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História Treacherous Destination - Eu Preciso de Ajuda


Escrita por: _-Ruby-_

Notas do Autor


Desculpa a demora gente, tava estudando pra provas kkkk
tomara que gostem :3

Capítulo 5 - Eu Preciso de Ajuda


Fanfic / Fanfiction Treacherous Destination - Eu Preciso de Ajuda

Lapis Lazuli

Posso sentir a toalha escorregando lentamente do meu corpo, caindo em câmera lenta, meu coração quase parando ao ver ela no chão e uma mão macia se retirar das minhas costas, e agora segurar minha cintura para que eu não caísse de cara, estou paralisada olhando para o chão, antes que pudesse voltar a si escuto sua risada alta em meus ouvidos.

- Está tudo bem docinho? Você está tão vermelha, desse jeito vão te confundir com um extintor de incêndio.- ela ri e solta seu braço do meu corpo.

- E...e..eu não sei o que di... di..dizer- olho para o chão e pego minha toalha rapidamente.

- Por que está se cobrindo de novo? Sua bundinha é linda- ela me olha gentilmente, e sinto que passei de vermelha para cor vinho de tão envergonhada, sem perceber olho para todo seu corpo novamente, sua barriga definida, seus seios enormes, seus músculos bem definidos... seria errado pensar em fazer um milhão de coisas essa mulher? Ela ainda estava rindo, e eu me pego admirando-a e a vendo arrumar seus cabelos em um coque, ela me encara e tento desviar meu olhar para o armário em que havia alguém preso e sem pensar pergunto.

- Por que você prendeu ele?- me arrependo logo que sinto um olhar sanguinário sobre mim.

- Acho melhor não entrar em detalhes sobre isso...- agora ela estava muito séria e procurava algo em seu armário-...mas posso dizer que ele me deve muita coisa, isso basta.

- Desculpe, eu não queria me entrometer nos seus assuntos assim... eu perguntei sem pensar e...- estou muito nervosa, abro meu armário e começo a pegar minhas coisas quando ela me interrompe. 

- Hey docinho, relaxe. Perguntar não machuca ninguém, não precisa ficar nervosa.- olho para ela e vejo um sorriso de canto enquanto a mesma se enrola em sua toalha, agora estou menos envergonhada e eu acho que minhas íntimas se acalmaram. Sorrio de volta.

- V..você mora aqui perto?-vamos Lapis, tente não gaguejar pelo menos uma vez na sua vida.

- Não muito, dá pra ir andando, mas é uma longa caminhada...- ela diz fingindo estar cansada-... bom, eu vou tomar uma ducha antes que eles desliguem o sistema de aquecimento.- ela ri.

- Se quiser eu te dou uma carona... sabe já está bem tarde.- ela me olha e sinto minhas pernas tremerem e já espero um não como resposta.

- Tudo bem, eu aceito, mas só por que você é linda quando está nervosa.- ela ri alto e sai pela porta dando um reboladinha. Pelas minhas estrelas, o que diabos eu acabei de fazer? Lapis você é louca? Caio sentada no banco em frente ao armário, ainda sem acreditar no que eu fiz, no que acabou de acontecer. 

- Lapis você vai dá carona pra garota mais famosa da universidade...- digo pra mim mesma-... LAPIS VOCÊ VAI DÁ CARONA PRA GAROTA MAIS FAMOSA DA UNIVERSIDADE!- grito e pulo do banco, mas percebo que falei isso muito alto e me recomponho, voltando a pegar coisas e me vestir.

- Psiu, me tira daqui enquanto ela não está olhando...- a pessoa que estava no armário fala baixo comigo-... ela vai me matar!

- O que?! Como assim?- me aproximo do armário e vejo pela pequena abertura uma silhueta masculina de olhos verdes me encarando.

- Ela é louca, eu não fiz nada com ela! Ela quer me matar por nada.- ele diz com desespero na voz. Penso se ele diz a verdade ou se está dizendo isso apenas para que o solte.

- Isso é mesmo verdade?- ele confirma com a cabeça, e escuto passos no corredor e uma voz cantarolando, era Jasper voltando.

