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História Treacherous - Loki - Ganhando


Escrita por: AlexiaCarstairs

Notas do Autor


Obrigada mais uma vez a todo mundo que tá lendo. Dê um sinal de vida, deixe seu comentário. ;-*

Capítulo 11 - Ganhando


- Parece que você tem um problema com loiras - Carmem suspirou, erguendo uma sobrancelha.

Estavam em um pub, depois de um longo dia visitando as atrações de Andorra e Carmem não deixou de notar a falsa loira no bar que parecia devorar Loki com os olhos.

O deus ergueu os olhos de suas cartas e lançou um sorriso torto para a loira.

- Isso é ciúmes? - disse para Carmem.

Ela fez uma cara descrente.

- Isso é patético. E eu dobro a aposta - a cigana sorriu, inclinando-se sobre a mesa.

- Então estava só me distraindo?

Carmem havia ensinado Loki a jogar pôquer, algo não muito inteligente de se fazer quando se tratava do deus da trapaça e da mentira, e estavam apostando perguntas, já que ela não tinha dinheiro. A cada rodada ganha, o vencedor tinha direito de fazer uma pergunta. Carmem havia ganhado três vezes e Loki, apenas uma. Mas aquela era a grande rodada.

- Eu gostaria de jogar - um homem disse, aproximando-se da mesa dos dois, claramente embriagado e fitando Carmem com total interesse.

Loki olhou com desprezo para ele.

- Estamos no meio de uma rodada - Carmem sorriu, sendo educada.

- Eu espero a próxima, docinho - o bêbado respondeu, puxando uma cadeira para si.

Loki se afastou um pouco do humano gordo e barbudo, que cheirava um pouco mal e voltou-se ao jogo. Sabia que Carmem estava mentindo. Ela não tinha as melhores cartas. Era apenas um blefe. E ele acabou estando certo, ganhou a rodada enquanto mais e mais homens se amontoavam ao redor da mesa dos dois.

Carmem fez biquinho enquanto arrumava as cartas.

- E então, o que vamos apostar? - ela sorriu para o bêbado de uma forma que deixou Loki enjoado. Como ela podia ser tão educada com alguém tão desprezível?

- Eu tenho uic... uma aposta uic... indispensável - o homem disse entre soluços. - Aposto todo meu dinheiro.

O homem colocou um maço gigantesco de dinheiro sobre a mesa e Carmem olhou fascinada para Loki, que parecia tão desinteressado quanto era possível, enquanto todos os outros homens que observavam ficaram boquiabertos.

- Mas não temos tanto dinheiro - Carmem suspirou, desanimada. - Não podemos igualar.

- Eu não estou interessado em dinheiro, meu bem - O homem alisou a mão dela que estava sobre a mesa. - Todo meu dinheiro, por uma noite com você, cigana.

- Não - Loki disse simplesmente.

- Ela é sua mulher?

- Não, mas isso está fora de cogitação.

Loki havia sido criado em um mundo onde mulheres eram peças de barganha e todos os casamentos eram praticamente arranjados, mas havia algo de muito errado em apostar algo daquele jeito. Principalmente se tratando de Carmem. Ela era livre e viva, não apenas um pedaço de carne.

- Bom, eu aceito - a cigana disse, sorrindo maliciosa para Loki. - Mas ele vai jogar por mim.

O deus olhou quase que um pouco chocado para a mulher. Ela levantou-se da mesa e o bêbado pegou o lugar dela, enquanto a cigana foi conversar aos ouvidos de Loki.

- Eu não vou apostar você - ele sussurrou encarando o bêbado. - Dinheiro não é um problema.

- Por favor, Loki. É muita grana.

A boca dela estava a poucos centímetros da lateral do rosto dele. Ele podia sentir o hálito dela.

- Isso é ciúmes? - ela sussurrou erguendo uma sobrancelha e roçando seus lábios na orelha dele.

Um choque de calor percorreu o corpo de Loki, fazendo-o arrepiar.

- Isso é patético. Aceito a aposta - ele disse, sorrindo malicioso para ela e para o adversário. - Se é isso o que quer.

Ele perderia de propósito, já que a decisão dela de se confiar nas mãos dele era completamente imprudente. Ele a faria ver que não fazia questão alguma de a livrar do bêbado. O lugar todo, um pub bem obscuro, onde quase todos conheciam Carmem, estava completamente concentrado no jogo. Assim como Carmem, que estava de pé atrás de Loki, trazendo mais bebida e dando dicas.

