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História Três Amores - Lutteo, Simbar & Gastina - 0.9. Arrogante e egocêntrica


Escrita por: ilymoonie

Notas do Autor


Heyheyhey estrelinhas! Dessa vez não foi falta de tempo (a demora), foi bloqueio de criatividade mesmo. Mas aqui estamos, não deu para terminar então o próximo será continuação dele, como uma parte 2.

Enjoy!

Capítulo 10 - 0.9. Arrogante e egocêntrica


Fanfic / Fanfiction Três Amores - Lutteo, Simbar & Gastina - 0.9. Arrogante e egocêntrica

"As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes."

*°•..•°*

Luna's point of view.

- Luna! Luna! Luna! - Ouço repetidamente. Eu estava sonhando?

Em um segundo eu estava na pista do Roller, fazendo manobras arriscadas sobre holofotes e parecia muito menos desastrada do que geralmente sou. E, no outro, eu estava de volta ao meu quarto com o meu nome sendo chamado continuamente. Não posso nem mesmo sonhar sem ser interrompida.

Sentia um peso se repetir em cima de mim, como se alguém estivesse pulando em mim causando meu impacto com a cama e as dores. Abro os olhos desconfortavelmente, me deparando com uma figura loira extremamente hiperativa.

- Luna! Luna! Acorda! Luna! - Ela continuava a repetir de forma irritante.

- Meu Deus, Âmbar! - Resmunguei, fazendo-a parar de saltar, embora continuasse sentada em minha barriga. - O que você quer?!

- Que você acorde! Esse é o último dia de aula dessa semana!

- Espera... O quê? - Perguntei, desorientada. Voltei a sentir as dores por conta de seus pulos em cima de mim. - Antes, será que pode sair de cima de mim? - Revirei os olhos, me levantando levemente. Âmbar sentou-se ao meu lado. - O que tem de tão especial numa sexta-feira para pessoas que gostam de estudar como você?

- Quer dizer que chegará final de semana, o que nos levará a próxima semana que terá... - Âmbar gesticulou com as mãos para que eu continuasse sua frase.

A questão era: o que terá semana que vem?

Se for algo importante, Âmbar ficará a semana inteira fazendo drama e fazendo eu me sentir culpada por ter esquecido. O que é bem injusto, minha memória é muito falha e ela já deveria ter se acostumado com isso.

- Uma nova semana de aula...? - Foi mais uma outra pergunta do que uma resposta, o que certamente não agradou Âmbar.

- Você só pode estar brincando comigo. - Ela se levantou da minha cama, pondo os braços na cintura e me encarando com decepção. Okay, estou ferrada.

Forçei minha memória ao máximo que podia, mas nada surgia em minha mente. O que tem de especial semana que vem, afinal?
Âmbar continuava me encarando, esperando por uma resposta e, quando a mesma não veio, ela entreabriu a boca em indignação.

- Meu aniversário, Luna! Como você pôde esquecer três anos consecutivos? - Ela jogou as mãos para o ar, realmente indignada.

Ótimo, de todas as datas que Âmbar Benson considerava especial, eu esqueci justo seu aniversário. Agora serei torturada psicologicamente por Âmbar e por minha consciência durante todo o mês. Principalmente porque Âmbar realmente ama seu aniversário, tanto que geralmente não é apenas "o dia do aniversário de Âmbar" e sim "a semana do aniversário de Âmbar". Até mesmo tia Sharon parava de ignorá-la, disfarçadamente, claro, durante essa semana.

- Ei, ei, ei! - Eu resmunguei, saindo debaixo dos cobertores e me levantando, ficando de frente para ela. - Eu já disse que ano passado não esqueci, apenas queria fazer uma surpresa!

- Você comprou o presente literalmente três minutos antes de chegar na festa, Luna. - Ela ergueu uma sobrancelha.

- Calúnia! Foi como eu falei, aconteceu um problema com o outro presente e acabei tendo que comprar outro de última hora. - Menti, claramente. Óbvio que eu tinha esquecido ano passado, mas na época eu pedi para Nina fingir que tinha esquecido também para podermos falar depois que era fingimento para fazer uma surpresa.