-... And boy, got walkin' side to side...- ela parecia bem animada, começo a ficar nervosa e decido abrir o armário.

- Eu vou te soltar, mas isso fica só entre nós okay? - começo a abrir o cadeado com um grampo, aprendi isso com Peridot, ela me ensinou muita coisa, tenho que admitir. 

- Okay. - ele espera que eu abra o armário, e logo consigo fazer tal feito, ele sai e posso ve-lo mais claramente. Ele é loiro de olhos verdes, sua pele é clara e cheia de sardas, tenho que admitir que ele é lindo.

- Fuja pela porta dos fundos, rápido! Ela já está quase aqui.- ele me encara, era um pouco maior que eu, estava com um blusa sem mangas e era possível ver um grande tatuagem em seu ombro, era um símbolo que eu nunca havia visto.

- Muito Obrigada, meu nome é John, foi um prazer... Lapis. - ele diz baixinho e sai rapidamente por trás dos armários até chegar na porta.

- Como ele sabe meu nome?...- Me pergunto isso e logo lembro que momentos antes eu estava falando comigo mesma.-... é Lapis, você se apresentou antes mesmo de conhece-lo.- fecho a porta do armário e tranco o cadeado rapidamente, já vestida sento no banco e logo vejo Jasper na porta, ainda cantando, ele me olha e ri.

- Demorei muito?.

- Não, não.- tento disfarçar o meu nervosismo.

- Vou me vestir rápido, eu acho que não sabem que nós estamos aqui e podem acabar fechando a universidade com nós aqui...- as luzes se apagam-... dentro.

- Acho que já é bem tarde, mas que droga!- digo procurando meu celular para iluminar a área.

- Ai que inferno, eu nem se quer vesti minha roupa!...- ela diz socando um dos armários.- acho que vamos ter que dormir aqui.

Sinto meu coração parar.

Peridot

Saio do elevador cambaleando, estou exausta. Ainda não sei o por que de ter ido até aquele bar, bebido e.... argh! Nem quero pensar no que eu fiz lá, minha vida já está horrível o suficiente, eu preciso pensar em como arranjar outro emprego e em como vou me sustentar sem dinheiro, meu apartamento já está com o aluguel atrasado demais, já vendi muitas coisas para pagar ele, mas agora não tenho mas nada pra vender e muito menos vou ter apartamento daqui a alguns dias. Abro a porta e entro no comodo praticamente vazio, tinha apenas um colchão no chão, um lençol rasgado, meus livros da faculdade, um pequeno rádio velho, algumas latas de comida abertas e minhas roupas dobradas num canto, em cima de uma tabua. Parece estranho viver assim, mas não posso reclamar, sempre vivi na fronteira entre o sobreviver ou morrer, tenho sorte de estar aqui... mesmo nestas condições eu tenho algo para me orgulhar, eu consegui tudo que eu queria até agora sozinha, sem pais biológicos ou adotivos, apenas sozinha. Então se eu vim até aqui sozinha, fiz tudo de possível e impossível, eu posso muito bem repetir o processo.

- É Peridot... você precisa se esforçar mais, a vida nunca gostou de você e não vai ser agora que ela vai gostar.- falo comigo mesma, pegando um lata de macarrão com salsinha, comendo como um porco.

Pego um dos meus livros e começo a ler, o único livro que me sobrou desde de que entrei e fugi dos orfanatos foi O Mágico de Oz, sempre que o leio sinto que posso ser feliz um dia. Lembro-me até hoje de quando minha tutora disse que era a única coisa que viera comigo quando fui abandonada. Pode parecer egoísta, mas eu nunca irei entender o por que de ter sido deixada de lado, minha tutora disse que não chegou a ver quem me deixou lá, mas com certeza era uma pessoa sem condições de criar alguém. Condições? Acho que essa e a desculpa mais clichê de todas, eu vivi em 5 orfanatos, todos eles cuidavam de mais de 200 crianças, e todos estavam em situação precária, podia aparecer qualquer criança que eles cuidavam, criavam, alimentavam e levavam para a adoção. 

