Pov Harry Styles:
Enquanto todos estavam apreensivos vendo Nickolas fazendo Bea de refém, eu observava bem todos os seus movimentos pra poder agir o quanto antes. Ele não demostrava medo, nos olhos dele eu via apenas diversão, ele estava se divertindo com tudo que estava acontecendo. Resolvi me aproximar com as mãos rendidas e ele logo pôs os olhos em mim.- Harry Styles, é um prazer tê-lo aqui presente neste momento.- E riu. Eu não conseguia controlar o ódio que estava, meus olhos me denunciavam já que não parava de encara-lo.- Veio salvar sua princesa do vilão malvado?
-Deixa ela fora disso Nickolas, eu matei o seu irmão, é de mim que você quer se vingar.- Ele gargalhou enquanto Bea chorava quietinha em silêncio.
-E você acha que eu quero vingar a morte do John? Está enganado meu amigo, se você não o matasse eu o mataria, me fez apenas um favor, muito obrigada por isso.- Naquele momento eu vi que o perigo não estava no Keller e sim na porra do irmão mais novo dele que eu deveria ter mandado pro inferno a muito tempo.
-Larga minha irmã Nick, entrega ela.- Pediu Aaron e Nick negou abaixando a arma.
Fiquei confuso mais continuei prestando atenção.
-Não farei isso nem por você nem por ninguém Aaron, te considero pra caralho mais não vai rolar.- O mesmo guardou a arma no cós da sua calça e pegou um tipo de adaga mediana.- Ela é serviço meu a anos, a muito tempo a observei já que fui pago antecipadamente pela sua morte, e como serviço é serviço, terminar é lei.- Ele colocou a adaga no pescoço da Bea e eu engoli seco sem tirar os olhos dali.- Eu até poderia fazer isso aqui na frente de todos vocês, mais não, prefiro fazer como fiz com todos os outros, apenas eu e minha vítima.- Olhou pra ela dando um beijo em seu rosto.- Principalmente se minha vítima é a garota que eu amo.
-Ama?- Perguntei indignado.- Ama uma porra!! Se amasse você iria querer o bem dela e não mata-la como planeja.- Não aguentei soltando as palavras que pelo jeito o atingiram.
-E você? Huh? Se a amasse como diz amar, teria estado com ela a todo o custo, não importa oque acontecesse jamais a abandonaria como fez, eu estive com ela esse tempo todo então cala a porra da sua boca seu fuleiro!!- Falou ele cheio de ódio na voz assustando a Bea e a todos que também apontavam a arma pra ele.- Eu vou sair daqui com ela e não quero ninguém me seguindo ouviram bem? NINGUÉM!!!- Gritou a última parte olhando pra mim e começou a arrastar Bea com ele entre os policiais que assim como eu e Aaron tentaram negociar com ele.-Eu quero um carro, agora, vai.- Falou ele pra Vanda que o encarava de olhos marejados.
Mas .. porque?
-O meu, leva o meu.- Disse Aaron com a voz embargada jogando a chave nos pés do Nickolas.
-Pega.- Disse ele pra Bea que por medo estava trêmula e só sabia olhar pra todos nós a sua frente.- PEGA!!!- Gritou ele a assustando, rapidamente ela desceu até o chão e pegou a chave o entregando.- Boa garota, agora quero que me ouçam, todos.- Falou ele chegando até o carro do Aaron.- Ninguém, não quero ninguém atrás de mim, se vierem eu a jogo do carro em movimento com a adaga enfiada no pescoço, entenderam?- Todos mesmo contra vontade assentiram, até mesmo o Aaron, o único que não moveu um dedo pra concordar com essa palhaçada fui eu.- Bom, entra aí.- Ele abriu a porta jogando praticamente a Bea lá dentro, oque estava me deixando mais puto do que já estava. Ele a fez entrar pelo lado do motorista junto a ele ja pra não dar brecha da polícia abrir fogo contra ele. Feito isso, ligou o carro saindo queimando pneu dali enquanto os policiais junto a nós pensavamos em algo pra fazer.
Fui até o Aaron que estava sentado batendo incessantemente o pé no chão.
-Me diz que o GPS estava ligado.- Esperei sua resposta positiva e ganhei uma porra de uma negativa.
-Não, não estava.- Sua resposta me deixou sem saber oque fazer já que estava contando com isso. Agora Bea está se distanciando mais a cada segundo que se passa e essa dor no meu peito só me dilacera por dentro. Só de saber que eu tive tantas oportunidades pra arrancar a cabeça daquele cara e não aproveitei, me sinto inútil a tal ponto de me dar um tiro. Porra, que ódio do caralho maluco, eu deveria ter matado aquele filho da puta.- Aí, Harry.- Parei de andar de um lado para o outro e olhei pra Aaron que se levantou vindo até mim.- A gasolina está pela metade, ele não vai conseguir chegar na fronteira nem se ele quisesse.- E o sorrisinho sacana do palhaço apareceu me fazendo repetir seu ato entendendo agora o motivo pelo qual ofereceu seu carro.- Conhece bem aquele lado?
