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História TRY AGAIN - Harry Potter - Chapter Fourteen


Escrita por: expctron

Notas do Autor


Espero que gostem!
Boa Leitura!

Capítulo 17 - Chapter Fourteen


Fanfic / Fanfiction TRY AGAIN - Harry Potter - Chapter Fourteen

Capítulo catorze:

━─━─━─━─━─━─━─━

❛❛Oh,apenas curiosidade.❜❜

╔─━━━━━━ • ★ • ━━━━━━─╗

14.Norberto,o dragão norueguês

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A MEDIDA QUE O TEMPO passou,Amy decidiu parar de pensar tanto na Pedra Filosofal e todas as suas teorias. Ela se preocupadaria somente com os exames. Faltavam apenas algumas semanas e a idéia de não tirar um nota máxima a deixava inquieta.

Seus amigos estavam enlouquecendo com as tantas vezes que ela os forçava a estudar. Amy metia a cabeça nos livros praticamente o dia todo,só parava treinar ou quando os amigos a impediam de estudar. Até mesmo Andrew achava um pouco exagerado.

― Amy,faltam semanas,acalma-se!

― Andrew se repetir isso mais uma vez,eu vou lançar Silencio em você!

Apenas Hermione a apoiava e estava,se possível, ainda pior que Amy. As duas passavam um bom tempo estudando.

Felizmente ou não, os professores pareciam estar pensando da mesma maneira.Passaram tantos deveres de casa que as férias da Páscoa não foram tão divertidas quanto as de Natal para alguns.

Quanto Quirrell, no entanto, nas semanas seguintes ele pareceu estar ficando mais pálido e mais magro, mas não parecia ter cedido.

Snape levava a vida no seu habitual mau humor, o que com certeza significava que a Pedra continuava a salvo.

Amy revirou os olhos colocando alguns livros de volta aos seus lugares. Hermione falava aos cotovelos tentando lhe convencer a sentar-se com ela. Não era bem ela que a incomodava,na verdade eram Harry e Rony. Mesmo que algum tempo havia se passado,a presença deles ainda a deixava desconfortável.

― Hermione,eu não quero ficar ao lado deles. Você entende isso?

Eu sei! ― Hermione tirou os olhos do livro em sua mão ― Mas veja bem,você não precisa conversar com eles. Apenas sentasse ao meu lado e estudar.

Amy suspirou. Abriu a boca para negar novamente mas antes disso viu algo estranho. Rúbeo Hagrid. Bem,não necessariamente o Hagrid,mas sim,o ver na seção de...

― Dragões?

Hermione franziu o cenho,parando de falar no mesmo segundo.

Dragões? ― Repetiu lentamente ― Eu estava falando sobre Cem ervas e fungos.

Amy balançou a cabeça rapidamente.

― Não. Rúbeo. Lá.

Hermione virou -se para olhar onde ela olhava,no mesmo momento em que ouviu Rony exclamar:

― Rúbeo! Que é que você está fazendo na biblioteca?

As garotas se entreolharam antes de correr para a mesa dos garotos. Fingiu não notar o olhar esperto que a amiga enviou com a rápido mudança de idéia. No meio do caminho,Amy parou em frente a seção que Rúbeo estava. Pegou uns dos livros que o homem tinha em mãos antes.

Hagrid veio arrastando os pés, escondendo alguma coisa às costas. Parecia muito deslocado com o seu casaco de pelo de toupeira.

― Só olhando ― Disse numa voz insegura que imediatamente despertou o interesse deles. ― E o que é que vocês estão armando? ― Ele pareceu repentinamente desconfiado. ― Não continuam procurando o Nicolau Flamel, continuam?

As garotas se aproximaram mais um pouco,apoiando-se na mesa.

― Ah, já descobrimos quem ele é há séculos ― Disse Rony para impressionar. ― E você sabe o que é que aquele cachorro está guardando, é a Pedra Filo...

― Chhhhi! ― Hagrid olhou à sua volta depressa para ver se alguém estava escutando. ― Não saiam gritando isso por aí, que foi que deu em vocês?

― Aliás, tem umas coisinhas que queríamos perguntar a você ― Disse Harry ― Sobre as outras coisas que estão protegendo a Pedra além do Fofo...

