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História Triângulo amoroso: Amor de perdição - Te quiero


Escrita por: malueliane

Notas do Autor


Voltei amores! Espero que gostem!

Capítulo 6 - Te quiero


Fanfic / Fanfiction Triângulo amoroso: Amor de perdição - Te quiero

            Consuelo olhava a mulher a sua frente.  Via seus olhos marejados, seus suspiros e o olhar distante... Eram sinais do turbilhão de sentimentos que a acometia. Por fora era um calmo lago de águas claras...

            O bicho fêmea é assim...  As vivências passadas entre gerações faziam dela uma extensão do outro... Anulava-se, reprimia seus infortúnios, suas agruras e desejos em função de outrem...

            Ela entregaria seu corpo para salvar seu marido e filhos de uma possível tragédia... Entendia que ao fazer isso uma parte sua morreria também, mas pagava o preço... É certo que o sentimento que mais pesa no seu íntimo não é o medo, nem o nojo, nem mesmo a dignidade perdida... O que tem maior peso é a culpa...

            A natureza feminina é irônica... Faz com que a mulher se sacrifique em função do outro e a faz culpada pelo sacrifício feito!

            Suspira... É o preço de ser fêmea... Sua biologia a faz assim... Sangra até se deixar invadir e gerar outro ser que começa a lhe sugar antes de nascer e continuará pela vida.  Suga seus fluidos e nutrientes, suga seu tempo, seus sonhos, seus desejos e até sua individualidade...

            Viajavam há três dias acampando só para dormir. Viajavam caladas cada uma com seus pensamentos.

            Consuelo suspira pensando em seu infortúnio. Está levando até seu homem a única mulher que a separa dele. Cada olhar de ciúme, cada vez que ele saliva a desejando, cada suspiro e cada lágrima que ele derrama pela Uruguaiana é como se um punhal lhe perfurasse as entranhas...  

            Caetana por sua vez pensava em seus últimos momentos com Bento Gonçalves...

            Entrou no quarto decidida. Não tinha escolha. Seu destino era cruel, logo precisava ser forte para superar esse momento.

            “_ Estás melhor, Carinho? Se alimentaste direito?”

            “_ Estou ótimo Caetana! Tu e Antônia que estão a me tratar como um guri! Quero sair logo desse quarto! Tenho muito que fazer!”

            “_ Para de birra, Bento! Tu é que estás a te comportar feito um guri! Joaquim disse que teu estado requer cuidados!”

            Bento percebe a esposa distante e questiona: “_ O que tens? Parece incomodada!”.

            “_ Preciso viajar Bento! Recebi uma carta de papá. Ele se diz saudoso e pede minha visita!”

            “_ Ele sempre faz isso! O que faz querer visitá-lo agora, com os guris precisando de teus cuidados?” Caetana percebe a desconfiança na voz do marido e tenta contornar!”

            “_ Sonhei com ele, mi amor! Tengo medo... Papá está mui idoso. No más seu tom na carta pareceu-me mui triste!”

            “_ Antônia e Perpétua cuidam dos guris! Ainda tem Rosa, Zefina... Cuidados não lhes faltarão!”

            “_ Usted irás levar os guris? Ele vai gostar de ter com os netos!”

            “_ Nom, mi amor! Perpétua está grávida. É perigoso viajar nesse estado! Bentinho e Caetano estão convalescendo, Joaquim precisa cuidar de Usteds... Se eu levar Marquito e Leon, Aninha e Angélica ficarão enciumadas. E são mui gurias pra fazer uma viagem tão longa!”

            Caetana observa o semblante do marido e finaliza: “_ Vou com João Gutierrez e Zé Pedra! Estarei em segurança!”

            Caetana banhou-se e perfumou-se... Arrumou o cabelo e mirou-se no espelho. Queria estar bonita para seu Bento.

            Colocou a camisola de suas núpcias. Só a usava em seu aniversário de casamento. Bento amava vê-la vestida com ela.

            Ao entrar no quarto encontrou o marido dormindo. Deitou-se e ficou o observando. Precisava crer que essa não seria a última noite que passariam juntos...

            Beijou o pescoço do marido, os lábios, a face... Bento acordou.

            Ela segurou-lhe a face mirando seus olhos. Queria ter essa imagem pra recordar sempre.