Inclusive, eu só cheguei a lembrar quando percebi a casa toda arrumada para a festa e os convidados chegando. Nunca corri tanto de patins ou caí tanto como naquele dia, voando para o outro lado da cidade. Lá tem uma loja que é uma das únicas de Buenos Aires que vende uma caixa de rosquinhas açucaradas que Âmbar ama muito, mas é extremamente difícil encontrar aqui em Buenos Aires. Ao menos consegui entregar um presente a tempo e um que ela amou tanto que fingiu acreditar quando afirmei não ter esquecido.

- Tanto faz, aprecio sua consideração por mim. - Ela sorriu sarcasticamente e saiu, sem me olhar. Ótimo.

Passei a mão em meus cabelos nervosamente, notando que eles estavam completamente bagunçados. Como toda vez que acordo, na verdade. Então me apressei em me arrumar, teria um dia longo. Tanto pelo fato de que teria que pensar em algo genial para Âmbar me perdoar, considerando que as rosquinhas não irão funcionar novamente, quanto pelo fato de hoje ser o último dia de detenção com o mauricinho.

Suspirei, querendo me jogar na cama novamente.

...

- Bom dia. - Cumprimentei ao me sentar na mesa de café da manhã, onde Sharon, Âmbar e Nina já tomavam suas respectivas refeições. Todas me olharam surpresas. Eu, muito raramente, tomava café em casa. Estava sempre atrasada, então apenas comia uma maçã ou algo do tipo no carro com minhas irmãs. Ou as vezes comprava um café no caminho. Hoje, como mencionado, eu teria um dia longo, no entanto.

- Bom dia. - Nina e tia Sharon cumprimentaram em uníssono, embora Nina tivesse um semblante alegre enquanto Sharon estava com sua típica cara de "tanto faz, eu mando em tudo".

Me direcionei ao meu lugar de costume, de frente para a Nina, ao lado de Âmbar. Tia Sharon sempre sentava-se na ponta da mesa. Contudo, quando fui me sentar ao lado de Âmbar, ela puxou a cadeira, em um gesto mudo para que eu não me sentasse. Suspirei, me voltando para a cadeira livre ao lado de Nina.

- Não me diga que você esqueceu. - Nina sussurrou, porém não baixo o suficiente, pois notei Âmbar bufar passando a manteiga de amendoim na torrada com um pouco mais de violência do que era preciso.

- Sim. - Choraminguei, jogando a cabeça para trás.

- Espero que tenha uma ideia tão genial quanto a do ano passado, embora eu ache rosquinhas algo simples demais. - Nina deu de ombros, fazendo seu próprio sanduíche.

- Hey! Eram rosquinhas açucaradas caríssimas e quase não encontradas em Buenos Aires, Âmbar as ama mais do que nos ama. - Eu zombei. - E era uma caixa de 12 unidades, então foi genial sim.

- Que seja. - Nina riu. - Já começou a pensar?

- Não. - Comecei a partir meu pudim. - Preciso pensar em algo bom, no ano retrasado ela me ignorou durante todo o mês por ter esquecido.

- Talvez eu devesse pôr um alerta de aniversários, assim você não esquece o de nenhuma pessoa, que tal, Luninha? - Âmbar chamou minha atenção, me direcionando um sorriso sarcástico.

- Âmbar... - Tentei me desculpar, sendo interrompida antes que pudesse tentar, no entanto.

- Oh, mas apenas para aquelas que são importantes para você, claro. - Ela abriu mais o falso sorriso, logo voltando a passar manteiga em sua torrada.

- Droga, você é minha irmã, claro que é importante para mim. - Eu elevei um tom, irritada.

Tia Sharon comia sua refeição calada, apenas observando-nos.

- Acho que nosso DNA não bate tanto assim então, já que você nunca esqueceu o da Nina antes. - No exato momento em que Âmbar disse isso, tia Sharon começou a tossir, parecendo se engasgar com sua comida.

Nina e Âmbar apressaram-se em dar leves tapinhas em suas costas, perguntando-a se estava bem.

- Sim, sim, apenas me engasguei um pouco. - Sharon respondeu, voltando a sua refeição.

Voltei meu olhar para a loira com raiva de mim novamente, - Eu nunca esqueço o da Nina porque ela não dá tanta importância ao próprio aniversário como você. Sabe que não reajo bem sobre pressão. Não tenho culpa se você é tão arrogante ao ponto de exigir que todos sempre lembrem seu aniversário e o tratem como especial. - Okay, eu não estava bem pensando antes de falar. Estava com raiva, não é justo tudo isso apenas porque esqueci um dia, certo?

