. Parecia relax mas eu estava morrendo. Ele não podia brincar comigo pq é mt bonito e eu acabaria acreditando.

- Eu não tô brincando, eu juro. - e ajeitou o meu cabelo, pq eu abaixei a cabeça tentando me esconder de vergonha. Eu olhei pra ele parando de rir e ele disse:

- Michelle, eu acho que seria legal te conhecer melhor, além do trabalho.

- Tá, agora você tá me deixando sem graça.

- E você só fica mais bonita.

A mão dele deslizou pro meu queixo e ele chegou perto pra me beijar. Sério? Sério mesmo?

Eu coloquei o dedo entre a boca dele e a minha nesse beijo que não aconteceu. Ele abriu os olhos recém fechados.

- Taylor, tá muito cedo pra isso!

Tive que resistir terrivelmente aqueles olhos transparentes surpresos me olhando depois que fiz isso.

Seguimos a noite só conversando mas eu me sentia nas nuvens pelo que quase tinha acontecido. Ele estava disposto mesmo a me beijar. Que boba que eu sou!

- Posso te dar uma carona pro hotel? Por favor, não tem nada de errado nisso.

- Você pode, se prometer que não vai tentar me beijar de novo.

- Não faz isso ficar mais difícil pra mim. Eu não posso te dar certeza disso.

- Taylor!

- Tudo bem. Sem beijo.

Ele me deu a carona, parando na porta do hotel. Já era tarde e não queria me alongar muito pra sair do carro.

- Obrigada de novo! - eu disse. Foi bom!

- Gostei tambei... e ficou me olhando. Você é maravilhosa, Michelle! - Eu não sabia se agradecia ou se saía do carro correndo.

- Não me deixa com vergonha de novo. Para de olhar pra mim! - ele pegou minha mão.

Não ia parar mesmo de fazer isso, né Taylor?

- Por favor!

- O que? - eu me fiz de desentendida.

- Me deixa te dar um beijo? - já colocando os dedos por dentro do meu cabelo. Isso daria certo?

Eu não fugi, mas também não fui me jogando enquanto ele se aproximava com os olhos abertos scaneando meu rosto e a outra mão deslizava pelo meu pescoço se entrelaçando no meu cabelo. Aí, fiquei fraca e fechei os olhos, sob os efeitos do alcohol e dele. Me deu um beijinho e abriu os olhos pedindo pra continuar, eu deduzi. Respondi fechando os olhos de novo, sentindo o perfume que vinha dele, não sei se do cabelo ou da pele, e deixei me beijar como quisesse. Foi a pior/melhor coisa que eu fiz! Ele repetiu o beijinho só pra começar e me deixou mole com a língua quente e com gosto de cerveja ainda. Dava um barato isso?! Dava! E eu saí das "garras" dele.

Fez cara de não acreditar que eu tinha interrompido. Estava bom demais e por isso tinha que parar.

- Tchau, Taylor, é melhor .