História Traição (imagine Jeon Jungkook) - Capítulo - XXIII

Park jimin POV’s 

— Talvez eu ame alguém — Profiro — Mas isso não tem nada haver com você — Não quis ser rude, todavia, tentativa falha. 

— Não caia nessa Jimin — Ri fraco  — Amor é apenas uma ilusão criada por nós, seres humanos fracos.. É só uma forma que denominamos algo que machuca e cria feridas que talvez nunca sejam capazes de se cicatrizarem.. 

— Não é só por quê você foi traída e desacredita no amor que eu também tenho que ser — Me amaldiçoo por minhas palavras ao ver sua feição de desapontamento — D-desculpe eu não quis di— 

— Mas disse! Você pode ser o melhor médico do mundo Sr. Park — Ditou — Nem mesmo todo seu estudo e simpatia — Aproximou-se — Curam as feriadas causadas por uma traição. — Saiu da sala a passos apressados. 

Meu peito doeu. Eu não queria que ela pensasse assim do amor. Se eu não amasse Lalisa, a estrangeira com toda certeza, seria a pessoa que eu escolheria para amar e cuidar. 

Infelizmente não mandamos no coração. 

O amor as vezes escolhe pessoas erradas, até mesmo as inalcançáveis. Mas, ele é um sentimento lindo que merece ter seu devido valor. 

Pietra, irei te mostrar que até mesmo os mais grave dos machucados podem ser curados por um bom especialista

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Pietra Evans POV’s 

O caminho de meu quarto nunca pareceu tão longo. Os corredores estavam gelados e pouco movimentados. Parei próximo a uma janela, sorrindo nostálgica ao ver a neve cair do lado de fora. 

— Eu amo o inverno — Digo à mim mesma, observando os rastros deixando pelo frio. 

Flashback On 

 ‘— Fato — Me jogo no sofá, abanando-me com a capa de um caderno velho — Eu odeio o calor desse fim de mundo. 

Meus braços começavam a ficar dormentes. Minha casa não tinha ventilador, quem dirá, ar condicionado. 

— Voce parece nossa mãe quando reclama — Prya disse, ainda concentrada em passar o esmalte nas unhas — Nem parece que tem apenas quinze anos. 

— Não o podíamos morar no Rio de Janeiro? — Reclamo — Não basta ser pobre, eu ainda tenho que morar em um bairro onde sequer tem um rio para nadar — Prya ri em sarcasmo. 

— Se acostuma irmãzinha — Começa — Pois você vai ter que aturar isso pelo resto de sua vida.

— Não, não vou. 

— Sim, você vai Pietra — Minha mãe adentra a sala com o típico pano de prato nos ombros e avental — Você sonha alto de mais — Revirei os olhos, ja conhecendo aquela história — Terá que se—

— Acostumar com isso, enquanto lavo privada de gente rica que pisa nas pessoas apenas para aumentar a porra do ego. — Era sempre a mesma coisa — Não vai ser assim, não comigo. 

— Acha mesmo que estudar vai te levar a algum lugar? — Esbravejou. 

— Acho, acho sim.

Já sentia meus olhos lagrimejarem. Eu odiava quando ela tocava nesses assuntos. 

— Nunca me importei em lavar banheiros. Sei de minhas capacidades, e tenho um objetivo. Não me imponho metas, pois sei que posso supera-las. Não precisarei passar por cima das pessoas para chegar onde quero, irei te provar isso! 

Saio dali em direção ao quarto que eu dividia com Prya. Me sentei na cama, abraçando um travesseiro e afundando meu rosto no estofado. Meus pais acham que sonhos são coisas para pessoas ricas, mas, irei provar o contrário. 

Sequei algumas lágrimas, e ergui a cabeça. Meus lábios se moldaram em um riso ao ver a garota de cabelinhos loiros deitada em uma das camas. 

— Eu prometo que irei te dar tudo que não tive — Boquejo, me sentando ao lado de Aline — Você não vai precisar passar por toda humilhação que eu estou passando. Não terá que trabalhar aos fins de semana para apagar um curso patético de inglês.. Eu vou dar a você a vida digna de uma princesa. 

Um dia morarei em um lugar que a neve caia todos os anos, enfeitando o local com o um branco suave. E quando isso acontecer, só irá ser a prova que nada foi em vão.

Flashback Off 

Se eu pudesse olhar para quela garotinha do passado, eu diria apenas uma coisa: 

— Conseguimos — Meu reflexo era quase invisível por aqueles vidros. 

‘Um dia faremos um boneco de neve, Prya’

Aquela criança boba que nasceu em uma família humilde, hoje é advogada, mora em outro país, viajou o mundo e conheceu pessoas maravilhosas. 