- Arrogante? Todos? - Âmbar se levantou, largando suas torradas no prato. Tinha a boca aberta em uma mistura de choque e indignação. - Eu faço questão apenas que a minha família, - ela deu ênfase em família. - no mínimo, lembre.

- É apenas um aniversário, Âmbar. Só um dia em que você fica mais velha, apenas! Que tal tentar ser menos egocêntrica? - Também me levantei, batendo na mesa. Nina agora nos olhava, assustada. Era raro ver justo a mim e a Âmbar discutir. Além disso, apesar de ser a mais nova, sempre fui muito protetora com as minhas irmãs então me ver violenta com elas realmente deixavam as pessoas que me conheciam tensas.

- Chega! - Sharon se impôs, também se levantando.

- Egocêntrica? É isso que você acha que eu sou? Que me importo demais comigo mesma? - Âmbar abaixou o tom de voz, desviando o olhar. - Sim, talvez tenha razão. Afinal eu nunca deixo de cuidar da minha própria vida e dos meus próprios problemas para te ajudar com os seus, certo?

Suspirei, também desviando o olhar. A famosa crise de consciência batendo.

- Eu já falei que chega! Parou vocês duas, isso é uma refeição e vocês não são duas crianças, sejam civilizadas e resolvam seus problemas sem gritos. Usem a educação que tenho certeza de ter as dado. - A voz de tia Sharon era firme. - Vocês me dão enxaqueca. - Ela revirou os olhos, voltando a se sentar.

- Perdi a fome. - Âmbar pegou sua bolsa, indo até a porta.

- Para onde pensa que vai, Âmbar Benson? Ainda não está no horário da escola. - Tia Sharon chamou, fazendo-a virar para respondê-la.

- Para o roller. - Ela disse, bufando.

- Âmbar. - Chamei, porém ela ignorou, saindo pela porta a qual bateu furiosamente.

- Rey. - Tia Sharon chamou. O homem assentiu, saindo também. Ela suspirou, me encarando com um olhar repreensor, em seguida.

- O quê? - Franzi o cenho.

- Você é impossível. - Tia Sharon balançou a cabeça, também se levantando. - Estou com enxaqueca, vou me deitar.

- Tudo isso por que esqueci um aniversário? - Eu me virei para a Nina, em confusão.

- Não é exatamente pelo aniversário, Luna, você sabe. - Nina deu de ombros, me dando um sorriso solidário, porém que não chegava aos seus olhos. - Eu também vou ter que sair mais cedo, tia Sharon cismou para o Gastón jantar aqui e precisamos combinar como agir para que nada dê errado.

- Okay, boa sorte. - Eu disse, levemente. Nina depositou a mão em meu ombro e apertou o local, em apoio, logo saindo também.

Voltei a encarar minha comida desanimadamente, apenas brincando com ela enquanto pensava no que acabou de acontecer. Amanda me deu um sorriso, recolhendo os outros três pratos e copos e indo para a cozinha, sobrando apenas Monica e eu na sala de jantar. A mesma sentou-se ao meu lado.

- Tudo bem? - Ela perguntou, pondo a mão em meu ombro.

- Eu fiz merda, não fiz? - Tia Sharon não estava presente para dizer "olha o linguajar", então tanto faz.

Monica riu, - Talvez.

- Nina disse que não é apenas pelo aniversário, pelo que é então? - Eu larguei os talheres, voltando meu olhar para Mônica.

- Tem certeza que não sabe? - Monica não estava me julgando, parecia estar tentando me entender.

- Bem, sim, mas... - Suspirei. - Eu sei que ela lembra de alguns aniversários felizes com nossos pais, mas por que se importar tanto com as pessoas que nos abandonaram? Isso é o pior. - Notei Monica tirar a mão do meu ombro, balançando a perna nervosamente.

- Você sabe que não foi bem assim. Luna. Eles sofreram um acidente, acontece. - Ela deu de ombros.

- Eu sei que eles não escolheram morrer. - Revirei os olhos. - Mas nosso "pai", - fiz aspas com as mãos na palavra pai. - Decidiu nos abandonar, e por isso brigaram. E nossa "mãe", - fiz aspas novamente, dessa vez na palavra mãe. - Deveria saber que discutir com ele enquanto dirigia não ia acabar bem. Eles não pensaram na possibilidade óbvia de um acidente. Eles não se importaram com as três filhas pequenas que estavam deixando para trás. Então não deveríamos nos importar com eles. - Sim, eu tinha muito rancor de nossos "pais", isso não era segredo para ninguém.