Levanto-me e ligo o rádio, para minha sorte estava passando uma das minhas músicas preferidas. 

- Say something, I'm giving up on you ...- começo a cantar sem ao menos perceber. Começo a lembrar de quando me mandaram pra adoção, oh como eu estava feliz, eu era a criança mais feliz do mundo naquele momento, eu vesti a roupa mais bonitinha que eu tinha... estava de laço e sorridente, peguei meu melhor projeto, sim naquela época eu já fazia projetos de carros voadores, bonecas gigantes, mas aquele projeto era o melhor. Eu estava indo falar com a família que estava visitando o orfanato, a tutora nos colocou na melhor sala de conversa, eu me lembro quando apresentei aquele projeto, eles me olharam como se eu fosse um completa estranha e sem falar nada comigo, nem se quer me perguntarem o meu nome, eles saíram da sala e foram embora com outra criança, uma menina mais bonita e "feminina", aquele dia eu pensei que seria o único que eu levaria um grande NÃO da vida, mas hoje eu percebo que a partir do momento em que nasci, eu já tinha recebido ele, e até hoje recebo. Aumento o volume do rádio e ando até a varanda, paro e olho para as estrelas na esperança de que algo me ajudasse a seguir em frente, mas não consigo raciocinar.

- Say something, I'm giving up on you...- sinto meus olhos lacrimejando, eu sei que não posso desistir assim da minha vida, mas não sei se realmente tenho forças para isso, do mesmo que tenho forças para chegar lá, também posso desistir de mim mesma. Hoje parece estar mais frio do que nunca, entro novamente e deito no colchão, me embrulho no lençol e deixo algumas lágrimas descerem, e espero a música acabar para pegar totalmente no sono.

Say something, I'm giving up on you.

Rubi

Meu dedo estava doendo muito, mau conseguia raciocinar direito com tanta dor, decidi aceitar a ajuda de Amethyst, ela me pareceu ser uma ótima pessoa, acho que essa cidade e a certa para eu viver, afinal eu nem cheguei direito e já conheci alguém que me pareceu ser bem gentil. Estamos andando até o apartamento dela, olho para as ruas e vejo muitas pessoas em esquinas, encapuzadas e com sacolas, que me pareciam ser drogas diversas.

- Hey, não encare muito- tomo um susto com a voz de Amethyst.

- Nem percebi que estava encarando.- digo.

- Aqui você tem que estar ligado em tudo que você faz, pode rolar assassinato por qualquer coisa, até mesmo por uma encarada...- ela diz baixinho, eu apenas a observo, até que chegamos em um prédio cor de rosa, muito bonito e com um jardim de entrada repleto de rosas vermelhas.-... Chegamos.

Entramos no elevador e subimos até o décimo quarto andar. Estava tudo silencioso, tirando apenas um dos apartamentos que era possível escutar uma discussão, que me parecia ser entre 2 irmãos.

Eric, onde está meu sutiã?- uma garota furiosa gritava.

- Eu não sei Blaine, eu sou homem, o que eu quero com seus sutiãs?- um menino com a voz mais baixa falava com ela.

- ENTÃO POR QUE EU ACABEI DE ACHAR ELE NA SUA GAVETA?- eu e Amethyst começamos a rir baixinho.

- Aceita que ele fica melhor em mim, do que em você fofa.- escutamos algo sendo arremessado e quebrado lá dentro, rimos alto e corremos até o apartamento dela.

Ao abrir a porta, vejo um espaço amplo, com paredes em tons de lilas e roxo, vejo uma sala pequena com a cozinha ao lado. Ela entra em um corredor e me sento no sofá, vejo quadros e fotografias de Amethyst com uma mulher na mesa, logo ela volta com uma caixa de primeiros socorros.

- Isso vai doer um pouco, mas logo vai passar.- ela pega minha mão e sem que eu me preparasse ela pucha o meu dedo.

- EI... VOCÊ NEM ME AVISOU QUE...- ela pucha de novo-... AI PORRA, VAI COM CALMA AÍ!

