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História The Lady In My Life - No camping com Emma Swan.


Escrita por: LeD_Fanfics

Notas do Autor


Mais um capítulo... Esperamos que gostem.

Boa leitura!

Capítulo 19 - No camping com Emma Swan.


Pov Emma

Depois da virada de ano perfeita que passamos ontem, voltamos para o apartamento de Regina e coroamos a noite fazendo amor até que os primeiros raios de sol surgissem no céu de Nova Iorque.

Mas, como não tenho o hábito de dormir até tarde, às nove horas já estou de pé. Após fazer uma rápida higiene pessoal, vou à cozinha preparar o café da manhã da minha namorada, que permanece dormindo abraçada a um dos travesseiros.

Prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo, ponho mãos à obra, começando com uns sanduíches leves. Lavo também algumas folhas de couve, jogando-as dentro do liquidificador, misturando laranja e linhaça. Pego uma melancia enorme que encontrei na geladeira e passo a cortá-la. Porém, sou interrompida pelo som da campainha tocando ruidosamente.

Caminho até a sala, imaginando quem será a esta hora, em um dia de feriado. Observo através do olho mágico e, imediatamente, reconheço Zelena acompanhada por um homem meio careca, com alguns poucos fios grisalhos, aparentando uns 65 anos. Apesar de nunca tê-lo visto antes, não demoro muito para presumir ser o pai de Regina.

Abro a porta, ainda surpresa com a visita mais do que inesperada.

Zelena me cumprimenta alegremente, abraçando-me e beijando minha bochecha provavelmente corada: - Feliz ano novo, Emma!

Ainda da porta faz as apresentações:

- Este é meu pai, Marco Mills. Pai, esta é Emma Swan.

Cumprimento o homem que permanecera até então parado, encarando-me. Trocamos um aperto de mão e ele sorri para mim. Parece simpático, mas isso não é suficiente para diminuir o meu desconforto com a situação.

Convido-os a entrar e, aí sim, passo a me sentir mais estranha, tendo que fazer as vezes de dona de um apartamento no qual também sou visita.

Vamos para a sala, onde Marco senta no sofá aparentando estar bem à vontade com tudo. 

Zelena, de pé, fala: 

- Desculpa, Emma, mas eu estou morrendo de fome, porque papai não me deixou comer antes de sair. Ele estava muito ansioso para vir conversar com você e Regina. Então, vou ver o que tem de interessante na cozinha. - Esfrega as mãos, desaparecendo da sala sem me dar tempo de responder nada.

Fico sozinha, pela primeira vez, com o pai de Regina. Enfio as mãos nos bolsos da calça e o olho de soslaio. Tenho a impressão que estou transpirando nervosismo por todos os poros.

"O que será que ele quer falar conosco tão urgentemente?" - Penso, enquanto sorrio para Marco de forma não muito natural, tentando antever em sua expressão o que o traz aqui, mas falho totalmente, porque apesar de ter parecido simpático, agora está impassível.

- Com licença, vou chamar Regina. - Digo, imaginando que ele aguarda a presença da filha para começar a falar.

- Obrigado. - Agradece, antes que eu deixe a sala em busca dela.

Entro no quarto, como as cortinas da sacada estão fechadas, acendo o abajur e me debruço sobre a cama, onde ela ainda dorme, com os cabelos esparramados em um dos travesseiros. Está tão serena, que dá até pena ter que despertá-la, o que faço da forma mais carinhosa possível.

- Acorde, amor. Seu pai e sua irmã estão aqui. - Falo, acariciando o seu rosto.

Apesar do meu cuidado, abre os olhos assustada. Passando a mão pelos cabelos e senta-se na cama, imediatamente. Noto que ela também ficou um pouco apreensiva.

- O que vieram fazer?

- Zelena veio comer. - Brinco, para diminuir a tensão. - Quanto ao seu pai, ele quer falar conosco, só que não disse sobre o quê.

Ela boceja, estica-se e se levanta, vestida apenas com uma calcinha. Chega perto de mim e apoia as mãos no meu peito, antes de perguntar travessa, semicerrando os olhos.

- Você está com medo, né?

- Estou sim. - Não disfarço. - E acho que a senhorita deveria se vestir, porque parece que ele precisa dizer algo muito sério.

Claramente, se diverte ainda mais com a minha resposta.

