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História Três Garotas e Loucas Aventuras - A Arte do Combate - Cap 16


Escrita por: Cibrs e Lalyia

Notas do Autor


Hey, minna! Um novo capítulo fresquinho. Digamos que este tem um tom bem... marcial. Leiam, por favor. :) [Cibrs]

Capítulo 19 - A Arte do Combate - Cap 16


Fanfic / Fanfiction Três Garotas e Loucas Aventuras - A Arte do Combate - Cap 16

------- Dlayla’s POV ON -------

Sting nos levou até um campo com gramado bem verde, rodeado por colinas e árvores também bem verdes. Eu havia pedido que ele me treinasse em combates físicos e ele concordara. Era um pouco afastado da cidade e da sede da Saber, já que eu não queria que soubessem o que estava acontecendo. Se bem que eu acabei invadindo lá hoje mais cedo e tudo mais...

- Vai ficar viajando aí até quando? -me sacudiu de leve.

- Sai. - dei um tapa em sua mão que estava em meu ombro.

- Então... Você pediu para treinar comigo, mas como espera que façamos isso? Não podemos usar magia, lembra? - apoiou as mãos na cintura.

- Você é tão ingênuo - balancei a cabeça. Vamos treinar combates corpo a corpo, assim podemos fortalecer nosso físico e também nossas mentes.

- Corpo a corpo? - sorriu de canto - Gostei disso.

Ele vinha em minha direção, pisando firme e decididamente no chão, e eu só acompanhava seus movimentos com o olhar. O que diabos esse idiota iria fazer? Sting esticou um dos braços e segurou na minha cintura, me puxando para perto, enterrou o rosto na curva do meu pescoço e respirou profundamente.

- Mas o que…

- Gosto do seu cheiro - murmurou.

Colocou a mão livre no outro lado da minha cintura, e senti seus dedos trilharem um caminho por minhas costas até chegar à minha nuca. Levantou a cabeça e me encarou profundamente, o rosto bem próximo ao meu.

- Acho que... Também senti sua fal-

Marquei meus cinco dedos no seu rosto, com força, e ele afastou-se um pouco de mim.

- PARE DE BRINCAR!

- Mas eu só estava…

- Argh! Vamos começar logo esse treinamento! - vociferei.

- Tsc. Insensível. - resmungou, passando a mão sobre o rosto machucado.

- O que disse?!

- Nada. Vamos começar – ele assume posição de batalha.

------- Cibelly’s POV ON -------

Eu não queria alertar mais ninguém, além de Akat, de minha visita à Sabertooh, então fui à casa do Rogue primeiro, antes de passar na guilda.  Eu tinha esperanças de ele estar lá, já que era meio dia quando cheguei e lembro que ele, às vezes, almoçava em casa com o Frosh. A casa de Sting era na rua detrás da de Rogue, então fiz questão de desviar pela rua lateral. Se ele sentisse meu cheiro agora ia ser fácil perceber que eu estive aqui.

Parei em frente à porta de Rogue e hesitei. Meu punho erguido, porém sem bater, o vento soprando meus cabelos contra o rosto e as minhas certezas da cabeça. Será que seria mesmo uma boa ideia estar aqui? De repente, ouvi sons de passos rápidos e a porta se abriu bruscamente. Dei um passo para trás assustada e vi que Rogue emergia da porta. Meu punho, ainda erguido, foi puxado por ele e eu fui de encontro ao seu peito. Seus braços me envolveram e eu fui acolhida pelo seu cheiro que já me era familiar e bem quisto, sua capa fazendo sombra sobre mim, seu queixo sobre minha cabeça.

- Oi - sua voz meio rouca me cumprimenta.

- Oi - e finalmente eu relaxei, meus braços envolveram sua cintura num abraço. Não tinha percebido o quanto eu estava tensa até derreter em seus braços.

- Eu estava me perguntando quanto tempo você ia ficar aqui fora parada.

- Eeh? Eu só fiquei aqui alguns instantes!

- Não. Você já estava parada há uns dois minutos. Decidi cortar sua indecisão e abrir a porta de uma vez.

- E como você percebeu que… Ah é! O vento me entregou - eu havia esquecido esse pequeno detalhe do cheiro.

Ele riu disso, disse que eu era muito distraída, e depois me guiou para dentro de casa. Esta última estava como eu a vira da última vez, há alguns meses. Frosh não estava à vista. Quando perguntei por ele, Rogue me disse que estava no quarto, dormindo. E ele me perguntou por Akatsuki.

- Akat ficou na Fairy Tail. Na verdade, ele disse para eu vir sozinha.

- Por que ele quis ficar dessa vez?

- Não acho que ele queria… eeh… atrapalhar - falo meio que hesitando no “atrapalhar”.

- Atrapalhar o quê?

Nós dois havíamos sentado no sofá. Ele ainda mantinha seu braço ao meu redor e eu me encolhia pra perto dele, seu corpo me servindo de apoio. Vi-me brincando com um botão de sua camisa, meus dedos inquietos. Estávamos em uma posição em que eu podia facilmente esconder o rosto ou encará-lo. Pra mim estava ótimo assim.