- Pronto.- ela começa a enfaixar meu dedo e coloca um talo para ele ficar reto.

- Você poderia ter avisado antes de puxar meu dedo, eu nem estava preparada!- digo cruzando os braços, ela ri.

- Dizem que quando você de prepara, a dor é pior... agora seu dedo está no lugar, toma essa analgésico- ela me entrega um comprimido.

- Obrigada- sorrio de canto e pego o comprimido.

- Você está da cidade a quanto tempo?- ela pergunta indo para a cozinha, com certeza irá fazer comida.

- Deixa eu ver, acho que a 3 horas...- rimos-... eu cheguei hoje mesmo.

- Você tem algum parente aqui?- ela pergunta, agora trazendo um prato cheio de batatas fritas.

- Não.- tento não ser ignorante, afinal ela está sendo super legal comigo.

- Mas se não tem parentes aqui, onde você vai ficar?- ela liga a TV, e me encara esperando uma resposta.

- Hmmm...- abro minha bolsa e pego o dinheiro que roubei e guardei por dias-... você acha que eu posso dormir em um hotel por algumas noites com 56 reais? - ela me olha por um momento e ri.

- Rubi, o único lugar que você pode dormir com esse dinheiro e com o mendigo que fica do lado da universidade.- ela me oferece um copo de suco.

- Confesso que não pensei direito quando eu vim pra cá- rimos.

- Olha, se você quiser pode ficar aqui, eu moro sozinha e aqui tem espaço pra umas 4 pessoas.- ela diz com um sorriso enorme.

- Bom... eu não sei... eu mal cheguei aqui e já estou dando trabalho pros outros, isso não me parece certo.- olho para ela em dúvida.

- Ora, pare com isso! Você não vai atrapalhar ou dar trabalho pra ninguém, eu trabalho como stripper e participo de lutas clandestinas e acredite, com o dinheiro que eu ganho dá pra pagar tudo numa boa, até você pode trabalhar.- ela diz com estrelas nos olhos.

- Você disse... luta clandestina?...- agora nós duas estamos com estrelas nos olhos.- ... Acho que eu já arranjei um novo emprego!

- Pelas minhas estrelas, imagina só nós duas lutando juntas, ganhando toda a grana, o cinturão de melhores lutadoras clandestinas, As tigresas lutadoras- começamos a pular no sofá e gritar.

- Isso vai ser ótimo!- digo com um sorriso enorme. Depois de assistir alguns filmes com Amethyst, ela me leva até o quarto de hospedes, me dá alguns travesseiros e vai para o seu quarto, afinal amanhã vai ser meu primeiro dia na universidade de Beach City, mal posso esperar para saber como vai ser lá, antes de pegar totalmente no sono, lembro-me da garota de cabelos azuis que eu ajudei há algumas horas, não posso negar que ela me intrigou, mas duvido muito que um dia irei vê-la de novo. Meus olhos pesam e eu durmo profundamente.

No dia seguinte, acordo com uma fresta de luz no meu rosto, olho para o relógio da parede e vejo que são 7:30, me levanto devagar e abro minha bolsa, pego minha escova de dentes e vou em direção ao banheiro, quando abro a porta do quarto vejo Amethyst fazendo o café da manhã, animada e dançando uma música que passava no rádio.

Causando um tombamento-o também to carregada de argumento-o...- ela estava rebolando e tudo, rio baixo.

- Bom dia Karol Conka!- digo e ela se assusta. Rimos.

- Bom dia sra. preguiça...- ela diz, e eu sigo para o banheiro.-... Rubi, você tem a blusa do uniforme da universidade?- escuto ela gritar da cozinha, por que diabos a universidade iria querer seus alunos de uniforme, pensei que fosse de vestimenta livre.

- Não, nem sabia que precisaria!- grito de volta.

- Eu te empresto uma das minhas blusas.- ela diz com animo.