            Falou com a voz embargada pelas lágrimas:

            “_ Te quiero ,mi amor! Faz amor comigo?”

            Bento estranhou a camisola, os lindos olhos marejados da esposa e disse acariciando seus cabelos:

            “_ Que passa, Caetana? Estás diferente desde que voltei! Não parece a mesma!”

            Viu a mulher abaixar a cabeça antes de murmurar:

            “_ Não me quer, Carinho?”

            Ele abraçou a esposa. Ela não segurou, deixou as lágrimas correrem.

            “_ Te quero sempre, esposa mia! Só não compreendo o que se passa!

            “_ Tengo medo, mi amor! Quando penso que poderia ter acontecido naquele despenhadeiro... Tengo medo de  te perder , Bento!”

            Ele beija seu rosto secando-lhe as lágrimas.

            “_ Não vais me perder, esposa mia! Deixes de preocupações tolas! Venha! Quero minha Uruguaiana de volta!”

            “_Te quiero, mi amor! Quero que me ame como a primeira vez! Sem pressa...”

            Caetana recorda-se de suas núpcias. Bento  olhava seu corpo todo devagar, cada toque, cada beijo era suave e sem pressa. Ela sentia o corpo em chamas apenas vendo o desejo estampado nos olhos dele. Sentia o  coração acelerado...  Queria muito, mas era tudo tão novo...

            Sentia sua respiração pesada. Em alguns momentos pensou que iria sufocar. Quando Bento finalmente a possuiu sentiu que precisava dele pra sempre.

            Era assim que queria viver a última noite com o marido. Queria tocar cada pedacinho do corpo dele, queria sentir seu toque em cada parte do seu corpo. Precisaria dessas lembranças para viver quando não o tivesse mais consigo.

            Bento queria tirar da esposa aquele semblante triste! Segurou-lhe o cabelo e beijou suavemente seu pescoço. O perfume dela o incendiava. Colou sua boca na dela deixando suas línguas dançarem juntas! Deixou sua mão percorrer-lhe o corpo. Ela suspirava a cada toque.

            Deitou o marido na cama e beijou seus lábios. Mordia, chupava enquanto suas mãos massageava o peito dele. Roçava seu rosto na barba e sentia o corpo todo arrepiar. Ele a agarrou pela cintura e a puxou trazendo seus seios até a boca.

            Massageava um enquanto chupava o outro. Ela jogou os cabelos pra traz gemendo com as caricias. Bento sorriu: “_ É assim que quero te ver sempre, esposa mia!”

            Desceu os dedos até a intimidade de Caetana e começou a acariciar primeiro suavemente depois aumentou o ritmo. Ela arqueava o corpo para facilitar o toque.

            “_ Te quiero agora mi amor!” Livrou-se da camisola e sentou no membro gemendo alto ao senti-lo dentro de si”.

            Bento olhava o corpo bem feito da mulher e sentia o prazer aumentar.

            “_ Abra os olhos, Caetana! Olha pra mim!”

            Ela cavalgava o olhando nos olhos. Ele enlouquecia com os olhos verdes e a face corada da esposa. Não podia se mexer muito por causa das fraturas na perna, mas seu desejo era maior que a dor...

             Segurou Caetana pela cintura e aumentou o ritmo dentro dela. Sorriu ao vê-la chegar ao clímax. Continuou estocando e se derramou dentro dela logo depois.

            Ela ficou sentada em seu colo e dormiu apoiada no ombro do marido. Ele sentia certo incômodo pela posição em que estava, mas não tinha coragem de afastá-la. Sentia que a esposa precisava daquilo.

            Quanto mais perto estava do seu destino mais angustiada Caetana ficava. João Gutierrez parou a carruagem.

             Ela olhava a imensa construção de pedras à sua frente. Sentiu um aperto.

Ficou parada.  A partir do momento que seus pés tocassem aquele chão sua vida mudaria para sempre.

             João Gutierrez estendeu a mão para a mulher a sua frente. Ela o olhou com tristeza respirou fundo e desceu da carruagem.

            Bento Manoel não podia crer. Olhou a mulher em sua frente. Seus olhos lacrimejaram. Enfim a teria em seus braços. Pra sempre...

            “_ Sê bem vinda, minha Senhora!”

 


Notas Finais


Até Breve!


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