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História Traitor - Sunsun - Eu prometo


Escrita por: Uauter-San

Notas do Autor


Eita que eu demorei demais, estava sem criatividade e ocupado com assuntos de colégio, além de cansado. No entanto estou aqui, desde tarde escrevendo esse cap :)

Confesso que chorei um pouquinho, mas nada que umas lágrimas não faça-me bem. Enfim, espero que gostem. Espero poder também ser rápido em postar o último cap dessa fic.

Boa leitura ❤

Capítulo 5 - Eu prometo


 Estava sendo inacreditável vê-lo ali parado me encarando, com aquele mesmo olhar que me fez apenas enxergá-lo mais nada. Senti que todo meu corpo estava dormente, queria chorar, gritar de felicidade, desmaiar, abraçá-lo e beijá-lo, mas a única coisa que eu pensei foi apenas forçar a me mexer e dar espaço para ele passar, o que o mesmo fez, passando por mim com a cabeça baixa. Reparei algo nele, algo não, várias coisas nele.

 Ao fechar a porta e me virar para encará-lo, o vi olhando para o chão confuso, sorrindo um pouco porque eu ainda não limpei o chão.

— Tenha cuidado, por favor... — pedi, tendo seu olhar no meu — Pode se sentar, irei limpar essa bagunça antes que você se machuque.

 Andei rapidamente até a lavanderia não o deixando falar nada. Ao entrar no local, estranhei o fato de estar escuro, o que me fez ir até a janela e afastando a cortina, vendo que já estava de noite. Fiquei perplexo, eu nem estava dando conta do horário, para mim nem fez 40 minutos que Riki saiu de casa furioso comigo. Suspirei cansado, acendendo a luz e pegando a vassoura com a pazinha. Quando voltei para a sala, vi Sunoo segurando algo na mão enquanto sorria, o que fez meu coração palpitar. Engoli em seco, chegando perto dele e olhando o que causou aquele sorriso lindo, não me surpreendendo que seria a nossa foto. Ele passava os dedos suavemente na parte rasgada da foto, que seria eu no caso.

 Não queria incomodá-lo, então apenas agachei no chão e comecei a limpar aquela bagunça, tendo o maior cuidado com os cacos de vidros espalhados pelo o chão, reparei que há uma mancha não tão grande no piso, possivelmente seria meu sangue; iria deixar ali, no momento só quero tirar os cacos.

— Pensei que você mudaria esse seu lado protetor... — sua voz me fez parar o que fazia, por um momento pensei que sua voz poderia mudar, mas continua a mesma voz angelical e doce que já escutei na minha vida — Às vezes penso que sou um boneco de porcelana para você, qualquer coisa eu irei quebrar se você não estiver do meu lado para me proteger.

— Espere... Você não é um boneco de porcelana? — o escutei rir baixinho.

— Será que irá chocá-lo se eu disser que não?

— Talvez — sorri, terminando de pegar os cacos e pô-los em um potinho para poder colocar no lixo.

— Então devo-lhe dizer que não sou — fingi de surpreso, pondo minha mão no peito.

— Estou extremamente chocado com essa descoberta. Mas isso não me fará não o proteger. Sendo ou não um boneco de porcelana, estarei pronto para estar ao seu lado querendo evitar que se machuque.

 Levantei-me indo até ele e se sentando ao seu lado, olhando para suas mãos e depois para seu rosto angelical. Sunoo aparentava estar fraco, suas olheiras eram tão visíveis, seus lábios não tinham a mesma tonalidade de vermelho carmesim, estavam quebrados e sem cor quase, como se estivesse morto. Nem suas bochechas estão rosadas, realmente parece que ele está morto.

— Você não poderá sempre me proteger... — parei de analisá-lo para poder escutá-lo melhor — E nem estar ao meu lado, mas Riki sim.

 Franzi o cenho ligeiramente.

— Riki?

— Uhum. Ele me ligou hoje, contando tudo sobre você depois do nosso término — eu havia contado os mínimos detalhes para Riki, agora Sunoo também sabe. Olhei para baixo, fechando os olhos gradualmente — Eu não pensei que até hoje você teria sentimentos por mim. Sunghoon, você sabe que está se torturando?

 Eu não respondi, não queria responder. Sei que estou, estou me torturando desde o dia em que ele saiu pela a porta da frente da minha casa, dizendo que não podia mais continuar com nosso relacionamento.

