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História Entre o Amor e a Guerra - Hermione


Escrita por: anialupin

Capítulo 22 - Hermione


Sábado, 21 de outubro.

Ginevra estava adorando beijar Draco Malfoy, de verdade. Eles tinham - como Colin chamava aquilo - química, tudo encaixava, ela conseguia ver algo nele além do que o loiro demonstrava ser e por Merlin, o bruxo não estava exatamente do lado oposto ao dela naquela futura guerra. Era bom beijar o sonserino, e os dois juntos eram bons naquilo. A única coisa que faziam melhor do que se agarrarem era se desentenderem por causa de uma comunicação falha.

Com certeza isso seria responsável por nunca deixar apagar o fogo do relacionamento - ela mesma quis deixa-lo em chamas pela reação automática que teve no final da tarde passada.

"Oblivia-"

"Draco, larga essa-"

"Expelliarmus!"

Mastigava mais um pedaço de bolo de chocolate com certa raiva, tentando manter a calma e não bufar ao ver o sonserino entrar pela enorme porta do Salão Principal. Hermione desarma-lo, jogando-o no chão no processo - justo em cima de seu braço machucado -, havia acabado com qualquer traço de bom humor do bruxo. Ela colocar-se na frente dele quando este se levantou com certa dor não ajudara muito, também.

"Você vai deixar ela ir embora assim?"

"Você ia azarar minha amiga!"

"Eu ia 'obliviar' sangue-ruim que me acertou e foi embora, com certeza correndo para o seu querido Potter-"

"A sangue-o-que?"

Vendo agora, Draco tinha um ponto: se Harry não estivesse sendo tão receptivo no café da manhã, a ruiva com certeza estaria preocupada que a paranoia de Malfoy tivesse se concretizado. Ela conseguia imaginar a cena perfeitamente: Hermione correndo até Harry Potter, e contando onde tinha visto os lábios de Ginevra Weasley enquanto tentava recuperar o fôlego. E Harry contando para Ronald. E sua vida se tornando automaticamente dez vezes mais complicada.

"A sangue-ruim! Eu te disse quem sou, eu te disse que não vou mudar! Posso não querer matar alguém e não concordar com essa guerra estúpida, mas que merda Ginevra, esse sou eu!"

"Você realmente precisa ser assim grosso, Malfoy?"

"Você realmente quer brigar comigo quando a sua amiguinha está indo correndo contar para sabe-lá-quem que viu a menina Weasley se esfregando com o lobo mau da Sonserina?"

"Pare de ser tão paranoico!"

"Pare de ser tão estúpida!"

Mas Harry estava receptivo, até demais, enquanto Hermione não tirava os olhos do Profeta Diário.

Por que comigo, por que tudo isso acontece justo comigo?

Ginevra suspirou, talvez pela quarta vez no mesmo minuto.

"Nos vemos no almoço em Hogsmeade, então!" Ela não havia escutado metade do que o bruxo de óculos redondo falara, mas assentiu com a cabeça para praticamente tudo mesmo assim.

Harry levantou-se, encontrando-se com Rony na saída do Salão Principal e deixando as duas bruxas isoladas naquele canto da mesa grifinória. Os olhos de Ginevra foram para a amiga que ainda não desgrudava do jornal, a expressão aborrecida estampada no rosto. Então, Hermione estava brava com ela - brava era a palavra certa? Desapontada, talvez. Confusa? Quem sabe Gina só precisava explicar o que estava acontecendo, com os detalhes que fossem possíveis de se revelar.

"Sabe, ele não é tão ruim quando você o conhece." Mas nem mesmo um cala a boca Ginevra recebeu. Depois de olhar com um certo nojo para o lado dos sonserinos, a filha de trouxas se retirou da mesa.

Maldição.

...

Era impressionante como Draco gostava da ruiva na mesma proporção que a amaldiçoava. Como conseguia ser tão irritante? Como conseguia ser tão desejável? Ele queria joga-la contra a parede enquanto brigava com a grifinória por conseguir tão facilmente acabar com sua vida em poucos dias.

Ele realmente queria joga-la contra a parede, isso era um fato.

Acordou cedo para um sábado, e quando chegou na mesa do Salão Principal ainda tinha café para sua surpresa, mas não havia sinal de seu amigo e seu dito namorado. E nem de Flint. E outra vez quis matar a ruiva, e Potter, que insistia tanto em conversar com ela naqueles últimos dias.

