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  3. Capítulo I

História Try - Capítulo I


Escrita por: just_someone13

Notas do Autor


AVISOS:
Eu sei que eu apareci com duas ones e tals e que teoricamente essa aqui deveria ser uma fic curta, mas enfim fugiu do meu controle?
Eu tenho vários avisos para dar, não que eu ache que alguém vá de fato ler isso aqui, mas eu sou obrigada a dar os avisos.
Primeiro: se você é leitor antigo, já está acostumado com a minha forma de conduzir as personagens por um verdadeiro caos de crescimento. Não vou prometer que elas no futuro fiquem com as filhas uma das outras, nem aviões caindo e nem guerras.. vocês já me conhecem e sabem como eu gosto de reviravoltas.
Se você é leitor novo... prometo que vai ser divertido.
Segundo: se você é leitor novo e resolveu ver minhas outras histórias, saiba que não é obrigado a ler nenhuma, mas que caso leia e por ventura de um lapso de julgamento resolva me xingar por discordar do shipp. Eu vou te denunciar e bloquear.
Terceiro e talvez o mais importante: A história apresenta gatilhos, por favor, leia com cuidado eu deixarei avisos individuais nos capítulos com gatilhos reais sinalizando quais eles são.
Sim, a história é uma angst, mas após tanto tomar no rabo o certo é ter um orgasmo a não ser que você esteja com alguém muito ruim...

Capítulo 1 - Capítulo I


ATENÇÃO: O capítulo apresenta gatilho para violência doméstica: psicológica e física. Cenas não descritas, mas subentendidas.

 

A quantidade de pessoas naquele salão estava começando a lhe causar falta de ar. Sentiu a mão serpenteando sua cintura e o perfume fraco do irmão lhe invadindo o olfato.

- Aqui. – Lex lhe estendeu a taça de champanhe. – Beba, sorria e mantenha o queixo erguido.

Lex sorriu para um grupo de homens erguendo a mão em um comprimento rápido, se virou para a irmã e piscou um dos olhos azuis. Ele ainda tinha um sorriso nos lábios quando viu as três pessoas que tinham acabado de entrar no salão.

- Agora… - A voz dele abaixou dois tons, enquanto ele manobrava a irmã para ficar de costas para a entrada. – Eu quero que você seja uma boa menina e brinque direito com a Danvers.

Apertou a taça que estava em sua mão e deu um olhar ultrajado para o irmão.

- Por que a convidou? – Falou entredentes.

- Bem, para início de conversa nós estamos a patrocinando, também o primo é um dos principais jornalistas do Planeta Diário e é um dos meus melhores amigos. – Ele arqueou suas sobrancelhas claras. – Ela é boa para os negócios Lena, você sabe disso. Agora, sabe o que não é bom para os negócios? Você brigando com uma de nossas patrocinadas que tem um ótimo faturamento e principalmente o fato de que você jogou uma taça de champanhe nela.

- Eu odeio a arrogância dessa mulher. – Lena respondeu, seus dentes tão apertados que poderia trincar a mandíbula.

- Alguns dizem que é o meu charme. – A voz bem-humorada fez com que os dois Luthor se virassem.

A mulher estava sorrindo para os dois, olhos azuis claros brilhando com diversão.

- Se não é a melhor tenista da cidade. – Lex sorriu antes de estender a mão para a loira. – Como está o ombro? Vimos sua final em Stuttgart e meus parabéns pelo título.

- É sempre bom ganhar. – A loira sorriu outra vez. – E meu ombro está bom, foi apenas um pequeno incômodo então J’onn achou que era melhor um pequeno descanso para recuperação. Assim eu chego em Madri com força total.

- É bom, não queremos que se machuque. – Lex tinha um sorriso charmoso nos lábios, apertou a cintura de Lena que olhava para o lado. – Espero que aproveite do evento.

Lena finalmente olhou para a tenista que tinha um sorriso atrevido nos lábios. Seus olhos deslizaram pelo colo desprotegido pelo decote generoso do macacão que a mulher estava usando preso por um bonito cinto. Quando os olhos verdes da Luthor se encontraram com os azuis da Danvers, uma sobrancelha clara se arqueou com diversão.

- Srtª Luthor. – A loira inclinou a cabeça. – É sempre um… prazer… vê-la.

Lex apertou a cintura de Lena que deu um sorriso educado e forçado.

