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História Troublesome Love Stories - Como Tudo Acontece


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Titulo: Como Tudo Acontece
Tipo: Oneshot
Gênero: Romance/Familia
Classificação: Livre
Sinopse: De alguma forma, a vida deles foi se encaminhando para aquilo.

Aviso: Referencia/Spoiler da novel Konoha Hiden, capitulo 3.

Capítulo 8 - Como Tudo Acontece


Temari fazia a última hora do caminho até Konoha em passos lentos. Ao mesmo tempo que ela realmente queria chegar logo na vila, ela estava receosa sobre como seria aquilo.

Ela e Shikamaru tinham saído juntos pela primeira vez em um encontro de verdade, sem ser a respeito de trabalho ou após o trabalho, ou mesmo com alguns amigos, a exatos um ano e dois meses. Foi em Konoha, e Shikamaru a levou em uma casa de chá simples e bonita que nunca tinha reparado antes. Ele estava nervoso e ela, apesar da aparente calma, também estava. Foi um pouco complicado conseguirem vencer o constrangimento inicial de tudo aquilo. Mas, antes mesmo do primeiro gole de chá, Shikamaru soltou um “que problemático” e revirou os olhos. Ela riu e disse que ele não havia mudado nada, continuava um chorão. Depois de uma troca de farpas, os dois estavam conversando normalmente novamente. No fim da noite, parte do constrangimento voltou ao pararem um de frente para o outro na entrada do hotel onde ela estava hospedada. Mas Temari não esperou uma atitude dele dessa vez. Ela o beijou. E ainda sorria um tanto bobamente ao lembrar do beijo desajeitado, que se repetiu algumas vezes nos dois dias seguintes, até ela ter que voltar para Suna.

Outra lembrança que as vezes a fazia sorrir era do dia que eles visitaram o distrito das fontes termais, alguns meses depois do primeiro encontro, com o intuito de Shikamaru selecionar o melhor presente para o casamento de Naruto e Hinata. Apesar de também ter sido um momento constrangedor, foi depois de escolherem a pousada que Shikamaru trouxe à tona o assunto sobre o relacionamento dos dois e pediu que ela fosse sua namorada. Ela achou graça, mesmo ficando bem envergonhada na hora, e riu da cara dele. Shikamaru ficou desesperado, gaguejou, achou que ela não queria e soltou um senhor suspiro aliviado quando ela se explicou. Voltaram a maior parte do caminho, a mais deserta, de mãos dadas.

Kankuro pirou um pouco quando contou a novidade para os irmãos. Gaara gostava de Shikamaru e não só aprovou como gostou muito da notícia. Kankuro ameaçou de morte Shikamaru três vezes quando ele foi passar uma semana em Suna, mas Shikamaru até que levou bem na esportiva. Depois, o Nara admitiu que estava tremendo de medo de Gaara. Novamente, ela riu da cara do agora namorado. Mas ele teve sua vingança quando foi a vez dela de ser “apresentada” a família. Ficou aliviada quando encontrou muitas coisas em comum com Yoshino no jantar na casa dos Nara. Ela realmente havia gostado da mulher e depois Shikamaru afirmou veemente que a mãe havia a adorado.

Foi pouco depois de conhecer a mãe dele que deram mais um passo dentro do relacionamento. Eles estavam tratando de novo de assuntos do Exame Chuunin depois de um longo tempo sem se envolverem com isso. Temari estava hospedada na casa de Shikamaru, apesar de sentir que estava incomodando, a própria Yoshino tinha insistido para que ela ficasse ali, achando inadmissível que ela ficasse em um hotel tendo um quarto de hospedes na casa deles. Em um dos dias de folga entre a segunda e a terceira fase, Yoshino saiu em uma missão e os dois ficaram sozinhos. Não foi exatamente planejado, mas também não foi algo inesperado. Simplesmente aconteceu. Temari ainda corava ao lembrar das mãos de Shikamaru correndo seu corpo pela primeira vez. Não que tenha sido a única, tão pouco, mas certamente ficou marcado em sua memória de um jeito bom. Ela sabia que Shikamaru era gentil, já estando eles juntos a alguns meses, mas nada a preparou para toda o carinho e dedicação vindo dele naquela primeira vez que fizeram amor.