- Nunca pensei que a primeira vez em que a veria com medo seria justamente do meu pai. Mas não precisa se preocupar, meu amor - me faz um carinho no rosto - Se bem o conheço, já sei o que ele veio fazer aqui.

Regina entra no banheiro da suíte. Em menos de dez minutos está pronta.

- Vamos, medrosa. - Estende a mão.

Quando chegamos à sala, o sr. Mills a abraça demoradamente, como se não a visse há muito tempo.

- Filha, sua mãe me contou o que aconteceu ontem à noite. Fiquei muito chateado com a reação desnecessária dela - começa a falar, com as mãos nos ombros de Regina, olhando-a com carinho - Cora não tinha o direito de dizer tudo aquilo pra você.

- Eu esperava que ela entendesse. Mas acho que fui meio tola em pensar assim.

O pai afaga o cabelo da filha.

- Você deveria ter ido falar comigo, meu anjo. Jamais teria permitido que uma coisa dessas acontecesse.

Eu sei que não é a intenção, mas parece que eles querem me ver confusa, já que só se referem ao tal acontecido da noite anterior com pronomes indefinidos.

- Quis começar por onde achei que seria mais difícil. Só que foi pior. - Ela se justifica, com expressão triste.

- Enfim, eu vim aqui só pra dizer que em mim você terá total apoio, porque a única coisa que espero da pessoa com quem esteja é que te faça feliz. - Afirma, desviando os olhos na minha direção.

Voltando-se para Regina novamente, continua:

- Por favor, peço que não leve a sério a proibição que Cora fez de voltar a nossa casa enquanto vocês estiverem namorando. Isso é um absurdo e eu já deixei claro que não a apoiarei. A casa também é sua e as duas serão sempre bem-vindas.

Confesso que fico chocada com essa informação. Já estava suspeitando que Cora havia brigado com Regina por minha causa, mas não imaginei que tivesse ido tão longe.

- Pai, fico feliz, pois o seu apoio é muito importante pra mim. - Ela afirma, sorrindo levemente. - Mas, quanto à outra questão, se Cora continuar tendo essa posição intolerante a respeito do meu relacionamento com Emma, é provável que eu realmente fique um longo tempo sem ir à casa de vocês, porque considero o conflito com mamãe desgastante e agora, mais do que nunca, desnecessário. - Explica, com firmeza na voz.

Mesmo ouvindo a forma decidida com que fala, não consigo evitar uma sensação ruim pelo que aconteceu. Não tenho culpa pela intolerância da sra. Mills. Porém, já que também sofri no passado com a incompreensão da minha própria mãe, sei exatamente como Regina deve estar se sentindo. E, de verdade, não queria que passasse por isso.

Após ouvir as desculpas constrangidas do sr. Mills por algo que ele não fez, saio da sala, para permitir que possam conversar um pouco a sós.

Pov Regina

Quando Emma nos deixa sozinhos, ponho a me perguntar o que ela estará pensando agora que soube pelo meu pai o quanto a conversa com Cora foi hostil. Queria ter lhe explicado eu mesma, mas depois que deixamos a mansão, sendo envolvidas pelo clima de paz e amor da festa na Times Square, acabei esquecendo momentaneamente essa picuinha.

- Sua namorada é muito bonita, meu amor. - Papai comenta, atraindo a minha atenção novamente. - Além de muito educada e simpática também. - Abro um sorriso de orelha a orelha pela forma como fala sobre ela, parecendo realmente encantado. - Bem diferente daquele "bundão" que você namorou antes.

David esteve na casa dos meus pais comigo em duas ocasiões, apenas. Porém, como Marco Mills adora falar sobre política, não demorou para descobrir que David tem uma filosofia mais alinhada aos preceitos dos republicanos. Por ser, meu pai, um democrata convicto, isso foi suficiente para que criasse uma antipatia instantânea por ele.

Não consigo evitar o riso pela forma como se refere ao médico, só que, devido às circunstâncias, preciso esclarecer.

- Papai, não fale assim. Sabia que Emma é irmã dele? - Pergunto, encarando-o.

- Sua mãe me falou. - Me abraça mais uma vez, beijando o topo da minha cabeça. - Mas ele é um "bundão" mesmo. Não era a pessoa indicada pra você, ojitos negros. - Trata-me pela forma carinhosa que usa desde que eu era uma criança. - Além do mais, nunca vi você olhando para David da forma que a vi olhando para Emma. - Sua lógica é inegável.