- Onde está o noivo? – Perguntou docemente.

- Jack está em uma viagem a trabalho. – Lena respondeu com outro sorriso forçado.

- Ah… que pena… - A loira olhou para Lex e inclinou a cabeça. – Sr Luthor, com licença.

Lex esperou até a loira estar fora do alcance dos dois para olhar a irmã.

- Obrigado por não criar um escândalo. – Ele murmurou antes de acrescentar enquanto levava a taça aos lábios finos. – Mas acho que ela estava quase te comendo com os olhos.

- Eu tenho nojo desse ego dela. – Lena respondeu olhando para o irmão que soltou uma risada abafada. – Por favor, não me force a interagir com Kara Danvers outra vez.

Ele observou a irmã sair e respirou fundo enquanto ela se afastava para o lado contrário da tenista.

*Try*

Kara Danvers deslizou pelo saguão do hotel, parou na mesa de atendimento onde um rapaz bem vestido se aproximou.

- Reserva em nome de Danvers. – Ela tamborilou contra o balcão enquanto olhava o ambiente.

O homem verificou o registro e estendeu um cartão autorizado. Kara se afastou indo em direção aos elevadores, sorriu para o casal de idosos com o qual compartilhou a subida até o quinto andar. Andou pelo corredor até a porta 506, liberou a entrada na suíte, quando a porta se fechou sentiu o corpo feminino lhe pressionar contra a madeira. Seu sorriso se alargou quando sentiu a boca faminta lhe procurando, a segurou pela nuca sentindo os cabelos sedosos e deu início ao beijo desleixado. Suas mãos se agarraram a cintura nua deslizando em direção a bunda coberta por uma calcinha que seu tato lhe deixou ciente que era de pura renda. Seu sorriso aumentou sentindo a boca sedenta deslizar pelo queixo em direção a garganta, ergueu um pouco o queixo dando mais espaço para a mulher. Moveu-se em direção a cama grande do quarto com um empurrão um pouco mais forte desgrudou a mulher de si e a fez cair sentada no colchão. Montou as coxas da mulher e voltou a levar sua mão até os cabelos os puxando um pouco para que ela lhe oferecesse o rosto.

- Boca gostosa. – Sussurrou ainda sorrindo.

- Você demorou. – Ouviu o sussurro de resposta.

Kara sentiu as mãos deslizarem pelas suas costas até acharem o zíper do macacão, o descendo com força.

- Calma querida, estaremos aqui a noite toda. – Sussurrou deslizando a boca pela mandíbula angulada da mulher, sua boca subindo até a orelha onde chupou o lóbulo.

- Não posso. – Ouviu o sussurro um pouco gemido. – Tenho uma reunião pela manhã e preciso dormir em casa para sair cedo.

- Isso é uma pena. – Kara respondeu com a voz rouca cheia de luxuria ao pé do ouvido da mulher, deslizou a ponta dos dedos pela nuca dela. – Eu poderia te devorar a noite inteira.

O gemido rouco pela antecipação escapou pela garganta da mulher. Kara se afastou sentindo os dedos se arrastarem pelos seus ombros levando o macacão junto, deixando apenas as pernas ainda vestidas. Os dedos percorrendo os braços firmes, sentindo a musculatura rígida por baixo da pele, a boca quente de Kara se ocupava com seu pescoço.

- Me toque. – Ela sussurrou entre um gemido e um suspiro.

Kara sorriu contra a pele macia, o cheiro do perfume caro entrando por suas narinas conforme ela deslizava o nariz pelos seios, a mulher foi se deitando na cama ficando à mercê da tenista.

Kara se levantou deixando o macacão deslizar por suas pernas, chutou a roupa para o lado antes de se ajoelhar entre as pernas da mulher. Beijou a coxa esquerda a sentindo tremer, sua língua quente deslizando pela pele antes de uma pequena mordida ser colocada perto da virilha. Sentiu uma mão chegar a sua cabeça.

- Kara, pare de brincar. – A voz rouca sussurrou.

- Eu gosto quando você pede. – Respondeu deslizando a boca pela renda.

- Kara… - Um gemido e um puxão em seus cabelos. – Por favor…

A Danvers mordeu o pano ainda sorrindo, com cuidado apoiou os dedos nas laterais e puxou a peça pelas pernas longas.

