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História Troca de Favores - Sorte?


Escrita por: blenx

Notas do Autor


Olá amiguinhos e amiguinhas. Ok, deixa a tosquice pra fic.
Infelizmente chanbaek não me da paz nem por um segundo e tive que colocar isto pra fora. De início não ia postá-la, já que estava escrevendo outra de um Baek nem tão fresco quanto Love in the Farm asuhsau Mas a criatividade passou e como eu tinha prometido uma fic para Isa, decidi escrever essa primeiro que já tenho tudo na cabeça.
Espero que gostem, principalmente você Isa. Irei postar toda semana, e terá no máximo seis capítulos, por aí.

Ah, ignorem a capa com aquela mulher porque até tentei encontrar uma montagem do Baek de menina, mas a qualidade não foi boa, então espero que entendam que a intenção foi dizer que é a mesma pessoa, não outra guria.

Capítulo 1 - Sorte?


Fanfic / Fanfiction Troca de Favores - Sorte?

A mochila pesava nos ombros e o violão estava no chão apoiado no balcão, entre minhas pernas. Não sentia vontade de chorar nem nada do tipo, só precisava de uma boa coragem e de uma grande sorte para dar uma reviravolta na vida.

Sempre entreguei minha vida a sorte, talvez seja por isto que parei aqui, sem absolutamente nada além de um violão e uma mochila lotada de roupas. Não que dependesse dela, era apenas um atributo que nunca funcionou muito bem comigo, mas eu era insistente. Agora poderia até pedir por um milagre, mesmo não sendo muito religioso. Irônico, um pouco hipócrita. Pelo menos tenho a dignidade de dizer que corri atrás dos meus sonhos.

O barulho alto me incomodava, mesmo sendo adaptado a este tipo de lugar. As pessoas conversavam como se precisassem extravasar toda sua felicidade, alegria... Eu já estava no limite. Principalmente por ter um idiota ao meu lado que estava no quinto copo de alguma bebida alcoólica que não me interessava, chorando feito uma criança. Bêbado chorão, o pior tipo de bêbado. Bastava a bebida entrar para sair toda mágoa ou desespero. E o pior, sempre tive o azar de ser escolhido por estes para ser ouvinte de suas histórias tristes. Como se já não bastasse a minha.

- E-Ela me deixou... –resmungou baixo e revirei os olhos, não disse?- “Eu não te amo mais” –imitou uma voz de mulher, ou pelo menos tentou- Como assim não me ama mais? Logo agora que iria apresentá-la para minha família...

Entretanto, o que eu mais detestava, tirando bêbados e crianças, era meu coração mole. Apesar dos traços delicados, eu vivia com uma carranca exposta, só a retirando quando cantava. Isso afastava um pouco as pessoas, tinham uma má impressão à primeira vista, e a segunda também. Em meu tempo escolar, recebi diversos apelidos por esta controvérsia de aparência e personalidade, o preferido de todos era “Rainha de Gelo”. Sim, no feminino mesmo.

- Vai ficar tudo bem... –comentei dando três tapinhas nas costas do garoto.

Ele consertou a postura, já que estava debruçado no balcão e me olhou com o rosto completamente molhado pelas lágrimas. Estava péssimo, deprimente. Não consegui que uma risada baixa escapasse de meus lábios pela expressão alheia. Eu que deveria estar daquele jeito, implorando quase explicitamente por consolo e não ele.

- Olha só a sua aparência, parece um bebê chorão. –voltei a rir, aquilo me distraía da realidade.

Peguei alguns guardanapos que tinha no balcão e passei por seu rosto, deixando-o seco. Mas não demorou nem um minuto para ele voltar a chorar, provavelmente tanto pelo pé na bunda quanto por meu ato de compaixão.

- Você não deveria chorar. Seus olhos grandes ficam vermelhos e seu rosto fica com uma careta feia, é horripilante. –zombei- E além do mais, chorar não resolverá seus problemas.

- M-Mas ela não podia me deixar! N-Não agora que... que... –fungou tentando controlar o choro- Ia conhecer a minha família porra! Estão todos esperando por ela neste feriado e não posso chegar sem alguém depois do que disse a minha mãe...

- Para que complicar as coisas desse jeito? Ligue para sua mãe e diga que terminou, fim.

- N-Não é assim, você não entende. Minha família... Ela... –fungou novamente- Todos casam cedo, compreende? Até a minha irmã mais nova já casou e está grávida. Não posso ir desacompanhado, ainda mais depois de ter dito que levaria alguém! Já fugi de muitos casamentos arranjados e não quero fugir de outro... O que faço? –seus olhos imploravam por uma solução, ri seco.

- Se eu não sei o que fazer da minha vida, imagine da sua. –suspirei em desistência.

- Até pensei em contratar alguém, mas...

