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História Trouble boys - Quem usava as saias?


Escrita por: chierry

Capítulo 19 - Quem usava as saias?


O combinado era que Jeongin fosse até a sua casa, e lá estava ele, sentado de forma desconfortável no sofá. Os ombros tensos e os olhos sempre atentos, enquanto esperava Seungmim voltar com a caixa que dizia que Kevin havia mandado. Ainda achava que era mentira, mas tinha que ver para saber.

— Tá aqui! — o mais velho anúnciou, mostrando a caixa de papelão de aparência velha enquanto sentava no sofá, um pouco longe do menor para que ele não se sentisse desconfortável. Sabia que tinha agido como um verdadeiro filho da puta. — a caixa tá amassada porque 'tava debaixo da cama. — Justificou-se, entregando o objeto ao menor de forma hesitante.

Jeongin olhou para o jogador de soslaio, suspirando e levando as unhas curtas até a fita adesiva na intenção de tirá-la. Fez uma careta por causa do barulho chatinho, e depois arreganhou o papelão, encontrando primeiramente uma possível cartinha em cima do monte de plástico bolha.

Pegou o papel em mãos, sentindo Seungmim se aproximar de si curioso. Sentados lado a lado eles leram o conteúdo em silêncio, era curtinho, uma simples e clara despedida. Porque seria prejudicial demais eles continuarem se falando depois de tudo o que aconteceu.

— Vou sentir falta dele, nem pude me despedir. — Jeongin fez um biquinho, entregando o papel ao mais velho e tirando os plásticos de proteção. Seungmim revirou os olhos, ainda estava ali, disposto a implorar perdão e conquistar o coração do Yang de novo, ele não precisaria mais de Kevin!

O garoto retirou uma sainha quadriculada e curtinha de dentro da caixa, analisando-a com um sorriso e depois dando-a ao Kim. Aquele presente era para ele.

— É 'pra você. — Jeongin riu, e mesmo chateado Seungmim se permitiu admirar aquela risada bonita que fazia os olhos do mais novo fecharam de forma tão adorável.

— Eu uso as saias, mas não é você quem fode. — sorriu daquele jeito fofo, que deveria ser malicioso. Seungmim não consiguia não ser um bebezão.

— Não diga essas coisas, seu boca suja. — repreendeu com um revirar de olhos, voltando sua atenção a caixa e retirando meio receoso um dildo mediano da cor roxa. — Acho que esse é 'pra mim. — sorriu pequeno, talvez um tantinho envergonhado.

O Kim roubou a caixa de suas pernas com impaciência, dando uma olhada rápida lá dentro. Tinham potinhos com bolinhas eróticas*, camisinhas com sabor, um anel peniano, lubrificante sabor morango (o preferido de Seungmim), óleos para massagem e uma chocker com a letra "K" gravada em pedras brilhantes.

— Tudo o que tem aqui é 'pra nós dois. — o Yang suspirou, abaixando o olhar para duas mãos pousadas no colo, brincando com os dedinhos de forma acanhada. Seungmim era um idiota terrivelmente fofo, era perdidamente apaixonado por ele mas ainda tinha medo de ele fugir e barra ou continuar agindo de forma rude consigo.

— Por que você passou a me odiar de repente? — perguntou baixo, ouvindo um suspiro do maior. 

Pediu conselho de gente idiota, agiu feito um e fez coisas que não faria nem ao seu pior inimigo justamente à pessoa que gostava. Não tinha justificativa e muito menos desculpas plausíveis, mas depois de conversar com amigos de verdade e receber conselhos realmente úteis, iria arriscar. E mesmo que não tivesse o corpo de Jeongin de volta, ter suas desculpas aceitas por ele seria o bastante para acalmar o seu coração.

— Eu não te odeio Innie. — deixou as coisas de lado, se aproximando um pouco mais. — eu gosto de você. — o mais novo lhe olhou, tombando a cabeça para o lado de forma questionadora. Era realmente dúvidavel e sabia disso. — Me desculpe por tudo que fiz. É que na minha cabeça se você me odiasse não iria contar nada do que aconteceu para ninguém.