E nem havia perguntado se a maldita grifinória ficaria no castelo, visto que ontem a última frase dita para ele foi um bem alto e raivoso 'vai pro inferno, Malfoy'. Considerou que não ficaria, visto que a ruiva tinha sempre a maior probabilidade de arranjar problemas, e naquele sábado todos os problemas estariam longe de Hogwarts - pelo menos ela não seria estúpida o suficiente para ficar a mercê deles outra vez, esperava.

Assim, quando sentiu uma mão puxar sua capa, não considerou que poderia ser a garota de cabelos de fogo ou alguém que ele simplesmente não precisasse prensar contra a parede enquanto segurava pelo pescoço forte o suficiente para doer.

"Sabia que você está me machucando?" Por um breve instante os olhos se encontraram, e mais uma vez ele amaldiçoou a mesma pessoa naquele dia - quase dez vezes, e ainda estavam na parte da manhã.

Porra.

"Que inferno, Ginevra!" Soltou a bruxa, afastando-se como se tivesse levado um choque. Ok, ele não a havia machucado de verdade, mas não conseguiu evitar que seus olhos examinassem bem o pescoço, em busca de qualquer marca - que felizmente não existia. "O que você quer?"

A pergunta, feita de forma grosseira, conseguiu fazer a maior das irritações surgir na garota, e o cenho franzido da ruiva não passou despercebido pelo sonserino. Nem o tapa, ou soco - o que havia sido aquilo? - que foi dado no seu graças a Merlin braço direito. Como ela sabia ser tão insuportável? Como ela acabava tão rápido com sua paciência?

"Você é sempre grosso assim quando alguém-"

"Quando alguém me assusta? Quando alguém sai correndo?" Foi pra cima dela outra vez, a acuando contra a parede novamente. "Quando alguém fica dando atenção pra todos os homens da mesa?" terminou de falar com os lábios a centímetros dos dela. "Sou, tem algum problema com isso?" Ele queria arrancar aquele sorrisinho que Ginevra dava, assim como gostaria de arrancar algumas outras coisas naquele sábado.

"Com ciúmes, comensal?"

"Não me chame assim." É, talvez ele estivesse.

"Não precisa ter ciúmes." As mãos dela tirando outra vez sua camisa de dentro da calça não ajudavam em nada sua braveza quanto mais seus hormônios. "Pára de ficar brigando comigo, Malfoy." Ela falar perto de sua orelha também não - Draco fechou os olhos por um instante e pensou que deveria realmente prensa-la contra aquela parede.

"Pára de ficar me provocando, Weasley." Respirou fundo quando sentiu as mãos quentes subirem pelas suas costas. Era apenas um carinho inocente, ele sabia - ou ao menos estava se convencendo disso -, mas aquilo lhe dava sensações boas pra caralho. Achou os lábios dela de olhos fechados, forçando suas mãos a permanecerem encostadas na parede ao invés de tentarem se perder no corpo da grifinória - coisa que ela não estava fazendo a menor questão de retribuir. "Nós ainda precisamos conversar direito." lembrou quando a boca dela de alguma forma parou e seu pescoço. "Eu não vou conseguir conversar direito assim."

Ele tentou contar até dez, mas no oitavo segundo já puxava a jovem porta adentro para uma sala vazia qualquer. Quando os lábios voltaram a se encontrar, nada da delicadeza do dia anterior havia sobrevivido: ela o puxava para cada vez mais perto, um braço ao redor de seu pescoço, o outro nunca deixando suas costas, e o sonserino realmente a prensava contra a parede naquele momento.

"Você tem noção do quão perigosa você é?" Draco disse, retribuindo os beijos de antes no pescoço - quando ele havia começado a achar aquelas sardas tão charmosas? Foi ao ouvir o gemido da bruxa enquanto seus lábios achavam sua clavícula que decidiu respirar fundo e encostar a testa na dela. "Desse jeito, eu vou mandar a conversa pro inferno, assim como a sua roupa."

"Draco!" Se sentiu ridículo ao sorrir quando viu a bruxa se tornar tão vermelha quanto um tomate.

"O que foi, a Weasley ficou tímida?"

"Você queria conversar, não queria? Fale logo!"

