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História Trouble - Capítulo 01.


Escrita por: natymoreira

Notas do Autor


• Primeiramente, olá. Como estão vocês? Faz tempo que não apareço nesse site, já estava sentindo saudades. Segundo, quero agradecer a minha amiga Raiany por ter me incentivado com essa ideia louca, foi bem repentino, mas aqui estamos. Dedico essa fanfic inteiramente a ela.
• Com relação à temática da fanfic, já adianto que é um pouco diferente. Haverá cenas de sexo explicito, traição e linguagem imprópria, se você não gosta ou se ofende com o gênero, por favor, pare por aqui e vá fazer outra coisa.
• A fanfic será dividida em 12 a 16 capítulos, não mais do que isso. Não tenho dia certo para postagem, porém, farei de tudo para postar uma vez na semana, pelo menos. Nada na fanfic se assemelha a realidade, nem parentes de personagens, lugares ou falas. E só pra deixar claro, Shawn não será um badboy e Amelie não será mocinha.
• Criticas são sempre bem vindas, desde que sejam feitas com o devido respeito.
• Por último, nada de plágio por aqui. Além de ser feio, é crime. Espero que se divirtam. Perdão por qualquer erro ao longo da história, ainda não estou revisando-a. Ótima leitura.
Relaxem e gozem!

Capítulo 1 - Capítulo 01.


Fanfic / Fanfiction Trouble - Capítulo 01.

Capítulo 01.

Coloquei os óculos escuros assim que me vi fora da sorveteria cheia. O sol provocava um calor desnecessário em minha pele e me fazia andar com os olhos semicerrados. Dei a primeira colherada no sorvete de baunilha com uma cobertura excessiva de chocolate e segurei a colher na boca para checar a hora em meu celular. 3:26. Mais um encontro do clube do livro havia se encerrado e eu caminharia até em casa, com as criticas de Madame Bovary ainda frescas em minha mente. Guardei o aparelho na bolsa e joguei meu cabelo para trás, sentindo a pouca brisa bater em meu pescoço.

Cerca de quinze minutos depois, eu estava em frente de casa. A primeira coisa que poderia ser notada, alem do verde ofuscante pintando o sobrado, eram as aboboras e esqueletos espalhados pelo jardim. Faltavam duas semanas para o Halloween e mamãe já começava os preparativos para o dia das bruxas. Impressionante como ela leva essa coisa de tradição a serio.

Assim que passei pela porta, ouvi sua voz vindo da cozinha, falava ao telefone. Ela acenou quando me viu e eu sorri, já caminhando para a escada. Livrei-me do tênis quando já estava em meu quarto e larguei a bolsa em cima da cama junto com os óculos. Meu celular tocou antes que eu pudesse terminar de prender o cabelo. Atendi no terceiro toque.

Fala aí, gata. Como vai a minha gostosa?

Andrew sabia que me irritava quando falava assim, sabia que eu detestava aquele linguajar dito de forma a parecer vulgar, mas ainda continuava a pronunciá-lo.

— Vou desligar se me chamar de gata de novo.  — falei seria, porem sem evitar uma risadinha.

Qual é, Amelie! Sabe que é brincadeira, é legal te chamar de gostosa.  — o tom zombeteiro dele me fez revirar os olhos, preferi não responder.  — Desculpe. Como foi o seu dia?

— Acabei de chegar do clube do livro, estava me preparando para tomar um banho.  — olhei-me no espelho da penteadeira enquanto lhe replicava.

Que tal se sairmos hoje à noite? Um cinema, comida japonesa... você escolhe.

— Comida japonesa parece bom pra mim.

Ótimo, te pego as sete.  — ele se animou.  — Até já.

— Até.  — disse e desliguei.

Um ponto positivo em namorar em Andrew, era que não existia pressão em relação a demonstrar os sentimentos. Eu, particularmente, não conseguia dizer eu te amo a cada final de ligação ou coisas carinhosas quando estávamos juntos. Entretanto, eu gostava de andar com a mão entrelaçada na dele e ouvir suas piadas sem graça. É estranho, eu sei.

Nos conhecemos no ensino médio, mas só em agosto do anterior ele me pediu em namoro. Antes disso éramos colegas, frequentávamos a mesma escola, tínhamos os mesmos amigos e no fim, uma coisa acabou levando a outra.