- Sabe quando a gente estava investigando o caso e teve a guerra de comida e a gente fugiu pra floresta e... - subo os olhos para ele, lembrando o nosso beijo, ele me encarava com olhos bem draconianos e fixos, seguindo meus movimentos. Faltou-me um pouco do ar que tinha - e eu te contei que eu tinha alguma teoria que só te contaria quando tivesse certeza?

- Sei - diz simplesmente, seu olhar dançando entre meus olhos e minha boca. Engulo em seco e abaixo os olhos.

- Então. Agora eu tenho certeza de alguma coisa.

Neste momento eu fiz uma pausa. Ainda não tinha parado pra pensar em como contar tudo de novo. Ainda não tinha parado pra ver o quanto eu queria contar pra alguém. Ainda não tinha reformulado as minhas frases de modo que não me fizessem chorar novamente, ainda não…

Então ele levanta meu rosto com as mãos e cada polegar enxuga uma lágrima.

- Desculpe - digo - é só que ainda não sei como formular aquilo tudo. Eu preciso ficar forte. Sou fraca demais para fazer alguma coisa útil.

- Você quer ficar forte?

- Sim.

- Ótimo. Vamos te fazer forte. - declara com um olhar decidido.

Dito isso, ele se levanta do sofá e me deixa lá. Seu calor me fez falta imediatamente. Vi que ia ao quarto. E depois voltou.

- Vamos. Frosh vai ficar bem.

- Aonde vamos??? - pergunto levantando do sofá. Ele segurava a porta esperando que eu passasse.

- Vamos a uma campina aqui perto. Vamos treinar!

------- Dlayla’s POV ON -------

Sting veio pra cima de mim com uma velocidade incrível, desferindo socos e chutes enquanto eu só conseguia desviar com dificuldade.

- Nada bom. Você tem que bloquear, e não desviar! - apertou um chute em meu quadril, me fazendo cair.

- Itaaaii! - rolei para o lado, evitando ser atingida novamente.

Mal havíamos começado, e eu já estava com o corpo toda dolorida. O loiro não estava pegando nada leve.

- Vamos, levante!

Abaixei-me no momento que um chute iria acertar o meu rosto.

- Sting!

- O que?

- Seu bruto!  - me levantei novamente do chão.

- Preste atenção. - suspirou, vindo até mim - Você tem que ficar de olho nos movimentos do oponente, observe minuciosamente. Não tente apenas desviar dos golpes, mas também defenda. Levante, vamos começar de novo.

- Que Kami me proteja.

...

No início da tarde, umas cinco horas depois de termos começado, eu estava acabada, totalmente sem forças, e morrendo de fome! Não havíamos parado para nada. Eu acabei levando um total de dez chutes e uns trinta socos, mesmo depois de ter desviado de quase tudo e ter tentado bloquear o que era inevitável. Meu corpo estava marcado e eu sentia que as partes atingidas logo começariam a avermelhar e inchar. E era por esses motivos que agora estávamos largados na grama, esgotados.

- Estou com fome - resmunguei.

- Eu não sabia que você era tão ruim em lutas corporais - riu pelo nariz.

- Nem eu. Você acabou comigo, mal consigo mexer o meu corpo direito.

- Desculpe-me por isso. Não queria ter te machucado tanto.

- Jura? Não pareceu - revirei os olhos.

- Está ferida? Sinto cheiro de sangue…

- Acho que o seu último soco cortou o meu lábio. Quero ver a desculpa que vou ter que inventar para explicar esse meu estado deplorável.

- Por que ninguém pode saber que estamos treinando?

- Eu não quero falar sobre isso - me sentei no gramado, trazendo meus joelhos para junto do meu tronco, os abraçando e apoiando meu queixo sobre os mesmos.

- Você parece triste. O que acontece de tão ruim que não pode me contar? - sentou-se ao meu lado, com as pernas esticadas e as mãos apoiadas no chão.

Eu não precisava nem olhar para saber que ele estava me encarando.

- Já disse que não quero falar.

Passamos algum tempo em silêncio, apenas ouvindo e sentindo a brisa da tarde, que sacudia meus cabelos e refrescava o corpo suado. Não sei qual foi exatamente o momento em que Sting fez isso, mas, quando dei por mim, já estava com meu corpo colado ao seu num abraço.

- O que está fazendo? - perguntei.

- Achei que você fosse se sentir melhor se eu fizesse isso.

O mago jogou seu corpo para trás, apoiando as costas em um tronco de árvore que eu não sabia que estava ali, e eu fiquei em cima do seu corpo. Estava cansada demais para resistir dessa vez. Deitei minha cabeça em seu peito, fechando os olhos, enquanto ele acariciava meus cabelos e minhas costas, me fazendo suspirar minimamente.

- Estou cansada. - resmunguei.

- Eu estarei aqui. - beijou minha cabeça.

- Sting... Obrigada...

Fiquei sentindo seu cheiro, que era inebriante para mim, e acabei caindo no sono.

