1. Spirit Fanfics >
  2. Trio monstro >
  3. Luffy

História Trio monstro - Luffy


Escrita por: Blue_Moonwr

Notas do Autor


Nem eu pensei que ia demorar tanto pra sair esse cap

Capítulo 2 - Luffy



Luffy: EU VOU TER UMA TRIPULAÇÃO MELHOR QUE A DE VOCÊS! E EU VOU SER O REI DOS PIRATAS!

Shanks: Ah é? Então façamos uma promessa- ele retira seu chapéu de palha e bota na cabeça do pequeno -quando você for um grande pirata me devolva esse chapéu.

O garoto abaixa o rosto enquanto tenta esconder suas lágrimas.

Luffy: Sim...sniff

Então sua respiração para por um segundo e ele dá um passo pra trás quase caindo, mas no instante seguinte ele recupera o fôlego e se equilibra. Memórias flutuavam em sua mente, pessoas que ele amou, lugares que ele foi, uma vida que ele já tinha vivido.

Naquele momento, Monkey D. Luffy voltou no tempo. Seus olhos encaravam arregalados o ruivo.

Shanks: Luffy? Tá tudo bem?

O garoto permanece quieto por um momento.

Luffy: SIM! TCHAU SHANKS!

Ele se virou correndo o mais rápido que pode para fora da vila.

Benn: Esse garoto vai longe um dia.

O ruivo sorria.

Shanks: Eu sei.

Eles ainda não faziam ideia de quanto.

O moreno corria desesperadamente para a floresta na base da montanha. Sua vontade era sair correndo direto para a base dos bandidos, encontrar a Dandan, os outros... e o Ace e o Sabo. Seus irmãos estavam vivos, e ele iria garantir que continuaria assim. Só que anos no mar, e a influência de suas esposas, ele já não era mais aquele cabeça de vento que agia sobre qualquer impulso.

Não era a hora deles se encontrarem ainda, e só faltava alguns dias para Garp aparecer para levá-lo até montanha para ser criado por bandidos... para que ele não virasse um pirata e sim um marinheiro. Como sua avó deixou o avô dele ter uma ideia idiota dessas está além do garoto. Só que no momento nada disso importa. O que ele precisa pelos próximos dez anos é ficar forte, o mais forte possível, talvez até tão forte quanto ele era em sua última batalha. Agora ele não tem que perder tempo treinando a Gomu Gomu no Mi, apesar de no momento não ter espaço para treinar seu poder sem destruir tudo.

Haki também é uma obrigação, e ele já conseguia sentir aquela facilidade que D. tinha mencionado. Tudo que estava vivo ao seu redor, dos humanos da vila até os insetos da floresta, ele parecia perceber todos. Primeira coisa que ele tem que fazer é dominar novamente Haki do armamento, já que o da observação já parecia despertado. Depois ele precisa arranjar alguma forma de usar sua fruta. E em dois anos ele vai garantir que um certo homem-peixe com traços de tubarão sofra por todo sofrimento que Nami iria passar por causa dele. Era um plano sólido, e ele começa tentando quebrar uma pedra.

O moreno do chapéu de palha estava frente a frente com uma rocha que era um pouco mais alta que ele. O garoto se encontrava na floresta na base da montanhas um pouco distante da vila Foosha, desse jeito ninguém iria interrompe-lo. Na última vida a essa hora ele provavelmente estaria tentando fazer amizade pela centésima vez com as crianças da vila, que iriam pela centésima vez tratá-lo como uma aberração. O fato dele ter sobrevivido situações ridículas que o seu avô o havia colocado antes como treinamento somado a ter se tornado um garoto de borracha não o ajudaram muito a ser popular. Só que dessa vez nada disso importa, principalmente agora que ele tem um tempo limite.

