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História Trouble - The choice


Escrita por: lagerfeld

Notas do Autor


❥ Oi meus amores, como vocês estão?
Pedir desculpa está se tornando algo frequente por aqui, mas ultimamente as coisas estão bem corridas, principalmente por eu estar no último bimestre da escola. Afinal, preciso garantir o terceirão :) Mas, eu prometo que na quarta-feira que vem eu posto, o capítulo já está até pronto, então eu não terei desculpa.
Enfim, boa leitura <3

Capítulo 24 - The choice


Fanfic / Fanfiction Trouble - The choice

Kylie Point Of View

De: Kylie ás 08:27am de 07/10/2016

‘’ Oi Ben, sou eu, a Kylie... Será que pode me ligar? Eu quero conversar com você. ‘’

De: Kylie às 22:34pm de 07/10/2016

‘’Oi Ben, sou eu de novo... Por favor, me liga, me manda uma mensagem, ou ao menos me de um algum sinal de que está recebendo essa mensagem. ‘’

De: Kylie ás 13:29pm de 09/10/2016

‘’ Ben, eu sei que não quer falar comigo, mas estou preocupada com você. Me liga ‘’

De: Kylie às 02:13am de 10/10/2016

‘’ Eu falei com a sua mãe hoje, ela está irritada comigo, e provavelmente quer eu morra atropelada, mas ela me disse que você sumiu. Benjamin, ela está preocupada, e eu também, então, por favor, nos dê alguma notícia. ‘’

De: Kylie ás 19:10pm de 10/10/2016

‘’ Ok, eu desisto. Não vou mais te ligar, mas quando estiver pronto para conversar saiba que eu estou aqui. ‘’

Ando de um lado para o outro, meus passos são firmes, e ecoam por todo o apartamento silencioso. Pouco me importo com o fato de ser três e meia da manhã, assim como pouco me importo com o vizinho de baixo, que provavelmente é mais uma pessoa no mundo a me desejar morta. Levo meus dedos até a boca, e roo minhas unhas, um hábito horrível e nojento que aderi nas últimas semanas. Perdi a conta de quantas vezes minha manicure Less brigou comigo, mas seu tom de voz falsamente bravo não é o suficiente para me fazer parar, pois de alguma forma isso me acalma.

Desbloqueio o celular, disposta a ligar mais uma vez. Sei que isso é inútil, se Benjamin quisesse falar comigo ele teria atendido as minhas outras ligações, ou respondido as dezenas de correios de voz que deixei ao passar desse mês, e também sei o quão patética eu pareço, correndo atrás de alguém que nitidamente não quer saber de mim. Mas, estou falando do Benjamin, ele não é um cara qualquer que conheci em uma noite de bebedeira, ele é o homem por quem eu fui apaixonada por anos. Ele é o homem que apesar de tudo eu ainda amo. Sim, ainda o amo. Não importa o quão bravo ele esteja, e não importa o fato de não estarmos juntos... Eu sempre irei amá-lo.

A espera é angustiante, a cada toque eu me sinto mais inquieta. Quando a ligação cai, penso em deixar outra mensagem de voz, mas meus planos vão por água abaixo quando escuto a voz eletrônica dizer que a caixa de mensagens está cheia. Bufo, completamente frustrada, irritada, e magoada. Completamente perdida. Em um ato de puro desespero jogo o celular no chão, o som do vidro se quebrando adentra meus ouvidos, e o ruído me faz fechar as mãos em punho.

–– Você está bem? –– a voz extremamente rouca de Justin adentra meus ouvidos. Em meio à escuridão eu procuro por ele, e encontro sua silhueta seminua próxima à porta do quarto. A luz da sala é acessa, e assim como eu, o loiro espreme os olhos, ambos incomodados pela claridade. –– Você quebrou alguma coisa? Ouvi barulho de vidro.

–– Desculpe, não queria te acordar. –– encaro o celular quebrado, não muito longe de mim e ele acompanha meu olhar. Justin boceja, completamente sonolento e encolhe os ombros.

–– Eu não estava dormindo, é impossível dormir com você andando de um lado para o outro. –– apesar da voz mansa, é impossível não notar amargura em seu tom de voz. –– Quando vai parar com isso Kylie? Quando vai deixar Benjamin pra trás?

–– Se quer saber quando eu vou tirar o Benjamin da minha vida, a resposta é nunca. –– digo firme, e totalmente convicta de minhas palavras.

–– Até parece que está arrependida de ter largado ele. –– ele passa as mãos pelo cabelo, bagunçando-os ainda mais. –– Quer saber, vai atrás dele Kylie, corre atrás do mauricinho.

–– Justin, me poupe do seu ataque de ciúme. –– bufo, impaciente. –– Benjamin é uma parte muito importante da minha vida, estou preocupada com ele, e esse é único motivo do porque eu ‘’corro atrás dele’’. –– faço aspas.