Depois de comermos, eu tomo um banho e me visto com a blusa da universidade, um short e um coturno de cano baixo, pego minha mochila e espero Amethyst terminar de pegar seus livros. E então seguimos para a universidade, que não era muito longe do seu apartamento. Antes de chegarmos lá, decido parar em uma loja de doces para comprar Halls, quando estou saindo, vejo do outro lado da rua o mesmo garoto que me empurrou na noite anterior, ele parecia furioso e vejo que estava olhando para alguém em frente a universidade, olho na mesma direção que ele e vejo uma silhueta de cabelos azuis claro conversando com uma mulher alta de cabelos rosa, olho para ele novamente e vejo que está tirando seu cinto, antes que eu pensasse duas vezes, deixo Amethyst para trás saio correndo em direção a moça de cabelos azuis, que não parecia perceber que ele estava chegando.

Safira

Ainda com aquela mulher em meus pensamentos, pego um quite primeiros socorros, prendo minha franja e começo a cuidar dos meus ferimentos, dessa vez ele pegou leve, tenho que agradecer por isso...da última vez ele fez meu rosto sangrar e demorou semanas pro meu rosto voltar ao normal. Eu realmente não sei por que ainda estou tentando ficar com ele, eu queria tanto que ele tratasse bem, me tratasse como sua namorada, como mulher, como um ser humano. Me sinto rebaixada a algo pior que um animal indefeso, não consigo agir em relação a isso, eu só queria achar uma saída que eu e nem ninguém precisasse se machucar ou correr risco de vida por causa dele. Olho para minha penteadeira e vejo minhas fotos antigas coladas na borda do espelho, estava eu, Rose e Pérola felizes, aqueles eram registros de quando entramos no ensino médio, aquela dia foi incrível, todas nós estávamos felizes, afinal tínhamos caído na mesma turma, olho para outra foto e vejo o dia da festa de calouros da universidade, o dia em que conheci Kevin, ele me parecia tão carinhoso, fabuloso e admirável. Vejo que me enganei quando vejo meu rosto no espelho, todo destruído, roxo e inchado.

Levanto-me e vou até o guarda-roupa procurar um pijama quando me deparo com um vestido azul que usei no baile do terceiro ano do ensino médio, ele estava bonito como naquela época, pego-o nos braços e começo a dançar pelo quarto, relembrando aquela noite maravilhosa, eu não dancei com um par romântico como todos naquela noite, eu preferi dançar com minhas amigas, elas sim me faziam sentir especial, mas com a chegada de Kevin, tudo mudou. Ele conseguiu distancia-las de mim, e eu nem se quer pude reagir direito. Como eu queria que elas estivessem aqui, comigo. Eu quero tanto ir embora, voltar para minha casa, morar com meus pais de novo... mas eles me colocaram na universidade com muito esforço e me deram esse apartamento por que não poderiam vir comigo, não posso desdenhar do que eles fizeram por mim assim. Safira, você pode aguentar tudo isso, eu sei que você pode. Penso, enquanto ponho meu vestido de volta no guarda-roupa e pego meu pijama, tomo um analgésico e vou em direção a cozinha preparar um chocolate quente.

Depois do preparo, pego a caneca de chocolate quente e vou me sentar em um pequeno sofá ao lado de uma janela retangular, pego meu celular e coloco uma música que me lembra muito minha casa, minha família... me lembra de quando eu era feliz.

- 93 million miles from the sun...- canto baixinho, e deixo o ritmo me levar, começo então a lembrar de quando eu tinha 7 anos, minha mãe correndo atrás de mim por que eu havia pegado sua saia preferida, meu pai rindo de tudo aquilo até a barriga doer, até que minha mãe finalmente conseguia me pegar e me fazia cócegas, eu ria como nunca daquilo tudo, mau sabia que estava no paraíso. Lembro-me quando fui para o ensino fundamental e conheci Rose, viramos grandes amigas e ela sempre me defendia quando alguém vinha arranjar confusão querendo pegar o dinheiro do nosso lanche. Ela acabou se distanciando um pouco quando conheceu Pérola, mas nunca me deixou de lado. Sinto falta da sua companhia, de suas piadas, seus conselhos, sua presença é tudo que eu preciso agora, seu ombro amigo, mas ela não pode vim aqui, por que não quero que Kevin faça algo com ela. E eu não saio daqui por que sei que ele pode me matar se quiser... a qualquer momento.