Com os punhos cerrados, ele primeiro bate a pedra com a direita e depois com a esquerda. Doeu. Seu corpo, por mais que fosse tão forte quanto o de alguns adultos normais(principalmente graças ao treinamento do Garp, por mais que o dito treinamento fosse insano) socar uma pedra ainda era algo além que o seu pequeno corpo infantil conseguia fazer no momento. Suas mãos estavam vermelhas e com marcas de pequenos arranhões. Seria o bastante pra fazer uma criança normal chorar, mas não era o bastante nem pra começar a empolgar Luffy. O moreno ficou lá socando a pedra ritmicamente. Cada soco ia com toda a força que o garoto conseguia botar.

Ele sentia na sua alma, no seu ser, o potencial, o Haki estava lá, mas no momento não passava de uma sensação como uma coceira nas costas. Ele sentia só que ainda não conseguia usar. Era necessário mais, mais esforço, mais poder até que o do chapéu de palha fosse mais uma vez capaz de usar Haki de Armamento. Cada soco que ele dava era como se estivesse estendendo suas mãos na direção daquele poder e quanto mais ele fazia isso mais perto ele chegava. 

A primeiro momento ele não sentia nada, então passou dez minutos e ele já tinha noção que estava lá. Vinte minutos seu corpo coçava pra conseguir isso, suas mãos estava surradas, ele estava todo suado e sua respiração parecia ofegante, mas seus olhos continuavam determinados, na verdade pareciam obcecados. Trinta minutos já tinham se passado e seu corpo inteiro coçava com a sensação do Haki se aproximando cada vez mais. Quarenta minutos e seus socos pareciam mais fortes, deixando marcas na rocha de seus punhos na rocha. Cinquenta minutos se passaram, sua mão estava em carne viva, era possível ver os ossos das bases dos dedos, mas a força dos golpes estava maior que nunca. 

Uma hora se passou e no exato instante em que ele ia socar a pedra com sua mão esquerdo, o punho inteiro foi coberto por uma coloração escura que tinha um tom metálico. O punho atravessou a rocha até o outro lado, as rachaduras foram se espalhando até que a pedra inteira cair no chão reduzida a pequenas rochas agora.

Luffy: Uff!

O moreno olha pro seu punho, ainda com a coloração escura e um grande sorriso toma seu rosto. Ele levanta o punho direito e o fecha com força, existe uma demora de alguns segundos mas esse punho também fica logo coberto por haki de armamento. As mãos do garoto começam a tremer de excitação, até ele jogá-las pro alto e virar seu rosto pro céu.

Luffy: AAAAAAAAAHHHHHHH! EU VOU SER O REI DOS PIRATAS! EU VOU PROTEGER TODO MUNDO!

Foi um grito de guerra. Ele chegaria a Laugh Tale novamente, e dessa vez com todos os seus companheiros e amadas. Akainu, Kizaru, Barba Negra, todos eles vão sofrer. Dessa vez ele irá garantir a segurança de todos e irá matar quem ficar no caminho. Os mesmos erros não serão cometidos, ele não vai perder pra um almirante de novo, ele não vai perder seu irmão, ele não vai perder ninguém que ama.

Após isso ele começou um regime de treinamento sem a menor auto-piedade. Ele iria pra floresta, ainda evitando qualquer parte em que corresse o risco de passar por Ace, com uma venda nos olhos e iria arranjar briga com todo anima possível. Seu haki da observação começou a se desenvolver como louco, e apesar de as vezes, principalmente no começo, o garoto tropeçar ou ser ferido por um tigre ou urso, em pouco tempo ele já estava sentindo presenças e desviando de ataques melhor do que muitos dos novatos que iam pro Novo Mundo. Seu haki de armamento também não ficou pra trás, apesar de ainda ter um delay de alguns segundos, que ia se diminuindo cada vez mais com a prática, ele logo estava dando chutes e socos que faziam os animais selvagens mais ferozes recuarem chorando depois de apenas um golpe.

