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História Trancado no céu - Único; Não me solte


Escrita por: YuumaTian

Notas do Autor


Yookkkk

Bem, essa aqui era pra ser o último cap daquela coletânea, maaassss eu acabei fugindo totalmente do contexto k
Então, vai ficar separado:)


Booooa leitura!
Recomendo ler ouvindo qualquer musga que te dê aquele sentimento de nostalgia ou felicidade.
Raríssimo eu fazer final feliz:v

Capítulo 1 - Único; Não me solte


Fanfic / Fanfiction Trancado no céu - Único; Não me solte

Nunca acreditei muito em amor ou milagres

Nunca quis colocar meu coração na linha

Mas nadar na sua água é algo espiritual

Eu nasço de novo toda vez que você passa a noite comigo

 

Nunca imaginou que conseguiria se apegar tanto a um humano – um humano extremamente gostoso, diga-se de passagem. Primeiro, sua curiosidade se estendeu ao poder mal aproveitado que Megumi tinha. Naquele tempo, sabia que daria para… Usar desse poder para algo maior. Depois, ainda com isso em mente e sem nem perceber, notava detalhes de Fushiguro que nem mesmo o próprio devia saber que tinha. Tipo, por mais que não parecesse, o cabelo rebelde era realmente um penteado – atualmente, era um detalhe único dele que amava passar a mão ou tentar abaixar apenas para ver as mechas subindo sem permissão de ninguém.

Também, o costume de revirar os olhos para cada coisa que não o agradava, ou apenas ignorar. E olha que com aquele grupo dele no colégio, isso acontecia com certa frequência. Esse detalhe em específico era o que adorou ver e perguntar discretamente à Itadori o porquê dele fazer aquilo. Ele disse que era apenas a personalidade do garoto.

Quando menos percebeu, por causa de tão raro que eram esses momentos, sua atenção ficou toda voltada aos mínimos sorrisos de Fushiguro, quase imperceptíveis. Desejou tirá-los dali todos os dias, não duas ou três vezes ao mês.

Não era um idiota estúpido, sabia que isso era muito incomum para uma maldição. Ah, estava pouco se fodendo se era normal ou não, estranhamente, essas sensações quentes em seu peito à cada expressão do moloque o agradava em um nível assustador.

Até o dia em que, sem querer, interrompeu uma conversa entre ele e Yuji para desmentir o segundo, que se gabava sobre sabe-se lá o quê, nem se lembrava mais.

De primeira, ele ficou confuso, mas provavelmente pela cara contrariada de Itadori, ele riu.

Tinha feito ele rir sem nem mesmo ter essa intenção, naquele momento. 

Como explicar para o garoto irritante que queria tomar o controle apenas para ver Megumi sorrir? Não pedia detalhes ou perguntava sobre o humor de Fushiguro, literalmente apenas queria vê-lo, tocá-lo com seus próprios dedos – bem, nem tão próprios assim, mas tudo bem, era o suficiente.

Demorou várias semanas para que aquele moleque lerdo entendesse sua situação, e aparentemente só aconteceu após ele contar para Nobara suas ações nada comuns e ela explicar umas vinte vezes para ele que seu interesse repentino não era para tocar de maneira má nele – nunca mais faria isso, aliás – e sim… Só ver. Nem que fosse de longe.

Sabe quando só estar do lado ou no mesmo ambiente que alguém, você já fica satisfeito?

É, era essa merda aí.

Não demorou para perceber que seu plano de usar o poder sumiu com o tempo, mas percebeu rapidamente que Megumi havia ficado desconfortável e, pelo menos no começo, nunca confiou em si. Na verdade, se tivesse contado, devia ter levado uns dez socos e pelo menos dois chutes naquele lugar que doía pra caralho. Sua paciência parecia abundante naqueles dias, tinha para dar e vender.

 

Foram semanas para o ver, mesmo que de longe. Dias para ele perceber que não o atacaria, meses para "confiar" parcialmente em si e mais um pouco de dias para, por mais inacreditável que pareça, responder uma pergunta que fez.

Pensando agora… Ele provavelmente deveria estar muito puto aquele dia.

 

"– Qual seu tipo? – Perguntou como quem não quer nada. 

Foram segundos de silêncio por parte de Fushiguro, ele estava treinando, porém, tinha certeza que fora ouvido. Se controlava também para não pedir que Megumi colocasse uma camiseta, um fio segurava sua vontade de já agarrá-lo ali mesmo. 

Lógico que nunca faria isso, os "pontos" que já tinha conseguido iriam embora muito rápido.

– Não tenho um tipo, basta que tenha uma personalidade boa e inquebrável.