Avistou os portões de Konoha nesse momento, o vento frio do começo de fevereiro acertou seu rosto e ela o encolheu um pouco mais no cachecol que usava. Demorou um momento para encontrar a figura de Shikamaru encostada em uma pilastra, esperando-a, um cigarro nos lábios e os olhos dirigidos para o alto, fitando as nuvens que tomavam praticamente todo o céu. Seu coração falhou uma batida e depois disparou, suas bochechas coraram e ela diminuiu um pouco mais o passo para tentar não transparecer sua inquietação e nervosismo para ele, apesar de achar que não conseguiria de qualquer forma. Aquele homem a conhecia tão bem quanto ela própria.

Os olhos dele baixaram do céu e encontraram os seus. Ele sorriu tão espontaneamente que Tamari não conseguiu segurar o próprio sorriso. Ele desencostou da viga e caminhou em sua direção. Ela parou de andar por um momento, ficando repentinamente nervosa, mas logo voltou. Novamente, não queria que ele notasse que havia algo errado pelo menos por enquanto.

-Oe, problemática. –ele disse com aquele sorriso de canto e parou a sua frente

A vontade dela foi abraça-lo, mas se conteve. Fazia um pouco mais de um mês que não se viam e ela estava com saudade, sabia que ele também. A insegurança que apertava seu peito com a notícia que trazia também tornavam aquela vontade de se aninhar nos braços do Nara quase insuportável. Mas não eram dados a demonstrações públicas de afeto e ela podia ver, mesmo ainda um pouco distante, os guardas nos portões e alguns ninjas se encaminhando para o caminho onde eles estavam, provavelmente saindo para alguma missão.

-Oe, preguiçoso. –ela respondeu. –Jogue esse cigarro fora que eu não vou andar do seu lado sentindo esse cheiro.

Ele revirou os olhos, mas fez o que ela mandou.

-Engraçado como faz mais de um mês que não nos vemos, mas a primeira coisa que você faz quando me vê é implicar comigo. –ele resmungou enquanto voltavam a caminhar para o portão da vila lado a lado.

-É divertido. –ela respondeu com uma risadinha.

Tomaram o caminho já conhecido pelas ruas de Konoha em direção ao bairro do Clã Nara. Temari estivera na vila pela última vez na véspera de Natal, onde tudo estava decorado com luzes coloridas e enfeites verdes e vermelhos, além da neve, então ela estranhou um pouco a falta de todos esses elementos conforme andava ao lado de Shikamaru, sua mão esbarrando na dele de vez em quando.

-Disse pra minha mãe que você vinha. –ele comentou quando já estavam próximos da casa dele –Ela fez aquele doce de castanhas que você gosta, mas teve que sair em uma missão de última hora hoje de manhã.

-Hum, eu estava mesmo com vontade de comer aquele doce. –Temari disse, sentindo a boca salivar só de pensar –E é uma pena. Ela vai demorar?

-Acho que não... –ele respondeu –Quanto tempo você pretende ficar? Você veio com alguma missão ou...?

-Não. –ela respondeu, repentinamente se lembrando do motivo de ter vindo tão de repente para Konoha. –Eu só... queria... te ver. –ela disse um pouco nervosa e corou.

Shikamaru também corou. Ela sabia que estava cada vez mais complicado a situação em que o relacionamento dos dois se encontrava. Eles queriam cada vez mais ficar juntos, mas a distância de três dias e as responsabilidade que tinham dificultavam aqueles momentos onde conseguiam algum tempo um para ir a vila do outro. Ela própria sabia como fora difícil convencer o irmão a deixa-la vir para Konoha. Tivera que contar seu motivo, o que deixou Gaara surpreso e preocupado e ela extremamente constrangida e envergonhada.