"Para depois eu tirar sua roupa?" Mesmo com o tapa - agora no braço machucado -, sorriu ainda mais ao ver os olhos castanhos mostrando irritação, ficando do tamanho de duas fendas. "Eu estou brincando, não precisa me olhar assim!" disse, afastando seu braço esquerdo e encostando-se na parede ao lado de Ginevra. "O que foi?" perguntou, quando ela continuou o olhando em silêncio.

"Você," Ela já sorria abertamente, e Draco sentiu seu coração acelerar só de olhar para aqueles lábios. Maldição. "Fica maravilhoso quando sorri desse jeito." E era a vez dele ficar sem graça. "Você parece mais leve hoje."

"Flint está em Hogsmeade." falava enquanto a puxava para sentar-se em uma cadeira. "Não tem nenhum estudante nos corredores." E sentou-se em uma, impedindo a jovem de fazer o mesmo a puxando para seu colo. "Estou me dando um dia livre de preocupações, bruxa."

"Mas ainda assim, entramos numa sala abandonada para conversarmos." a grifinória respondeu num tom aborrecido.

"Quando eu entrei nessa sala, minha intenção não era exatamente conversar, Ginevra." Mais um tapa, que o sonserino ignorou enquanto beijava a bochecha já menos corada. "E livre de preocupações não quer dizer que eu esteja tendo um dia burro."

"E seria burrice sua ser visto comigo." Outra vez aquela expressão aborrecida. Ela sabia que seria burrice, e sabia muito bem o porquê, mas o bruxo não teve tempo de explicar o óbvio. "Hermione foi para Hogsmeade, mas eu vou ter uma conversa com ela à noite. Ela não vai falar nada para ninguém, eu confio nisso, então não se preocupe, ok?" Não conseguiu continuar quieto quando ela se afastou de um beijo.

"Você está incomodada quanto a não podermos ser públicos, não está?" Sim, ela estava, era claro naqueles olhos que ela estava.

"Eu entendo, Draco." A resposta veio com um suspiro. "Não quer dizer que eu goste, mas eu entendo que é impossível eu segurar sua mão no meio do corredor, te beijar no meio do Salão Principal, te convidar para um almoço em casa nas férias de verão." Ginevra não segurou a risada que ele conseguiu suprir no final daquela frase - ninguém conseguiria imaginar Draco Malfoy sentado naquela mesa cheia de ruivos. "Principalmente a última opção, te convidar seria o seu fim. Porque você sabe, eu sou a única garota da família e tenho seis irmãos e um pai superprotetor, e às vezes fico pensando como eles reagiriam se eu aparecesse com um bruxo na frente de todos." Mas era estranho como ele conseguia. "Digo, se algum dia alguém me pedisse em casamento na frente dos sete, eu nem teria como dizer não porque seria amor de verdade-" Sorriu novamente ao ver as bochechas queimando de vergonha enquanto a bruxa se atrapalhava com as palavras. "Não que isso seja uma indireta, Malfoy por Merlin por que você não cala logo a minha boca?"

"Porque eu gosto de ouvir sua voz." E porque eu consigo imaginar.

E porque era bom imaginar, por um instante, não ter qualquer impedimento a não ser sete homens ciumentos.

"Fale logo o que você precisa falar."

"Eu quero que você me fale que tem consciência da onde está se metendo, Ginevra."

"Eu achei que fossemos falar sobre isso apenas uma vez."

"Você entendeu tudo que eu te falei ontem?" perguntava quase com medo, temendo que a grifinória fosse compreender a qualquer momento o que significava tudo aquilo, o que significava estar com ele. Medo que entendesse quando já fosse tarde demais para acabar com qualquer sentimento da parte dele. "Você entendeu o que eu sou, e o quanto eu sou egoísta por estar te dando essa escolha?" Ela fez que sim com a cabeça, a encostando logo após na dobra do pescoço do sonserino - deveria querer pensar tanto naquilo quanto ele. "Gin, eu não deveria considerar isso." Como se já não fosse tarde demais.

"E por que considera?"

"Você ficaria longe se eu tivesse forças para te afastar?" O silêncio foi a única resposta que veio. "Imaginei. Eu também quero falar que vou dar um jeito em Flint, ok? Eu vou pensar em alguma coisa pra tirar esse psicopata de perto de você."