O da cicatriz também não parou de ficar socando rochas, e todo dia ele tinha como objetivo pessoal quebrar dez rochas cada vez maiores, em um tempo cada vez mais curto. Makino estranhou e ficou preocupada com as faixas nas mãos e em outras partes do corpo do garoto, mas ele só dava um sorriso travesso e desconversava.

Seu haki do rei ainda deveria ser despertado, mesmo com a vontade dos D. ele ainda necessitaria de algum evento que lhe desse a oportunidade de despertar. Quanto o poder de ouvir a Voz de Todas as Coisas, o moreno julgou que estava se desenvolvendo. Era estranho, porém ele jurava sentir como tudo ao redor dele se sentia, seja o medo que um animal selvagem demonstra ao perceber o quão superior Luffy é, seja os sentimentos estranhos de insetos, até como as pessoas da vila Foosha se sentem. As vezes ele sentia também coisas um pouco mais distantes, como sofrimento que ele sabia que vinha do Terminal Cinza, ou a ganância dos nobres de Goa. Em determinar momento ele foi até capaz de sentir a fúria de seu irmão mais velho com o mundo.

Os dias se passaram e logo era a hora de Garp aparecer para arrastá-lo para Dadan, dessa vez o garoto estava se segurando para não ir correndo até lá. O do cabelo escuro sentiu quando o velho herói da marinha chegou e olhava fixamente a direção em que Garp iria aparecer. Obviamente o resultado não seria outro se não o avô do garoto aparecendo ali mesmo.

Garp: Luffy! Aqui, sua vó mandou!

Primeiro ele tacou alguns biscoitos que o garoto abriu e devorou em poucos segundos. Apesar da atitude ser totalmente dentro das expectativas de Garp, a maneira como seu neto fez isso o surpreendeu ao ponto dele arregalar os olhos. O moreno geralmente só tacaria tudo na boca de uma vez e acharia ótimo, mas agora ele pegou os biscoitos um a um e os comeu. Claro que foi muito rápido, mesmo assim a atitude do garoto parecia se assimilar com, maneiras... Incrédulo Garp esfregou os olhos.

Garp: A idade deve estar me fazendo ver coisas. Pirralho, vem comigo que eu to indo te deixar em um lugar.

O marinheiro esperava que seu neto fosse fazer pirraça, gritar e pular de um lado pro outro ou só se recusar a ir pra ir porque ele simplesmente queria fazer outra coisa. Novamente a atitude do chapéu de palha o surpreendeu.

Luffy: Tudo bem. Mas vovô, tem algo que eu quero te mostrar! Shishishi.

O velho levantou uma sobrancelha curioso, mas só deu de ombros. O garoto não era dos mais brilhantes, pelo menos era o que imaginava, então provavelmente só queria mostrar algo como um besouro ou alguma coisinha que tenha encontrado por aí. Nada demais, provavelmente.
O garoto simplesmente ria, enquanto seu punho direito tomava um tom escuro metálico. As pupilas de Garp ficaram tão pequenas que eram menores que a cabeça de uma agulha, e seu queixo caiu tanto que parecia até encostar no chão. Ele só foi tirado do choque quando Luffy lhe deu um soco na canela, que ele realmente sentiu.

Garp: Arg! Porra Luffy- ele reclama com a criança após ver que um calo se formou aonde o garoto havia socado. Só que no momento essa era a menor de suas preocupações.- Aonde você aprendeu a fazer isso?

O tom de voz dele era sério, tão sério quanto nas últimas vezes em que o moreno o viu em sua vida passada. Obviamente nunca poderia ser revelada para seu avô, então uma história meia boca teria que servir. De todo jeito ela com certeza seria mais crível do que se ele falasse o que realmente aconteceu.

Luffy: Tava caçando um dia, aí o urso era muito grande e forte, pensei que tava perdido aí tentei dar um soco com tudo, e do nada meu braço ficou assim. Depois disso eu derrotei o urso, ele foi um ótimo almoço, shishishi.

