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História Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - Minha Princesinha


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Tiro forte pra vocês logo cedo u.u

Capítulo 11 - Minha Princesinha


Fanfic / Fanfiction Tristeza e Felicidade - Imagine Park Jimin (Em revisão) - Minha Princesinha

Abril 2017 - 07:31 p.m

Minha casa

A batalha se encerrou e meus braços puxaram o garoto encharcado de encontro ao meu corpo.

Foda-se que ele estava molhado.

Foda-se que ele estava tremendo.

Foda-se que ele me abraçou tão forte que quase me faltou ar.

Foda-se tudo. Eu só queria abraçá-lo.

Seus braços fortes e molhados envolveram um pouco acima da minha cintura, apertando-me com tanta força que meus pés saíram do chão. Ouvi sua respiração pesada bater em meu pescoço, ele respirava fundo, acho que tentava inalar o meu cheiro. Agradeci por pelo menos estar usando um pijama descente, era uma baby-doll preta com bolinhas e lacinhos, também agradeci muito por estar de banho tomado, minha vontade mesmo era de estar suja e com moletom tão velho quanto meus bisavós, mas eu tive forças para colocar roupas descentes e lavar meu cabelo com shampoo de rosas e baunilha.

- Você tem um cheiro bom. - falava manso.

Não respondi, apenas ri baixinho e o abracei ainda com mais força. Seu corpo cálido agora encontrava-se gelado, tão gelado que acabei tendo um pequeno choque quando ele se chocou com o meu que estava quente, mas eu acabei nem ligando para esse detalhe. Eu não ligava para mais nada, só queria abraçar aquele garoto mais alto que eu - mesmo que seja muito pouco - e afogar suas mágoas e dores. Queria cuidar daquele garoto, o tornar o menino mais feliz da face da terra. Eu queria que ele fosse igual á mim.

- Você vai me salvar, ______? - murmurou com sua voz entristecendo. - Vai me tirar desse mundo escuro? Eu preciso de você, preciso de seus sorrisos, preciso de seus toques, preciso do seu jeito alegre. - percebi que não colocou o "irritantemente" antes do adjetivo "alegre". - Vai me salvar de mim mesmo?

Puxei seu corpo para dentro do hall da casa, fechando a porta com meu pé e levando uma das mãos para acariciar os fios encharcados de seu sedoso cabelo molhado.

- Claro que vou, bobinho. - soltei o ar quente perto de sua clavícula e o senti arrepiar. - Vou cuidar de você! Vou ser seu hospital, seu médico e seu remédios. Irei te tirar desse mundo gélido e sôfrego, não deixarei a tristeza se acercar de você. Nunca mais. - beijei sua testa.

Jimin apertou-me novamente, inspirando o ar com força e soltando-o logo em seguida. Percebi que ainda tremia, então, finalmente recobrei a consciência e o afastei bem rápido. 

- Seu louco! - gritei.

Ele me olhou confuso, percebi que o pânico tomava conta de seus olhos avermelhados e quase gargalhei por isso.

- Não acredito que veio até aqui embaixo dessa chuva! Você pode pegar uma pneumonia!

Ele suavizou o rosto e abriu um sorriso gentil.

- Eu sei, mas precisava me desculpar. - se aproximou novamente e colocou uma mecha de cabelo atrás de minha orelha. - Precisava ver esse seu sorriso divertido. Se eu morresse agora mesmo, não me importaria, pois eu morreria feliz em saber que consegui seu perdão.

De todos os momentos que tive com Park Jimin, esse foi o único que me fez ruborizar e desviar os olhos dos seus por vergonha.

- N-não diga essas coisas. - me odiei por gaguejar. - Vou pegar uma toalha para você.

- Tudo bem. - ele sorriu divertido pelo meu constrangimento e beijou minha testa, não era para eu ficar surpresa naquela altura do campeonato, mas esse garoto é cada vez mais imprevisível.

Levei Jimin até a sala e me dirigi as escadas, subindo-as e alcançando o primeiro andar.

✴ 

- Jimin, eu trouxe algumas roupas também. - falei alto enquanto ia em direção a sala com uma toalha e algumas roupas do meu pai nos braços. - Não sei se vão servir mas...

De supetão, eu parei. Já tinha visto Jimin sem camisa? Já. Já tinha observado seu corpo? Já. Mas nunca fiz isso quando ele estava de cabelos molhados e, ainda por cima, com gotas escorrendo por toda a extensão de seu tórax até o cós de sua calça.