"Não se meta em problemas." Como se ele conseguisse não se meter - olhe bem o grande problema que tinha em seus braços.

O beijo começou naturalmente, Ginevra levantando a cabeça e tocando os lábios do sonserino com os dela enquanto seus braços davam a volta pelo seu pescoço, o segurando o mais perto que conseguia. Mas outra vez era um beijo doce, mas para ele - mesmo não acostumado com aquele tipo de carinho - tão verdadeiro quanto os outros. Pensava se algum dia conseguiria cumprir todas as promessas que fazia a bruxa, ou ela seria apenas mais uma pessoa que desapontaria no futuro. Mesmo com esse pensamento, quando sentiu a cabeça da ruiva voltar a encostar em seu ombro, não conseguiu evitar de fazer outra.

"Um dia."

"Um dia o que?"

"Um dia, se você me aturar por todo esse tempo," Respirou fundo, voltando a achar os olhos castanhos com os seus. "Eu vou andar de mãos dadas com você na frente de todos esses malditos bruxos. E eu vou sentar na mesma mesa que seu pai e seus malditos seis irmãos."

"Promete?" Outra vez o sorriso que o fazia esquecer de todas as preocupações.

"Prometo."

...

"Sua cara está péssima." O comentário de Colin foi a primeira coisa que a ruiva ouviu quando sentou-se no sofá vermelho do salão comunal grifinório.

A cara de Ginevra não era para estar péssima, era para estar em todos os tons de felicidade possíveis. Ok, nem tudo estava exatamente certo em sua vida - longe disso, ela praticamente estabelecera hoje que namorava às escondidas um comensal que gostaria de estar em uma reabilitação -, mas as coisas haviam finalmente se acertado. O dia havia sido leve, passado por toda a parte da manhã e tarde ao lado do único bruxo que fazia questão de ver naquele momento. O dia fora ausente de qualquer grande briga, qualquer grande incomodação. Até o começo da noite.

A única preocupação de Ginevra era achar uma certa grifinória antes que acontecesse algum acidente. Acidente vulgo Hermione falar demais para alguém que não pudesse saber demais - resumindo, excluindo seu amigo e Zabini, qualquer um de Hogwarts. Mas a filha de trouxas não estava nem um pouco aberta para qualquer conversa, visto que ela não estava em lugar nenhum daquele maldito castelo. Se não estivesse com os olhos em Harry e Ronald, diria que o trio novamente saiu em alguma tarefa extra-curricular.

"Espero que não esteja se tornando um costume as pessoas me falarem isso." respondeu, pegando um biscoito de chocolate antes que Colin pudesse tira-los de perto dela.

"Espero que seu sonserino não seja a causa disso." Balançou a cabeça, já terminando com seu doce - não, dessa vez não, e esperava não ser tão cedo Draco novamente a causa. "Está preocupada com ela, Gina?"

"Ela não falaria nada, falaria?"

Suspirou, lembrando de quando as duas começaram a ficar mais amigas, duas férias de verão passadas. Quando ela tinha dividido com alguém fora Colin seus sentimentos pelo menino que sobreviveu, quando sua amiga contara sobre Victor, quando ambas juraram sempre se ajudar na vida amorosa, visto que bruxos eram mais complicados do que as aulas de McGonagall. Não, não falaria nada. Hermione não falaria nada. E precisava acreditar nisso.

"Tem gente olhando pra você." A voz do amigo, junto com uma cutucada discreta, a fez voltar ao salão. Não precisou olhar ao seu redor para saber quem era, e ficou irritada ao sentir as bochechas ficarem um pouco vermelhas. "De um jeito nada discreto."

"Harry me convidou para o baile." confessou, grudando os olhos no amigo que se mostrava surpreso. "Eu disse que iria pensar, mas não quero ir com ele Cols. Eu nem quero ir nesse baile estúpido." Porque nunca poderia ser ele sua companhia.

"Sei como você se sente, acredite." E ela sabia que ele sabia.

Tinha já desistido de sua procura e achado num canto mais afastado Raven e Sati conversando, e estava prestes a se levantar e ir até lá quando seus olhos acharam a pessoa que tanto buscava. Talvez nunca tivesse se levantado tão rápido na vida, bastaram segundos para chegar ao lado da bruxa que já estava na frente de Ronald.