- Tem razão. Realmente estou apaixonada por ela. - Confesso simplesmente, observando a reação do meu pai, cujo rosto se ilumina em um sorriso.

- Eu percebi, meu anjo. E estou muito feliz por minha caçulinha ter encontrado sua alma gêmea. - Diz, de forma bem piegas.

- Menos, papai. Você 'tá parecendo o autor de um folhetim mexicano. - Caçoo da sua passionalidade.

Emma e Zelena retornam à sala. Estamos rindo, ainda abraçados.

- O que eu te disse, Emma, sobre Regina ser a preferida do papai? - Minha irmã resmunga, olhando para nós dois, parecendo enciumada.

- Deixe de bobagem, mi pelirroja. Sabe muito bem que amo meus três filhos da mesma forma.

Ele e Emma trocam de lugar. Meu pai vai para perto de Zelena bajulá-la, enquanto minha namorada se aproxima de mim.

Ela diz baixinho em meu ouvido: - Também quero um abraço, ojitos negros.

Certamente, Zelena aproveitou o tempo com ela na cozinha para contar coisas sobre mim, inclusive isso.

Com papai de costas, abraçando minha irmã, dou um beijinho rápido nos lábios de Emma, feliz por, pelo menos com ele, as coisas terem ficado bem.

...

Depois de colocarmos meu pai em um táxi, Zelena pisa fundo no acelerador do seu SUV, pois saímos bastante atrasadas para a corrida de bike que participaremos. Enquanto dirige, vai explicando mais detalhes do evento. Pelo que disse, percorreremos vinte quilômetros até um camping, onde acamparemos durante à noite.

- Mas não se preocupem. A barraca que eu trouxe cabe nós três. - Avisa, estacionando perto de uma grande tenda onde é possível ler: "Alugue sua bicicleta aqui!".

- Isso é tão típico de você, Zel. Deixar para avisar na última hora que teremos que passar a noite no meio do mato. - Reclamo, descendo do veículo.

- Gina, você escutou o que eu disse? Cabe nós três na barraca. Por isso não vi necessidade de lhe contar esse pormenor. Até porque, se eu tivesse falado antes, seria mais um motivo para a senhora dizer que não vinha. - Rebate, entrando na fila, onde algumas pessoas já estão posicionadas para alugar uma bicicleta.

Felizmente, além da cabana, Zelena também trouxe alguns acessórios extras, como capacetes e luvas, para nos emprestar e tira-os da mochila, entregando-nos.

- Meu amor, pare de discutir com sua irmã e coloque o capacete. - Emma repreende, vestindo as luvas.

- Você está bem confiante, não é Swan? - Pergunto, fazendo o que ela pediu.

- Claro, nunca entrei em uma competição pra perder. - Responde, orgulhosa.

Me divirto com o jeito competitivo dela.

- Ótimo! É provável que eu seja uma das últimas a chegar, mas vibrarei muito com a sua vitória. - Debocho.

- Não, senhora. Você tem que acompanhar o meu ritmo. Somos a equipe Swan-Mills, que vai levantar o público por onde passar.

- Muito bem, Emma. Gostei de ver. Você tem que colocar essa preguiçosa na linha. - Zelena, mesmo um pouco à frente, ouve a conversa, virando-se para apoiar o entusiasmo da minha namorada.

Em resposta, solto um risinho sarcástico.

- Caso vocês não tenham percebido, é uma hora da tarde, do primeiro dia do ano. Acho que ninguém vai sair do conforto de casa pra vir assistir a esse evento obscuro. O único público que pode ter aqui são os próprios competidores.

Logo, Zelena consegue pegar a bicicleta e passa por nós, já montada nela.

- Vamos lá, suas molengas. Eu sou a rainha do mundooo! - Grita, abrindo os braços e partindo em direção à estrada onde a corrida será disputada.

- Sua irmã é sempre assim? - Emma indaga, rindo com a loucura de Zel, pegando as nossas bikes.

- Não. Há vezes em que ela é pior. - Pontuo brincalhona, enquanto seguimos para a linha de partida.

...

Emma venceu a corrida sem muito esforço, já que a maior parte dos competidores eram gente como minha irmã e eu, que estavam ali apenas pela causa. O prêmio foi uma medalha simbólica, pois tudo o que os organizadores conseguiram em dinheiro seria revertido ao abrigo de animais.