— Isso não faz o menor sentido, mas de qualquer forma você deveria saber que Hyunjin não deixaria se espalhar. Mesmo se eu contasse. — arrumou a postura na sofá, ficando frente a frente com o outro que tinha os olhos pidões e aquele expressão fofa.

— Eu sei, eu sei. Não tenho como me explicar Innie, só... Me desculpa. — encolheu os ombros, temeroso. Mal sabia que Jeongin era fraco.

— Tá bom.

— Hum?

— Eu te desculpo. — deu de ombros, pegando o óleo de massagem de dentro da caixa e fingindo que estava lendo o rótulo. Os olhos de Seungmim se arregalaram, junto com seu sorriso que cresceu a ponto de rasgar o rosto.

— É sério? — o Yang fez que sim, vendo o rostinho rosado do Kim e o seu sorriso aliviado. Era ele tão fofo, que droga. — posso te abraçar? — Jeongin voltou a dar de ombros, fugindo indiferença quando na verdade só queria se aconchegar nos braços do outro de novo.

Seungmim passou os braços ao redor de corpo pequeno do mais novo com cuidado, cheirando os cabelos dele enquanto sorria ao senti-lo encostar a cabeça em seu ombro.

— Você é fofo. — Jeongin riu quando se separaram.

— Ouvir isso do príncipe do aegyo é uma honra. — fez cena, sorrindo bonito e de verdade daquela vez. 

Jeongin disse que tinha que ir para casa, para o desespero de Seungmim. Em nenhum momento disse que se contentaria apenas tendo suas desculpas aceitas, é claro que não. Precisava de tudo que aquele ser lindo podia lhe dar e do mesmo jeito que antes insistiu implicando com ele, agora iria insistir em tê-lo.

Quando o Yang levantou do sofá, o agarrou pela cintura e o jogou de volta no móvel macio. Jeongin ofegou quando se viu deitado, com Seungmim em cima de si e com uma perna entre as suas. Eles se encaravam, estava totalmente fora de cogitação desviar o olhar agora e nem a timidez do mais novo seria capaz de desobedecer essa ordem.

— Você não quer testar... — o maior começou com a voz baixinha, nem lembrando mais o que iria tentar dizer enquanto se perdia naqueles olhos pequenos e bonitos, que lhe observavam com tanta curiosidade. — os brinquedos? 

Nem entendeu o que disse. Jeongin aproximou os rostos, pondo a mão em seu rosto e fazendo os narizes se tocarem. As respirações medrosas se misturaram quando as bocas abertas roçaram uma na outra, procrastinando antes de finalmente se juntarem em um beijo calmo. 

[•••]

— Cheguei mamãe. — Felix disse alto da porta, ainda estava meio confuso com o que tinha acabado de acontecer e nada melhor que a comida da sua mãe para lhe deixar mais calmo.

— Oi querido, venha jantar! Temos visita. — sua mãe respondeu não tão alto quanto si. Tirou os sapatos e foi deslizando as meias longas até a sala de jantar. — Senhor Bang chegou hoje Felix, ele veio jantar com a gente.

Felix sorriu para o homen mais velho que conversava à mesa com seu pai. Era estranho chegar a hora de comer e seu pai estar ali, tinha se acostumado tanto com a ausência dele.

Se curvou para o Bang em sinal de respeito, sentando rápido na cadeira e escondendo os pés descalços. 

— Como você está Felix? — o homem deixou o Lee mais velho de lado um pouquinho e se dirigiu ao garoto com um sorriso.

— Eu estou bem senhor. — pensou um pouco, lembrando que se um Bang estava ali, o outro também deveria estar. — o Cris não veio? — o homen riu junto com os outros adultos na mesa.

— Eu lhe disse que ele ia perguntar. — seu pai fez graça, bagunçando os seus cabelos com a mão e levando a taça de vinho a boca com a outra.

— Ele só vem daqui a alguns dias Felix, eu vim primeiro para organizar melhor as coisas com seu pai. — explicou, recebendo uma confirmação de entendimento do garoto.

Eles voltaram a comer, os adultos rindo de alguma conversa que Felix não entendia. A única coisa que podia compreender agora era que Cristopher Bang estava chagando.



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