Me esqueci de tudo, esqueci que poderia estar constrangendo-o com o meu olhar quase que lascivo. Jimin tinha um corpo de dar inveja a qualquer homem, seu abdômen definido bem malhado faziam as gotas escorrerem pelos gominhos como se fossem ondas. Seus braços eram fortes, não exageradamente, mas continham músculos por eles inteiros, principalmente nos bíceps. A água reluzia em seu corpo, escorrendo até a sua pouca parte pélvica exposta, deslizando pelos ossos minimamente visíveis daquela área e chegando ao lugar coberto pela calça. Parecia a visão de um desenho japonês aonde a garota para e começa a observar o veterano que acabou de sair de uma partida de beisebol e suava pelo exercício. Mas, ao invés de suor, Jimin estava com água escorrendo-lhe pelo corpo, o que era ainda melhor.

- O que foi? - ele indagou com um olhar desconfiado.

- Ah... - balancei a cabeça para espantar meus pensamentos quase que impuros. - Eu... - fechei meus olhos para lembrar a frase que estava falando antes congelar com a bela visão de seu corpo - Eu trouxe algumas roupas do meu pai, não sei se vão servir, mas tente. - entreguei as roupas ao rapaz esbelto.

- Entendi, obrigada.

Park pegou os panos e colocou as roupas encima do sofá ao seu lado, ficando somente com a toalha nas mãos e colocando-a em seu corpo. Observei cada movimento que fazia, quase que babando, a maneira como sua mão segurava a toalha, a maneira como a toalha deslizava em seu corpo e secava as gotas atrativas... Tudo nele era sedutor.

- Quer fazer isso por mim? - disse de repente.

- O que?! - sobressaltei.

- Ah, sei lá, você fica me encarando desse jeito. Eu sei que sou maravilhoso, mas não precisa babar.

- Se-seu idiota! - revirei os olhos.

Jiminnie riu alto, se divertindo ás minhas custas. Quando terminou de enxugar-se, colocou a toalha atrás de seu pescoço e voltou a pegar a trouxa de roupas que estava no sofá. Perguntou-me com os olhos em qual lugar poderia se trocar.

- Tem um banheiro naquele corredor. - apontei para o pequeno corredor á minha direita, este corredor levava ao canto escondido do jardim detrás da casa. - É a primeira porta.

Ele foi em direção ao corredor, mas parou no meio do caminho e se virou para me olhar. Percebi que, em seus olhos, um ar divertido aparecia e um sorriso traquino também.

- Quer me ajudar a trocar de roupa?

- JIMIN! - fiz menção de ir em sua direção, mas ele riu alto e correu para o banheiro.

Apesar de estar queimando pelo seu comentário provocante, eu acabei por rir soprado de seu jeito infantil. Ele era realmente como uma criança.

Os sanduíches estavam prontos e os dois copos com refrigerantes também se encontravam ao meu lado, estava pronta para virar, mas braços fortes fizeram isso por mim. Lábios carnudos e macios tomaram os meus e um corpo maior que o meu me prensou contra a bancada da pia. Eu, obviamente, paralisei com aquele beijo, novamente Jimin conseguiu me pegar desprevenida e quase me fez enfartar de susto e de surpresa. De todos os toques que tivemos, esse, de longe, foi o mais íntimo e o melhor.

Seus  lábios se moviam na velocidade certa, sem velocidade demasiada ou uma lentidão chata, eles se moviam da maneira perfeita para me envolver por completo e querer por mais. Não demorou muito para eu correspondê-lo, minhas mãos foram de encontro com sua nuca e meus olhos se fecharam, aceitando por completo aquele beijo. Sua língua adentrou minha boca e se enroscou com a minha, seus dentes me mordiam vez ou outra e eu sempre revidava essas mordidas.

Eu finalmente estava tirando minha dúvida.

Os lábios de Park Jimin eram doces como seu sorriso e explosivos como bombas. Ele tinha um gosto único, um gosto doce mas que não poderia ser comparado a nenhum alimento, era um gosto único dele. Eu não conseguia identificar os sentimentos que estavam em meu interior, era uma mistura de emoções boas que me faziam duvidar que aquilo seria mesmo real. Sabe a expressão; Borboletas na barriga? Então, eu sentia um bando inteiro delas em meu estômago, voando por todo lugar e me fazendo tremer por baixo do corpo do rapaz. Eu me sentia confusa mas, acima de tudo, feliz por tê-lo para mim, desejando-me e apertando-me como se estivesse com medo que eu pudesse sumir de repente.