–– Se passou um mês, Kylie, e durante todo esse tempo não houve um dia em que você conseguiu não pensar naquele cara. –– quase grita.

Respiro profundamente, tentando recuperar o bom senso. Em passos lentos eu me aproximo de Justin, passando por cima do celular quebrado. Ele me encara com os olhos escuros, e eu abraço seu corpo, sentindo a temperatura quente de seu abdômen exposto.

–– Eu sei que não tenho sido justa com você, e também sei que deveria te dar mais atenção. Mas, eu conheço Ben praticamente a minha vida toda, e é impossível não me preocupar. A mãe dele disse que ele se trancou no apartamento, quando ela liga ele não atende, e quando ela foi até lá pôde sentir o cheiro de bebida assim que pisou no corredor do prédio.

–– Vou te fazer uma pergunta e quero que seja sincera comigo. –– ele me empurra pela cintura, apenas o suficiente para poder encarar meus olhos. –– Você ainda ama ele?

–– Não me faça responder isso. –– mordo o lábio inferior, e olho para os meus próprios pés.

–– Acabou de responder.

O barulho estridente do celular tocando me faz estremecer. Ergo minha cabeça, e o encaro por alguns instantes. O toque parece irritá-lo, e rapidamente ele vai até o quarto procurando seu celular em meio aos travesseiros e cobertores no colchão.

–– É a Nikki. –– ele diz, me entregando o aparelho sem ao menos ter atendido.

Pego o celular de sua mão, e suspiro.

–– Nikki, o que foi? São quase quatro horas da manhã. –– uma música altíssima me faz franzir o cenho. Afasto o celular do meu ouvido rapidamente.

–– Kylie, você precisa vir pra cá, Benjamin está fora de controle. Ele está completamente bêbado, e acho que se drogou.

–– A onde vocês estão? –– pergunto com os olhos arregalados, extremamente preocupada.

–– Pink Elephant.

Desligo o celular imediatamente, já pegando minha bolsa em cima do sofá, e um moletom de Justin, que me serve de vestido.

–– A onde você vai? –– pergunta Justin, quando estou perto da porta.

–– Benjamin está com a Nikki, e segundo ela, ele está fora de controle. Não posso deixá-lo sozinho agora.

–– Eu vou com você. –– pauso minha mão em seu peito.

–– Não, eu vou sozinha. Não acho uma boa ideia ele nos ver juntos. –– junto nossos lábios em um beijo rápido, e saio do apartamento quase correndo.

.....

A música altíssima adentra meus ouvidos, fazendo com que todo o meu corpo estremeça com esse zumbido irritante. Fecho minhas pálpebras, espremendo meus olhos, e odiando estar onde estou. Com certa brutalidade eu empurro um bêbado que se aproxima de mim, sua camisa branca está ensopada, de suor, bebida, ou os dois, e seu hálito é tão horrendo quanto o seu estado.

Com dificuldade eu me espremo entre as pessoas bêbadas, e desesperadas por sexo. Maldita hora em que dispensei James. As luzes coloridas incomodam meus olhos pela primeira vez, e me vejo completamente perdida, sem nenhum sinal de Nikki ou Benjamin. Quando estou quase desistindo e indo embora, vejo algo que nunca imaginei que veria, uma cena que me embrulha o estômago, e causa calafrios por todo o meu ser. Benjamin sentado em uma mesa distante, rodeado de pessoas, cuja fama eu conheço muito bem, e usando o cartão de crédito para organizar a cocaína em carreirinhas.

–– O que pensa que está fazendo? –– grito, ao me aproximar dele. Ele ergue sua cabeça lentamente, e ao me encarar vejo seus olhos completamente vermelhos, e sem brilho. Completamente sem vida.

–– Kylie. –– ele sorri sem emoção. –– Quer se juntar a mim?

–– Benjamin, vamos embora. –– digo firme.

Mas, apesar da carranca minha vontade é correr para um lugar isolado e chorar. Chorar por mim. Chorar por ele. Chorar por nós. Aproximo-me de Benjamin e seguro seu pulso, puxando-o para longe daquele ninho de cobras que parecem se divertir com o show particular, mas Ben se afasta bruscamente.

–– Benjamin, vamos embora, por favor. Estou implorando para que venha comigo, eu sei que está chateado, mas isso não vai ajudar. A dor não vai passar, acredite em mim, eu já tentei isso. 

Seus olhos verdes se fixam aos meus, e imediatamente os mesmos ganham um brilho graças ao acúmulo de lágrimas em seus olhos. Seguro sua mão com carinho, entrelaçando meus dedos aos seus, e assim, ele se deixa ser guiado por mim. O cheiro de álcool impregna minhas narinas quando ele deposita o peso de seu corpo contra o meu, e apesar de ter que usar toda a minha força para carregá-lo, me sinto minimamente feliz por ele ter aceitado vir comigo.

–– O que ele tem que eu não tenho? –– ele pergunta no instante em que saímos da boate.