- As pessoas são muito egoístas, Luna. Elas se importam demais com seus próprios sentimentos, elas são muito auto-piedosas e pensam que a dor de ninguém se compara a delas. Acabam sendo indiferente com alguém que pode estar sofrendo mais, sem sequer perceberem. E não pensam qual pode ser a consequência para as pessoas a sua volta. - Monica disse tristemente, segurando minha mão. Concordei com a cabeça e, após segundos de silêncio, perguntei:

- Eu não deveria tê-la chamado de arrogante e egocêntrica, certo? - Eu arregalei os olhos ao fazer a pergunta. - Okay, soou pior agora que repeti para mim mesma em voz alta.

- Não, você não deveria. - Mônica riu.

- Não ri, eu posso ter perdido minha irmã. - Choraminguei.

- Por favor, Luna. - Monica riu ainda mais. - Claro que não, vocês poderiam atirar uma na outra que voltariam a se falar normalmente. Vocês três, são irmãs e sobreviveram durante toda a vida sem seus pais e com Sharon, juntas. Nada pode e nada vai separar vocês, nem mesmo vocês mesmas. - Abracei Monica fortemente após essas palavras que realmente me confortaram. - Só pode levar um tempo dessa vez.

- Ah, claro. Daqui alguns anos fazemos as pazes, podia ter parado de falar depois das palavras bonitas. - Me separei bufando, para a diversão de Monica. - Acha mesmo que dessa vez foi pior?

- Bem... Vejamos, qual a coisa que mais te deixa frustrada e triste? - Monica perguntou de forma inesperada, fazendo-me suspirar pensativamente.

- Quando me julgam sem tentar me conhecer a fundo, talvez. Ou quando tentam me manipular ou mandar em mim, eu acho. - Eu disse após alguns segundos pensando.

- Se sente realmente mal com isso, certo? - Assenti a pergunta de Mônica. - E o que mais deixa Âmbar frustrada?

- Quando ela não encontra nem um par de sandálias que combine com a bolsa que está usando no dia? - Eu ironizei, fazendo-a rir.

- Okay, isso vai ser um pouco mais difícil de te fazer entender. - Monica agora quem ficou pensativa. - Pensa, Luh, o que mais Âmbar tenta na vida?

- Ter aniversários especiais e ser a melhor em tudo? - Perguntei, risonha.

- Realmente. - Mônica também riu. - Mas por que ela tenta ter aniversários especiais?

- Por que ela teve aniversários especiais com nossos pais. - Suspirei, forçando meu cérebro a pensar como Âmbar, o que definitivamente não era fácil especificamente para mim. - Talvez ela se sinta perto deles, traga boas lembranças.

- Exatamente. - Monica comemorou meu entendimento. - E por que ela tenta ser a melhor em tudo?

- Para orgulhar a tia Sharon! - Eu exclamei, empolgada por estar entendendo aos poucos onde Monica queria chegar.

- E quando ela não agrada a Sharon? - Monica fez gestos com a mão para que eu prosseguisse.

- Quando eu faço algo de errado como fugir de casa e ela me acoberta, mentindo para a tia Sharon. - Concluí, fazendo uma careta de criança que fez algo errado.

- Então o que a deixa frustrada?

- Aniversários não-especiais e decepcionar a Sharon. Okay, tô quase chegando no seu raciocínio. - Eu falei pensativamente, fazendo-a rir novamente. Continuei minha conclusão. - E eu a chamei de arrogante por querer aniversários especiais pela saudade dos nossos pais, e a chamei de egocêntrica quando ela sempre decepciona a pessoa que mais quer orgulhar apenas para me ajudar. - Arregalei os olhos. - Eu sou uma idiota. - Deitei sobre a mesa, amaldiçoando o fato de não ter visto meu pudim ao fazer isso.

- Não seja tão dura consigo mesma, você a machucou, acontece. Você sempre vai machucar a todos e todos sempre vão te machucar, porque somos humanos e falhos. E discordamos internamente, ninguém entende o que o outro está se sentindo por nunca ter sentido o mesmo. O importante é que você não fez por querer e percebeu seu erro a tempo de concertá-lo. Isso se chama coragem e empatia.

- Você é a melhor, Mo! - A abracei fortemente, dando vários beijinhos em suas bochechas.

