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História Três Garotas e Loucas Aventuras - Quebra Cabeça - Cap 14


Escrita por: Cibrs e Lalyia

Notas do Autor


Yoo, minna! Aqui vem mais um! Esse capítulo tá uma viagem, mas tudo até agora será explicado. Não esqueçam de ler as notas finais, por favor!!!!!! Boa leitura! :3 [Cibrs]

Capítulo 17 - Quebra Cabeça - Cap 14


Fanfic / Fanfiction Três Garotas e Loucas Aventuras - Quebra Cabeça - Cap 14

—---- Cibelly’s POV On -----

Eu estava sentada na grama verde brilhante de uma campina. Pequenas flores de quatro e de cinco pétalas, coloridas, cobriam toda a planície. Não lembro de já haver estado aqui antes. O céu era de um azul perfeito, algumas nuvens brancas flutuavam por aí. Era tardezinha, talvez pelas quatro horas, tirando pelo clima agradável. Eu usava um vestido azul bebê com alcinhas de renda branca, colado ao corpo, até que se abria abaixo da cintura numa saia rodada e plissada, acima do joelho. Achei isso um fato curioso, tinha a impressão de que esse vestido deveria estar em Earth Land. Meus cabelos estavam soltos, indo para trás com a leve brisa que corria.

Semicerrei os olhos. Aquilo lá longe é um brilho dourado? O brilho se aproximou e tomou a forma de uma pessoa que eu nunca tinha visto pessoalmente, porém sabia perfeitamente quem era dos mangás da minha dimensão: Mavis, a primeira mestra da Fairy Tail. Ao vivo, ou em brilho, tanto faz.

— M-Mavis?

— Yo, Cibelly - ela me sorri.

Acenei para ela com a mão, incapaz de fazer qualquer outra coisa pela surpresa.

— Você é muito inteligente. Tem quase todo o caso Dorothy resolvido na sua cabeça.

Enrubesci.

— Caso Dorothy? Não seria o Caso n° 1?

— Oh, não! Esse é um nome tão sem graça! “Dorothy” combina muito mais com ele.

Tá, né. Se ela diz.

— E por quê?

— Assim que você tiver todas as peças entenderá o nome. - ela me diz simplesmente - E eu vim justamente para lhe ajudar a montar o quebra-cabeça.

— Sério? Nossa, isso seria perfeito! Estou com tanta coisa na cabeça…

— Ah, eu sei. - ela se senta à minha frente - Tenho observado vocês duas desde que chegaram aqui em Fiore por um acaso.

Ruborizo de novo.

— Todo o tempo? - pergunto me lembrando do meu beijo com Rogue e de diversas situações em que me constrangeria ter platéia - Tipo, todo mesmo?

Ela riu levemente, porém confirmou com a cabeça que sim. Meu coração deu um aperto, até que ela me diz que:

— Não se preocupe. Eu vejo os passos de todos os filhos da Fairy Tail, não só os de vocês duas.

— Isso ainda não ajudou muito, Mavis…

— Eu vejo seus passos, não uma novela em alta definição. - ela ria - Eu tenho vislumbres distantes de como seguem suas vidas, geralmente, somente o essencial para conferir como vão as coisas.

Suspirei aliviada. Agora sim, isso foi um consolo.

— Por exemplo, eu não fiquei vigiando enquanto você beijava um certo alguém… - ela joga com as mãos cobrindo um riso travesso.

— Mavis!

— Brincadeirinha!

Ela riu e eu dei de ombros conformada.

— Agora - ela retoma mais focada - me conte tudo o que você pensa e tudo o que sabe sobre o caso, até o que você não revelou a seus companheiros de guilda ou ao Rogue.