‘Não há motivos para chorar.’ Afinal de contas, eu realizei todos os meus sonhos. 

Sinto muito Jeon. Mas, eu nao posso mais desperdiçar minhas lágrimas com você. Eu te amei muito, talvez eu ainda ame. 

Mas antes mesmo de você, vem eu. 

Aos dezessete anos me aventurei em um país onde sequer sabia falava o idioma. Perdi minha irmã e minha melhor amiga, pensei em desistir, pensei que não conseguiria, vi meus pais caçoarem de meus sonhos. E hoje, eu vejo que nada foi em vão. 

Temos uma história juntos, Jungkook. Te esquecer é inevitável, todavia, está na hora de me deixar ir. Chega de me prender, chega de chorar. Ele mudou, eu mudei.

Todos mudam em algum momento da vida. 

Não dá para ser sempre a mocinha fraca que é socorrida por um homem forte de armadura. Talvez, esteja na hora de eu me fazer ser ouvida.

Não irei romantizar as humilhações que eu passei durante anos, não irei romantizar traição. Aprendi da pior forma que ela pode destruir não apenas uma família, mas uma história inteira.

Talvez eu perdoe, mas nunca voltarei a confiar

Talvez algum dia eu possa reatar com Jeon. Talvez tudo isso seja apenas um sonho ruim. Talvez haja arrependimento ao ponto de vista de todos ou talvez isso seja apenas um história escrita por um alguém que não conhece muito sobre a vida. 

Ainda é cedo para decidir se me apaixonarei novamente, se me permitirei ficar sozinha, se perdoarei as pessoas que tanto me fizeram mal ou se estou disposta a mudar e esquecer. 

A vida é uma só, uma caixinha de surpresas. Talvez eu me deixe ser surpreendida, talvez estejamos vivendo em um mundo paralelo e nem ao menos sabemos.

Afinal de contas, o que me garante que o que eu estou vivenciando neste exato momento, não seja apenas um sonho? É cedo para me decidir. 

Mas não importa qual seja o caminho que eu tomarei, eu amarei meu filho e ensinarei à ele os princípios da vida: Humildade, amor, lealdade e fidelidade.

Estou disposta a encarar todos que me fizeram mal. Não irei me esconder, muito menos me vitimizar. Não preciso disso. A decisão já está tomada: Talvez seja o momento de mudar. 

Namjoon: Eu o amei, mas, talvez eu não tenha me importando com sua traição no passado, pois eu sabia que não haveria um futuro ao seu lado. 

Jin: Era como um irmão mais velho. Algo em meu coração não consegue ter raiva dele, estou disposta a escutar suas razões.

Yoongi: Se mostrou sempre tão prestativo e companheiro. No final das contas, foi sem dúvidas quem mais me machucou. 

Hoseok: Um simples médico, que eu converso a apenas há alguns dias. Tem se mostrado um ótimo amigo, me fazendo sorrir quando sinto vontade de chorar e me abraçando quando me sinto sós. 

Jimin: Um bom homem, porém tolo. Existe bondade e inocência de mais naquele coraçãozinho. Eu cogitaria a ideia de me apaixonar por ele, se seu coração já não estivesse ocupado. Só espero que seja lá quem for ela, não o machuque. Jimin é preciosos de mais. 

Taehyung: Deis de que ele entrou em meu escritório meses atrás procurando por alguém que o livrasse da esposa que o traiu com o próprio irmão, eu vi nele um homem maravilhoso. Tae é sem dúvidas, a pessoa que eu mais desejo abraçar neste momento. 

Jungkook: Talvez eu ainda não esteja pronta para deixar de amar-lo. Mas, eu estou disposta a mudar isso. Ele me machucou, me humilhou. Talvez ainda exista bondade em teu coração. Só espero que algum dia ele aprenda com seus erros. 

Lalisa: Mesmo sabendo que há anos atrás, quando eu e Namjoon namorados, ambos se relacionaram,  eu achei que pudesse confiar nela. Ele fugiu, mas ela ficou e fingiu. Foi falsa, e eu como uma boba acreditei severamente que ela havia mudado.

Talvez acreditar que as pessoas possam verdadeiramente mudar, seja um defeito meu. 

Eu estava aérea, e aquele corredor esbranquiçado não estava me ajudando a por meus pensamento em ordem. 

Caminhei a passos vagarosos para o quarto ao qual eu estava, o que eu não esperava era abrir a porta, e sentir o coração que antes chorava, sorrir em alegria e ao ver o homem de beleza genuína assentado na poltrona, me encarando com o típico sorrisinho gentil: 

— Olá amor.