- Não aumente meu ego. - Monica riu, dando um beijo na minha testa.

- Agora tenho que ir, porque ainda tenho detenção hoje. Mas vou pensar em alguma coisa para resolver isso. Obrigada, mesmo. - Me despedi de Mônica, me retirando para finalmente ir à escola.

Uh, ainda tem Matteo. E algo me diz desde ontem que ele está tramando algo.

...

Nina's point of view.

- Então sua ditadora- Desculpa, sua tia, - Gastón brincou, me fazendo revirar os olhos. - quer que eu jante lá? - Assenti a sua pergunta. - Por quê?

Considerando que ainda estava muito cedo, mandei mensagem para Gastón me encontrar no roller ao sair de casa. Nos encontramos há poucos minutos e agora estou tentando explicar para Gastón que precisamos estar estritamente preparados para esse jantar, o que é uma tarefa bastante difícil quando ele fica fazendo piadinhas.

- Eu não sei, ela que te conhecer melhor ou algo do tipo, expandir a convivência. Olha, não sei como funciona a mente da tia Sharon, ninguém sabe. - Suspirei.

Toda a tensão que teve hoje de manhã em casa me deixou estressada, Luna e Âmbar nunca brigaram assim antes. Ainda tinha a história da filha da tia Sharon, e o tal de Miguel que está sempre trancado no escritório... Está tudo uma bagunça, eu não sei lidar com isso. Âmbar e Luna estão brigadas, eu estou tendo que resolver tudo para que esse namoro falso não deixe pistas até ele acabar, e precisamos estar nós três unidas para podermos descobrir o que está acontecendo com a nossa família. O que a tia Sharon tem escondido durante todos esses anos.

- Você está bem? - Oh, claro, ainda tinha Gastón sendo adorável e deixando minha bagunça interna ainda pior.

- Sim. - Eu sorri sinceramente para o garoto. - Alguns problemas em casa.

- Hey, fica acalma. - Ele segurou minha mão carinhosamente, fazendo-me olhar para nossas mãos entrelaçadas. - Você põe muita responsabilidade sobre si mesma, Nina. Você não tem que ser aquela a resolver tudo, você não tem que ser a responsável e sempre e, especialmente, não tem que e cobrar tanto sem ter essa obrigação.

- É estranho o quanto um garoto que conheço há um pouco mais de duas semanas pode me entender sem eu precisar dizer nada. - Comentei, abaixando o olhar e pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Jura? Achei que o estranho fosse começarmos uma namoro de mentira dias depois de nos conhecermos e você ter me jogado suco de uva. - Ele fez uma careta pensativa. Gargalhei.

- Realmente. - Eu disse em meio às risadas. - Não sei mesmo o que aconteceu comigo esse dia, mas, em minha defesa, você quem derrubou suco de laranja em mim primeiro.

- Laranja saiu em quanto tempo? - Ele franziu o cenho.

- Dois dias, por quê?

- A mancha do suco de uva ainda está lá e parece que não vai sair tão cedo. - Ele sorriu, fingindo limpar uma lágrima.

- Oh meu Deus, me desculpe. Você quer que eu tente tirar? - Me desesperei. Eu estraguei a jaqueta dele!

- Não, Nina, relaxa. - Ele segurou meus ombros, rindo. - Eu estava brincando. Quer dizer, a mancha realmente está lá mas está tudo bem.

- Desculpe. - Sorri de forma culpada. - Então, sobre o jantar...

- Sim? - Ele voltou seus olhos para mim com atenção, me fazendo suspirar por algum tempo.

- Precisamos combinar como tudo isso aconteceu. Quero dizer, como nos conhecemos, como começamos a namorar, todos os detalhes. - Expliquei, gesticulando com as mãos.

- Contando que eu possa te beijar mais vezes. - Ele deu de ombros, comendo o hambúrguer que havia pedido. O encarei com olhos arregalados, sem expressão nenhuma outra reação. Ele me olhou ao notar isso e voltou a rir. - Era outra piada, Nina.

Suspirei, o empurrando pelos ombros enquanto o acompanhava em suas risadas.

- Quer dizer, é claro que quero te beijar mais vezes, mas enfim.

- Você é um idiota, Gastón. - Revirei os olhos, tentando disfarçar o sorriso que queria dominar meus lábios. - E termina logo esse hambúrguer nada saudável para um café da manhã porque temos que ir para o Blake agora.

...

Matteo's point of view.

