História Trilogia guerreiros livro 2: o arqueiro (Finalizado) - Capítulo III

  Luke

  Se passaram uns seis meses desde que ajudei Jack, agora trabalho como ferreiro em Esparta, lugar que escolhi como meu lar. Eu havia feito um juramento, jamais empunhar uma espada a menos que fosse necessário. Sinto o calor do fogo aquecendo meu rosto enquanto aos pouco vou dando forma ao metal, a sensação é maravilhosa, pois sempre tive uma ligação de amor e ódio com o fogo.

  No momento em que dou os ajustes finais na espada, sinto a presença de um velho amigo, e ele não está sozinho. Me viro e acabo me deparando com Mason e ele está acompanhado da mesma bela criatura que meus olhos jamais viram... Ela é linda, sua pele lembra o ébano, seus cabelos parecem macios como seda negra e seus olhos me lembram duas perolas de tão reluzentes, vejo fúria neles, e acabo notando suas vestes de guerreira, a armadura de uma amazona.

- Mason... Senhorita; faço - lhe uma breve referência - A que devo a honra de visitas tão ilustres?

- Será esse bobo alegre que irá nos ajudar?

- Pode não parecer majestade; a olha um tanto inquieto, nunca o vi assim tão perturbado - Mas ele já foi um dragão negro.

- Pensei que os dragões negros fossem inimigos mortais de fadas e elfos.

- Por um tempo fomos; falo para descontrair um pouco - Mas como pode ver somos amigos, enfim você quer que eu dê um jeito de chamar Jack?

- Não é necessário, precisamos apenas de armas, nem precisa vir conosco; parece que ele não me quer junto da jovem amazona - Gabrielle e eu podemos resolver isso sozinhos, mas precisamos de armas.

- Acho que irei com vocês; ele parece surpreso - Pode me fazer bem uma aventura como essas...

- É bom avisar para ele que será perigoso; a tal de Gabrielle - Afinal de contas quando se trata de Mary, a soberana das trevas tudo pode acontecer.

- Eu não tenho medo e não posso deixar meu amigo na mão; ela estreita seus olhos para mim e eu sorrio - E além do mais se ela é tão perigosa quanto a senhorita diz, ajuda nenhuma pode ser dispensada.

  Ambos aceitam minha ajuda, mas esse nome... Mary me traz uma sensação esquisita, como se eu já houvesse visto esse nome em algum lugar. Entramos em minha modesta casa, eles ficam na sala enquanto vou ao meu quarto procurar uma roupa, e lá vejo os cinco pergaminhos de Santiago, e me lembro que havia um que não havia lido, ele parecia me chamar, ou algo do tipo. Eu o enrolei e coloquei debaixo de minha camisa, depois peguei algumas espadas, adagas e arcos e os distribuí.

- Agora meus amigos estamos prontos; digo com entusiasmo apesar das carrancas dos dois que estam de lábios inchados - Estão prontos?

- Eu nasci pronta; pega uma das espadas.

- O mesmo digo eu - Pega o arco.

- Então só nos resta ir...

  Os dois trocam olhares, e percebo que entre eles houve alguma coisa, mas somente o tempo poderia dizer. Seguimos rumo ao desconhecido, e talvez a um caminho sem volta...