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História Tratamentos Para Cabelo Naturais - Semana 4, Dia 1


Escrita por: susabi

Notas do Autor


Não sei vocês, mas acho que está faltando um pouquinho de drama aqui.
Vamos lá!

Capítulo 4 - Semana 4, Dia 1


Fanfic / Fanfiction Tratamentos Para Cabelo Naturais - Semana 4, Dia 1

Semana 4, Dia 1

Cabelo: 5/10

 

Eu menti.

Ai… Ler a minha última entrada me dá dor de estômago. Não peguei um diário para mentir, certo? O propósito deveria ser o contrário. A verdade é que eu tenho vergonha… Vergonha de admitir que estou gostando do Shinki a esse ponto.

Tenho me convencido que os últimos dias têm sido ótimos estando com outras pessoas. Só que preciso me esforçar para eles serem bons e no final só me sinto cansado, contando os segundos para ver meu amigo de novo. Mesmo que tenha que o chamar de amigo.

Acontece que ele não quer.

Enviei uma mensagem para ele há uns dias perguntando como estava o treino e se já estava pronto para os exames de Kazekage. Ele ignorou minha piada e falou que estavam indo bem e que esperava que estivesse tudo certo comigo.

Ele nem perguntou, só esperou que estivesse!

Será que fiz algo que o irritou? Será que entendeu que gosto dele e está mantendo distância para não ter que me rejeitar? Eu preferia que ele me desse um fora de uma vez!

Quis responder porque estava sentindo muita falta de conversar com ele. Odeio a sensação de que algo está errado com os meus amigos, acontece que a maneira como Shinki nem fez uma pergunta ou nada do tipo deixou bem claro que não quer mais falar comigo. E nos exames chūnin provavelmente vai me ignorar.

Como já deve ter notado pela nota do meu cabelo hoje, não estou nos meus melhores dias.

Pelo menos não é como se o Shinki fosse ver, né?

Estou me sentindo bem triste… Nunca fiquei assim por gostar dele, mesmo que goste há um bom tempo.

Começou há dois dias quando fui na casa da ChoCho e ficamos lá conversando um pouco. Aí, do nada, ela me pergunta por que ainda não falei dele e por que parecia estar suando frio. Bom, era porque estava me esforçando para não falar do Shinki para ela, para mim, para você…

Então lhe contei sobre o que ele falou.

Lógico, ela riu da minha cara. Falou que o Shinki quis dizer exatamente o que  escreveu, que “não pode me visitar porque está treinando.” Mas ChoCho não entende! Ela também fala que tem quase certeza de que o Shinki gosta de mim, e eu odeio quando diz isso! Só me enche de esperanças e depois pioro.

A conversa não evoluiu muito, consegui disfarçar o quanto estava ficando mal com a história toda.

Depois fui treinar com o Metal e pedi para ele não fazer piadas sobre o Shinki, como normalmente faz — e normalmente rimos. Ele achou bem estranho, perguntou se algo tinha acontecido, e eu falei que não. Quem me dera!

No fim de uma hora, só queria voltar para casa. 

Dormi a tarde inteira, até mamãe vir me chamar para jantar. Foi bom, não pensei em nada. Claro que, assim que acordei, meu maldito cérebro começou sua dancinha de “Eu estou apaixonado e não vou parar de falar no Shinki e em tudo que ele faz e diz.”

Meus pais notaram logo que eu estava estranho. Falei que era só cansaço, o que nunca cola quando alguém passou a tarde inteira dormindo.

Tentei mudar de assunto e perguntei como eles se apaixonaram, ou repararam que estavam apaixonados. Sim, já sei a história dos dois: depois da guerra, mamãe convidou meu pai para um encontro porque entendeu que ele não iria se tocar e tomar uma atitude e desde então houve mais, muitos deles com iniciativa de papai. É tudo muito fofo, clichê e, claro, me deixa feliz ao ouvir.

Não pude deixar de  perguntar como que isso aconteceu. Sério, como eles perceberam que gostavam um do outro desse jeito? Que queriam ir a encontros, tipo, ao mesmo tempo? Como que isso passou para um relacionamento e se transformou em casamento? Juro que não entendo!

Depois de umas boas risadas, eles me explicaram daquela maneira bem chata e adulta, a que não ajuda.

Também notei que houve coisas que eles não me contaram. A história deles é fofa, mas, por vezes, soa bem superficial. De qualquer jeito, papai falou que demorou a entender que gostava dela, enquanto minha mãe percebeu mais cedo. Ele também disse que eram membros da mesma equipe e,  por um bom tempo, não a considerou mais do que isso.

Tá… Isso me iludiu bastante.

Acontece que eles viveram num outro tempo. Meu pai provavelmente não se tocou porque estava passando por um monte de coisas, havia guerra, depois guerra e mais guerra… Se eu estivesse cercado por guerra, não ia ter tempo para ficar escrevendo num diário sobre minha queda pelo Shinki. Então não existe motivo para ele não se “tocar” sobre seus sentimentos por mim.

E ele só me confunde! 

Tá, eu sei que o Shinki não tem muitos amigos, porém comigo insiste em manter contato. Ele me trata de um jeito totalmente diferente do desprezo com que trata os outros, e todo o mundo nota, eu sei disso. Quando estamos sozinhos, consigo acreditar que ele gosta de mim…

Shinki me deixa fazer coisas com ele que nunca na vida deixaria outras pessoas fazerem.