Eu não queria soltá-lo, não queria me distancia-se de seus lábios e quase soltei um resmungo de protesto quando o fez, só não reclamei porque também precisava respirar. Ele encostou sua testa na minha e eu observei seu sorriso alegre e sorri também, ambos com os lábios levemente avermelhados pela intensidade que usamos para o beijo.

- Jimin... - chamei-o.

- Me desculpe, mas eu realmente precisava fazer isso. - disse em tom baixo como se estivesse com medo de que o barulho pudesse quebrar o momento.

- Tudo bem. - soltei um riso baixo. - Eu gostei.

- Sei disso, percebi pelo modo que me mordeu. - apertou minha cintura.

- Jimin!

- Aish, você não corou. - pareceu desapontado. - Me desculpe, mas é que você fica fofa vermelha.

- Eu sou difícil, querido. - debochei.

- Sei disso.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo a respiração um do outro e sentindo o ar quente se encontrar e bater em nossos rostos.

- Vamos comer? - perguntei.

- Vamos! - ele riu.

E assim, nos soltamos.

Enquanto eu lavava os copos que usei para colocar o refrigerante, Jimin estava ao meu lado com um pano de prato nas mãos esperando para enxugá-los. Meu sorriso por estarmos parecendo um casal era bem visível, e eu não me preocupei com isso.

Ouvimos um latido atrás de nós e, como já estava acostumada, não me assustei. Mas Jimin se virou rapidamente e deu um pulinho.

- Você tem um cachorro! - ele disse abrindo um sorriso radiante.

- Sim, o nome dela é Iara.

- Oh, é elA.

Não demorou para que largasse o pano e fosse ao encontro de Iara, sem hesitar. Como ela era treinada e extremamente dócil, não mostrou nenhuma reação agressiva quanto a proximidade frenética do garoto.

- Tenho um gato também. - comentei completamente virada para eles.

- Sério?! posso vê-lo depois? - implorou com os olhos.

- Sim. - ri.

Jimin se agachou na frente do animal e começou a brincar com ele, acariciando-a e rindo com suas lambidas afobadas em seu rosto. Era uma visão extremamente adorável, o jeito como sorria, o jeito como brincava com Iara, tudo nele se tornou adorável naquele momento.

- Você gosta muito de animais? - indaguei curiosa.

- Sim, muito!

Quem visse Jimin antes, completamente frio e insensível, usando seu moletom de capuz preto, com certeza diria que ele chutava cachorros indefesos na rua, mas agora eu sabia que jamais poderia fazer aquilo.

- Ela é adotada? - perguntou.

- Sim, adotei ela e o Leslie no mesmo abrigo em que trabalho alguns finais de semana.

- Leslie? - olhou-me.

- O gato. - sorri.

- Ah, entendi.

Park continuou a brincar com a cadela, soltando elogios para ela com aquela voz melosa que eu sempre uso. Eu queria que aquele momento durasse para sempre, como se o tempo parasse e ficasse eternamente naquilo. Não queria guardar aquela imagem somente na memória, então peguei meu celular no canto da mesa e tirei um foto sem que o garoto percebesse.

O sorriso dele era perfeito, tão alegre e brincalhão como o de um bebê de cinco meses. Ele estava radiante, eu podia vê-lo brilhar enquanto acariciava minha cachorra.

- Jimin, está ficando tarde. - olhei no meu celular e percebi que já se passavam das 00:20. - Quer dormir aqui?

- Sim! - respondeu de imediato, completamente alheio a qualquer outro assunto que não fosse minha Iara.

Acabei por rir e voltar minha atenção á louça, o trabalho de enxugar os copos ficou para mim.

- O que achou do Leslie? - perguntei quando entramos em meu quarto.

- Ele também é um amor! - disse entusiasmado. - Fico feliz que não ligue para pedigree.

- Para mim não existe raça, todos são uma fonte prestigiosa de carinhoso independente da cor, pelos ou físico.

- Adorei esse pensamento.

Me sentei na cama e ele fez o mesmo, agora os dois em silêncio.

- Já está com sono? - indaguei.

- Não. - respondeu apenas.

Estamos sozinhos, nem Iara está aqui, apenas eu, ele e o silêncio.

- Deita comigo... - pedi o surpreendendo e me surpreendendo também. - Pelo menos até ficar com sono, daí pode ir pro quarto do meu pai.

- Ele não vai chegar do serviço? - questionou.