------- Cibelly’s POV On -------

Rogue Cheney havia acabado de me prometer que eu ficaria forte. Em todo o tempo que passamos juntos ele nunca havia me visto lutar. Acho que não tinha muita noção do que eu era capaz de fazer. E eu, por minha vez, tinha uma noção parcial. Nunca havia tentado lutar contra nenhum Dragon Slayer além de Dlayla e Camila, cujos estilos eu conhecia bem. Nem contra o pessoal da Fairy Tail, que eu conhecia suas forças. Então esse treino seria um bom referencial pra mim do que preciso melhorar.

- Muito bem - ele diz - me ataque! Sem magia. Só movimentos físicos.

E eu fui. Eu era ágil. Eu era muito ágil. Com magia. Sem magia eu fui totalmente humilhada. Fui em direção a ele com a intenção de dar-lhe um soco. Ele conseguiu desviar sem sair do lugar, me deu uma rasteira e ainda impediu que eu caísse totalmente no chão porque me segurou pela cintura com um só braço.

- Se você estivesse sob ataque, agora estaria morta - ele me diz rindo e aproxima o rosto do meu, intentando um beijo.

No que ele chegou perto e baixou a guarda eu fixei meu pé de apoio no chão, coloquei as duas mãos atrás da cabeça dele e o puxei para frente. Ele perdeu o equilíbrio e girou para que caísse de costas e eu fosse por cima dele. Nos espatifamos no chão, só que ele recebeu o maior impacto e eu ouvi uma exclamação de dor quando caí por cima dele. Ainda sim, mantinha as mãos ao redor de mim. Até na investida que dei, ele que tinha o controle. Ah, mas eu ia quebrar esse controle dele!

- Sua intenção era inverter a situação e me fazer cair sozinho?

- Talvez. - minto virando o rosto.

- Então você tem que primeiro me fazer te soltar, não é não? - ele estava rindo muito de minha cara e eu já estava começando a ficar vermelha.

Ele estica um dos braços e desfaz meu coque, meus cabelos caindo em cascata ao nosso redor. E finalmente ele me beija. Um beijo profundo, necessitado. Um beijo que expressava saudades e que me dizia que ele estava preocupado com tudo aquilo. E mais que isso, um beijo que expressava desejo.

Interrompi o contato, sem ar e fiquei o mirando como quem repreende. Ele também ficou me mirando, seus olhos com mil perguntas.

- O que foi, afinal, que você descobriu?

- Faz o seguinte: - digo me levantando e dando-lhe a mão - primeiro eu quero ação, depois a gente conversa.

- Você quem sabe.

E dessa vez ele realmente começou a me atacar. Eu desviava e tentava bloquear quando conseguia. Senti que ele estudava meu estilo de luta, e eu tentei fazer o mesmo. O dele era furtivo, veloz, calculado, porém ainda fluído. Às vezes com alguns impulsos que geravam investidas brutais. Assim como uma sombra. Assim como uma flecha sombria.

Levei o primeiro golpe certeiro de Rogue. Até então estávamos presos em desvios. Foi um chute na lateral e eu tentei me manter de pé. Em seguida levei outro golpe e mais outro. E depois mais alguns. Uma sequência de movimentos que me desequilibraram e me deixaram caída no chão.

- Você é muito equilibrada. Equilibrada demais. Sabe utilizar armas, não é? Pois bem, sua postura é muito boa, porém tem problemas em investidas. Seu estilo é muito controlado. Tecnicamente perfeito, porém falta mais ousadia nos ataques. Eu quebro seus movimentos com ações imprevistas e com golpes instintivos. Em uma luta real, se o oponente estudar a forma como você luta, ele consegue facilmente prever como vais agir e contra-atacar.

- O quê? – Eu estava arfando no chão, ainda sob influência dos golpes de antes, e ele despejou toda a análise do meu estilo com somente uns dez minutos de observação – Você é muito bom nisso! Sério! – eu comecei a rir – me ensina.

- Levanta daí – ele me deu a mão e puxou – é bem simples: tente ser imprevisível.

Como se isso fosse fácil de fazer. Eu sou totalmente focada em agir “certo”. Totalmente, digamos, “programada”. Um chute na lateral:

- Você está morta.

Uma sequência de socos em que eu só consigo bloquear os primeiros:

- Morta.

Tento chegar até ele e atacá-lo, ele revida e me derruba:

- Morta...

 -Morta!

ARRG! A minha frustração já estava grande, e a raiva também! Eu quase não conseguia tocá-lo! Vi uma brecha na sua defesa e, ao invés de agir como sempre, fiz um movimento impensado e Rogue foi atingido!

- Kami-sama! - exclamei!

- Ótimo! – ele me incentiva - Agora continue! - e então ele tira a capa que estava sobre si e sua expressão se torna imparcial. Acho que agora a porra ficou séria.

Continua... ღ


Notas Finais


Bem, é isso pessoal. Obrigada por todos os favoritos, pelos raros comentários e por lerem até aqui. :) [Cibrs]


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