— Você deveria seguir sua vida, se continuar assim você nunca terá uma família...

— Eu quero uma família com você, apenas isso.

 Abri os olhos e o olhei, vendo que o mesmo está com uma expressão assustada, ou algo do tipo. Sorri fraco, levando minha mão até sua bochecha e fazendo um carinho sutil ali.

— Eu não consigo me imaginar tendo uma família com outra pessoa que não seja com você. Eu tentei, tentei esquecê-lo, mas não consigo. Meu amor por você é muito grande, não consigo deixá-lo, porque sua imagem sempre passa na minha cabeça — senti minhas lágrimas começarem a escorrerem — Não sei porque o amo tanto, não sei porque o desejo tanto, mas a única coisa que eu sei, é que você foi a melhor coisa que apareceu na minha vida.

 O assisti fechar os olhos, vendo suas lágrimas descerem que nem as minhas, seu corpo já estava tremendo e seu rosto ficou com uma tonalidade vermelha. Apenas cheguei mais perto e o abracei, o abracei como uma criança abraçando seu bichinho de pelúcia em uma noite escura e assustadora.

— Sunghoon, por favor, me esqueça... Você não consegue ter uma vida assim... Não pode ficar preso no passado — confesso que não consegui entender muita coisa do que ele dizia, já que seus soluços eram altos e sua voz se cortava em cada palavra. Ele levantou a cabeça, me olhando com aqueles olhinhos cheios de lágrimas.

— Se eu pudesse esquecê-lo, você não estaria agora aqui pedindo para eu fazer isso — afaguei seus fios negros.

— Você não está pensando bem...

— E você também não. Por que está aqui? Veio apenas para dar um “oi” e ir embora como se nada tivesse acontecido?

— Não. Eu vim resolver as coisas com você!

 Não deu tempo de eu respondê-lo, pois o mesmo saiu dos meus braços abruptamente, levantando logo em seguida, deixando-me com a boca entreaberta. Ele secou suas lágrimas com a manga de seu moletom azul-acinzentado. Observei que seus olhos estavam bastante inchados, o que é estranho, pois ele nem chorou tanto para estar dessa forma, o que me faz pensar que ele já estava chorando quando chegou aqui. O que você tem, Sunoo?

— Sunoo-

— Eu quero que me esqueça agora! — ele me interrompeu, alterando a voz a cada palavra dita. Sorri desacreditado, ele estava literalmente me ordenando a fazer algo que pra mim está sendo impossível — Não sorri. Isso é sério! Eu quero que você esqueça tudo o que vivemos e continue seguindo sua vida de forma certa. Pare de se torturar, pare de achar que irei voltar para você. Vire a página, Sunghoon, por favor.

 Meu olhar caiu assim que escutei ele dizer que não iria voltar para mim, minha visão começou a embaçar, merda, irei chorar de novo. Fechei os olhos com força, comprimindo meus lábios na mesma hora, pondo minhas ambas mãos em meu rosto e soluçando alto, é difícil, é torturante, é triste, é humilhante, é tudo de ruim que sinto no momento.

 Eu quero tanto seguir em frente, mas não consigo, não consigo... Isso está me deixando louco, se eu já não estou. “Virar a página”, essa frase, essa maldita frase que escuto toda hora, agora estou escutando do Sunoo. Eu me sinto um inútil, um inútil que não está sabendo colocar as coisas em ordem e enfrentar as duras coisas que vem na minha frente. Superar Sunoo é difícil, às vezes penso que é apenas não estou tendo força de vontade, mas vejo que não é bem assim. Senti um aperto em meus joelhos, fazendo eu retirar minhas mãos do meu rosto e fitar Sunoo, que se encontra agachado na minha frente.

— Eu quero o seu bem. Foi difícil para eu acreditar que você ainda tem sentimentos por mim. Jake não iria gostar que depois desses anos você ainda está sofrendo. Riki mesmo com raiva, triste com você, ainda sim se preocupa com você ao ponto de ligar para mim. Para eu dar um choque de realidade em você — eu não conseguia parar de chorar, queria, mas não consigo. As lágrimas saem sozinhas. O que me destrói mais, é o olhar de pena do Sunoo em mim.