- Querida… - Kara sussurrou, antes de se aproximar do alvo. – Eu estava sedenta por você.

A língua quente deslizou pelo sexo colhendo da umidade que já escorria. Ouviu o suspiro alto. O gosto a fez gemer baixo, doce um pouco ácido e decididamente delicioso. Sua língua entrava e saia arrancando suspiros e gemidos desconexos, sua cabeça era pressionada contra o sexo enquanto o quadril rebolava suavemente.

- Mais… - O sussurro rouco, lambeu os lábios secos. – Mais…

Kara aumentou o ritmo com o qual usava a língua sentindo o rebolado aumentar e seu queixo ficar ainda mais melado pela lubrificação. O pulsar em sua boca, o gosto mais forte e a contração das pernas poderiam ter lhe feito diminuir, mas Kara queria mais. Aquele gosto era viciante. Os gemidos fracos, um pouco manhosos, a forma como a mão livre amassava os lençóis e o jeito como o quadril voltou a rebolar. Sim, ela estava pronta para outra e outra e outra e outra…

- Chega… - O sussurro exausto suas mãos estavam caídas ao lado do corpo sem forças. – Chega…

Kara abandonou o sexo e subiu colocando pequenos beijos pela pele macia, os músculos tremendo ao seu toque. Os seios suculentos foram tomados pela boca quente, a respiração agitada era superficial e os gemidos fracos.

- Certeza que não pode passar a noite? – Sussurrou contra o pescoço da mulher antes de morde-lo.

A mulher mordeu o lábio com um sorriso contido.

- Você está voraz hoje. – Sussurrou para Kara que se deitou ao lado dela.

- Não me culpe, o vestido que você estava usando me deixou a noite inteira imaginando o que eu queria fazer. – Kara lambeu os lábios com um sorriso.

- Como está o seu ombro?

- Eu disse, está bom… J’onn só está sendo conservador. – Kara fechou os olhos por um momento. – Hoje eu fui para a academia e não senti nada. Quero chegar em Madri logo, estou perdendo tempo no saibro.

- Depois de Madri? – Virou o rosto para ver os contornos da loira.

- Roma. – Lambeu os lábios ainda sentindo o gosto da mulher na boca. – Depois vou para a França, participo do Estrasburgo e continuo na França até Roland Garros.

A mulher se moveu atraindo a atenção de Kara, ela estava se abaixando o que fez o sorriso da loira se alargar. A respiração suspendeu junto com a contração do abdômen quando sentiu os lábios roçarem a pele. A língua atrevida provando um dos músculos mais salientes foi recebido por um gemido baixo. O sorriso atrevido tomou a boca da mulher, enquanto mordiscava o musculo, sentindo outra contração. As pernas da tenista se abriram quase automaticamente, os suspiros e gemidos encheram o quarto outra vez. O chupão na costela fez as mãos da tenista agarrarem seus cabelos escuros, com a ponta da língua deslizou pela depressão criada pelos músculos. O arrepio causado e o tremor suave da loira encheram seu peito com a sensação morna de satisfação. Seus dedos deslizaram pela calcinha que Kara usava acariciando os pelos suaves em contato com seus dedos a fez chupar a curva da cintura.

Kara inalou com força quando os dedos atrevidos lhe acariciaram com suavidade.

- Não é melhor tirar a calcinha? – A tenista prendeu o lábio inferior entre os dentes, a voz um pouco trêmula.

- Eu gosto da dificuldade. – Sussurrou de volta sorrindo contra o abdômen rígido. – Alguém está ansiosa?

- Você jogou baixo. – Kara murmurou antes de voltar a morder o lábio. – Droga Lena…

- Sim? – Arqueou as sobrancelhas antes de mergulhar a língua no umbigo da loira.

- Para de brincar e me come de uma vez. – Kara apoiou os braços no colchão erguendo um pouco o tronco.

O gemido rouco saiu pela sua boca ao mesmo tempo que as sobrancelhas se franziram quando os dois dedos lhe invadiram sem um aviso prévio. Sua respiração ficou mais pesada enquanto sua cabeça ia um pouquinho mais para trás, a boca de Lena trabalhando na sua barriga enquanto os dedos pegavam um ritmo lento e cadenciado. Ergueu o quadril um pouco rebolando no ritmo que a Luthor ditava, a pressão começando a se acumular nos seus músculos. Uma mordida mais forte de Lena a fez gemer mais alto, sua cabeça se inclinando mais para trás enquanto seu peito subia e descia com um pouco mais de vontade. Lena deslizou a boca até o alto do quadril o mordendo mais de leve, Kara estremeceu embaixo dela e um pequeno sorriso tomou a boca da morena.