Ao final, ainda fizemos questão de contribuir com uma doação extra espontânea que, obviamente, foi muito bem aceita.

Quando chegamos ao camping, alguns participantes já estavam organizando as tendas. O local escolhido fica perto de um lago, onde vou com Emma para nos refrescarmos. Como não trouxemos trajes de banho, entramos vestidas, embora alguns competidores mais desinibidos estivessem usando apenas roupas íntimas.

Voltamos, ainda molhadas, para ajudar Zelena a armar nossa barraca. Já dentro do abrigo, tiramos as roupas e nos enxugamos, vestindo outras secas.

Ficamos conversando embaixo da tenda por um bom tempo. Mas logo anoitece e o barulho de vozes e violões nos atrai e saímos para sentar ao redor da grande fogueira que foi montada depois de voltarmos do lago. Zelena já estava por lá, com alguns conhecidos, ajudando a cantar Baby Can I Hold You.

- E aí, estrearam a cabana? - Zel pergunta cheia de malícia, quando sentamos ao seu lado.

- Talvez sim, talvez não. Você nunca saberá. - Respondo, e Emma apenas sorri de forma enigmática.

- Muito bem, sis. Quem fala muito sobre sexo, geralmente, está fazendo pouco. Digo isso por experiência própria. - Aponta, bem-humorada.

- Você e Lance terminaram de vez? - Indago-lhe, referindo-me ao homem com quem minha irmã se casou em Las Vegas, há cerca de três anos.

Emma não parece tão interessada na nossa conversa, divertindo-se com as desafinadas dos "cantores oficiais" do acampamento.

- Não. Nós ainda nos encontramos de vez em quando. E isso acaba me deixando meio confusa e insegura para começar outro relacionamento. - Explica. - Então, acabo transando menos do que gostaria.

- Na realidade, mesmo que estivesse em outro relacionamento, você ainda transaria menos do que gostaria. - Sorrio. - Nunca conheci alguém sexualmente tão insaciável - Enfatizo, divertida.

- Gina, não fale assim da sua irmã mais velha. - Replica, fingindo me censurar. - Emma vai pensar que sou uma ninfomaníaca ou uma depravada que sai pegando qualquer um na rua. - Termina, olhando para minha loira que agora parece estar mais interessada em um marshmallow que conseguiu com um dos amigos de Zelena.

- Não se preocupe. Emma não costuma julgar as pessoas. - Respondo, vendo-a morder a guloseima.

- Mudando de assunto. Está vendo aquele rapaz de camisa preta, sentado perto da moça ruiva, ali do outro lado? - Zelena sussurra e olho ao redor, tentando não chamar a atenção, logo identificando o homem.

- Sim. O que tem ele? - Inquiro curiosa, também em tom baixo.

- Você se lembra de Lillian Jones, aquela judoca que foi cortada da equipe americana antes das olimpíadas de 2004, porque encontraram hormônios masculinos acima do normal nos seus exames? - Indaga, e Emma olha para nós duas, só então parecendo prestar atenção.

- Lembro. - Digo, já imaginando o que virá em seguida.

- Pois bem. Agora ela atende pelo nome de Killian Jones e está aqui na nossa frente. - Sussurra, como se contasse um segredo de Estado. - A ruiva ao lado dele é sua esposa. - Continua e noto Emma olhando para o casal sentado do outro lado da fogueira. - Eu tenho tanta curiosidade de saber como fica o "equipamento" depois da cirurgia e se ele funciona direito...

Mal termina de falar, Emma levanta-se, deixando o prato com os marshmallows ao nosso lado. Pede desculpas, alega cansaço, e volta para a barraca. Entendendo os motivos, não insisto para que fique.

Como a saída não foi muito sutil, Zelena percebe a mudança no comportamento dela.

- Eu disse algo que não devia? - Pergunta preocupada.

Suspiro, olhando minha irmã com complacência. Afinal, sei que não falou por mal.

Depois, levanto e a chamo, fazendo com que nos afastemos um pouco do grupo.

- Disse. Mas, a culpa foi minha por não ter falado antes. - Explico, já distante. - Emma também é trans.

Zelena fica claramente espantada com a revelação.

- Você 'tá brincando, não é? - Indaga, assustada. - Não por ela ser trans, mas porque acabei de cometer a maior gafe da minha vida.