O marinheiro balançou a cabeça algumas vezes, mostrando ter entendido. O do chapéu de palha havia falado que nem um idiota de propósito, não podia levantar muito mais suspeitas. O único motivo para ter mostrado isso a seu avô é que ele precisava de alguém para ajudá-lo a treinar. Goa era apenas um reino fraco no Leste Azul, por mais que ele tenha conseguido certa força aqui antes, ele precisava de muito mais agora, então precisaria de um lugar de nível bem maior, e seu avô era a pessoa para isso. Não importa se o velho o arrastasse para a marinha, ele iria treinar, ficar forte o suficiente e quando chegasse aos dezessete, viraria pirata novamente. Os marinheiros seriam apenas usados para ele ter uma maneira decente de desenvolver sua força.

A mente de Garp estava a milhões por hora, seu neto havia despertado haki de armamento num momento de tensão. Isso era algo que acontecia de vez em quando, mas nunca, ou pelo menos quase nunca, com uma criança que tinha apenas sete anos de idade. O garoto tinha sido até capaz de fazer ele, o grande herói da marinha, ter um calo na canela. Espera, a quanto tempo esse garoto vem desenvolvendo o haki dele? E isso tudo após despertar sozinho? Ele vai dar um ótimo marinheiro.

Com esses pensamentos na cabeça o velho tinha um grande sorriso no rosto.

Garp: Ah, e onde conseguiu esse chapéu de palha Luffy.

O garoto riu. Algumas coisas não mudariam.

...

Depois disso as coisas aconteceram de maneira semelhante, pelo menos até certo ponto. Garp ficou furioso sabendo que o moreno queria se tornar o Rei dos Piratas, e que tinha feito amizade com o Ruivo. Porém, o garoto aceitou na hora, muito para a surpresa do marinheiro, quando o velho falou que iria treiná-lo. Depois de um pouco de consideração, o de cabelos grisalhos decidiu que para explorar bem o potencial do garoto, ele deveria ir treinar em Marineford. O garoto só tinha uma condição estranha de voltar em exatos dois anos para visitar uma ilha aleatória, mas isso não era nenhum problema.

Mas por hora ainda ia demorar alguns dias, ou semanas, para que o garoto tivesse permissão para ir a Marineford ser treinado, e durante esse tempo eles subiram uma certa montanha, para encontrar alguns criminosos que cuidariam do Luffy por enquanto.

As reações de Dadan, Dogra e Magra foram as mesmas, as coisas só começaram a mudar quando Ace apareceu. O do chapéu de palha já tinha sentido a presença do seu irmão mais velho, por mais que ele ainda não fosse nessa realidade, se aproximando, só que ele não teve coragem de olhar para o lado. Qual seria sua reação? Ele sequer aguentaria vê-lo novamente? O dos cabelos escuros apenas olhou para o lado, quando um cuspe foi jogado em sua direção. Movendo um pouco sua cabeça ele conseguiu desviar, e seus olhos finalmente encontraram o das sardas. Na última vez, existia um buraco no peito dele, na última vez ele tinha um sorriso no rosto mesmo em sua morte, na última vez Luffy não conseguiu fazer nada.

Em contraste, a criança de 10 anos na frente dele agora estava franzindo as sobrancelhas e encarando o moreno de maneira irritada. 

Garp: Oh, Ace.

O velho acenou para o garoto, que o ignorou. Todos falharam em notar que estava violentamente mordendo seu lábio inferior, segurando o choro. Claro, ele queria chorar, depois de tanto o impossível aconteceu e seu irmão estava vivo na sua frente de novo. Mas não era hora para isso, ele ainda tinha muito trabalho pela frente com o Ace.

Luffy: Yo, meu nome é Luffy, vamos ser amigos.

Ele dizia sorrindo para a criança mais velha. Ace não sabia, mas em outra vida ele pensou que nunca mais veria esse sorriso.