Ele estava se preparando para ingressar na faculdade de Direito e eu, por outro lado, nem sequer pensara em que curso combinava comigo. Papai me incentivava a ser professora como ele, todavia eu nunca fui boa em ensinar, prefiro aprender, por isso faço um curso de Espanhol online. Mamãe tendia para o lado das Artes, desenhava e pintava de um jeito esplendido. Infelizmente, eu não puxei a nenhum dos dois, aos 19 anos eu não sei qual é o meu dom ou se tenho um, na verdade. É extremamente assustador pensar nisso, o futuro é algo tão incerto, principalmente quando não se tem ideia do que você almeja.

[...]

Devidamente arrumada — calça jeans, camiseta e botas —, eu sai do meu quarto jogando a alça da bolsa sob meu ombro. Desci as escadas com o celular em mãos e fui até a cozinha. Papai e mamãe estavam jantando e ele, mais uma vez, reclamava da falta de interesse dos alunos em aprender Literatura Inglesa.

— A Literatura é uma arma tão poderosa se souberem usar a seu favor, é uma pena que esses jovens se interessem mais por tecnologia do que por livros.  — comentou com desdém. Mamãe balançava a cabeça positivamente quando ergueu o olhar para mim.

— Querida, vai jantar conosco hoje?  — ela me analisou de cima a baixo, deve ter sabido a resposta pela minha roupa.

— Não. Vou com o Andy a um restaurante japonês.  — no mesmo instante ela fechou a cara.  — Mãe, não pode ficar brava comigo sempre que vou sair com o meu namorado.

Era complicado ter um relacionamento que meus pais não aprovavam, para eles Andrew não passava de um rapaz fútil, sem prestigio e só queria aproveitar das garotas, inclusive de mim.

— Eu não posso namorar quem vocês querem, sinto muito.

— Não estou dizendo que deveria fazer isso, mas deveria ter conhecido outras pessoas antes, pessoas que seriam melhores para vocês. Por exemplo, Charlie.  — seu olhar sugestivo me surpreendeu.

— Ah, por favor. Charlie? Mãe ele era um idiota, começando por aquele corte de cabelo ridículo.  — escorei-me na beirada da pia e observei os dois.  — Só me apresentem alguém novamente se ele for o James McAvoy.

— Se o conhecesse de verdade, saberia que ele é um ótimo rapaz.  — ela tomou um longo gole de seu vinho.

— Basta, Noemia. Também não gosto de Andrew, mas Amelie já tem idade o suficiente para decidir as coisas por si mesma.

— Obrigada, pai.  — sorri, satisfeita com sua defesa.

— Que horas você vai voltar?  — ele largou o garfo no prato e cruzou as mãos rentes ao nariz. Suspirei completamente infeliz.

Realmente eu gostaria de não ser filha única, queria mais uns dois irmãos para que a atenção dos meus pais não pairasse somente em mim. Por sorte, a buzina do carro de Andrew soou e eu não precisei respondê-lo.

— Estou indo, até mais tarde.  — dei passos largos para fora da cozinha.  — Não se preocupem, vou ficar bem.

O Civic preto reluzia, o ar-condicionado no frio me deu um choque de temperatura assim que tomei o assento do carona. Andrew sorriu e me beijou, apertando minimamente seu corpo no meu. Ele estava bonito, camisa de botões azul e jeans, os cabelos loiros bem penteados e o perfume exalando.

— Foi muito difícil se livrar deles?  — o comentário foi referente aos meus pais.

— O de sempre, você sabe. Não confiam em você.

— Deveríamos fugir, Amelie. Queria ver a cara deles quando descobrissem que estaríamos juntos, bem longe daqui.

— ‘To tentando fazer eles gostarem de você e não te odiarem mais.  — empurrei-o.  — Vamos logo ou volto e janto em casa mesmo.

 

 

O lugar estava cheio, esperamos cerca de vinte minutos por uma mesa e mais uns trinta para receber os nossos pedidos. Andrew me contava sobre um amigo seu que estava usando anabolizantes e como ele era contra isso e a favor dos devidos exercícios para chegar ao corpo ideal. A comida me entreteve mais que aquele assunto.