Shikamaru abriu a porta de casa tão logo chegaram, dando espaço para ela entrar. Ela tirou os sapatos e seguiu direto para a cozinha, esquecendo da situação por um momento e só pensando no doce. Shikamaru foi atrás dela, risonho. Ela estava quase chegando no cômodo, quando sentiu seu braço ser puxado e seu corpo encontrou o do Nara. Shikamaru a abraçou, respirando profundamente e soltando o ar em um suspiro.

-Ah, Temari... –ele murmurou –Como eu gosto do seu cheiro... Do seu calor...

Ela corou, mas o abraçou de volta. Ela também sentia falta do calor dele, do cheiro dele e do aconchego que os braços do Nara era pra ela. Temari nunca imaginou que se sentiria assim, tão rendida a um sentimento como aquele, tão desejosa da companhia e da presença de uma pessoa, com saudades. Mas ela descobriu com o passar daquele tempo que estava com Shikamaru que não se importava de se sentir assim. Ela confiava nele. Várias vezes confiou sua vida em um campo de batalha a ele e agora confiava seu coração. Várias vezes dividiram horas e horas de trabalho e agora ela desejava dividir o resto da vida. Ela sentiu os olhos marejarem, mas segurou a emoção enquanto ele beijava sua testa. Shikamaru a soltou e ela virou rapidamente de costas, puxando-o pela mão até o resto do caminho até a cozinha, onde fez ele servi-la do doce. Ela sentou-se à mesa e ele sentou à sua frente, vendo-a devorar o doce com empolgação.

Eles já tinham conversado sobre aquilo obviamente. Sobre a dificuldade de se verem, sobre os sentimentos, sobre tudo. Shikamaru e Temari sempre conversavam sobre tudo antes de estarem juntos daquela forma, e o dialogo só melhorou e se ampliou depois que começaram aquele namoro. Ela sabia o quanto ele era inteligente e era uma das qualidades dele que ela mais admirava. Ela gostava de conversar, de se sentir desafiada pela inteligência dele. E ele parecia achar a conversa com ela também muito interessante. Então, o natural era, que àquela altura, já tivessem chegado a uma conclusão de como levar aquilo. Mas não, havia um impasse. Nenhum dos dois queria que o outro abrisse mão de nada, o que era absolutamente impossível na situação em que se encontravam. Temari sabia que seria ela a ter que mudar de vila, mas Shikamaru insistia que podiam tentar achar alguma solução.

-Está bom? –ele perguntou quando ela terminou a primeira porção e pediu mais.

-Uhum! –ela respondeu e sabia estar parecendo uma criança feliz, mas não se importou.

Shikamaru riu e serviu mais para ela. Observou enquanto ela comia com gosto. Quando ela terminou, os olhos brilhando de contentamento de finalmente matar aquela vontade que estava a perseguindo há dias, Shikamaru levantou da onde estava e sentou ao seu lado. Ela levantou uma sobrancelha quando ele se inclinou e deu um sorriso de canto.

-O que foi? –ela perguntou.

-É que está sujo aqui. –ele respondeu, segurando seu rosto em uma caricia e passando o polegar por seu lábio. Ela sentiu-se arrepiar com o gesto e fechou os olhos quando ele se aproximou sussurrando –Droga, ainda está sujo.

Ele a beijou com calma demais para quem estava a tanto tempo sem aquele contato, mas Temari apreciou. Correspondeu a calma do beijo dele e se pegou pensando que era exatamente daquilo que vinha precisando esses dias todo: Da calma de Shikamaru. Era inegável que os dois, apesar de terem muita coisa em comum, também tinha personalidades opostas. Mas eles sabiam que eram exatamente o que o outro precisava. Shikamaru precisava da energia de Temari para motiva-lo para frente, e Temari precisava da calmaria de Shikamaru para faze-la desacelerar quando necessário.

Ele se afastou devagar no fim do beijo e seus olhos se encontraram assim que se abriram. Temari sentiu os olhos marejar novamente, mas dessa vez não conseguiu esconder dele.

-O que foi? –ele perguntou preocupado, o cenho se franzindo.

-Nada. –ela respondeu rapidamente e ele levantou uma sobrancelha.