- Somente semana que vêm, ele trabalha para um empresa de entretenimento e viajou em turnê com a banda que toma conta. - expliquei já me ajeitando na cama. - Big Hit Entertainment.

- Ah, entendi. Já ouvi falar dessa empresa.

Ele hesitou um pouco, mas logo se junto á mim e se deitou ao meu lado. Um de seus braços me serviu de travesseiro enquanto o outro rondava minha cintura, trazendo-me para mais perto e aconchegando-me em seu corpo. O beijei novamente, agora apenas um selar calmo e demorado mostrando que tinha liberdade para me beijar o quanto quisesse essa noite, mas ele não o fez. Preferiu acariciar meus cabelos e trazer meu rosto ao seu peito, colando os lábios em minha testa e me mimando com aquilo.

De fato, isso foi bem melhor que um beijo.

Park Jimin

Abril 2017 - 07:29 p.m

Casa da _______

- E-eu fui um completo idiota... - balbuciei. Eu não me importava mais em demonstrar fraqueza, eu só queria chorar e mostrar o quanto estava arrependido. - Eu não queria ter dito aquelas coisas, não era eu, ____, não era eu. Eu sei que te machuquei com aquilo, mas acredite, eu também saí machucado na história. Acho que, no fim, eu acabei como sua mãe. - abaixei os olhos. - Eu sou louco, ____. Louco por querer te afastar, louco por dizer aquelas coisas, louco por achar que tinha apenas ódio quando, na verdade, eu sou um poço de tristeza. Eu me sinto sozinho, eu me sinto triste, eu me sinto quebrado. Eu não quero mais isso! Eu não quero mais sofrer desse jeito, não quero mais ficar sem você! - já não conseguia mais segurar a vontade de gritar. - ______... - levantei minha cabeça e mirei seu rosto sem expressão. - Por favor, ____, me perdoe! Eu sou maluco, já me tornei um faz tempo, mas nenhum hospital, remédio ou médico vai me curar! - supliquei. - Quero que você seja minha cura. Seus braços serão meu hospital, meu médico será sua voz e meu remédio será você.

Park Jimin

Abril 2017 - 02:39 a.m

Casa da ______

Sorri ao me lembrar desse momento, é uma lembrança triste, entretanto, eu sorrio quando me vêm a cabeça o que aconteceu depois daquilo. Eu finalmente consegui passar por cima do meu orgulho uma vez, eu finalmente consegui me livrar de mim mesmo, eu finalmente consegui que uma pessoa ficasse ao meu lado. De todas as outras, com certeza, ela é única. A única que eu escolheria para me curar.

- Jimin. - sua doce voz soou pelo quarto.

Me virei para olhá-la, estava encima da cama,  sentada nas próprias pernas e com um dos olhinhos quase que fechado, o outro estava sendo coçado por sua mão. Seus cabelos estavam desgrenhados e seu rosto aparentava que ainda estava com sono. Ela é adorável.

- Tudo bem? - eu sorri gentil.

Até eu estava ficando assustado comigo mesmo, se o meu Eu de dias atrás me visse agora, acharia que estava no passado ou em uma dimensão paralela. Eu nunca cogitei a idéia de ser como antes.

- Uhum. - balançou a cabeça positivamente. - Por que não volta pra cama?

- Eu estou sem sono. - ri com sua voz sonolenta. - Por que não fica aqui comigo? Tem espaço.

Abri minhas pernas naquela "cama" que fazia junção com a janela e mostrei que ela poderia se deitar naquele espaço. _____, por estar sonolenta, levantou e cambaleou um pouco, mas depois recobrou a postura e veio até mim, se sentando no espaço e encostando suas costas em meu tórax. Entretanto, ela se ajoelhou na minha frente e me deu um rápido selar, o que me fez sorrir como um bobo até ela voltar para a posição anterior.

- Jimin... - chamou-me mais uma vez.

- Oi.

- Quando estávamos naquela sala, você iria me chamar de algo, mas parou no começo. O que era? - ela não se virou para me olhar.

Apesar do medo, eu acabei por sorrir e acariciar seus cabelos. Ela estava de olhos fechados, a luz azul da lua batia em metade de seu corpo e me fazia ficar ainda mais encantado com sua beleza. Observei a janela ao meu lado, sorrindo por estar naquele momento.

- Eu ia te chamar de Princesinha.

Ouvi ela sorrir.

- Minha Princesinha.


Notas Finais


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Eu ia demorar dias para postar esse porque queria ser mau, mas eu estava animada ;-;


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