Com a boca cheia, olhei em volta para observar a decoração do recinto. O vermelho predominava, contrastando com o piso amadeirado e as luzes fracas.

— Acho que deveríamos dar uma festa.  — a hipótese tirou-me de devaneios, olhei para Andrew.  — Comemorar o Halloween, todas aquelas fantasias, vai ser foda.

— Já não basta mamãe, você também quer dar uma? 

— Vai ser legal, só nossos amigos, muita bebida e música alta. Pensei em fazer na casa de veraneio dos meus pais, próximo a praia.

— Como vai organizar tudo isso?

— Milla deve topar organizar tudo, ela adora dar festas mesmo. Você pode ajudá-la.  — disse como se estivesse tudo resolvido.  — Diz que aceita, por favor.

— Qualquer coisa pra fugir da festa da minha mãe.  — rimos juntos.

— Beleza!  — exclamou dando uma tapa na mesa.

Passamos o resto do encontro falando sobre os planos de Andrew para a faculdade, senti inveja em primeiro momento por ele estar dando mais um passo na vida e eu infelizmente, permanecer na mesma casa. Minha cabeça se encheu de e se e eu não consegui me concentrar em nada com tantas interrogações turbilhoando meus pensamentos.

Cheguei em casa quase as onze da noite, Andrew insistiu para que eu dormisse em sua casa, mas eu recusei com o pretexto de que tinha uma aula online no dia seguinte. Ele aceitou a desculpa com a promessa de que no próximo sábado passaríamos o dia juntos.

Meus pais já dormiam e tentei fazer o mínimo de barulho possível para não acordá-los. Estava no pleno silêncio, jurava poder ouvir até o tic-tac do relógio pendurado na parede da sala. Tirei as botas para subir os degraus e rumei para o meu quarto.

Despi-me da calça e guardei a peça no guarda-roupa, joguei-me cama de qualquer jeito e puxei o travesseiro para baixo da cabeça.

Dormir era tudo o que eu precisava.

[...]

Na tarde de domingo, Milla me ligou para falar sobre a tal festa, ela parecia que ia explodir de alegria, enquanto eu arrumava forças para falar no telefone.

Primeiro, precisamos de um DJ, depois pensamos em decoração e convites, não existe uma festa sem musica.  — supus que ela estava anotando tudo em sua agenda rosa.  — Meu irmão devia ter pensado nisso antes, será que ele sabe quanto tempo leva para organizar uma festa?

— Aposto que não.  — eu também não sabia.  — Quantas pessoas está pensando em convidar?

Tenho em mente cerca de oitenta, mas sempre lembro de alguém de última hora. Que bom que aceitou me ajudar, Amelie, é difícil fazer as coisas sozinha.

— Sem problemas, fico feliz em ajudar.  — isso era verdade porque eu adorava festas.

Vai fazer alguma coisa importante na quarta?

— Sabe que não.

Podemos preparar os convites aqui em casa e irmos procurar um DJ, conheço um cara bacana

— Isso é realmente necessário? Não podemos mandar um e-mail coletivo? Podemos ligar para o DJ.

Isso porque você está feliz em ajudar.  — ela disse chateada.  — Amelie, se não quiser fazer isso, não precisa.

— Não, não, eu vou te ajudar.  — arrependi-me de ter dito aquilo.  — Vou com você, que horas?

Depois das duas, pode ser?

— Tudo bem.  — aceitei sem pestanejar.  — Fica combinado, então. Tchau, beijos.

Voltei a assistir tevê depois disso, zapeei os canais até encontrar algo que me agradasse. Mamãe terminava mais um quadro em silêncio em seu ateliê, meu pai preparava as aulas do dia seguinte, sobrou só eu e um filme de romance idiota.

 

 

Até a quarta-feira, eu simplesmente procrastinei. Passei os dias praticando meu espanhol com músicas, lendo artigos sobre faculdades e fazendo testes de aptidão. Conversei com Andrew apenas por telefone, ele estava animado para a sua festa e não pude deixar me contagiar também. Prometi a mim mesma que faria de tudo para que a festa fosse maravilhosa.

Minutos antes de Milla chegar, eu me arrumei — short de cintura alta com estampas de roxo, azul e laranja, uma blusinha preta que mostrava parte da minha barriga e botas de cano alto —, penteei os cabelos e me maquiei basicamente.