-Não é nada. –ele insistiu –Você está estranha desde que chegou. Aliás, está estranho até mesmo essa sua visita. –ele fez uma pausa, observado a confusão que se passava nos olhos dela -Veja, não estou reclamando, mas a gente tinha combinado já de se ver em duas semanas. Se você resolveu adiantar isso porque queria me ver, eu entendo, também queria te ver. Mas o seu comportamento está me deixando desconfiado que tem algo mais nisso tudo.

Temari suspirou pesadamente, desviando os olhos dos dele. Obviamente Shikamaru notaria que havia algo errado, ela nem sabia porque tentava esconder. Realmente já tinham combinado em se ver em duas semanas, quando viajariam juntos alguns dias antes da reunião da União Shinobi para o País do Ferro, para poderem aproveitar um pouco o tempo juntos antes de cumprirem com suas obrigações. Mas a descoberta que ela tinha feito no início da semana a deixara totalmente sem chão, em pânico, assustada, ela apenas queria vê-lo o mais rápido possível.

-Você tem razão. –ela disse por fim.

-O que foi? –ele perguntou novamente quando ela hesitou em continuar.

Temari voltou a encara-lo, procurando a melhor maneira de contar aquilo. Eles já tinham conversado algumas vezes sobre se unirem definitivamente. Casamento. Esse era um assunto que já tinham tratado e um sabia a opinião do outro sobre. O que ela contaria agora era um assunto delicado para ela e ela não sabia a opinião de Shikamaru sobre.

-Eu estou grávida. –ela respondeu por fim.

Os olhos de Shikamaru se arregalaram e ele ficou subitamente branco. Era a segunda vez que Temari dizia aquelas palavras em voz alta, a primeira foi para seu irmão, e dize-las novamente, dessa vez para Shikamaru, fez todo o pânico que ela sufocava desde que lera o resultado do exame voltar com força. Mesmo assim, ela aguardou uma reação dele o mais pacientemente possível enquanto ele absorvia a informação.

Demorou mais do que ela imaginava, sua paciência nunca fora muito grande e de uns tempos pra cá vinha ficando mais curta. Ela se perguntou se o grande cérebro dele tinha travado com ou algo assim. Se sentiu mais nervosa e assustada do que todo o caminho até ali e ela odiava verdadeiramente se sentir vulnerável com se sentia agora.

-Diga alguma coisa, Shikamaru! –ela pediu exasperada.

Ele abriu a boca um, duas, três vezes para tentar dizer algo, sem sucesso. As lágrimas nos olhos de Temari desceram e ela pensou se seria melhor sair dali antes que realmente tivesse uma crise de choro na frente dele.

Aquilo pareceu finalmente desperta-lo do choque e ele olhou-a com tanta intensidade que as lágrimas verteram mais rápido. Shikamaru segurou seu rosto com as duas mãos e secou as lágrimas com os polegares. Se aproximou dela, colou suas testas e suspirou.

-Eu só... –ele começou, meio perdido. –Cara, não acredito nisso! –os olhos dele brilharam e ele sorriu –Nós vamos... Uou!

Temari riu em meios as próprias lagrimas e ele se afastou. Ele sorriu para ela, verdadeiramente feliz. O aperto em seu peito proveniente do pânico que sentia com aquela situação amenizou um pouco, se sentiu um pouco mais segura.

De repente, o semblante dele ficou sério.

-Eu não acredito que você viajou sabendo disso, Temari! –ele exclamou indignado. –E ainda sozinha!

Ela levantou as duas sobrancelhas, surpresa.

-Calma! –ela pediu, defendendo-se –Está tudo bem eu viajar... Conversei com o médico antes de vir e... Bem, não vim sozinha. Tive que contar para o Gaara para ele deixar eu vir. Ele inventou uma missão qualquer para o Kankuro e ele me acompanhou até menos de duas horas daqui. -Shikamaru suspirou, aliviado. Ela revirou os olhos. – Você não vai começar a me tratar como se eu fosse de porcelana ou algo assim!