Em instantes todo o barulho incômodo sumiu e meus olhos se arregalaram, minha cabeça estalou e tudo ficou claro. A luz no fim do túnel finalmente apareceu e sendo um pouco exagerado, até conseguia escutar os anjos cantando. Essa era a oportunidade perfeita! Levantei do banco em um pulo, assustando o garoto à minha frente e derrubando o violão por consequência do impulso.

- Quanto você pagaria? -perguntei ansioso e mordi o lábio inferior.

- Ahn? -revirei os olhos.

- Dinheiro, orelhudo, dinheiro. O quanto está disposto a pagar para uma acompanhante?

- E-Eu não sei. Isso foi só uma ideia que tive, mas não quero levá-la a sério e...

- Fique quieto e agradeça ao espírito do gênio que baixou em você para ter uma ideia dessas nem tão sóbrio. –olhou-me desconfiado e tomei coragem, ignorando todos os protestos que meu orgulho gritava em meu interior- Prazer, sou Byun Baekhyun, sua nova namorada.

O olhar assustado do garoto foi proporcional ao silencio gritante que se instalou entre nós e tudo o que eu podia fazer era rezar para que ele aceitasse essa proposta ridiculamente fora do normal. De repente, o rapaz de cabelos escuros explodiu em gargalhadas, fazendo-me cruzar os braços.

- Boa piada, baixinho. Por um instante pensei que estava falando sério.

Franzi o cenho e voltei a sentar no banco, ignorando a diferença de altura que ele impôs ao chamar-me de baixinho.

- E é sério. –ao perceber meu olhar, sua risada diminuiu até parar, fitando-me confuso.

- Você só pode estar brincando. –contestou com um sorriso desacreditado no rosto.

- É o seguinte, você precisa de uma namorada para este feriado e eu preciso de uma boa quantia de dinheiro para sair da furada que me meti. E ao julgar pelas suas roupas, dinheiro não deve ser problema.

- Mas você é homem! –sobressaltou-se e evitei uma risada pela voz esganiçada- E... E... Não posso apresentar um homem a minha família como companheiro! Não quero soar preconceituoso, mas-

- Já soando... –o interrompi.

- Não é isso. A minha família é, bem, sabe... E não sou gay também, eu acho. Amo minha namorada, quer dizer, ex, então sou hetero. É. Né¿ Mas também já gostei de uns caras... Então acho que sou bi?

Os olhos redondinhos me fitaram pedindo uma confirmação, porém só consegui respirar fundo para evitar a gargalhada que queria soltar. Ele é um idiota mesmo, senhor.

- Cara, esquece isso. –gesticulei com as mãos, esse assunto não daria em lugar algum com um bêbado- Voltando ao objetivo, eu tenho meus truques. E qual outra opção tens? Você precisa de mim tanto quanto eu preciso de você, ou seja, uma mão lava a outra e tu ainda ganha o bônus de não correr o risco de ser enganado por uma mulher e acabar no futuro sendo papai por causa de um golpe. –tudo pelo dinheiro Baekhyun, tudo pelo dinheiro, mantenha a postura e o convença.

- Mas... Eu não sou gay! –confessou de olhos arregalados.

Deus, por favor, dei-me paciência mesmo só recorrendo a ti quando minhas crises céticas chegam ao fundo do posso.

- Não estamos aqui para discutir a sua orientação sexual, beleza? Foca na proposta.

- Não, você não entendeu... Eu acho que sou bi, mas sou mais pro lado de lá –gesticulou apontando pra longe- do que para o de cá –voltou a gesticular apontando pra si- Entende?

- Olha, vamos ignorar isso, ok? Agora preste atenção no ponto que eu quero chegar... hm... Qual seu nome mesmo?

- Park Chanyeol. –estendeu a mão pra mim e a dispensei.

- Tá, sem formalidades. Acompanhe o meu raciocínio, Chanyeol. Combinamos um valor e de início você me paga a metade, nós vamos até a sua família, ela se encantará por mim, você não será mais visto como a ovelha negra e após o feriado me pague o resto da quantia. Fique sossegado que tu nunca mais verá a minha cara. Você fica feliz, eu fico feliz e todos vivem felizes para sempre. –ironizei- Fechou?

Eu tinha que ser agressivo em minha sugestão pelo simples fato de que ele precisava concordar. Não havia outra forma de conseguir dinheiro o mais rápido sendo honesto, quer dizer, “honesto”, já que a família dele seria enganada, mas isso não me importa. Sentia uma ansiedade enorme tomar meu corpo e meu lábio inferior era maltratado pelos dentes, mal conseguia conter a expectativa que transbordava em meu olhar.

- Eu... Não sei. Isso não é correto. –pensou e tombou um pouco a cabeça para o lado- Além de que você é homem... –fez bico e segurei a mão para não voar na cara daquele lesado.