— Não... Consigo... — respondi entre soluços, lutando para olhar nos olhos dele.

— Consegue sim, eu sei que consegue — senti seus dedos tocarem meu rosto, fazendo meu corpo todo estremecer com aquele toque. Seus dedos gelados tocavam-me de forma suave, com cuidado como se a qualquer hora fosse me machucar. Forcei-me a olhá-lo nos olhos, me perdendo em seu sorriso fraco enquanto me olhava — Você é tão bonito para ter esses olhos inchados...

— Digo o mesmo de você — o observei engolir em seco, sei que ele esconde algo de mim, gostaria de chutar o que seria, mas realmente não consigo. Tudo o que envolve ele eu não consigo.

 Me pego sempre pensando as mesmas coisas todos esses anos: “Não consigo, não consigo, não consigo, não consigo, não consigo”, sempre repetidamente, como um áudio gravado que não tem mais como parar de ser reproduzido em minha cabeça.

— Sunghoon-

— Você me ama ainda? — minha voz saiu falhada, mas sei que o garoto à minha frente escutou. Observei novamente ele engolir em seco, seus olhos esbugalhados e boca entreaberta só me fez ver que ele não esperava isso.

 Esperei que ele me respondesse, mas ele não o fez, na verdade, o mesmo tentou mudar de assunto.

— Sunoo, por favor. Responda minha pergunta... — ele retirou sua mão gradualmente do meu rosto, abaixando sua cabeça — Você me ama?

 Novamente aquele silêncio vago. Apenas o som dos carros passando na rua e os cachorros latindo era ouvido no momento. Comecei a ficar sem paciência, mas quando ameacei em perguntar novamente, ele se levantou do chão, olhando para o lado com uma expressão neutra.

— Sunoo...?

— Eu não amo você — doeu, confesso, mas não foi convencível para mim ainda. Não mesmo. Posso me machucar mais ainda, mas irei tentar até tirar tudo o que ele esconde de mim. Realmente eu cansei, cansei e muito.  

— Mentiroso — indaguei, levantando-me e o encarando, vendo sua expressão mudar para uma confusa — Por que ainda mente?

— Não estou mentido.

— Não? Pois parece que está. Você realmente não sabe mentir para mim — comecei a dar passos até ele, vendo o mesmo dar passos também, porém, para trás.

— Se você não quer acreditar, eu não posso fazer nada — ao chegar mais perto dele, percebi que o encurralei na parede — Eu não o amo. Não sou igual você que ficou esses anos ainda preso no passado.

— Hipócrita... — Sunoo quando mente evita olhar nos olhos, muitas vezes desviando o olhar, como está fazendo no momento. Levei minha destra até seu rosto e a outra foi logo em sua cintura, onde puxei para mim, deixando nossos corpos próximos — Se não me ama, prove.

— Como?

— Com um beijo.

— Está louco!

— Sim. Mas ficarei mais louco ainda se você continuar mentido — afirmei.

— Eu não estou mentido!

— Então me beije — não pude conter um sorriso quando o vi fazer um bico irritado — Bem, se você não irá me beijar, eu irei.

 Assim foi, com a destra que se mantinha em seu rosto, segurei com força e aproximei meus lábios dele, tocando rapidamente. Senti várias explosões de sentimentos dentro de mim enquanto tocava nossos lábios, sentimentos e sensações que pensei que nunca mais sentiria. Sunoo parecia lutar em meus braços, mas como esperava, ele se entregaria a mim, como agora. Sunoo, Sunoo, nem Pinóquio mente tanto quanto você.

 Quando percebi que gradualmente ele estava retribuindo meu beijo, foi o momento de eu retirar minha mão de seu rosto e envolvê-lo em meus braços enquanto ainda o beijo com total paixão e carinho. Abraçá-lo, beijá-lo, tocá-lo, é tudo o que mais desejei depois desses anos. Todos os dias eu me imaginava assim com ele, com o mesmo voltando para meus braços e compartilhando a mesma caixa de amor.

 Seus lábios se mexiam na mesma sincronia que os meus, a cada estalar, era como uma melodia para mim. Nada, mas nada me irá fazer esquecer esse momento. Mesmo que um dia tudo volte a ser a mesma coisa sem Sunoo, esse momento nossos estará cravado em meu coração, como uma tatuagem, que apenas sendo arrancado de meu peito poderá ser esquecido. Até lá, estarei a lembrar dos mínimos detalhes.