-Não estou e nem vou fazer isso. –foi a vez dele de se defender –Só... Céus, você está grávida! Tem... –ele se afastou um pouco e olhou para a barriga dela -Tem um bebê aí dentro. Nosso bebê.

Ela o encarou, percebendo como os olhos dele brilharam mais quando ele disse aquilo. Novamente, o pânico em seu peito cedeu mais um pouco. Ela se permitiu sorrir de leve.

-Você... Está mesmo feliz? –ela perguntou.

Ele voltou os olhos de volta para seu rosto e franziu o cenho.

-Você não está? –ele perguntou novamente preocupado.

Ela o encarou novamente, se fazendo a mesma pergunta. De repente, Temari encontrou no meio de todas aquelas sensações assustadoras a resposta para aquela pergunta.

-Eu... sim. –ela respondeu, seu sorriso se alargou um pouco mais. Ele segurou sua mão.

-Mas...? –ele perguntou, sabendo que algo estava a perturbando mais do que seria natural naquela situação.

-Eu estou com medo. –ela assumiu. -É assustador pensar que, como você disse, tem um bebê aqui dentro. E eu... Eu vou ser responsável por ele... Ele vai crescer dentro de mim... Vou dar à luz, amamentar, cuidar, proteger e... Amar. –ela soluçou, o choro voltando –Eu não sei se sei fazer isso, Shika. Eu não sei se consigo. Nunca tinha passado na minha cabeça a possibilidade de... De ser mãe. –ela deu uma pausa, mas Shikamaru parece perceber que ela não tinha terminado e ficou quieto. Ela respirou fundo e continuou – Não é só mais uma questão de abrir mão da minha vila, mas também da minha vida como kunoichi... E ainda é algo que a gente não planejou... Fiquei com tanto medo de você não reagir bem a isso....

Ele assentiu, apertando a mão dela.

 -Entendo como isso tudo é assustador. –ele murmurou. –Mas você não vai encarar nada disso sozinha. –com a mão que não segurava a dela, ele tocou seu rosto, acariciando sua bochecha –Eu estou aqui, com você. Vou estar com você, e com ele, ou ela, o tempo todo, Tem. Eu também vou cuidar, proteger e amar nossa criança. –ele sorriu e de novo Temari viu os olhos dele brilharem –E você não tem que abrir mão de sua vida como kunoichi. Dar uma pausa, ir mais devagar no começo, mas não abrir mão. –ele deu uma risada –Sinceramente, não consigo nem mesmo imaginar você sendo só dona de casa, Temari. -Ela riu entre as lágrimas. O apoio dele era tão importante de formas que ele simplesmente não tinha noção. –E, céus, Tem! Como você pode imaginar que eu ficaria de outra forma se não feliz com isso? Pode não ter sido planejado, mas nada na minha vida me faz mais feliz do que você e um filho nosso.

As lágrimas continuaram a verter dos olhos dela e ele voltou a encostar sua testa na dela. Se encararam por um momento e ele sorriu. Temari sentiu praticamente todo o aperto em seu peito sumir. Ela sorriu de volta, ainda sem conseguir parar de chorar. Shikamaru desencostou a testa da sua e olhou pra baixo.

-Eu... –ele hesitou. –Posso...Tocar?

Ela o encarou surpresa, pensando em como era estranho e encantador ao mesmo tempo. Mas ela voltou a sorrir, dessa vez irônica, e disse:

-Agora você precisa pedir permissão pra tocar em mim, preguiçoso?

Ele revirou os olhos pra ela, mas logo a expressão abobada voltou ao seu rosto enquanto ele colocava a mão em seu ventre ainda liso. Ela imaginou-se barriguda e Shikamaru repetindo aquele gesto. Várias emoções tomaram conta de si, e ela continuou sem conseguir parar de chorar enquanto Shikamaru olhava para a própria mão encantado.

Uma movimentação na porta da cozinha chamou a atenção dos dois, que viraram a cabeça rapidamente para olhar e encontraram Yoshino parada embaixo da passagem. O rosto dela expressou três reações consecutivas: Primeiro ela sorriu ao ver os dois, depois franziu o cenho ao notar a cara de choro de Temari e por último seus olhos se arregalaram quando ela viu onde estava a mão de Shikamaru.