Ele apoiou os braços no balcão e chamou o atendente, pediu mais uma bebida da qual desconhecia e ao chegar virou de uma vez só.

- Preciso ficar bêbado para aceitar uma loucura dessas, porque isso vai dar merda. –pediu outra.

- Fiz teatro na escola, não será uma atuação deplorável. Basta você não estragar as coisas.

- Pelo jeito você precisa de dinheiro mesmo, algum problema sério? -virou novamente e pediu outra.

- Isso não te interessa, agora pare de beber desse jeito que não levarei ninguém ao hospital.

- Ah, não seja tão mal, Baekhyunnie. –arqueei a sobrancelha e o vi virar o copo mais uma vez, suspirei, eu só podia ser um completo idiota por ser tão mole.

- Vamos embora, te levo para casa.

- Mas ainda não terminei! –falou meio embolado e o puxei pelo braço ao sair do banco.

Coloquei a alça da capa do violão no ombro esquerdo, tentando me equilibrar com aquele brutamontes apoiado em mim. Demoramos mais um pouco pela discussão que tivemos ao pagar a conta por não achar a carteira dele e logo saímos do local. Aproveitei que tinha um ponto de táxi perto pela movimentação dos bares da rua e nos aproximamos de um.

- O que está fazendo? Meu carro está do outro lado da rua! –protestou apoiando mais o peso de seu corpo no meu.

- E acha que vai dirigir desse jeito? Não quero que morra antes de me pagar pelo futuro favor. –ele riu do comentário e o joguei no banco de trás do motorista- Agora me diga o endereço.

- Não digo.

- Chanyeol, não estou para brincadeiras, diga logo.

- Só digo se for comigo. –fez bico e cruzou os braços.

- Rapaz, entre logo e vá com seu amigo, não posso passar a noite toda aqui ouvindo as manhas de um bêbado.

Jura que eu tinha que passar por isso? Revirei os olhos e empurrei o corpo de Chanyeol para dar espaço, ajeitando a mochila e o violão ao meu lado. Ele demorou um pouco para lembrar do endereço, mas assim que o disse chegamos depois de aproximadamente meia hora. Novamente outra discussão pela busca da carteira do gigante e o ajudei a sair do carro, deparando-me com um enorme e bonito prédio.

- Pronto, está entregue. Suba. –ordenei quando o porteiro nos deu acesso à entrada.

- Sabe que depois de umas bebidas, você até parece com uma garota? -riu passando as mãos pelo meu rosto completamente desengonçado, reclamei consigo e afastei suas mãos.

Fiz sinal para o porteiro e prontamente fui atendido ao vê-lo descendo as escadas com uma preocupação visível, pelo visto Chanyeol era uma pessoa querida. Não falamos mais que o necessário e pedi que o levasse para o apartamento, livrando-me de seu peso.

- Ah, Baekkie, qual seria seu nome? Baeka? Baekhyuna?

Começou a rir sozinho enquanto era amparado pelo porteiro que subia as escadas após apertar o botão e o portão ser fechado. Balancei a cabeça negativamente, é Baekhyun, você só se mete em confusão. Pelo menos se consolar bêbados sempre me trouxesse uma recompensa assim...

No entanto, para fazer uma loucura dessas seria necessário um pouco de ajuda. Ajuda esta que, infelizmente, teria que engolir o orgulho para pedir. Peguei o celular do bolso e procurei pelos pouquíssimos contatos, um conhecido meu que antigamente chamava-o de amigo, mas não posso culpá-lo por minha mania horrível de não manter contato e ignorar ligações alheias. Nem sabia se esse número ainda o pertencia, se não teria que procurá-lo até o inferno. Ele é a pessoa ideal para esse plano, porém, pela primeira vez, tive vontade de acreditar que a sorte estava ao meu lado assim que escutei uma voz rouca do outro lado da linha.

- Quem é vivo sempre aparece. –não senti mágoa em sua voz- Para me ligar, ainda mais a essa hora, é realmente caso de vida ou morte. Qual encrenca se meteu desta vez, Baekhyun? -é, ele fazia jus ao posto de melhor amigo que exerceu no passado, só não posso falar o mesmo de mim.

- Boa noite para você também, Luhan. Preciso de um pequeno favor.

 - Você não toma jeito mesmo, né?

Mordi o lábio inferior sorrindo. E nem fazia questão de tomar.


Notas Finais


E então?
Xingamentos, críticas e afins pode botar pra quebrar nos comentários sshauusahusah O capítulo foi pequeno para dar uma ideia na história e terá algumas aparições hunhan, porém não é o foco, por isto não coloquei na descrição. O próximo será maior, prometo.
E sim, é mais uma fic com uma falha tentativa de comédia, então terá tosquice em quase todos os capítulos hehe.

Obrigada por ler, beijos e até semana que vem ^^


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