E assim como na vida passada, mais uma vez o filho do Rei dos Piratas apenas bufou e saiu para a floresta, e como não poderia ser diferente o moreno foi atrás dele. Antes o pequeno teve muita dificuldade em seguir o garoto de dez anos, que ficava tentando se livrar dele de todo o jeito e maneira possível. Só que aquele era outro Luffy, uma criança inexperiente e fraca, e para esse Luffy os truques de Ace eram apenas motivo de diversão. O próprio Ace não entendia, enquanto observava o mais novo segurando rochas gigantes, tomando ursos, e fazendo todo o tipo de coisa que deveria afastá-lo dele. Só que invés de ficar assustado e deixá-lo em paz, o mais novo parecia estar se divertindo.

Ace: Esse cara é estranho.

Sussurrou para si mesmo no momento em que pensou ter despistado ele, porém falhando em notar que a uma curta distância o garoto o observava escondido.

Ace fez o mesmo caminho que já tinha feito inúmeras vezes nos últimos anos, tinha chegado ao ponto que ele poderia chegar lá apenas seguindo sua memória muscular. Demorou um pouco por causa da presença do de chapéu de palha, lembrando dele Ace olha de um lado para o outro para ter certeza de que o garoto não estava lá, mas finalmente chego. Ele estava no ponto de encontro, embaixo de uma grande árvore, e já tinha uma outra criança lá. Um garoto loiro de cartola e roupa surrada.

Sabo: Oi Ace, por que demorou tanto?

Ele perguntou com a cabeça um pouco inclinada.

Ace: Tinha um moleque estranho me seguindo, ele é o neto de sangue do meu avô, eu acho.

Sabo balançou a cabeça para cima e para baixo mostrando que entendeu, e Luffy repetiu o ato do lado dele. Levou apenas alguns segundos para os dois notarem ele ali e darem um salto pelo susto.

Ace/Sabo: DE ONDE VOCÊ VEIO?

O garoto faz um rosto confuso, como se ouvisse uma pergunta óbvia.

Luffy: Eu só vim atrás do Ace.

O mencionado deu um tapa no seu rosto com a palma de sua mão e suspirou. Já o loiro parecia impressionado que o mais novo havia não só enganado Ace, mas como também tinha chegado ali sem nenhum dos dois perceber.

Ace: O que você quer afinal de contas hein?

Ele pergunta com uma expressão claramente irritada.

Luffy: Quero ser seu amigo.

Já o garoto do chapéu de palha apenas sorri e estende a mão para o mais velho. Esse no entanto, apenas bufa e bate na mão do outro.

Ace: E por que você iria querer ser meu amigo?

Ele pergunta cerrando os olhos, e com um tom mais violento. Mesmo Sabo que conhecia Ace achou essa atitude um pouco desnecessária, porém o que o mais novo fez em seguida surpreendeu os dois.

Luffy: PORQUE EU NÃO QUERO FICAR SOZINHO! E SEI QUE VOCÊ TAMBÉM NÃO! ENTÃO PARA COM ISSO E VAMOS SER AMIGOS!

Isso fez o de sardas dar alguns passos para trás, surpreso, sem ter a menor ideia de como responder. Ele olha para o Sabo procurando alguma ajuda, mas para sua surpresa, seu velho amigo está rindo.

Sabo: Você é legal Luffy, vamos ser amigos!

Ele diz também com um grande sorriso, e estendendo a mão para o garoto de chapéu de palha, como o próprio havia feito antes. Mais uma vez Luffy teve que segurar o choro, pois uma vez ele estava frente a frente com alguém que nunca mais pensou que veria novamente. Na última vida Sabo morreu durante uma tentativa de invadir Mariejoa depois do Reverie, e o moreno só soube disso muito depois. Se não fosse pelos seus amigos, especialmente a Nami e a Robin, ele teria se perdido completamente.

Luffy: Com certeza!

Responde apertando firmemente a mão do garoto.

