Keary
Eu e Yoongi finalmente nos acertamos e eu estava disposta a dar o meu melhor para darmos certo. Só tinha que pensar em como terminar com o Tae, porque provavelmente isso causaria um ódio interminável por mim. Chegamos no estúdio onde os meninos estariam conversando com seus agentes e ele me olhou antes de sairmos.
- O que foi? – perguntei, dando um sorriso tímido.
- Eu só não estou preparado para ver alguém te tocando – coloquei minha mão em seu rosto, passando meu polegar em sua bochecha.
- Pode ter certeza que é só você que eu quero me tocando – sua mão me puxou pela nuca, fazendo com que nossos lábios se encostassem de maneira gentil e breve.
Yoongi
- Vou ver se consigo sorrir com isso – disse, fazendo com que Kea risse durante o beijo.
- Você consegue. Eu acredito em você – mordeu meu lábio inferior e eu estava prestes a puxá-la para meu colo quando ela se afastou, voltando ao seu lugar original no carro. – Vou subir. Te vejo lá – Kea abriu a porta do automóvel e eu gritei, puto:
- Você não pode me deixar assim – bati as mãos no volante, fazendo com que ela colocasse a cabeça no vão da porta.
- Nós resolvemos isso depois – e fechou, indo em direção à grande porta de vidro do estúdio. Parecia querer me provocar, porque se mexia de maneira... excitante. Quando entrou, virou seu pescoço e piscou para mim, me fazendo pirar. Saí do carro e tranquei-o, correndo até ela.
- Boa tarde, srt. Min – cumprimentei-a de volta e vi que a porta do elevador estava quase se fechando e Keary aparecia bem no meio, dando aquela piscadela. Forcei minhas pernas a correrem o meu máximo e eu consegui entrar antes que se fechasse.
- Não fuja de mim – prensei-a contra a parede, enfiando minha perna no meio das suas, arrancando um gemido abafado. O nosso agente ficava no último andar, o que nos dava tempo de sobra.
- S-Suga... – virou seu pescoço, dando espaço para mim. Mordi seu lóbulo da orelha, sentindo seu corpo estremecer.
- Você me deseja. Eu sinto isso – passei minha mão em sua coxa, a puxando contra mim. Nossas intimidades de encostavam, fazendo com que ela arfasse com aquilo.
- Eu te... desejo... – disse separadamente, me enlouquecendo. Minha mão ia de encontro com a sua intimidade, quando o elevador parou e apitou, indicando que havíamos chegado ao nosso destino. Me afastei dela e encostei na parede, a deixando descabelada e ofegante.
- Suga? – a voz de Hoseok me chamou, fazendo com que eu fosse até ele e o cumprimentasse.
- Fala, cara – batemos nossos braços, com um sorriso.
- Kea? – seu olhar foi para ela, que agora parecia estar arrumada.
- Oi! – foi até ele, o abraçando. Uma pitada de ciúmes brotou no meu coração, me fazendo engolir um seco.
- O que veio fazer aqui? – se separaram, mordendo seu lábio e me encarando.
- Vim ver o Tae – cruzei os braços, irritado. Ela pareceu notar, porque veio até mim, passando o braço pelos meus ombros. – E acompanhar meu belíssimo irmão – Meu braço envolveu sua cintura, dando um leve aperto.
- Amor! – ouvi a voz de Tae a chamar, me fazendo revirar os olhos. Kea desvencilhou-se dos meus braços e correu até ele, o abraçando. Podia jurar que meu rosto estava vermelho.
- Tu tá bem? – Hoseok perguntou e eu assenti, indo até o restante do grupo.
Claro que tô bem, minha propriedade está se esfregando em outra pessoa.
- Melhor impossível – menti, entrando na sala dos nossos agentes. Os garotos estavam rindo de alguma coisa e eu me sentei ao lado de Jimin. – O que pega? – Perguntei.