O New Beetle amarelo de Milla chamava mais atenção do que deveria, quando ela estacionou eu dei graças. Ela saiu do carro ajeitando os óculos e olhando se o batom estava bom no reflexo do celular. Os cabelos curtos loiros a deixavam como uma definitiva californiana.

— Como conheceu esse cara?  — perguntei, enquanto caminhávamos pela avenida repleta de lojas.

— Na verdade, eu não o conheço, Andrew conhece. Ele me mandou até aqui. Ele tem uma loja de discos e todas essas coisas de DJs.  — ela virou a cabeça de lado para me encarar.  — Como está indo o curso de Espanhol?

— É diferente do que eu imaginava, espero que até a conclusão eu já tenha mente uma faculdade.  — suspirei após a confissão.

— Sei que vai pensar em algo.  — ela me cutucou com o cotovelo. 

Sorri para ela, relaxando de repente os ombros.

— Acho que chegamos.  — ela parou de frente para um letreiro vermelho que piscava exibindo FLASHLIGHT. Através da vidraça, eu consegui enxergar as prateleiras organizadas e repletas de discos.  

Ao entrarmos, um sininho soou e trouxe a atenção de todos para nós. Milla pareceu não ligar, ergueu os óculos e encaixou-o no meio do cabelo, caminhando para o centro da loja. Não era grande, mas era um ambiente agradável, pintado com cores fortes e com capas de discos enquadradas nas paredes. Mais ao fundo, alguns monitores exibiam vídeos de clipes de todas as épocas da música, pop, jazz, rock e todos os estilos musicais existentes. A nossa direta, prateleiras de vidros azuis apresentavam todo tipo de aparelhagem para DJs.

— Uau.  — foi tudo o que consegui dizer.

— Posso ajudar vocês?  — uma voz simpática e feminina disse as nossas costas, viramos ao mesmo tempo e encontramos uma baixinha morena com dois piercings no nariz.

— Na verdade sim. Estamos procurando por um DJ.  — Milla respondeu, tentando ler o nome da moça preso na blusa vermelha.

— É Stella.  — ela facilitou o processo e riu para nós.  — Eu sei de quem estão falando, só um minuto.  — a observamos, praticamente, se pendurar no balcão e gritar: — Shawn... tem duas meninas querendo falando com você aqui.  — nos encarou de novo.  — Ele vai atender vocês.

— Obrigada.  — agradeci. 

Nem um minuto se passou e nós vimos surgir por uma discreta cortina atrás do balcão, o nosso suposto DJ. Ele dobrava as mangas da blusa até os cotovelos e mantinha um sorriso no rosto. Milla e eu nos aproximamos do balcão e ele foi o primeiro a falar.

— Como posso ajudar?  — ele rodou o olhar pela loja e só depois nos fitou.  — A propósito, sou o Shawn.  — estendeu a mão para nós.

— Eu sou Milla e essa é minha amiga, Amelie.  — ela retribuiu o gesto e depois ele a estendeu para mim, seu aperto era firme.  — Estamos aqui porque vamos dar uma festa de Halloween e precisamos de um DJ.

— Recebemos uma indicação. Meu namorado o conhece e nos pediu para que o procurasse, disse que você nos ajudaria.  — expliquei.

— Sabe quantas festas de Halloween são dadas no Halloween?  — ele ergueu a sobrancelha, sem perder o sorriso.  — Não posso prometer ajudá-las, mas verei o que posso fazer.  

Ele procurou alguma coisa na pequena mesa atrás de si e virou-se com caneta e um pedaço de papel nas mãos.

— Este aqui é o meu numero, podem me ligar até sexta e lhes darei uma resposta.  — ele passou o papel para nós.

— Tudo bem, obrigada.  — agradecemos ao mesmo tempo.

Saímos da Flashlight e Milla me levou até uma loja de fantasias para darmos apenas uma olhada. Voltamos para sua casa uma hora depois e passamos um bom tempo envelopando os convites e conferindo a lista de convidados. 


Notas Finais


Sei que deve ter ficado chatinho, mas prometo que melhora do próximo em diante. Espero que tenham gostado. Beijos e até o próximo. Se quiserem, falem comigo pelo twitter: http://twitter.com/WALKERSTITCHES


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