-O... Que? –ela perguntou em um fio de voz, olhando de um para o outro e novamente para a mão de Shikamaru.

Temari sentiu-se imediatamente apreensiva e não conseguiu não transmitira isso em sua expressão. Ela desviou os olhos da mulher e olhou para Shikamaru que estava branco, o sorriso sumia e aparecia de seu rosto como se ele não soubesse se continuava feliz ou se entrava em pânico em ter que encarar a mãe naquele momento onde ele próprio ainda não havia absorvido a notícia por completo. Temari voltou a olhar para Yoshino e o cenho da mulher tornou-se a franzir.

-Mãe... –Shikamaru quebrou o silencio, tirando a mão de seu ventre e levantando da cadeira. Temari também se levantou.

-Shikamaru... –ela começou. –Oh, céu... –ela exclamou –Não me diga que... –ela deu uma pausa. Nem Shikamaru, nem Temari sabiam o que dizer. –Me diga o que significa isso agora mesmo, Shikamaru!

Shikamaru engoliu em seco.

-Temari está grávida, mãe. –ele respondeu e Temari não pode deixar de notar o sorrisinho que nasceu quando ele disse isso.

-Você está brincando, não é? –ela perguntou e de repente um sorriso brotou nos lábios dela –Não brinca com isso, Shikamaru! Eu... Eu vou ser avó? –Shikamaru acenou positivamente com a cabeça, ainda receoso –Oh, eu não acredito! –a expressão de Yoshino se alterou de novo e ela encarou Shikamaru duramente –Seu irresponsável! Como você engravida a menina assim, antes de casar com ela? –ela apontou o dedo para o filho –O que você tem na cabeça?! – Shikamaru recuou um pouco e Yoshino virou os olhos para Temari e sorriu –Ah, eu não acredito! Vou ter um netinho.

-Que problemático... –Shikamaru murmurou.

Yoshino avançou até os dois e deu peteleco na cabeça de Shikamaru.

-Moleque idiota! –ela exclamou.

-Ai! –Shikamaru se encolheu.

Temari encontrou os olhos castanhos da sogra nos seus e ela a olhava com tanto carinho que Temari corou e desviou o olhar.

-Eu... –Temari começou, constrangida.

Yoshino a abraçou. Temari arregalou os olhos e estacou, sem saber o que fazer.

-Você vai encher minha casa de vida de novo, Temari. –ela murmurou em seu ouvido –Eu não posso ser nada mais além de grata.

Temari sentiu os olhos transbordarem novamente e finalmente correspondeu o abraço. Viu, por cima do ombro, Shikamaru secando uma lágrima do próprio olho, com um novo sorriso bobo nos lábios. Ela riu e murmurou um “bebê chorão” pra ele, que revirou os olhos, sem deixar de sorrir.

Ainda existia um pouco de receio dentro dela. Ela ainda teria que deixar sua vila e seus irmãos e ainda tinha medo de tudo que teria de encarar com e por aquele ser que nesse exato momento crescia dentro dela. Mas Temari entendeu naquele momento que ela não estava perdendo sua família ao deixar seus irmãos em Suna e vir morar com Shikamaru.

Ela estava ampliando as duas famílias que já existiam, ela e seus irmãos e Shikamaru e sua mãe, e criando a sua própria.


Notas Finais


Me emocionei muito escrevendo essa fics! Meu xodó agora *O*

Tenho duas coisinhas pra falar pra vcs:
Primeira: Acabaram as ones prontas. Não vai ter mais uma frequencia de postagem. Vou tentar atualizar uma vez por semana, mas não garanto, pois agora dependo da minha criatividade hauhauh'

Segunda: Eu estou concluindo algumas ones +18 e gostaria de saber a opinião de vocês! Posto elas aqui junto com as outras, ou em uma coleção separada só com fics hentai?

Deixem comentarios falando o que vocês acham e dando a opinião de você!!

Feliz ano novo pra todos =D


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