 Ao nos afastarmos, o encarei, me perdendo em todos seus traços e seus olhinhos estreitos com ainda seu biquinho intacto ali, como se tivesse pedindo por mais.

— Acho que mais uma mentira sua, seu nariz iria crescer — ele bufou com um sorrisinho se formando no canto dos seus lábios. O abracei mais forte, inalando seu perfume doce e fraco de suas vestes, sentido que a qualquer hora irei acordar e dar conta que tudo foi apenas mais um sonho com Kim Sunoo.

 Mas não, não é um sonho, nem um sonho pode me fazer sentir o que estou sentido. Suspirei sôfrego, não conseguindo acreditar que o amor da minha vida está em meus braços, descansando sua cabeça em meu ombro enquanto brinca com os botões de minha camisa, como uma criança entretida. Beijei sua têmpora duas vezes, dando um abraço forte e escutando ele rir enquanto reclama do aperto.

— Por favor, fique comigo nesta noite. Só lhe peço isso, eu realmente preciso mais de você — sussurrei em seu ouvido, dando um beijo em sua bochecha após terminar de proferir as últimas palavras.

— Tudo bem, eu fico com você.

 Um sentimento de euforia consumiu meu corpo todo quando escutei ele afirmar e beijar meu pescoço, não sei se estou sufocando-o, mas é impossível eu não o abraçar mais. É como se ele estivesse pronto para fugir, e eu o abraço para evitar isso. O peguei no colo, sentido o mesmo abraçar minha cintura com suas pernas, enquanto reforçava seu abraço em meu pescoço, distribuindo vários beijos em meus lábios. Quando finalmente cheguei no quarto com ele, o pus suavemente no colchão fofinho, o observando se rastejar para cima enquanto me olhava com um sorrisinho.

 Assim que nossos lábios se tocaram, novamente tudo para mim não fazia mais diferença se eu tivesse Sunoo sob mim enquanto retribui meus beijos na mesma intensidade. Estar com ele é um sentimento de paz, adoração e afetuoso. Realmente não sei o que esse garoto fez comigo, o que ele jogou em mim para ter tantos sentimentos através de beijos que não deixam de significar algo a todo momento, toques que mesmo que seja a ponta de seu dedo indicador traz arrepios e sua voz que é como uma melodia de anjos. Sim, amar Sunoo e tê-lo são coisas que me trazem a vida novamente.   

 Suas mãos percorriam todas as minhas costas enquanto eu o beijava de forma delicada, porém que não deixa de ser intensa. Nossas línguas brincavam no ritmo de nossas mãos que não paravam em lugar nenhum. Tocá-lo é tão bom, por um momento realmente havia esquecido como é tocá-lo.

 Sem separar do beijo, apenas dei uma levantada para ele poder se sentar e retirar seu moletom junto com sua camiseta, eu o ajudei ainda, jogando suas vestes de cima do outro lado da cama vazia, separando um pouco meus lábios para olhá-lo. De fato, ele emagreceu muito, posso ver até suas costelas, além de marquinhas ali, que no momento eu não consigo identificar devido a pouco iluminação do cômodo em que estamos. Meu olhar foi logo em seu braço, vendo que há curativos ali, o que me fez olhá-lo preocupado.

— Sunoo, você está bem? O que aconteceu com você nesses anos? — minhas palavras se embolavam muito, mas consegui proferir tudo de forma que ele pudesse entender.

— Sunghoon, esse não é o momento certo para fazer essas perguntas.

— Mas-

— Só me faça seu nesta noite, apenas — seu olhar e suas palavras me fizeram esquecer por um momento e me deixar imerso a ele novamente.

 Sem hesitar, voltei a beijá-lo e acariciar sua cintura e abdômen com os dedos. Afastei os lábios um pouco para poder beijar seu pescoço e continuar minhas acaricias. No entanto, algo na minha me fez automaticamente a descer minha mão lentamente até sua virilha e desabotoar sua calça. Comecei a mordiscar sua clavícula ainda desabotoando desajeitadamente os botões de sua calça.  Assim que consegui o que queria, comecei a brincar com o mesmo, fingido pegar seu membro já ereto, me divertindo com seus grunhidos e com o mesmo praguejando com meu nome entre suas falas sujas. Sem avisá-lo, agarrei seu falo, escutando seu gemido quase como um engasgo, senti o aperto em meu ombro enquanto aperto e acaricio seu falo de forma lenta e torturante. Não demorando para minha começar a masturbá-lo, distribuindo beijos em seu maxilar e pescoço, me deliciando com seus gemidos que cada vez ficavam altos na medida que eu aumentava a masturbação.