- A gente ta vendo algumas marcações no twitter. Têm umas imagens engraçadas de nós
- Deixa eu ver – Jimin virou o celular e eu vi uma foto minha e dela, onde nós ríamos.
- Olha sua cara – eu murmurei aham, mas na verdade a única coisa que eu conseguia olhar era aquele sorriso delicioso que ela tinha no rosto.
- Tá bem engraçado – Jungkook comentou e eu assenti.
- Cadê a Kea? – perguntei, olhando em volta.
- Ela tava com o Tae na entrada – Hoseok disse, se sentando na poltrona branca na minha frente.
Uma onda de ciúme bateu pelo meu corpo e eu engoli um seco. O pior de se sentir assim era que eu nem podia fazer muita coisa, já que nem mesmo namorado dela eu era.
- Fica frio. Ele não vai machucar sua irmã – Namjoon disse, dando aquele sorriso de sempre. Eu assenti e peguei meu celular, numa tentativa inútil de tirar minha atenção de Keary.
Keary
Tae tinha me levado para um dos quartos que tinha no estúdio e praticamente me jogou lá dentro.
- Ei! – lamentei, sentindo meu pulso doer.
- Você tem algo para me contar? – meu corpo gelou e eu engoli o seco.
- C-como assim? – pegou seu celular e pareceu procurar algo, quando de repente vi uma foto minha com Yoongi. Mas não era uma foto normal, era uma foto em que nós nos beijávamos.
- O que significa essa porra, Keary? – meus olhos foram de encontro com os de Tae, que lacrimejavam.
- E-eu posso explicar... – tentei dizer, mas Tae parecia disposto a não me escutar:
- Você sabe que se isso for vazado... tu vai foder com o seu irmão, não sabe?
- Ele não liga de perder a carreira por mim – disse, vendo ele dar passos firmes em minha direção. Automaticamente eu recuei, dando alguns passos para trás.
- E o resto da banda? Como você acha que vai ficar, Keary?
- E-eu... – senti sua mão bater com força contra meu rosto, fazendo um estalo ser ouvido na sala.
- Calada, sua vagabunda – meus olhos estavam esbugalhados e eu senti a ardência naquele local. Taehyung havia acabado de me bater.
- Tae? – meus olhos estavam assustados e eu dei passos maiores até encostar na parede gelada detrás de mim.
- Olha o que você me obrigou a fazer – murmurou alguns tsc, tsc e passou a mão em seus cabelos. Meu corpo tremia e eu sentia medo. Medo do que aconteceria agora.
- M-me desculp...
- Cala a porra da sua boca! – Tae ordenou, me interrompendo. Aproximei minhas mãos do meu peito, entrelaçadas, e fechei os olhos. Aquilo era um sonho. Um sonho mau. Isso iria passar, sei disso. O Taehyung verdadeiro nunca me machucaria, eu conheço ele. – Olhe para mim – Sua mão apertou minha bochecha e eu abri meus olhos, obedecendo-o. – Você vai fazer o que eu mandar, senão eu vazo as porras das fotos e acabo com a carreira do seu irmão. E a nossa – Riu de maneira cínica e eu concordei.
- O que... eu... faço? – falei da maneira mais calma possível e tentando segurar meus soluços, que insistiam em fazer sons.
- Fica quieta, é isso que você faz – ele ergueu sua mão e eu fechei os olhos, virando um pouco meu rosto. – Olha como você não vale nada
- M-me perdoe... – minha voz saiu falhada, baixa.
- Só vai tomar no seu cu. Você não vale nada. Nunca valeu – sua mão apertou meu braço, me trazendo para perto dele. Seus olhos encaravam os meus e eu desviei o olhar, sentindo sua mão contra minhas bochechas novamente. Grunhi em resposta e ele tomou meus lábios num beijo.
Isso não poderia ficar pior. Eu era um lixo. Um lixo tão atômico que nem mesmo meu irmão iria me querer. Mas quem sabe eu mereça isso. É um castigo por desejar tanto meu amado Yoongi.
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