- Você está ficando apertada. – A Luthor olhou para os contornos da mulher, engoliu a saliva que se acumulou na boca. – Tão apertada.

Roçou o nariz pelas costelas enquanto colocava um pouco mais de força no movimento do braço. Seus dedos sendo presos contra o sexo de Kara. Sua língua plana passou pela costela e foi o suficiente para Kara vir em sua mão com um gemido estrangulado.

Tocou os dedos gozados com a ponta da língua antes de chupa-los, se inclinou vendo Kara deitada na cama outra vez e a beijou na boca enfiando sua língua na dela arrancando outro gemido manhoso da loira.

Largou o corpo ao lado da tenista sentindo a satisfação e o cansaço se infiltrando em seus músculos.

- Devo esperar alguma visita de patrocinador? – Kara perguntou um momento depois.

- Falando por mim… não… - Lena lambeu os lábios estabilizando a respiração. – Não sei por Lex.

- Não estava me referindo a Lex. – Kara sorriu de olhos fechados. – Queria saber se teria algum… relaxamento muscular durante as competições.

- Você não toma jeito, não é? – Lena se sentou na cama, sentiu quase imediatamente os dedos atrevidos deslizarem pela sua coluna em direção a lombar, no mesmo instante se endireitou com o arrepio percorrendo a pele. – Eu não posso ficar, Kara.

- Lembra de uns dois anos atrás em Doha? – Kara se moveu a beijando um pouco abaixo do meio da coluna, sentiu Lena ficar um pouco mole em sua direção. – Viramos uma noite inteira para comemorar aquele meu título, após o jantar tão luxuoso que seu irmão fez questão de oferecer para a minha equipe.

- É, eu lembro bem daquele dia. – Lena sorriu fugindo do braço que quis lhe prender na cama. – Primeira noite que passamos juntas, eu tinha bebido muito champagne.

- Champagne. – Kara zombou se deitando mais confortável.

Lena entrou para dentro do banheiro da suíte.

- E Wimbledon? – Kara ergueu a voz para que a morena lhe ouvisse mesmo com o barulho do chuveiro.

- Você vai da França direto para a Inglaterra? – Lena perguntou. – Não vai voltar para National City?

- Vai depender da minha performance no torneio. – Kara se esticou para acender as luzes do quarto, deixou um pouco mais fraco a intensidade. – Se eu sair cedo volto, se eu sair já mais pro final vou direto para a Inglaterra, começar a preparação para grama.

- E como você está se sentindo?

- No momento estou satisfeita. – Kara tinha um sorriso um pouco arrogante nos lábios.

- Eu agradeço ao elogio. – Lena apareceu no portal do banheiro se secando. – Mas estava me referindo ao seu jogo.

- Estou me sentindo bem na quadra. – Kara apoiou a mão no abdômen observando Lena se sentar na cama para colocar as sandálias. – Uma ducha rápida?

- Apenas para tirar o suor. – Lena respondeu sentindo os dedos traçarem sua coluna e se levantou. – Preciso voltar para casa.

Kara a observou pegar o vestido preto.

- Certeza que não posso te convencer a passar a noite? – O sorriso malicioso tomou conta da loira.

- Certeza. – Lena ajeitou as alças. – Feche para mim?

Kara se ajoelhou na cama puxando o zíper para cima, deu um beijo suave na base do pescoço pálido.

- Então… - Kara se deixou cair na cama outra vez enquanto Lena se inclinava para pegar a pequena bolsa pescando o celular para ligar para o seu motorista. – Nos vemos da próxima vez?

- Vamos ver… - Lena se inclinou a beijando nos lábios. – Dependendo do seu desempenho em Wimbledon eu tento aparecer.

- Desacompanhada. – Aumentou o tom de voz e viu o aceno da outra.

Bem… ela iria dormir confortavelmente naquela noite, seu voo para National City sairia mais tarde naquele dia.

