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História Trono de Sangue - A Rainha


Escrita por: TrizCampos

Notas do Autor


Havia uma discrepância no capítulo anterior, então eu o reescrevi e estou postando de novo.

Capítulo 5 - A Rainha


Fanfic / Fanfiction Trono de Sangue - A Rainha

Rosie partiu para a Inglaterra uma semana depois, levando Diego. A desculpa foi de que ela queria respirar novos ares, conhecer o mundo, e que lugar melhor do que o país onde seu tio é rei?

O irmão mais velho de Blair, Jack, que se casara pela segunda vez alguns anos antes com Chloe - condesa Inglesa, dona de uma fortuna incalculável - se dispôs a receber a sobrinha pessoalmente.

Rosie desembarcou de um jatinho no aeroporto mais próximo do Castelo. Foi levada de limusine até o palácio, onde uma grande festa a aguardava.

- Eu estou nervosa Diego - a garota confessou assim que passaram pelos portões do castelo - A última vez que vim aqui tinha oito anos.

- Vai ficar tudo bem, vai dar tudo certo Rosie - Diego a confortou.

Rosie desceu da limusine com a ajuda do motorista, um mordomo gentil a recebeu na porta principal do castelo.

- Irei anuncia-lá, princesa Rosalie. Mas quem é seu amigo?

- Príncipe Diego segundo, dos Estados Unidos. Meu primo - Rosie explicou com um sorriso.

- Anúncio como casal? - o mordomo perguntou baixo, ligeiramente envergonhado.

- Não, anuncie-nos separadamente.

- Claro - o mordomo abriu a porta para a dupla, depois anunciou para todos da corte ouvirem: - Princesa Rosalie, dos Estados Unidos e príncipe Diego segundo, dos Estados Unidos.

Ela se aproximou do rei, que a esperava ao lado de sua esposa. Assim como Diego, Rosie fez uma reverência, o casal apenas acenou com a cabeça, era comum que reis e rainhas jamais se curvassem para alguém senão outros reis e rainhas.

- Rosalie - rei Jack sorriu, havia algo sombrio em seu sorriso. Rosie estremeceu mas forçou-se a sorrir - Quanto tempo, como minha irmã está?

- A princesa Blair está ótima, como sempre, implacável.

- Ela sempre foi assim. E Lucy, como está? - Rosie quis chorar ao ouvir o nome da irmã, ninguém dissera a ele?

- Ela… Lucy... - ela respirou fundo negando-se a chorar - A Lucy está piorando. Tivemos uma longa despedida, eu sei que deveria estar lá quando o inevitável acontecer, mas…

O rei viu que a garota estava prestes a chorar, sussurrou algo no ouvido da esposa que assentiu.

- Rosalie, venha, vamos dançar - a rainha sorriu estendendo a mão para a princesa.

Era comum mulheres dançarem juntas, boa parte dos homens achava excitante. Mas a intenção não era aquela, a rainha queria acalmar a princesa, e não havia nada melhor do que uma boa dança para isso.

As duas uniram as mãos, direita com esquerda, esquerda com direita. Elas flutuaram pelo salão, como se já houvessem feito aquilo dezenas de vezes antes.

- Você é uma dama, uma princesa, a segunda na linha de sucessão ao trono estadunidense e a primeira ao trono inglês. Não deve chorar, jamais. Se demonstrar fraqueza te matam. Para todos você tem que ser de aço. Sua mãe deveria ter-lhe ensinado isso. Talvez Rosie, você venha a ser rainha, rainhas não choram, não em público pelo menos.

- Quantos anos tem, rainha Chloe?

- Vinte e sete.

- Você é tão sábia, mas ao mesmo tempo tão jovem.

- Já sou rainha a nove anos Rosalie, tinha a sua idade quando me casei com seu tio. Aprendi muita coisa ao passar dos anos - ela sorriu, se lembrando de quando era mais nova.

- Você é uma boa rainha, a Inglaterra tem sorte em lhe ter.

- Queria que toda ela pensasse como você - ela balançou a cabeça, espantando os pensamentos.

Rosie girou a rainha usando uma única mão. Chloe riu, quase como uma gargalhada, como não ria a muito tempo. Ela estava se divertindo dançando com a princesa, sentia-se leve e viva, estava - mesmo que momentaneamente - feliz.

- Você deveria ir ao salão feminino, nós mulheres nos reunimos durante as tardes nele.

- Seria um prazer rainha Chloe - Rosie fez uma reverência após se separar da rainha.

A rainha era uma mulher alta, bonita e elegante, com vinte e sete anos. Possuía cabelos castanhos ondulados e a pele de um escuro âmbar. Ela sem dúvidas de destacava das demais mulheres, não apenas pela aparência mais também pelo requinte e elegância.

Ela era o oposto de Rosalie, a princesa sempre amou sua pele clara e cabelos castanhos lisos, mas vendo a rainha parada a sua frente majestosa como sempre, não pôde evitar se achar sem graça.

Rosie havia tido muitos homens em sua cama, milhares mais adorariam ter estado nela, homens e mulheres, de todas as partes do mundo a queriam. Ela havia recebido propostas de todas as revistas e agências do mundo, para desfiles de moda, campanhas publicitárias e até mesmo para posar nua, mas não aceitou nenhuma. Pelo menos uma dezena dos homens mais ricos de seu país haviam feito propostas de casamento à ela, certa vez o rei egípcio pediu-a em casamento, mas a garota não quis.

Rosie valorizava sua liberdade acima de tudo, nem mesmo a fortuna de um rei egípcio e um posto como rainha podiam comprar sua liberdade. O ponto é: Rosalie Walker, mesmo sendo a mulher mais bonita e desejada do mundo se sentiu intimidada pela rainha.

Rosie suspirou se lembrando do motivo de estar ali, caminhou até o rei, que já estava sentado aguardando que os demais se sentassem. O mesmo mordomo que a receberá a guiou até o seu assento, ao lado direito do rei, na mesa principal.

Rosie ajeitou o vestido, deixando-o ainda mais decotado, seus seios quase saltavam para fora do traje branco. Ela sentiu nojo de si mesma pelo que estava prestes a fazer, mas continuou, em uma segunda conversa com o rei a vida de Diwa também passou a estar em risco, ela não podia permitir que Diego se machucasse.

- A festa está linda - a garota se inclinou levemente sobre a mesa, dando ao rei uma vista privilegiada de seus seios, mas de forma que não parecesse que estava se oferecendo.

- Sim, mas infelizmente nosso musicista está doente - o rei sorriu - Ouvi dizer que a senhorita é uma ótima musicista, por que não toca para nós?

- Seria uma honra - Rosie sorriu, se levantou e fez uma reverência ao casal real, logo em seguida caminhou graciosamente até um piano, no canto do salão, ao lado de um violino e um violoncelo. Era de madeira branca, com dois bancos feitos com madeira de carvalho.

Ela fechou os olhos, sequer precisou pensar antes que seus dedos tocassem Beethoven.

Era a Sonata para piano n.º 14 também conhecida como A Sonata ao Luar, uma sonata para piano de Ludwig van Beethoven. Havia sido concluída em 1801, quatro séculos antes de Rosie nascer, mas mesmo assim Rosie era encantada com as músicas de Beethoven, e aquela música era a sua favorita.

Rosie só voltou a abrir os olhos após os últimos acordes. As pessoas do salão estavam maravilhadas, até mesmo o rei havia amado. Ela sorriu, o seu plano já começara a dar certo. Agora só precisava seguir o plano até tê-lo implorando para possuí-la.



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