 Sunoo parecia estar apressado, já que me pedia para parar de brincar com ele, mal sabe ele que estou apenas começando minha diversão. Pois será difícil eu deixá-lo descansar.

 

[...]

 

 Meus olhos pesavam na medida que eu os abria gradualmente, dando de cara com a escuridão. Franzi o cenho ligeiramente quando escutei alguns barulhos, me fazendo automaticamente olhar para o lado e dar de cara com o lado da cama vazio. Meu coração começou a acelerar, começando a ficar preocupado que tudo foi apenas um sonho.

 No entanto, quando olhei para o lado, pude ver a silhueta de alguém ali, forcei minha visão, podendo identificar quem seria. Logo suspirei aliviado, tirando a coberta do meu corpo, não me importando com o frio que batia em mim ao levantar, já que me encontro seminu. Andei rapidamente até o de cabelo negros, agachando em sua frente e vendo ele escondendo seu rosto em seus joelhos enquanto abraça suas pernas com certa força, quando o toquei, o observei se assustar. Assim que vi suas lágrimas, meu coração se desabou.

— Sunoo...? Eu machuquei você? — perguntei preocupado, começando a me culpar. Mas ele apenas negou com a cabeça, me pegando de surpresa quando me abraçou.

— Eu sinto muito, Sunghoon. Muito... — o abracei de volta, não sabendo o que fazer ou dizer — Não posso ter uma família com você, não posso ter uma vida ao seu lado...

 A vontade de chorar bateu em mim, mas me mantive forte, engolindo o nó que se formava no fundo de minha garganta. Comecei a acariciar suas costas nua, encostando minha testa em seu ombro.

— Está tudo, está tudo bem...

— Não está tudo bem, não há nada bem. Eu quero, mas não posso estar ao seu lado, isso está me deixando pior do que eu já estava antes de tudo... — sim, nada está bem, mas quero mentir para mim mesmo, pois quando estou com ele, minto para mim que não há problemas em minha vida.

— Sunoo, não pense muito. Estamos juntos agora, basta pensar dessa forma e relaxar. Amanhã nós conversamos e você me conta o que aconteceu com você depois desses anos. Tudo bem?

 Esperei por sua resposta, mas ele não respondeu, seu corpo estava todo mole, como se ele tivesse morrido em meus braços, o que me deixou desesperado, porém, o mesmo se encontra respirando. Sunoo acabou desmaiando, não sei porquê, mas ele desmaiou. Peguei seu corpo e o levei até a cama novamente, pondo-o ali e cobrindo seu corpo, logo me pondo ao seu lado e abraçando seu corpo adormecido com força, deixando minhas lágrimas e soluços escaparem enquanto as palavras de minutos atrás ecoavam e minha mente.

— Eu amo muito você — beijei sua testa, fechando os olhos e deixando seu calor do corpo misturar com o meu, assim deixando que o sono me dominasse novamente.

 

[...]

 

 Eu havia acordado cedo, queria poder preparar algo para Sunoo comer quando acordasse, então fui rápido em tomar um banho e logo atacar os armários e geladeira à procura de alimentos saudáveis para Sunoo se alimentar de forma adequada. Pois sinto que ele não está comendo, e isso é preocupante. Não sei o que irá acontecer daqui em diante, mas sinto que algo irá me deixar mal, agora o que seria isso? Por que sinto que irei sofrer mais do que já sofri? Eu não sei, nem quero saber. Sunoo estando aqui, nada mais é importante a não ser sua presença.

 Ao terminar de preparar o café da manhã, escutei o chuveiro do quarto ser ligado, a água caindo no chão, parece que alguém acabou de acordar, sorri.

— Bom dia — olhei para onde a voz saiu, sorrindo largo quando percebi que ele está usando uma das minhas camisetas e calção.