–– Essa não é a questão. –– fixo a rua, e estranhamente não vejo táxi algum.

Olho o relógio no pulso de Benjamin, quase cinco da manhã. Ao encarar o céu vejo vestígios do sol, prestes a nascer, e o vento frio da manhã arrepia minhas pernas expostas. Penso em ligar para James, mas então me lembro de que meu celular está quebrado, e bufo.

–– Você o ama? –– ignoro sua pergunta, olhando de um lado para o outro em busca de algum milagroso táxi. –– Ama? –– ele insiste.

–– Eu não sei, Ben. –– respondo sincera após alguns instantes. –– Talvez. Eu não sei. –– minha voz sai chorosa, quase um sussurro.

–– Kylie. –– a voz de Justin chama nossa atenção. Fungo o nariz, e com os olhos procuro pelo loiro, encontrando-o não muito longe de nós, e se aproximando. O olhar de Benjamin intercala entre Justin, e eu, e sua expressão seguinte quebranta meu coração.

–– O que está fazendo aqui? Eu disse pra você não vir. –– o repreendo.

–– Eu vou embora. –– rapidamente Benjamin se afasta, e cambaleia para longe de mim.

–– Benjamin, espera. –– digo mansa. Ele para, e fica me encarando.

–– Você vai com ele? –– grita Justin, literalmente grita, atraindo a atenção de um casal que sai da mesma boate onde estava momento atrás. –– Se for, não precisa mais procurar por mim. –– meu olhar intercala entre os dois, cada um de um lado, esperando por minha fala. –– Está na hora de escolher Kylie, sou eu, ou ele. –– olho para Benjamin, apesar dos olhos levemente fechados, posso ver a esperança presente em suas íris claras. Meu coração aperta, não quero magoá-lo, mais ainda. Desvio o olhar, encarando Justin que abaixa a cabeça.

–– Vocês não podem fazer isso comigo, não é justo. –– me afasto de ambos, dando alguns passos para trás.

–– Não é justo? –– indaga Justin. –– A única injustiça aqui é você ficar com um, pensando no outro. Mais uma vez está agindo como uma garota mimada, mas chega, Kylie. Não vou mais tolerar isso. –– engulo a seco.

–– Eu não posso... Não escolher entre vocês, porque eu amo os dois. –– levo minhas mãos até a cabeça, enfiando meus dedos em meu emaranhado de cabelo. –– Eu te amo Benjamin, porque você desperta o melhor em mim. Eu sou uma pessoa melhor quando estou com você, e eu gosto de mim quando sou essa pessoa. –– ele fixa seu olhar em mim, e funga o nariz, completamente vermelho. Ben sorri minimamente, e dá um passo a frente, mas novamente eu me afasto. –– Eu te amo Justin, porque você faz com que eu me sinta livre, como se eu tivesse asas e pudesse voar. O jeito que você me olha... Eu não sei, é como se pudesse enxergar a minha alma. –– ele ergue sua cabeça, e fixa seu olhar em mim. –– Eu não consigo fazer isso. –– me afasto ainda mais, com os olhos cheios d’água. Tapo meus olhos com as mãos, sentindo as mesmas ficarem molhadas, enquanto minha cabeça dá voltas e mais voltas.

–– KYLIE! –– a voz de Benjamin ecoa em alto e bom som por toda a rua.

Ao afastar as mãos de minha face apenas vejo a luz forte de um farol vindo em minha direção. A buzina do caminhão soa estridente, e antes que eu possa pensar sinto o peso de Benjamin contra o meu, no instante em que ele se aproxima e me empurra bruscamente para os braços de Justin, que me agarra com força. De olhos fechados, e com Justin apertando seu corpo contra o meu, apenas ouço o som do caminhão freando bruscamente. Tento me desvencilhar dos braços de Justin, mas ele me aperta ainda mais.

–– Não. Não olhe. –– disse em um tom manso, quase choroso.

Imediatamente meu coração acelera, assim como minha respiração. Com brutalidade, eu me afasto de Justin. Ao ver o corpo de Benjamin estirado no chão, minhas pernas fraquejam, e eu caio de joelhos no chão, não muito longe da poça de sangue abaixo de sua cabeça. O ar parece acabar, e por alguns instantes eu me esqueço de como respirar. Sinto que a qualquer instante meu coração irá parar de bater em meu peito.

–– BENJAMIN!


Notas Finais


❥ Meeeeu Deus, Benjamin ta morto '-' Quem leu a primeira versão de Trouble provavelmente desconfiava de que isso iria acontecer, e bom... Quando eu decidi reescrever a história a única certeza que eu tinha, era de que o Ben ia morrer novamente. Eu amo o personagem, chorei quando matei ele na primeira vez, e chorei por ter matado ele agora, mas foi por um bom motivo. Assim como o Robert, Benjamin não morreu em vão.
Espero que vocês tenham gostado. Beijão, e até quarta-feira <3


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