― CHHHHHI! ― Fez Hagrid de novo. ― Escutem, venham me ver mais tarde, não estou prometendo que vou lhes dizer nada, vejam bem, mas não saiam dando com a língua nos dentes por aí, estudantes não devem saber disso. Vão achar que fui eu que contei a vocês...

― Vemos você mais tarde, então ― Concordou Harry.

Hagrid saiu arrastando os pés.

― Que é que ele estava escondendo às costas? ― Perguntou Hermione pensativa.

― Acham que tinha alguma coisa a ver com a Pedra?

Amy balançou a cabeça. ― Não.

― Vou ver em que seção ele estava ― prontificou-se Rony, que já estava farto de trabalhar.

― Não precisa. ― Amy o parou,falando pela primeira vez. ― Dragões. ― Cochichou ― Rúbeo estava procurando coisas sobre dragões.Olhem só estes: Espécies de dragões da Grã-Bretanha e da Irlanda; Do ovo ao inferno, guia do guardador de dragões.

― Rúbeo sempre quis um dragão, ele me disse isso da primeira vez em que nos vimos ― Comentou Harry.

― Mas é contra as nossas leis ― Argumentou Rony. ― Criar dragões foi proibido pela Convenção dos Bruxos de 1709, todo o mundo sabe disso. É difícil evitar que os trouxas reparem em nós se criarmos dragões no quintal. Em todo o caso, não se pode domesticar dragões, é perigoso. Vocês deviam ver as queimaduras que Carlinhos recebeu de dragões selvagens na Romênia.

― Mas não tem dragões selvagens na Grã-Bretanha? ― Perguntou Harry.

― Claro que tem ― Respondeu Amy ganhando a atenção outra vez.- Os dragões verdes galeses e os negros das ilhas Hébridas. O Ministério da Magia tem um bocado de trabalho para mantê-los em segredo, posso lhe garantir. O nosso povo vive enfeitiçando trouxas que os viram, para fazê-los esquecer.

― Então o que será que Rúbeo anda armando? ― Perguntou Hermione.

Quando eles bateram à porta da cabana do guarda-caça uma hora mais tarde, ficaram surpresos de ver que todas as cortinas estavam fechadas. Hagrid perguntou "Quem é?" antes de deixá-los entrar e em seguida fechou depressa a porta assim que eles entraram.

Estava um calor sufocante no interior da cabana. E embora fosse um dia bem quente havia um fogaréu na lareira. Hagrid preparou chá para os meninos (mesmo que Amy tenha se oferecido a fazer,como sempre) e lhes ofereceu sanduíches de carne de arminho, que eles recusaram.

― Então, vocês queriam me perguntar uma coisa?

― Queríamos ― Disse Harry. Não havia sentido em perder tempo com rodeios. ― Estivemos pensando se você poderia nos dizer o que mais está protegendo a Pedra Filosofal além de Fofo.

Hagrid amarrou a cara.

― Claro que não posso dizer. Primeiro, eu mesmo não sei. Segundo, vocês já sabem demais, de modo que eu não diria a vocês se soubesse. Aquela Pedra está aqui por uma boa razão. Quase foi roubada de Gringotes. Suponho que vocês já chegaram a essa conclusão. Fico até espantado que saibam da existência de Fofo.

― Ah, vamos, Rúbeo, talvez você não queira nos dizer, mas você sabe tudo o que acontece por aqui ― Disse Hermione num tom caloroso e lisonjeiro. A barba de Hagrid mexeu e eles perceberam que estava sorrindo. ― Só estávamos querendo saber realmente quem fez o feitiço de proteção ― Continuou Hermione.

― Estávamos querendo saber em quem Dumbledore teria confiado o suficiente para ajudá-lo, além de você. ― Terminou Amy.

O peito de Rúbeo se estufou ao ouvir essas palavras. Harry e Rony se abriram em sorrisos para as garotas.

― Bom, acho que não poderia fazer mal contar isso... vamos ver... ele pediu Fofo emprestado a mim... depois alguns professores fizeram os feitiços... a Profa. Sprout... o Prof. Flitwick... a Profa. Minerva... ― Ele foi contando nos dedos ― o Prof. Quirrell... e o próprio Dumbledore também fez alguma coisa, é claro. Um momento, esqueci alguém. Ah, sim, o Prof.
Snape.

Snape?

O rosto de Amy se contorceu num sorrisinho esperto.