- Você não cometeu exatamente uma gafe, porque sua curiosidade é até bem normal. - Tento tranquilizá-la, colocando a mão em seu ombro. - Só que para uma pessoa trans esses questionamentos feitos assim podem soar como uma invasão de privacidade.

- E ela já fez a mudança? - Questiona, cheia de dedos.

- É melhor que você diga redesignação. - Corrijo-a, vendo os olhos azuis, herdados de nossa avó materna assim como os cabelos ruivos, ainda espantados. - Não totalmente. No início, até tive vontade de conhecer os motivos pelos quais não fez a transição completa, já que dava pra eliminar de cara a questão financeira, o motivo da maioria. Porém, depois que começamos a namorar, percebi que ela, na verdade, se sente bem como está.

- Você contou a Cora? - Zelena questiona, franzindo o cenho.

Dou de ombros. 

- Não. Ela fez um drama tão grande quando descobriu que estou namorando uma mulher, que nem tive como falar mais nada. Você é a primeira da família a quem estou contando. Mas, será natural que os outros saibam com o tempo. Até mesmo Cora.

- Acho que eu devia pedir desculpas a Emma. - Comenta encabulada, porém, menos tensa.

- Não precisa, querida. Deixe que eu falo com ela e não se preocupe. Sei que não ficou magoada com você. - Consolo-a, entendendo qual é o seu receio.

Beijo-lhe a testa antes de voltar à cabana. Olhando para trás por um momento, a vejo retornando ao grupo.

Entro na tenda. Emma está deitada de lado no colchonete, com o lampião aceso, observando uma joaninha que caminha em seu braço estendido.

- Ei, está tudo bem? - Pergunto, deitando perto dela, abraçando-a por trás.

- Está. Desculpa por ter saído daquela forma. - Pega minha mão e aperta.

- Tudo bem, amor. Zelena foi infeliz no comentário. Mas, minha irmã é assim mesmo. Adora uma fofoca. - Digo, divertida, tentando descontrair o clima. - Eu já conversei com ela.

Emma se vira, ficando de frente para mim.

- De qualquer forma, minha atitude foi infantil. Ela podia estar falando sobre uma traição, sobre a orientação sexual de alguém... Todas essas coisas que as pessoas adoram comentar da vida dos outros, e eu ficaria lá, ouvindo pacientemente, talvez até rindo. Mas, como o assunto também dizia respeito a mim, acabei reagindo de forma imatura. - Justifica-se, com bastante sensatez.

- Pois eu acho que a sua reação foi normal. Quando uma conversa incomoda, nós costumamos ficar na defensiva mesmo. - Faço a observação, acariciando o rosto dela. - Mas, vamos deixar isso pra lá. - Peço, aconchegando-me ainda mais ao seu corpo. - Agora nós temos é que aproveitar o fato de estarmos sozinhas na barraca, porque pelo que conheço da minha irmã, ela não tem hora pra voltar. - Prossigo, metendo a mão por baixo do moletom que veste, acariciando seu abdômen.

Ela sente cócegas, então sorri, formando as covinhas que mais amo no mundo.

- Amor... O que você toma para ter tanto fogo, hein? Desde que começamos a namorar, já emagreci dois quilos. - Murmura, enquanto me deito sobre ela.

- Não devia reclamar, Emma Swan. Você tem muita sorte de comer uma coisa gostosa como eu e ainda emagrecer. - Distribuo convencimento e beijos em seu pescoço, tateando às cegas até encontrar o lampião e apagar sua luz tênue. 

Ela suspira profundamente e gira, usando o peso do corpo para me prender embaixo de si.

- Não estou reclamando. Você é perfeitamente gostosa e confiante. E melhor, é toda minha. - Sussurra, possessiva, encaixando seu corpo no meu.

A língua dela escorrega áspera para dentro de mim e ergo as pernas, enlaçando-lhe os quadris, sentindo minha pele aquecer. Solto um gemido estrangulado quando sua boca abandona a minha e desce pelo pescoço, deixando uma trilha de beijos e me provocando um gostoso calafrio. Mordo o lábio, arqueando a cabeça quando sua mão se insinua, atrevida, por baixo da minha calça afastando o tecido da calcinha. Ofego mais uma vez, vítima de suas ousadas carícias, certa que essa cabana será palco de uma noite intensa de amor.



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