*Try*

Lena estava inclinada sobre o relatório que estava estudando. A porta se abriu e sua assistente entrou trazendo a pequena xícara de expresso que havia pedido.

- Senhorita. – A assistente colocou a xícara no lugar. – O senhor Spheer ligou enquanto a senhorita estava na reunião.

- Deixou algum recado? – Lena parou suas anotações, seus olhos foram para o celular que estava imóvel na mesa e ficara imóvel durante toda a sua reunião.

- Apenas pediu para avisa-la que ele deve chegar essa noite.

Lena concordou com a cabeça e a dispensou, esticou seus dedos longos em direção ao expresso. Tomou um pequeno gole sentindo o gosto do café forte e italiano que tanto gostava. Jack estava chegando e isso fez seu estômago contrair suavemente.

Lambeu os lábios secos e se ergueu andando até o armário lateral da sala, o abrindo para revelar a tela plana. Procurou pelo canal onde estava sendo transmitido a final feminina de Roland Garros. Kara Danvers apareceu em sua tela, suada com olhos azuis fixos no oponente que estava se preparando para fazer o serviço. Lena tomou um gole e viu Kara devolver o saque com um bom forehand tentando aumentar a velocidade de giro da bola. Lena parou a xícara perto da boca enquanto seus olhos rastreavam a troca registrou que o placar estava seis sets a um para Kara. A dita loira se aproximou da rede fazendo um slice com a direita para tirar a força da bola obrigando a adversária se esforçar para jogar uma bola alta e utilizando toda sua altura e força bateu na bola na quadra adversária sem chance de defesa. Ouviu o juiz finalizar o game enquanto a loira se encaminhava para a cadeira. Lena aproveitou que a câmera estava na loira para apreciar a forma como o tríceps estava inchado ou a forma como ela apertava o grip da raquete e os músculos ondulavam. Engoliu a saliva em sua boca quando viu Kara tomar um gole do isotônico e passar a toalha no pescoço antes de se levantar para servir.

- Ela está servindo para o campeonato? – A voz de Lex lhe assustou a fazendo dar um pequeno pulo.

Estava tão focada em olhar para a imagem de Kara que não ouviu a porta abrir, olhou para o irmão que tinha um brilho curioso nos olhos.

- Não sei. – Respondeu dando as costas para a televisão e voltando para a mesa, pousou a xícara na mesa. – Eu estava colocando na BBC, mas acabei parando para ver a última troca do game.

Lex concordou com a cabeça antes de olhar para a tela.

- Eu deveria ter ido a Paris. – O Luthor inclinou a cabeça lamentando. – Ela fez uma ótima partida de semifinal.

Lena olhou para a tela vendo o camarote de Kara ser filmado sentiu uma leve contração no tendão do braço quando reconheceu a morena sentada ao lado da irmã da tenista. Lex parecia alheio a reação da irmã quando comentou.

- Será que elas vão finalmente assumir o namoro? – Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça.

- Quem? – Perguntou em um tom de voz leve.

- Kara e Lucy Lane.

- Eu não sabia que era dado a fofocas, irmão. – Lena o provocou voltando os olhos para o relatório.

Lex soltou uma risada baixa antes de comemorar o ponto, Lena ergueu a cabeça a tempo de ver Kara soltar um grito empolgado. Estava a um ponto de confirmar o slam.

A troca de golpes estava prendendo o olhar dos dois Luthor, Lena sentiu o coração acelerar quando viu Kara correr na direção da frente da quadra quando a bola caiu próxima a rede. A loira deixou os pés escorregarem no saibro e ergueu a raquete na altura do peito para pegar a bolinha amarela na subida. A bola voou até o alto da quadra beliscando a linha. No momento seguinte Kara estava deitada no chão com os braços abertos e um sorriso largo na boca enquanto os presentes se levantavam para aplaudir a campeã.

Lex comemorou com o punho erguido, ainda mais satisfeito quando a câmera focou em Kara e o símbolo da LuthorCorp ficou em evidência na camisa vermelha que a loira usava. Lena tentou esconder o sorriso terminando o resto do expresso, a tempo de educar sua expressão quando Lex se virou para ela com o maior sorriso que já tinha visto.

- Parece que foi você que ganhou. – Lena voltou sua atenção para o relatório tentando ignorar a voz de Kara.