Ele nunca permitiria que outros dormissem no seu ombro ou zoassem dele como eu zoo. Ele se irrita com coisas pequenas ou brincadeiras idiotas, mas eu sou o rei — príncipe — das brincadeiras idiotas quando estamos juntos. E nem uma vez ele se irritou comigo.

Só que sinto que me apego a essas coisas porque não quero aceitar que ele me vê apenas como um amigo.

Quando estamos com outras pessoas, ele quase me ignora. É horrível! Não o entendo, sério, diário. Parece que está sempre focado ou ocupado com outra coisa, olhando para os outros, mesmo que não fale com eles. Eu me sinto ignorado a toda a hora e não entendo por quê.

Acho que a verdade é que ele simplesmente não gosta de mim desse jeito, e eu deveria começar a aceitar isso.

É difícil porque, sempre que penso em esquecê-lo, minha mente decide lembrar-se de todas as coisas que já fizemos juntos e tudo o que pode ser interpretado como um possível interesse Depois, quando me agarro à esperança, o outro lado vem falar que eu só estou me enganando. E o Shinki não ajuda.

Nossa…  eu estou prestes a chorar com essa história toda.

Diário…

Desculpe…

Então… você não vai notar que passaram uns bons dez minutos desde que escrevi a última linha. Tive aquela ideia maravilhosa de checar minhas mensagens com o Shinki naquela esperança idiota de ter uma nova... E nada. Aí comecei a chorar que nem um ridículo. Não sei o que tem de errado comigo!

Estou mais calmo agora, só que sinto que vou passar a noite inteira a chorar se continuar assim.

Sabe, vou descer para falar com os meus pais.

Que meu cabelo esconda as lágrimas amanhã.

Amor, Tenji.

Diário…

Quebrei o acordo de não escrever mais que uma vez por dia, mas aconteceu algo muito estranho e preciso te falar. Passou cerca de meia hora desde a minha despedida.

Falei que ia falar com meus pais, né? Então, eu fui.

Eles estavam no andar de baixo, como é normal, conversando. Me aproximei e estava tudo como sempre, tirando a TV em um volume um pouco baixo, ou seja, a conversa devia ser séria.

Não me viram ou ouviram, e quando cheguei, ouvi minha mãe falando algo como: “Não acho que você deva perdoar o Hiashi.”

Fiquei confuso, nada demais, só confuso. O problema é que me viram nesse exato momento. Mamãe ficou boquiaberta como se eu não morasse ali.

O nome Hiashi me é familiar, sei que é o pai da tia Hinata. Nada mais que isso.

O pior foi a cara do papai.

Nunca o vi daquele jeito, me arrepiei na hora, e qualquer choro guardado sumiu. Sério, não estou mentindo dessa vez quando digo que me esqueci do Shinki.

Ele parecia… não sei, sombrio? E um pouco arrependido ou culpado, como se o tivesse pego quebrando uma promessa. Acho que foi pelo clima ter ficado silencioso.

Meu pai detesta esconder coisas de mim, eles sempre foram muito abertos comigo.

Mas eu não estou magoado… Entendo de verdade que não vou saber tudo sobre a vida deles. Só que acho que meus pais, especialmente meu pai, ficaram bem abalados com isso. Queria que houvesse uma maneira de lhes falar que tudo bem se tem coisas que eu não sei, mesmo que seja sobre meu passado ou coisas que eu pensava que sabia.

Eu sei que meu pai passou por momentos bem pesados, então ele não precisa me explicar.

Sério, estou me sentindo muito mal, não quero vê-lo assim de novo.

Claro, não vou mentir que fiquei curioso. Hiashi era até hoje apenas o pai da tia Hinata, ele morreu durante a guerra, e é tudo que sei sobre ele. O que haveria para perdoar? Não sei, nem tenho ideia e, depois de ver a reação de papai, não quero saber se isso significar magoar alguém da minha família.

Confio neles e sei que, se me estão escondendo algo, é pelo meu bem.

Pena que a reação do meu pai não sai da minha cabeça, nem a ideia de que ele pode estar se sentindo mal ou pense que eu estou magoado ou desconfiado.

Sabe, morro de medo que achem esse diário, e nesse momento queria que meu pai conseguisse ler. Pelo menos apenas essa frase: “Você não precisa me falar nada, eu não estou ressentido”.

Bem, com certeza serviu para eu me esquecer do que me fez sentir mal antes, só que estou pior agora. Assim que meus pais reagiram dessa maneira, eu apenas fingi que tinha ido buscar algo na cozinha, subi e desejei-lhes boa noite. Meu pai notou bem antes disso que eu tinha chorado, no entanto eu não quis piorar tudo, então falei que não era nada, o que provavelmente fez com que ele se sentisse ainda pior. Ai… por que eu sou assim?

Queria voltar a preocupar-me com o Shinki e meu cabelo de novo.

Amor, Tenji.


Notas Finais


Penúltimo capítulo T_t Não creio!

Amor eterno à minha beta, mesmo que ela me vá abandonar porque não quer que a fic acabe <3 <3 <3

Espero que gostem, vos vejo lá embaixo!


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