Olho as estrelas pela janela e tento entender por que está tudo tão caótico na minha vida, eu nunca fiz nada de ruim pra ninguém. Será que eu mereço isso? Ou talvez eu precise disso? Levo minha mão ao colar que minha avó me deu, logo lembro-me dela, minha querida avó que sempre me estava do meu lado nas brigas, sempre me entupia de doces e besteiras, como eu sinto falta dela. Agora este colar vai sempre me lembrar de momentos felizes, sejam eles com minha avó ou até mesmo o único momento que vi aquela mulher linda na minha frente, eu não consigo parar de pensar no seu olhar, no seu cabelo negro com luzes vermelhas, lembro-me do seu corpo, da sua boca modelada e sem batom, sua mão quente tocando a minha, eu nunca havia me sentido assim com ninguém, eu sempre pensei que sentiria isso com homens...mas ela é diferente, eu quero tanto toca-la de novo, quero sentir seu cheiro, escutar seu timbre de voz, olhar nos olhos dela... meus olhos pesam e eu vou adormecendo aos poucos, com meus pensamentos voando até ela.

Acordo com a luz do sol em meu rosto, olho o relógio e vejo que são 7 horas, levanto rapidamente, tomo banho e me visto, nem se quer tomo café da manhã para ir pra universidade, preciso chegar antes de Kevin, assim poderei conversar com Rose tranquilamente por alguns minutos. Começo a correr até o elevador, aperto os botões com pressa até as portas se abrirem, pego minha bicicleta e vou pedalando rapidamente até a universidade. Chegando lá, acorrento a bike e vou em direção a Rose que está me esperando na frente da universidade.

- Oi...- digo animada-... que saudades.-eu abraço ela.

- Safira, quanto tempo...- ela me aperta-...você está horrível.

- Não preciso esfregar na minha cara...- digo de cabeça baixa.

- Até por que outra pessoa esfrega né!- ela me encara de braços cruzados.

- Você quer falar sobre isso agora?- digo relutante.

- Sim! Nem tente fugir de mim, temos que resolver isso Safira.- ela diz colocando a mão no meu ombro.

- Eu sei Rose, e que eu...- antes que eu terminasse sinto alguém me empurrar com força e eu caio no chão batendo meu queixo na calçada.

- Eu acho que você não entendeu o que eu te disse ontem não é mesmo Safira?- Kevin estava com um cinto na mão.

- Sai daqui Kevin, não me obrigue a acabar com você- Rose da um passo a frente.

- Não se entrometa sapatona, isso aqui e briga de casal e não de galinhas.- Kevin olha para Rose como um cão faminto. Começo a chorar e vejo que meu queixo está sangrando.

- Safira saia daqui ago..- Rose começou a falar mas se surpreendeu assim como eu, quando uma mulher agarra Kevin por trás e o joga no chão.

- Sabia que é crime bater em mulheres?- olho para cima e vejo a mulher linda que havia me defendido antes a minha frente, ela está em posição de ataque, antes de ir pra cima dele, ela olha para trás e vejo seu olhar de preocupação, minha respiração falha nesse momento e meu coração aquece como uma enorme bola de fogo, ela estava ali, mal posso acreditar que uma estranha que nem conheço iria aparecer no momento que eu mais preciso de ajuda, ela realmente estava fazendo aquilo por mim?

 


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=SXiSVQZLje8
música que Jasper cantou.
https://www.youtube.com/watch?v=-2U0Ivkn2Ds
música que Pery escutou.
https://www.youtube.com/watch?v=cRslrackf78
música que Amethyst arrasou kkkkk.
https://www.youtube.com/watch?v=bcQwIxRcaYs
música que Safira escutou.

Está um pouco monótomo, mas quando todas se verem ou se conhecerem, a história vai acelerar.
Comentem o que acharam, se tiverem perguntas, sugestões e só falar.
Até o próximo cap :3


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