Demorou mais tempo ainda do que fora ignorado para raciocinar. Era a primeira vez em meses que tinha ouvido sua voz de tão perto. Okay, não tão perto, estava uns três ou quatro metros longe, mas já era uma vitória.

E mesmo não sabendo o porquê – talvez pois não falara nada? – ele que fez a próxima pergunta, que o fez perceber que já, mesmo que de modo inconsciente, estava apaixonado por um moleque Jujutsu. Vida trágica, hein. 

– E o seu?"

Tinha respondido o óbvio: pessoas com cabelo negro-azulado, estressadas quase o dia todo e que tinham um humor duvidável. Bom, fez ele rir da desgraça dos outros na primeira vez, Itadori foi sua vítima.

Não tinha ideia se ele tinha entendido, e se entendeu, deixou de lado. Além disso, não teve mais "conversa" após, o pirralho chato tinha o controle novamente.

Dias depois, Yuji disse que Megumi agiu estranho por alguns minutos depois que apareceu de novo. Se iludiu, claro, estava um verdadeiro trouxa por aquele cara. "Ele tinha ficado triste? Sentido falta ou o quê?" Se perguntou por semanas.

Até ver que não tinha aparecido uma única vez nessas mesmíssimas semanas em que ficou pensativo.

Imagina a tamanha surpresa que teve ao ver o pirralho irritante – vulgo Itadori –, por si só falar consigo. Ele estava tão irado que o deu vontade de rir, mas se conteve pela curiosidade de saber o que tinha acontecido.

Descobriu que Megumi andava cabisbaixo. Disse também que foi muito difícil de perceber, Fushiguro escondia seus sentimentos com tamanha maestria que não foi aquela sensação quente que se apossou de si, e sim um aperto incômodo e desconhecido, antes.

Nem sabia que conseguia sentir isso. Pela primeira vez em um milênio, desejou saber o porquê de alguém estar triste ou chateado.

Parecia piada, entretanto, a preocupação que sentiu não era nada engraçada.

Percebeu isso ao ver, dessa vez realmente de perto, Fushiguro ignorá-lo. Claro, isso seria bastante comum e não se incomodaria, caso ele não tivesse o ignorado como se estivesse cansado. Exausto de algo que não fazia ideia do que era. Ele não franziu o cenho ou bufou como sempre, apenas perguntou "você?", suspirou baixo, quase inaudível e passou a mão pelo rosto. Foi frustrante notar que aquela era a segunda expressão diferente da indiferença que via no belo rosto do garoto. Não queria nunca mais lembrar disso, mas era impossível, pois o que veio depois foi péssimo, porém, ainda depois do péssimo, era a melhor lembrança que tinha.

Foi quando descobriu o melhor detalhe de Fushiguro Megumi, o jeito único e viciante dele de beijar. Não era intenso – voltado para o sentido de selvagem –, mas também não era nada "sem graça". Porra, não quis nunca mais sair de perto ou que aquele dia acabasse.

 

Porque você faz eu sentir como

Estivesse impedido de entrar no céu

Por muito tempo

Por muito tempo

 

Um momento era ligado ao outro, o rosto entristecido dele após gritar o que de fato Sukuna queria com ele – do qual não queria lembrar, era uma lembrança irrelevante que os dois resolveram deixar de lado. Respondeu o óbvio novamente: "você". Tinha fechado os olhos quando o ouviu fungar e quando tomou coragem para abrir, ele tinha acabado de esfregar os olhos. 

 

Novamente, silêncio.

 

E quando iria desistir de tudo, de estar com ele, de todos seus desejos e do seu próprio amor. Dos meses a fio que aparecia somente para ele… Enfim, de tudo; Fushiguro tomou a iniciativa.

E como uma adolescente chata de catorze anos que se apaixonou pela primeira vez, mal soube como agir. Apenas se lembrava que retribuiu – é claro –, com mais vontade ainda. Se ele tinha começado, provavelmente era porque queria, não era?

Não foi calmo, não foi suave como nos filmes clichês de romance. Foi totalmente envolto por um sentimento de saudade que mal soube de onde veio, por Sukuna já tinham transado ali mesmo. Óbvio que isso não aconteceu. 

 

Não naquele dia. 

 

A única coisa além do beijo que se lembraria pelo resto de sua vida que houve, foi sua descoberta de outro detalhe: a mania adorável de Megumi se aconchegar com gatinho manhoso em si, ao dormir. Com o passar dos dias, ele foi perdendo o que chamou de constrangimento – mas sabia que ele tinha era um pé atrás, não o julgava – e logo mal sobrava um dedo de distância ao dormirem. Ele gostava de ser abraçado e queria abraçá-lo, juntaram o útil ao agradável e conseguiram.

