Vinte anos antes...
Eu sinto o cheiro do café e do mingau que mamãe sempre fazia, estou no jardim observando meu pai trabalhar na terra. Minha mãe o olha preocupada, o chama com o olhar e ele a segue. Como sempre fui curioso acabo os seguindo e acabo ouvindo uma conversa toda esquisita.
- Ele nos encontrou Gabriel; ela encosta a cabeça no ombro dele e começa a chorar - Eu tenho medo do que pode acontecer... Ele é ainda tão pequeno, por Zeus!
- Nada irá nos acontecer Lucinda, tenha fé, que tudo dará certo...
Agora
Eu acordo todo suado e sinto um liquido escorrer pelos meus olhos, e sinto algo macio em meu rosto. Quando abro os olhos de vez vejo que Eleonor está me abraçando, e que meu rosto está encostado nos seios dela. O líquido que saia de meus olhos eram lágrimas e Eleonor me confortava, mas por quê? Depois de um tempo ela se afastou, algo que lamentei profundamente, pois seu contato me trazia uma espécie de paz, que há muito tempo eu não tinha.
- Por que fez isso?
- Isso o quê? - Se faz de desentendida; não sei do que está falando?
- Por que me abraçou se me odeia tanto?
- Eu apenas agi por instinto... Você estava chorando e... Não te devo explicações! - Vai saindo.
- Obrigado.
Ela vai embora, mas antes vejo um sorriso tímido brincando em seus lábios úmidos pelo orvalho da manhã, e meu coração se enche de felicidade. O que está ocorrendo comigo? Eu devo ter batido forte a cabeça, é isso. Mas algo me preocupava mais que as fadas e os elfos, o homem que enfiou uma adaga em meu peito, por Zeus! Quem é ele? E o que quer comigo? Pela primeira vez na vida estou com medo, e não sei como lidar com toda esta situação, e quanto mais eu penso, mas tenho certeza de que não posso confiar em ninguém, principalmente em Eleonor.
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