- E ganhei, na verdade… ganhamos. – Ele sorriu ainda mais abertamente. – Kara trás boa publicidade e uma boa receita, na verdade eu queria falar com você sobre patrocinarmos mais duas tenistas femininas, mas tenho pensado em pega-las na turnê jovem e trabalha-las a nosso modo. Mas confesso que não seria uma má ideia pegar uma já bem formada.

- O que você achar melhor. – Respondeu enquanto fazia uma anotação. – Agora o que você queria?

- Te convidar para jantar, meu prazer é claro.

- Não posso. – Respondeu com um pequeno sorriso. – Jack chega hoje.

- Ah… - Lex perdeu um pouco do calor no sorriso. – Meu cunhadinho.

Lena o olhou por cima dos olhos arqueando as sobrancelhas. Lex parecia ter perdido parte do bom humor, ela se recostou na cadeira.

- Algum problema?

- Não. – Ele negou com a cabeça, mas os olhos azuis miraram a irmã com cuidado. – Apenas estou me perguntando como vocês estão…

- Estamos bem. – Lena fez um leve aceno com a cabeça.

- Certo… - Lex bateu a ponta dos dedos contra o tampo de vidro da mesa. – Então eu vou indo, vou voltar para Metrópolis pela manhã, se precisar de algo me ligue.

- Lex… - Lena franziu as sobrancelhas. – Qual o problema?

Lex passou a mão pela gravata de grife que usava ajustando o prendedor.

- Eu já disse que nenhum problema. – Ele sorriu com os lábios. – Por que teria?

- Achei que você gostasse de Jack. – Lena estreitou os olhos.

- Eu… eu não desgosto dele. – Lex concordou com a cabeça antes de se virar para sair. – Nos vemos na reunião da semana que vem.

*Try*

Lena fechou os olhos ouvindo as reclamações de Jack, ela havia pedido o jantar no restaurante favorito dele, pedido o prato favorito dele, mas o ponto da carne estava errado. E ele estava furioso com a falta de atenção dela, ele estava exausto depois de voltar de Washington após uma série de reuniões com a alta cúpula militar e ela não conseguia nem pedir o jantar direito. Ele falava e falava e falava abrindo a garrafa de uísque enquanto ela limpava os pratos. Ela se encolheu um pouco quando ouviu a pancada forte da garrafa contra a madeira do bar.

- Você não consegue fazer nem a merda de um pedido. – Ele resmungou tomando um longo gole da bebida. – Não é à toa que teus contratos são tão ruins.

Ela pegou um pano de prato para começar a secar os utensílios ainda ouvindo os resmungos. Guardou tudo e garantiu que os balcões estivessem limpos antes de olhar para a sala onde Jack estava sentado em um dos sofás assistindo televisão com um copo de uísque na mão. A morena deslizou em direção as portas duplas que se abriam para o quarto, começava a se sentir sufocada. Sua pasta estava encima de uma das duas poltronas que existiam no quarto amplo, a pegou para alcançar seu tablet.

- O que está fazendo? – A voz de Jack a assustou.

Lena se virou para olhar o homem que estava com a camisa social com os botões do colarinho aberto. Ele tinha tirado a gravata e o paletó assim que entrara no apartamento.

- Bem, você estava vendo televisão e eu achei que poderia trabalhar um pouco. – Ela respondeu com calma tentando manter o tremor longe de suas mãos.

- Eu fiquei longe por quase três semanas e na noite que eu chego você resolve trabalhar ao invés de ficar comigo? – Ele franziu as sobrancelhas enquanto seus olhos escuros brilhavam irritados. – É assim que você me ama? Que se importa comigo?

- Jack…

Ele a segurou pelos braços a erguendo com força, a pasta caiu espalhando o conteúdo pelo chão.

- Jack calma.

- Você não sentiu minha falta? – Ele apertou os braços dela. – Com quem você esteve essas três semanas?

- Com ninguém. – Lena balbuciou. – Eu estava com Lex, trabalhando.

Jack estreitou os olhos antes de empurra-la para a cama.

- Jack. – Lena ofegou, seu peito descendo e subindo com mais força. – Por favor.

- Se eu descobrir que você andou me traindo. – Ele ergueu o dedo em riste. – Eu te mato, me ouviu.

Ela o ouviu sair e quando a porta bateu conseguiu respirar. O aperto na garganta se intensificando.


Notas Finais


Twitter: @just_someone13


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