-Bem até demais.- Respondi me lembrando de vários casebres vazios que tem pelo caminho até a fronteira.- Se está pela metade, com certeza o carro irá parar no início da madrugada.
-É onde pegamos ele.- Falou Aaron e eu concordei.- Acha certo contar a eles?
Olhamos para os policiais e os três agentes do FBI incluindo Vanda que estava olhando para o nada.
-Só ela.- Apontei pra mesma.- Algo me diz que ela será de grande serventia nisso tudo.
-Porque?
-Eu irei descobrir, mas até lá irmão, você vai pra casa.- Toquei seu ombro e sai andando até a vanda.
-Oque?! Mas...Styles?!- Virei-me pra ele e dei de ombros.
-Confia em mim não confia?- Ele me olhou furioso e não me respondeu até receber uma mensagem de alguém. O mesmo olhou pra tela do seu smartphone e em seguida depois desviou o olhar pra mim.
Suspirou e assentiu se dando por vencido.
-Traz ela de volta tá?- Sorri pro mesmo que me mostrou sua mão e eu a apertei confiante.
-Deixa comigo, ela voltará pra você sã e salva Aaron, prometo.- O mesmo me abraçou brevemente e saiu dali indo até uma das viaturas. Eu fui até Vanda e me encostei ao seu lado. Ficamos em silêncio por alguns minutos, acompanhamos o Aaron ir embora com os policiais restando apenas o carro da Vanda e mais outro no local.- Dói né?
Silêncio.
-Doi oque?- E aquele tom de falsa desentendida veio a tona.
-Ouvir de quem agente gosta dizer que ama outra pessoa.- E páh, acertei exatamente onde eu queria pois a mesma engoliu seco enquanto olhava pro nada.
-Não sei do que você está falando Styles.- Vanda deu a volta indo até a porta do motorista a abrindo fingindo procurar algo lá dentro.
-Eu sei, só não entendo o porque continua nutrindo sentimentos por um cara que além de ser um filho da puta é um serial killer.- Falei ainda no mesmo lugar, até que passados dois segundos a porta do carro fecha com força.
-E quem é você pra se meter na minha vida?- Falou ela enraivecida vindo até mim.- Você não me conhece o suficiente pra saber oque eu sinto em relação ao meu relacionamento com o Nick!!- Segundos depois pareceu arrependida do que havia dito ao ouvir suas próprias palavras na hora da raiva. Fechou os olhos fortemente e agora sabendo que não adiantava disfarçar bufou alto se rendendo.- Okay, você me pegou. Como descobriu?
-Sou observador, taí um dos motivos pelo qual Keller me quis junto a ele na máfia.- Vanda voltou a se encostar no carro.- Não vale a pena vai por mim.
-Eu sei que não, estou liderando esse caso a anos e anos, na verdade não estava preparada pra essa descoberta.
-Qual descoberta?- Ela suspirou alto e piscou os olhos contendo suas lágrimas.
-A qual o matador de rosto invisível que eu tanto procurava era o meu marido.
Eita porra!! Por essa eu não esperava.
Não esperava mesmo!
-Puta que pariu...seu...marido?!- Perguntei perplexo e ela assentiu.- Mano, e mesmo diante de você ele...
-Nem se importou? Pois é, isso foi oque mais doeu em mim.- A mesma limpou uma lágrima rapidamente.- Não sei nem oque irei dizer a Alice quando souber.
-E quem é Alice?
-Minha filha...minha e do Nickolas.- E mais uma vez minha cara foi ao chão. Então quer dizer que o engomadinho que se dizia ser um homem de bem, além de ser um serial killer altamente perigoso é casado, mentiroso e tem uma filha com uma agente do FBI??
Que ironia não?
-Caramba...e quantos anos ela tem?
-3 anos.- Falou ela com um pequeno sorriso que logo se desfez.- Ela ama tanto aquele pai dela...um pai que nunca existiu.- Eu apena ouvia sem dizer uma palavra.- Mas isso precisa acabar, minha filha não pode conviver com esse tipo de pessoa na vida dela.
-Oque pensa em fazer?
-Preciso dar um jeito de encontrar o Nick, e ao invés de prende-lo irei mata-lo de uma vez.- Falou ela num tom firme e bem concreto.
-E você tem o poder pra isso?- Perguntei já sabendo a resposta.
-Oque você acha?
Sorri.
-Acho que podemos entrar num acordo.- Me desencostei do carro ficando na frente dela.- Eu te levo até o Nickolas e você faz oque tem que ser feito e eu levo minha garota comigo sã e salva de volta pra casa.- Ela me olhava desconfiada.
-E você sabe pra onde ele foi?
-Não, mas de uma coisa eu sei, nenhum carro vai tão longe sem gasolina.- Ela pareceu me entender e assentiu pensativa, segundos depois mostrei minha mão a ela.- E então agente? É pegar ou largar.
Mesmo desconfiada, Vanda segurou minha mão fechando o acordo comigo.
-Feito.
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