Ace: Tsc, faz o que quiser.

Falou sem olhar eles nos olhos, mas era notável um certo rubor de vergonha em suas bochechas.

Dessa vez, provavelmente por Luffy ter feito contato com os dois bem antes, as coisas saíram bem diferente. Primeiro o moreno os surpreendeu com o fato de que também queria ser um pirata, e que ele era capaz de reunir dinheiro com muita mais facilidade e em maiores quantidades do que eles. Em apenas algumas semanas ele sozinho fez mais do que os dois juntos fizeram em seis meses. Isso era claro uma surpresa muito agradável para eles.

E claro, mesmo sendo uma segunda vida, algumas coisas não poderiam ser diferentes, e não tardou para que até Ace se aproximasse do mais novo, e logo estava fazendo o juramento de irmandade com saquê, se tornando definitivamente uma família.

Só que não tardou para uma grande mudança acontecer. Apenas uns dois meses depois, na linha de tempo original, esse era o momento em que os três se conheciam pela primeira vez, só que nessa foi quando Garp finalmente apareceu para levar Luffy para o treinamento. Ele, obviamente, ia levar Ace junto, gostasse o garoto ou não, mas o marinheiro veterano verdadeiramente não esperava uma terceira criança, e também esperava muito menos que os dois estivessem dispostos a ir juntos. Claro, ele não conhecia Sabo, então não foi um grande choque, mas Ace? Ace estava disposto ir para a marinha ser treinado? Claro que não. Como isso aconteceu então? 

Simplesmente, alguns dias antes, os três estavam trocando segredos. Foi quando Sabo contou que na verdade era um nobre, estava com medo da reação mas eles não podiam ligar menos, e que Ace admitiu para Luffy que era filho de Roger. Obviamente o garoto sabia disso tudo, mas ver que mais uma vez seus irmãos confiavam nele, o enchia de alegria. E na vez de Luffy ele falou que iria ser treinado na marinha.

Sabo/Ace: QUE?!

Os dois estavam chocados, para dizer o mínimo.

Sabo: Mas você não quer ser um pirata?

Perguntou o loiro sem entender nada.

Luffy: Eu vou ser um pirata, o rei dos piratas!

Ele dizia com determinação de aço.

Ace: Então porque está indo para a marinha?

O de sardas questionou, não entendendo a linha de raciocínio do seu irmão.

Luffy: O vovô e a vovó são fortes. E eu quero ser forte para quando ir pro mar com dezessete anos poder proteger todos que amo.- as memórias da morte de sua tripulação passavam pela sua cabeça, ele tinha pesadelos quase todas as noites- Então se o vovô for me treinar na marinha, se isso me deixar mais forte, então eu vou fazer. Desse jeito quando eu for para o mar eu terei a força para ser um grande pirata e não vão deixar ninguém morrer!

Seus olhos eram quase obcecados falando a última parte, mas seus irmãos não notaram isso. Mesmo assim, a lógica do mais novo passou a fazer sentido para eles, claro, Luffy ainda passou bastante tempo convencendo os dois, mas no fim eles decidiram que se isso fosse torná-los fortes o suficiente para serem livres eles fariam isso. E também, o garoto do chapéu de palha levantou o ponto de que seria muito divertido enganar a marinha para treiná-los, somente para que no fim eles virassem grandes piratas. Foi o ponto final que os mais velhos precisavam para serem convencidos.

Desse jeito os três nunca encontraram com piratas que tentariam roubar seu tesouro, que foi muito bem enterrado e guardado para quando eles voltassem em alguns anos, e Sabo nunca reencontrou sua família. Eles apenas seguiram em um navio da marinha com um Garp muito contente e uma Tsuru muito confusa.