Estive atormentado o dia todo. Simón estava trabalhando no Roller desde cedo, como sempre, e Gastón saiu mais cedo para encontrar com a Nina. Esses dois ainda vão dar muitas histórias com esse namoro falso.

Mas enfim, dês do momento em que acordei... Aliás, dês do momento que fui dormir ontem, tenho estado ansioso com hoje. Eu vou ter que beijar a Luna, e ela ainda não está sequer suspirando de amores por mim! Quer dizer, nós criamos uma amizade legal até, é mais cúmplices que se odeiam mas trazem benefícios fazendo besteira juntos.

Só que ela não vai querer me beijar! E eu não posso perder essa aposta, me recuso. Ramiro usaria isso contra meu ego por longos e longos meses. Além disso, se eu consegui ganhar uma aposta envolvendo duas melhores amigas ao mesmo tempo, por que não conseguiria ganhar uma aposta envolvendo apenas uma marrentinha? É questão de princípios, ou falta deles, não faz sentido eu perder essa aposta.

Então vou ter que eu mesmo beijar a menina delivery e, sim, ela me assusta. Ela pode me.impossibilitar de ter filhos, pode me fazer engolir um par de patins ou coisa pior. Luna Benson é uma louca!

Uma louca muito linda, devo admitir, mas ainda sim louca. Então sim, ela me assusta. Mas um homem tem que fazer o que tem que fazer. E no meu caso, eu tenho que ganhar essa aposta, mesmo que me custe alguns dentes quebrados e talvez um crânio faturado. Ninguém mexe com o meu orgulho.

Cheguei na escola ainda pensando sobre o que eu estava prestes a fazer, porém fui tirado de meus pensamentos pela voz de meu melhor amigo que agora soava bastante irritante para mim.

- Então, desiste? - Ramiro tinha um sorriso vitorioso.

- Você sabe que não. - Cruzei os braços, com um ar vencedor que ele nunca superaria.

- Tá, o beijo tem que ser na minha frente, valeu? - Ramiro tinha um ar indiferente, ele realmente achava que ia ganhar. O que apenas me incentivou.

A ansiedade e um pequeno medo fez meu estômago embrulhar e meu coração seguir uma freqüência rápida demais para qualquer ser humano em estado normal, e respirei fortemente ao ver a morena entrar na escola. Era agora.

- Que Deus seja misericordioso e me receba bem. Amém. - Juntei as mãos olhando para cima, como se estivesse orando. Ramiro riu, dando tapinhas nas minhas costas em incentivo. Observo Gastón parar ao lado dele de mãos dadas com a Nina enquanto eu caminhava na direção de Luna.

- Ele vai fazer agora? - Olhei para trás ao ouvir Gastón perguntar para Ramiro enquanto negava com a cabeça.

- Fazer o quê? - Nina franziu o cenho de forma confusa. Ramiro apenas riu e apontou para a direção onde eu estava indo, me fazendo seguir por ela. Parecia que todos os alunos presentes naquele momento pararam apenas para ter o prazer de ver minha morte ao vivo. Parecia que todos estavam prevendo o que eu ia fazer e estavam me julgando. Luna ainda não tinha notado minha aproximação e o caminho até ela parecia ser em câmera lenta para mim.

Para todo o lugar que eu olhava, parecia ter alguém me julgando. Olhei para onde estava Ramiro e lá estavam uma Nina confusa e um Gastón desapontado. Olhei para a direção oposta e lá estava uma Delfina balançando a cabeça negativamente. Olhei para o lado e lá estavam Jazmin consolando Âmbar. Olhei para o outro e lá estavam Jim e Yam me lançando olhares julgadores.

Luna finalmente me notou ao passou que parei em sua frente, - Mauricinho? O que você-

E lá vamos nós.

- Foi mal. - Já me desculpei antecipadamente, dando de ombros. A segurei pelo ombros e juntei nossos lábios.


Notas Finais


Essa foi uma das únicas vezes que tive paciência para revisar o capítulo aí... Na hora que vou postar acaba a internet e perco tudo *chorando em posição fetal*
Sim, o Matteo conseguiu. Mas essa aposta ainda vai ter bastante coisa e a Luninha não vai ficar por baixo não, se acalmem.
E essa treta entre Luna&Ambar, uh? O que vocês acham?
Tentarei postar o próximo até a próxima sexta, comentem c:

Xoxo, Moonie


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