As cartas de Loki não podiam ter sido piores e enquanto o deus ria para si mesmo, a cigana se desesperava.

- Eu confio em você - ela sussurrou no ouvido dele, as mãos apoiadas nos grandes ombros do deus.

- Você jamais deveria.

Carmem inclinou-se contra ele, descendo uma mão pelo peito de Loki e de novo murmurando contra a orelha dele. A presença dela era completamente inebriante, mesmo se tratando de uma humana, ele nunca poderia ignorar o fato de que era uma mulher incrível.

- Você não quer que eu vá com ele - ela murmurou. - Não quer que ele me toque, quer, Loki?

A voz dela era hipnotizante.

- Não era isso que queria quando aceitou a aposta?

- Oh, querido - ela riu. - Se eu te dissesse o que eu quero agora, acho que eu poderia atrapalhar seu desempenho no jogo...

Carmem pousou um pequeno beijo na base do pescoço de Loki, fazendo-o estremecer. Ela sabia que talvez ele não tivesse interesse nela, mas ela estava bêbada, ele também, que mal haveria em se divertir um pouco. Foi até o bar, pagando a conta e levando outra dose de sua bebida favorita e que pelo visto seria a última dose da noite. E estava na hora de colocar seu plano em ação.

Loki não estava mesmo nada preocupado em ganhar o jogo. Carmem tinha que aprender a não confiar nele. E a não provocá-lo da maneira como estava fazendo.

Ela chegou com outra bebida e apoiou uma coxa sobre a mesa, olhando diretamente para ele. Loki estava pronto para entregar as cartas, anunciando a sua derrota quando ela moveu os lábios bem devagar para que só ele entendesse.

"Corre".

Carmem chutou a cadeira do velho gordo sob a mesa, que caiu, mas não antes de se segurar na calça de um motoqueiro que ficou furioso por ficar de cueca na frente de todos. O motoqueiro começou a brigar com o velho e a mesa virou uma zona, com garrafas sendo quebradas e socos sendo dados. Carmem pegou Loki pelo casaco e saiu correndo, antes que o dono do pub visse.

Correram pela noite fria de Andorra por várias ruas de pedra até estarem no lado mais calmo da cidade. Estava tão quieto que tudo que se podia ouvir era a risada de Carmem e a respiração dos dois. Loki estava rindo também, enquanto tropeçavam nas calçadas.

- Você viu a cara dele? Aquele grandão quase acertou uma garrafa em mim - ela ria andando descalça nas ruas. - Foi tão divertido. Mesmo você não tendo feito nenhum esforcinho para me salvar do Barba Azul...

A cigana deu um empurrão com o ombro no braço de Loki.

- A barba dele não era azul - Loki disse, franzindo as sobrancelhas.

Carmem começou a rir ainda mais, entrando na frente de Loki e andando de costas para poder encarar o deus.

- E não saímos sem ganhar nada essa noite - ela disse, tirando o gordo pacote de notas do bolso da calça jeans. - Peguei antes que virassem a mesa, mas acho que ninguém notou.

Ela era esperta. Loki observou os traços dela na luz da lua: grandes olhos castanhos, sobrancelhas arqueadas e grossos cílios, o nariz fino e arrebitado e a boca cheia, com curvas deliciosamente desenhadas. Os cabelos dela estavam cacheados e selvagens.

Loki parou quando viu que ela o encarava também, agora sem rir, escaneando o rosto dele. Estavam no meio de uma rua mais larga, perto do apartamento já, parados, se encarando. Carmem se aproximou um passo e ficou na ponta dos pés. Loki não se afastou, enquanto a garota pousava seus lábios na boca dele.

Os lábios dela se encaixaram perfeitamente nos dele, por um longo momento. Ele fechou os olhos, saboreando uma sensação tão doce e pura, algo que ele não sentia há muitos e muitos anos. E então ela cortou o beijo, olhou para ele e sorriu de lado, voltando a correr nas ruas.

Loki ficou parado lá um minuto, processando toda a informação e chegando a conclusão de que realmente eles ganharam algo naquela noite.


Notas Finais


Ah, peço perdão por qualquer erro de português... Eu digito muito rápido e meu Word não tem corretor... Então é na sorte e na revisão mesmo Kkkkkkk


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