Assim eu o fiz, falei cada coisinha que pensava. Falei sobre cada detalhe que me havia feito perder o sono nos últimos dias, tentando juntar o passado, o futuro e o presente. Contei que achava que nossa vinda a esse mundo tinha haver com os roubos. Assim como achava que o Carry seria usado para teletransporte entre dimensões. Contei que descobri, enquanto analisava os locais dos crimes, que o dragon Slayer assaltante era uma pessoa só, e não várias, como muitos acreditavam. Contei que os elementos utilizados para ataque eram metal e fogo. E contei que tudo isso me levava a desconfiar, por mais que eu quisesse fechar meus olhos à verdade, que seria:

— Camila a criminosa. Minha nakama e irmã de Dlayla.

Mavis escutava sempre. Em nenhum momento ela me interrompeu ou opinou. Porém sua expressão se agravava a cada fato revelado, de modo que quando acabei, ela estava bem pesada e triste.

— Tenho que te dizer, minha cara, que você está certa sobre tudo isso. Vocês três são novatas neste mundo, além disso, vêm de uma dimensão na qual não há magia como a nossa. Não haveriam de saber das leis antigas.

Neste momento, Mavis se levantou e toda a campina sumiu. Seu braço fez um movimento que formava um arco e estrelas se revelaram ao nosso redor. Planetas, cometas, sóis, todos os componentes de um universo em torno de nós, assim como o vácuo. Me pus de pé, não sei como, já que abaixo de mim só havia o grande nada, e me toquei, finalmente, o porque de coisas estranhas virem acontecendo até aquele momento. Era tudo um sonho!

— O que me surpreende - ela continua - não é vocês não saberem dessas leis. O que me surpreende é que Camila está por dentro do assunto e está jogando ao seu favor, contra vocês duas.

— M-Mavis, o que são essas leis antigas? E como que Camila pode usar alguma lei contra nós?

— Até onde sei, são regras da relação espaço-tempo. Elas regem os mundos e são tão antigas que até Makarov se esqueceu delas.

— Sim, mas o que dizem essas malditas leis? - pergunto de novo.

— Elas querem que cada corpo fique em seu devido universo, para que haja equilíbrio. A vinda de vocês três para este universo despertou as antigas leis e agora o próprio Universo que retornar vocês ao seu devido lugar.

— O quê?

— Isso não é o pior de tudo! A parte crucial é que uma de vocês pode ficar aqui, mas somente se sacrificar as outras duas pessoas que vieram consigo e usar as suas energias vitais como uma oferenda de equilíbrio. As outras pessoas retornariam mortas para seu próprio plano.

— … - eu estava totalmente abismada - Camila quer nos matar?

— Hai - Mavis assente firme - Creio que sua amiga está sob alguma influência que lhe deu conhecimento e modificou sua natureza. Quem sabe esteja tudo ligado a Zeref…

— Minha nossa! Não podemos permitir isso!

Eu não havia percebido conscientemente ainda, mas ocorriam explosões de galáxias e supernovas conforme cada coisa me era revelada e uma nova ideia terrível se formava na minha cabeça. Chegou ao ponto em que todo o ambiente atrás, abaixo, acima e à minha frente, estava brilhando, periodicamente, em tons de vermelho, azul e branco, conforme os núcleos se concentravam e expandiam, liberando grandes quantidades de energia e massa.

— Agora ouça bem: para que uma de vocês consiga ficar, as outras duas tem que ser enviadas mortas ao seu próprio lugar. Todavia, caso nenhuma de vocês realize esse feitiço, as três serão retornadas, quer queiram, quer não, a Earth Land pelo próprio Universo. Se as três ficarem aqui, não se sabe até quando esta situação instável durará.

As minhas duas mãos estavam sobre meu rosto, numa expressão surpresa. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto e a galáxia em que estávamos perdia a cor, morrendo.

— Quer dizer que não temos nenhuma escolha? Quer dizer que tudo o que sentimos, fizemos e passamos aqui fica para trás? A única coisa que posso fazer para uma de nós três permaneça aqui é morrer?