Na verdade, Fushiguro era um gatinho por completo – o animal! No sentido de lindo também –, fofo, às vezes amava carinho, às vezes odiava até mesmo que ficasse muito perto, como um gatinho arisco. Foi difícil se acostumar, já que queria cobrir todos esses meses que não fizeram nada. Entretanto, ele era uma caixinha de surpresas e estava amando descobrir cada uma delas.

Por volta do segundo mês em que estavam apenas vivendo um com o outro, era ele quem começou com as carícias do fucking nada, com os beijos roubados. Não tinha como ficar mais feliz naquele tempo, nunca nem imaginou que estaria vivendo aquilo, na real.

Claro que tinham brigas, claro que ele continuava com a mesma personalidade de sempre – que se apegou tanto, achava fofa a carinha emburrada dele, céus –, claro também que se lembravam de quem eram. No entanto, era como se esquecessem. 

Não tardou até os amigos de Megumi perceberem.

Itadori era o único que sabia de "tudo" no geral, mas após Fushiguro não cobrir muito bem uma marca, Nobara descobriu. Nem sabia como ela viu. A gola deveria esconder, não?

Também, nem era como se ligasse.

Nunca foi com a cara de Gojou – o cara ainda por cima soube sozinho –, porém, ele adorava envergonhar Megumi, e vê-lo corado tinha virado sua segunda visão preferida. Isso não o fez gostar daquele cara, obviamente.

Conviviam, apenas. 

 

Descobrira alguns meses depois, em uma noite qualquer daqueles onde apenas se deitavam e uma hora outra Megumi cairia no sono, que aquela não era mais sua segunda visão favorita, chegava perto e tinha a ver, mas não era ela.

Era a que Fushiguro fazia quando gozava. Sim, direto. De carícias no cabelo foram para outro lugar e nem sabia como. 

O garoto era simplesmente perfeito, até mesmo seus gemidos, poderia dizer sem hesitar que ele por si só nasceu como um anjo para a terra. Ah, como tinha sorte de tê-lo, por completo ainda.

Não sabia o porquê, apenas que ir ao delírio e ser carregado pela luxúria atualmente não era difícil, aliás, muito fácil. Talvez porque envolvesse amor?

Demorou, ah, como demorou para estarem como estão. Apenas depois de semanas após a primeira vez – que descobriu também ter sido a primeira vez no sentido literal de Megumi –, de ambos naquela, que rolou até pedido de namoro. E como se tudo o que soubesse de Fushiguro fosse o suficiente, tinha noção que ele detestava coisas extravagantes, e, bem, também não estava a fim de fazer o pedido. Foi depois de mais uma noite juntos, se amando e totalmente cansados, que pediu.

Do nada.

Eram assim, do modo simples.

Ele apenas disse sim e sorriu.

E naquela vez não demorou nem dois segundos.

Completariam um ano de um namoro um tanto peculiar amanhã. Foi um ano e meio até que conseguisse, finalmente, conquistar aquele coração de gelo. Sua espera tinha valido mais a pena do que imaginava, por mais que aguentar o pirralho e a pirralha falando toda hora fosse irritante demais. Particularmente, tinha sorte de Megumi não ser tagarela igual aquelas duas pragas – apelido carinhoso, seu gatinho arisco pediu que os respeitasse, então que assim seja.

É, hoje em dia obedecia sem reclamar nem se incomodar, um humano. Quem imaginou? Sukuna, só faltando uma coleira para ser o cachorrinho de Fushiguro Megumi.

Era motivo de piada, mas o cachorrinho não era bem si em outras horas.

 

Era um equilíbrio perfeito.

 

Como seu relacionamento, como sendo opostos. Como um aprendiz de feiticeiro Jujutsu e uma maldição, ainda por cima, o próprio Sukuna. Como um cara que demorou para conseguir se abrir, que forma bico nos lábios quando está irritado e alguém que zomba de tudo, que admitia com orgulho ser realmente um pervertido – como era chamado por ele.

Como alguém que ama observar cada detalhe de Megumi. Descobrir coisas novas sobre ele era seu passatempo preferido.

Esperava descobrir ainda mais detalhes amanhã.

 

Eu posso ficar aqui?

Posso passar o resto dos meus dias aqui?

 

 

E na real só descobriu que ele não gostava muito de que esquecesse essa data, não. Mesmo que tivesse sido uma brincadeira.

Que bom que se curava.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Musga: Bruno Mars - Locked out of heaven
Se encaixou bonitin aqui 😳


Perdão qualquer erro, além de corrigir pelo celular, ainda tenho que ir pro site pq meu spirit tá bugado 😔😔😔


Besos e até!


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