História True love- Shortfic Lutteo - O convite

"Na vida e no amor, não temos garantias. Portanto não procure por elas. Viva o que tem que ser vivido. Sem medos. O medo é um dos piores inimigos do amor e da felicidade.

                              Arnaldo Jabor

Tudo estava errado. O príncipe sabia disso. Ele teria que se casar em dois meses, teria que seguir infinitas regras e tradições e justo agora havia conhecido Luna.

Por que agora? Justo agora ele havia conhecido alguém que podia mudar tudo, mudar a sua vida. 

O que ele podia fazer? Como podia mudar as coisas? Eram tantas perguntas, mas nenhuma parecia ter uma resposta, mas ele precisava achá-las.

Quando acordou na manhã seguinte, o príncipe foi informado de que os convites para o baile já estavam sendo enviados. Ele ficou feliz, mesmo sabendo que apesar de não poder deixar Luna o ver, ela estaria no baile. 

-Você está bem Matteo? -seu amigo Gaston perguntou, assim que o viu descer as escadas do castelo.

-Se você considera estar cheio de problemas, estar bem, sim estou. -respondeu o príncipe. 

-Achei que você já tinha se acostumado a ser príncipe. -falou o guarda.

-Eu também achei Gaston, mas cada vez mais me convenço de que isso não é pra mim. -falou o príncipe. 

-Está dizendo que acha que não devia ser príncipe?  -perguntou o guarda. 

-Estou e não posso nem pensar que em alguns meses serei rei. -falou o príncipe. 

-Matteo, não sei como você pode pensar que não devia ser rei. Não vejo outra pessoa que possa ser um rei melhor que você. -falou o guarda. 

-O meu pai Gaston, ele sim é um ótimo rei. -falou o príncipe. 

-É, mas você tem ótimas ideias. Já pensou em tudo que você pode mudar, quando for rei? -pergunta o guarda.

-Se tudo fosse tão fácil assim Gaston. Vai ser bem difícil eu conseguir fazer o que quero, mudar as tradições. -falou o príncipe. 

-Eu sei, mas você não vai deixar as coisas assim né Matteo? -pergunta o guarda.

-Não, mas antes eu preciso achar uma solução para a minha vida. -falou o príncipe. 

-O quê? -pergunta o guarda. 

-Nada não Gaston, te explico depois. -falou o príncipe, saindo pela porta.

                    [...]

Na casa dos Álvarez era onde Luna morava. Depois que sua mãe adotiva morreu, Juliana que era uma grande amiga de sua mãe ofereceu a sua casa a ela. 

Além das duas, o filho de Juliana também mora lá. Luna o adora, eles sempre se deram bem.

-Simón, estou tão feliz. -a jovem fala, enquanto arrumam a mesa para o almoço. 

-Por que Luna, aconteceu alguma coisa? -perguntou o amigo, curioso. 

-Não, nada de especial, só estou feliz por tudo que tem acontecido na minha vida. -falou a jovem.

-Que bom Luna. Se você está feliz, eu fico feliz também. -falou o amigo, fazendo Luna sorrir. 

-Terminaram de arrumar as mesas ou ficaram conversando? -perguntou Juliana, entrando na cozinha.

-Está quase tudo pronto mãe. -respondeu Simón.

-Pelo jeito ficaram conversando. -falou Juliana, olhando para a mesa, que estava quase do mesmo jeito de quando ela havia saído da cozinha.

-Desculpa Juliana, eu não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo. -falou Luna, se justificando.

-Tudo bem Luna, sei que quando vocês começam a conversar esquecem de tudo. -falou Juliana. Luna e Simón se olharam e riram. 

-Já vamos terminar mãe. -falou Simón.

-Acho bom. -falou Juliana, fingindo estar brava. Enquanto todos faziam as suas coisas, a campainha tocou.

-Eu vou atender, continuem aí. -falou Juliana, indo abrir a porta.

-O que será essa hora? -perguntou Simón.

-Não sei, vamos terminar antes que a sua mãe volte. -falou Luna e Simón assentiu.

Alguns minutos depois, quando Juliana voltou, eles já haviam arrumado tudo.

-Está tudo arrumado mãe. -falou Simón.

-Ótimo filho. Tenho uma surpresa pra vocês, acho que irão gostar. -falou Juliana. -Peguem. -continuou ela, entregado um envelope pra cada um. 

Simón e Luna abriram os envelopes e ficaram surpresos quando viram o que era.

-É um convite para um baile no castelo. -falou Luna, olhando para o amigo. -Nós fomos convidados Simón. -continuou ela, animada com o convite.

-Fomos Luna, nós fomos convidados. -falou Simón, animado.

-Sabia que iam ficar felizes, mas agora vamos almoçar. -falou Juliana e os dois assentiram, felizes.

                     [...]

No fim daquela tarde a campainha tocou e Luna foi atender. Quando abriu a porta encontrou a sua amiga Nina extremamente animada.

-Nina você está bem? -perguntou Luna, assustada.

-Muito amiga, demais. -falou Nina, entrando.

-Tem certeza? -perguntou Luna, fechando a porta.

-Você recebeu também? -perguntou Nina.

-O que? -perguntou Luna.

-O convite para o baile Luna. -falou Nina.

-Eu e o Simón recebemos hoje de manhã. -falou Luna.

-Eu acabei de receber, estou tão animada. -falou Nina.

-Percebi amiga. Eu também estou, mas não como você. -falou Luna.

-Você sabe quanto tempo eu esperei por isso. Imagina comigo, eu num castelo enorme, cheio de príncipes, é um sonho.-falou Nina.

-É, estou feliz por você. -falou Luna.

-E por você também. Luna esse baile vai ser maravilhoso, todos os jovens do reino estarão lá e virão príncipes e princesas de outros reinos. Se você tivesse visto o guarda que eu vi na minha porta hoje, não perderia esse baile por nada. -falou Nina e Luna riu.

-Só você mesmo Nina. -falou Luna.

-É sério amiga, ele era muito bonito. Eu fico pensando, se os guardas são daquele jeito, imagina o príncipe. -falou Nina e Luna teve que rir de novo. Desde que conhece a amiga, ela fala sobre o seu desejo de ir ao castelo e de conhecer o príncipe, o que agora parece estar perto de se realizar.

-Estou muito feliz, de verdade, por podermos ir ao baile. -falou Luna.

-Então você vai? -pergunta Nina.

-Claro amiga, eu nunca disse que não ia. -respondeu Luna.

-Eu achei que não, você não falou nada. -falou Nina.

-Você chegou animada demais e não me deixou falar, mas eu vou sim. -falou Luna.

-Desculpa amiga, acho que exagerei um pouco, mas eu esperei tanto tempo por isso. -falou Nina.

-Eu sei e vai ter que esperar mais uma semana. -falou Luna.

-Espero que passe logo. Vamos sair para procurar os vestidos? -perguntou Nina, fazendo Luna rir. Certamente não haveria mais nada aberto aquela hora.

Feliz pela amiga e por ela irem ao baile no castelo daqui uma semana, Luna a abraçou, pensando se Nina podia estar certa sobre o baile e concluiu que sim, aquela noite seria uma das melhores da sua vida.