"Rony, eu precisava-"

"Precisamos conversar. Agora." Antes que se desse conta, estava segurando o braço da amiga e a puxando em direção ao dormitório.

"Ginevra, que inferno!" A bruxa chama-la pelo nome não era o melhor dos sinais. Ela iria falar tudo para seu irmão, iria falar o que viu, iria falar dele, todos saberiam, mas que droga por que ela não poderia ficar calada como Ginevra fez durante todo aquele tempo em relação ao Krum?

"Você ia falar para o meu irmão, Hermione?" perguntou com raiva quando chegaram ao dormitório da bruxa mais nova, graças a Merlin, vazio. "Sério, depois de tudo que eu escondi por você-"

"Eu não estou namorando com um comensal, Ginevra." A cara que a ruiva fez confirmou aquela informação. "Então é verdade?" Informação que a bruxa mais mais velha ainda não tinha certeza antes de Ginevra entregar tudo com um olhar. Deveria ter ficado quieta, deveria nem mesmo ter falado com ela e deixado a bruxa contar, e se preocuparia em depois negar qualquer relacionamento até a morte. "Gina, você tem noção do que está fazendo?" a grifinória dizia, pinçando o nariz numa tentativa de se acalmar, e a ruiva já sentia seu temperamento beirando o descontrole. "Eu só quero o seu bem, será que você não pensa, você não vê que o que está fazendo-"

"O que eu faço ou deixo de fazer é problema meu!" Se estivesse segurando algo, o algo teria voado na cara da amiga. "Se quisesse só o meu bem, com certeza não iria abrir a sua grande boca para o meu irmão!" não entendeu a surpresa no olhar da bruxa. "Ele não é o que vocês acham. Ele não é ruim, Hermione-" respirou fundo quando ouviu uma risada sarcástica. "Vocês não o conhecem como eu conheço!"

"Nós não o conhecemos? Sério? O que você vai falar agora, que o sonserino é diferente, que ele é um incompreendido, que ele é bom?"

"Ele me salvou de um cara, Hermione!" confessou, não conseguindo manter a voz baixa. "Ele me salvou duas vezes! Ele é uma pessoa boa sim, ele-" Precisava se acalmar, precisava muito se acalmar se não quisesse que todos da Grifinória ouvissem aquela briga. "Desde quando isso é problema seu?" Mas estava tão difícil parar de falar as coisas. Era tão injusto a amiga poder sempre contar com ela sem ser julgada, e a recíproca não ser verdadeira.

"Desde o momento que nos tornamos amigas isso é problema meu, Ginevra! Ou você acha que eu quero você chorando agora por causa de Malfoy-"

"Fala baixo!" finalmente estourou - o castelo inteiro poderia ouvir aquela maldita briga, ela não estava se importando mais. "Porra Hermione, eu confiei em você-"

"Se tivesse confiado em mim, teria me contado isso!" Que Merlin fosse misericordioso e não deixasse ninguém passar perto daquele quarto agora. "Você nem mesmo pode falar o nome dele, você não pode falar o nome do sonserino que você está beijando-"

"Você também não pode!"

"Eu não estou beijando mais ninguém!" A confissão fez as respostas de Ginevra pararem no mesmo instante. "Feliz? Mais ninguém! Desde semana passada!" A ruiva abriu a boca para falar, tarde demais vendo que estava totalmente sem palavras. Fazia sentido a grifinória estar mais quieta, fazia sentido estar longe dos dois amigos - e ela mesma estava longe de Hermione, ignorando há dias quaisquer sentimentos e problemas que não fossem os seus. "Você estava ocupada demais com o seu casinho sonserino para notar qualquer coisa."

"Mione-" Merda. Se sentia a pior das pessoas naquele segundo.

"Era isso que eu ia falar para seu irmão. Eu não concordo com o que você está fazendo," a bruxa abriu a porta, a voz muito mais calma. "Mas nós somos amigas, Gina. Eu nunca te trairia dessa forma." E apesar da porta já estar sendo fechada, e das palavras não passarem de sussurros, Ginevra não deixou de ouvir aquele final. "Por mais estúpida que você esteja sendo."


Notas Finais


Demorou que eu sei gente, mas saiu! Eu to tentando terminar - e conseguindo - a minha outra fic, e deixei um pouco de ladinho essa, mas já voltamos ;)


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