Enquanto eles seguiam pelo Calm Belt, cortesia do kairouseki no fundo do navio, Luffy observava o Leste Azul se distanciando. Em dois anos seu avô, mesmo sem entender porque, prometeu que eles poderiam voltar para que ele fosse numa ilha específica. Era um pedido simples, então o herói da marinha viu zero problemas em atende-lo quando a hora chegasse. Até lá tudo que Luffy podia fazer era um juramente silencioso.

Luffy: "Nami, eu juro que vai ficar tudo bem dessa vez. Arlong não vai derrubar uma única pedra da sua ilha, eu juro."

...

Marineford era a base de toda a marinha ao redor, como alguns diriam, era o coração da justiça, a base principal de luta contra os piratas e todo o mal que assola o mundo. Por mais que isso fosse uma grande besteira, e a marinha, mesmo que tivesse muitas pessoas boas também era responsável por muito estrago, era inegável que a corporação tinha alguns monstros de poder absurdo, como Almirantes usuários de logia, ou o próprio Garp, conhecido por ter batido de frente com Gol D. Roger inúmeras vezes. Nesse momento um desses monstros esperava pacientemente no porto a chegada de Garp.

Ele era um homem grande e musculoso, tinha a pele bronzeada e um cabelo roxo curto e um óculos de grau no rosto. Estava usando um terno roxo com um casaco da Marinha caído sobre os ombros com uma capa e também uma camisa rosa com um laço de bolinhas sob seu terno. Sua capa demonstrava sua posição de Vice-Almirante, apesar de todos lá respeitarem lá mais do que os próprios Almirantes.

Só foi preciso esperar um pouco e logo o navio de Garp, com seus ditos novos recrutas chegou.

Garp: Zephyr, obrigado pela ajuda.

O velho cumprimentou o outro de maneira sorridente.

Zephyr: Se o moleque souber haki, então eu faço questão de moldar ele para se tornar um marinheiro.

Essa resposta deixou o Garp ainda mais contente.

Tsuru: Só pegue leve, são crianças ainda.

Ela parecia ser a voz da razão, lembrando os dois de que ir muito pesado com as crianças poderiam não ser uma boa ideia. Obviamente eles ignoraram esse fato.

Os três desceram do barco e olharam para o homem de cabelo roxo, que Garp já havia avisado que seria o principal responsável pelo seu treinamento. Luffy ficou surpreso percebendo que aquele era o mesmo homem que havia tendo destruir o Novo Mundo na sua vida passada, só que aqui ele ainda parecia estar distante de seguir esse caminho.

Zephyr: Qual de vocês é o pirralho com haki?

Instantaneamente o do chapéu de palha dá um pulo, cobre seu punho com uma cobertura de tom metálico e soca o Vice-Almirante, que cruza os braços também os imbuindo de haki. Mesmo assim, para sua surpresa, o soco do garoto o arrasta um único centímetro para trás.
Isso faz com que ele abra a boca impressionado, e logo dê um sorriso.

Zephyr: Muito bem garotos, tem potêncial.- ele olha para as três crianças -Mas não se enganem, para aflorar esse potêncial vou fazer vocês irem para o inferno e voltarem.

Os três sentiram calafrios em suas espinhas ouvindo isso. O treinamento do futuro Rei dos Piratas e seus irmãos mais velhos começava.


Notas Finais


Pronto, por mais que não pareça ter tido grandes acontecimentos, ainda sim foi um cap que deu trabalho. Originalmente eu tava planejando fazer o Luffy derrotar aqueles piratas e a família do Sabo, mas não vi necessidade. Gostaram do cap? Valeu a pena a espera? O próximo vai ser focado no Zoro, mas eu não comecei a escrever ele então não faço a menor ideia de quando ele saí.

Aproveitando que eu to aqui, me diz vcs gostariam de uma versão alternativa da minha outra fic? O homem mais forte do mundo, rota da marinha. Acho q o título já é bem auto-explicativo, e a premissa é basicamente é a mesma da outra fic, Luffy com Yami Yami no Mi podendo ter múltiplas frutas, mas ele é um marinheiro. E aí, gostariam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...