— Bom dia. Está com fome? — perguntei, abaixando a xicara de café dos meus lábios e pondo na mesa — Preparei algumas coisas que você gosta.

— Ah, obrigado — observei ele se sentar, olhando os alimentos em cima da mesa. Peguei os hashis metálicos e pus ao lado de sua tigela — Faz um bom tempo que não como essas coisas.

 Alegou, pegando o arroz e começando a comê-lo enquanto pegava os legumes e os colocava na boca também. Sorri fraco, queria perguntar o motivo desse “faz um bom tempo”, mas ainda não é hora para especulá-lo. O assisti desfrutar da comida e dos doces, é bom vê-lo comer enquanto comenta que tudo está delicioso, seus olhinhos brilham e dá para ver o quão satisfeito ele está enquanto mastiga. É muito bom ver isso.

 Já ia dar 15h30 da tarde, depois do café da manhã eu e ele fomos assistir algumas coisas enquanto trocávamos beijos no sofá. Não pude perguntar nada, pois ele interferiu quando tentei abordar o assunto, pedindo para eu não perguntar nada e fingir que nada aconteceu. Então fingi, fingi que nunca terminamos e que ele ficou comigo até meus vinte e três anos. Quando o vi entrar no banheiro, me arrumei no sofá e desliguei a televisão, esperando ele sair de lá.

 Sunoo saiu do banheiro depois de alguns minutos, porém ele estava com suas roupas e na sua mão havia algo que não consegui ver. Assim que ele se aproximou, mostrou para mim o que continha em sua mão, me deixando sem palavras.

— Por que isso estava em sua pia? — perguntou. Eu deveria ter guardado os comprimidos, mas acabei os ignorando e apenas me focando em preparar algo para Sunoo comer. Abaixei o olhar — Não me diga...

— Desculpa... — foi a única coisa que eu podia dizer.

— Meu Deus, Sunghoon! — ele pôs os comprimidos na mesa de centro e se agachou em minha frente, pegando minhas mãos e me fazendo encará-lo, o que eu relutei, mas cedi — O que pretendia fazer com todas essas drogas?

— Minha vida não faz sentido sem você.

— Não fale assim, por favor — senti seu polegar acariciando o dorso de minha mão — Prometa algo para mim, ok?

 O olhei confuso.

— O quê?

— Prometa viver por mim.

 Não sei porque ele disse isso, não sei qual é o contexto dessa promessa, muito menos o motivo de prometer, mas é o Sunoo falando, é o Sunoo pedindo-me para prometer algo a ele, então sem pensar, assenti.

— Promete?

Eu prometo — o observei levantar e me abraçar de lado, me dando um beijo curto em minha bochecha.

— Obrigado. Muito obrigado mesmo — sorri fraco, fazendo um cafuné devagar em seu cabelo negros e fechando os olhos enquanto deixo o tempo passar.

 O céu estava escuro, e Sunoo parecia estar pronto para ir embora, o que me partiu, pois não queria que ele fosse, queria que ficasse comigo para sempre e sempre e que nunca saia do meu lado. Mas sei o quão impossível é. Então apenas o observei calçar seus sapatos e arrumar seu moletom, me fitando em seguida, dando aquele sorriso lindo para mim, queria retribuir, mas estou triste por sua partida.

 Ele me abraçou quando percebeu, dando vários beijos em meu pescoço e me abraçando como se fosse cair em uma piscina de lava. Retribui seu abraço imaginando a mesma coisa, como se pudéssemos nos salvar apenas fazendo isso.

— Você irá voltar? — perguntei quando nos afastamos e o vi abrir a porta principal. Seu sorriso me contagiou, o mesmo sorriso que vi pela a primeira vez e que me fez apaixonar por ele.

 Ele não respondeu, na verdade ele apenas chegou perto de mim e me beijou, um beijo suave, cheio de sentimentos que eu podia sentir por sua parte, mas não durou muito. E assim foi, o vi novamente sair pela a minha porta principal.

 No entanto, deveria me sentir bem com esse beijo, mas não, esse foi o único beijo que eu não gostei, e nunca quis que ele me desse esse beijo.

 Foi um simples beijo de adeus. 


Notas Finais


Desculpe qualquer erro.

Muito obrigado pelo os favs e comentários, vcs me deixam felizes :) 💞

Até a última atualização dessa fic, bjs e se cuidem❤


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