Eu soluçava já. As coisas que me foram reveladas se tornaram pequenos pedaços de vidro que se juntaram em várias lâminas afiadas e me perfuraram por dentro, se retorcendo no corte e me fazendo passar mal.

Todo o cenário mudou e retornamos à campina de antes, porém agora o vento era muito frio e o céu muito escuro. Mavis me abraçou e murmurou baixinho:

— Shi… Shi… Eu sinto muito, meu bem, mas considere duas coisas: quando vocês retornarem as lembranças de vocês aqui serão apagadas em quem fica.

— Então ninguém se lembrará de nós?

— Não. Mas vocês podem manter as suas próprias memórias daqui intocadas. A outra coisa que tens que considerar é que, se pudesse realmente escolher, abandonaria toda a sua família, seus amigos e sua terra natal em troca de viver aqui? Teria essa coragem e o desapego de deixar tudo que sempre amou para trás?

—---- Cibelly’s POV Off -----

Um grito alto e fino se fez ouvir no quarto. A ruiva acordou de seu sonho aos prantos. Dlayla, Hikari e Akatsuki acordaram juntos e todos correram à cama de Cibelly. Ao levantarem o lençol, viram que a dragon Slayer chorava encolhida em posição fetal, parecendo muito frágil e abalada.

— Ei, o que foi? - Dlayla estende o braço em direção ao rosto da amiga.

Cibelly então se joga em cima da morena, a envolvendo em um abraço desesperado:

— É o fim! É o nosso fim aqui!

— D-Do que você está falando, criatura?

— Do nosso tempo!  Mavis veio até mim num sonho e me ajudou a entender tudo o que eu ainda não havia conectado! Camila está má, quer nos matar! Vamos retornar, não importa se vivas, ou mortas, ao nosso próprio universo e tudo aqui será deixado para trás. Nada que façamos vai importar!

Akatsuki estava lendo tanto o que se passava na cabeça de Cibelly quanto vendo as reações de todos ali no quarto. Era um clima tão pesado que o pequeno começou a chorar também. Cibelly tentou o consolar num abraço, porém não conseguia controlar seus pensamentos e Akatsuki recebeu toda a sua sensação de pesar e desespero. Dlayla então fez a garota tomar um copo de água  e explicar, em detalhes, tudo o que ela sabia.

Conforme ouvia, uma sensação de descrença crescia em seu peito. Era óbvio que sua irmãzinha destrambelhada, distraída e meiga jamais faria uma coisa daquelas. Dlayla entrou em negação. Porém, como cada coisa se encaixava em seu devido lugar e a ruiva insistiu com veemência em cada detalhe, a garota foi percebendo a cruel verdade e se assustou com aquilo. Começou a querer se desesperar também.

A única coisa que a manteve firme foi ver as expressões dos dois nekos e de Cibelly. Essa foi a única coisa que a motivou a tentar se acalmar e fazer a amiga dormir em paz algumas horas. A garota já passara por coisas demais em um curto período de tempo. Afinal, fora ela que montara a maior parte das coisas e teve que enfrentar todas as revelações sozinha. Dlayla estava resoluta em não a deixar se preocupar mais com aquilo por pelo menos algumas horas.

Por fim, a morena conseguiu com que Cibelly dormisse e todos entraram em um momento de paz. Akatsuki dormia também e Hikari havia se deitado no seu cantinho. Dlayla passou no banheiro para lavar o rosto e se recolheu em sua própria cama. Seria uma longa noite.

 

Continua... ღ


Notas Finais


COMUNICADO: Seguindo o que eu tinha falado no último capítulo, esse é o último combo de dois capítulos seguidos. Por favor, leiam o próximo capítulo logo a seguir. :3
Só eu que amei essa capa de capítulo? kkk Sério, amei fazê-la. Espero que tenham entendido como se deu tudo na narrativa. Comentem :3 Obrigado por lerem e Jya nee, até o próximo capítulo! [Cibrs]


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