― É, vocês não continuam insistindo naquela ideia, ou continuam? Olhem, Snape ajudou a proteger a Pedra, não está prestes a roubá-la.

― Então,me conte Rúbeo. ― Amy levou a xícara aos lábios ― Se o professor Snape está protegendo a pedra,ele saberia como roubar-la facilmente,sim?

Amy sabia que os amigos pensavam a mesma coisa que ela. Se Snape fora chamado para proteger a Pedra, devia ter sido fácil descobrir como os outros professores a tinham protegido. Ele provavelmente sabia de tudo - exceto, ao que parecia para eles, o feitiço que Quirrell fizera e de que jeito passar por Fofo.

― Bem,sim. ― Hagrid confirmou,mas acrescentou rapidamente em seguida ― Mas o Prof. Snape não está tentando fazer.

― Seria,também,fácil descobrir o feitiço de Quirrell sem precisar de sua ajuda? ― Amy colocou uma mecha de cabelo solta para trás da orelha.

Os Grifinórios a encararam de cara amarrada percebendo onde queria chegar.

― É provável que sim. Snape já tentou ocupar a vaga de professor de DCAT algumas vezes. ― Hagrid contou ― Não duvidaria que conseguiria. ― Tomou uma dose do chá ― E cá entre nós,acho possível que Snape consiga facilmente qualquer informação de Quirrel.

Amy abriu seu típico sorrisinho sabe-tudo,antes de tomar outro gole da bebida em mãos.

― Por que todas essas perguntas,Amy? ― Perguntou Rúbeo.

Oh,apenas curiosidade.

Amy estava a um passo de ter total certeza que não era Snape por trás do roubo da Pedra Filosofal. Mas havia conseguido outro questionamento,se não era Snape,quem era?

― Você é o único que sabe como passar pelo Fofo, não é, Rúbeo? ― Harry perguntou, ansioso. ― E você não diria a ninguém, não é? Nem mesmo a um dos professores?

― Ninguém sabe a não ser eu e Dumbledore ― Disse Hagrid, orgulhoso.

― Bom, isso já é alguma coisa ― murmurou Harry para os outros.

― Rúbeo, podemos abrir uma janela? Está mais calor que o normal aqui. ― Amy não estava tão acostumada com o calor. O Reino Unido em geral era frio e onde morava normalmente é gelado, até mesmo nos verões.

― Não pode, desculpe, Amy ― Disse Hagrid. Harry notou que ele olhava para o fogo. Harry olhou também.

― Rúbeo, o que é isso?

Amy virou para olhar o que Harry falava. Bem no meio do fogo, debaixo da chaleira, havia um enorme ovo negro.

― Ah ― Respondeu Hagrid, mexendo, nervoso, na barba. ― É... ah...

― Não me diga que isso é...― Amy olhou para o ovo.

― Onde foi que você arranjou isso, Rúbeo? ― Perguntou Rony, abaixando-se para o fogo para olhar o ovo mais de perto. ― Isso deve ter-lhe custado uma fortuna.

― Ganhei. A noite passada. Eu estava na vila tomando uns tragos e entrei num joguinho de cartas com um estranho. Acho que ele ficou bem contente de se livrar do ovo, para ser sincero.

― Mas o que é que você vai fazer com ele, quando chocar? ― Perguntou Hermione.

― Bom, andei lendo um pouco ― Disse Hagrid, tirando um grande livro de baixo do travesseiro. ― Apanhei este na biblioteca: A criação de dragões como prazer e fonte de renda. É meio desatualizado, é claro, mas está tudo aqui. Mantenha o ovo no fogo porque as mães sopram fogo em cima deles, sabe, e quando chocar, dê-lhe um balde de conhaque misturado com sangue de galinha a cada meia hora. E vejam aqui: como reconhecer os diferentes ovos, e este aqui é um dragão norueguês. São raros esses.

Ele parecia muito satisfeito consigo mesmo, mas Hermione e Amy não.

― Rúbeo, você mora numa cabana de madeira ― Lembrou-lhe.

― É perigo abrigar qualquer criatura mágica aqui,Hagrid. Principalmente um dragão que cospe fogo!

Mas Hagrid nem escutou. Estava cantarolando alegremente enquanto atiçava o fogo.

Então agora tinham mais uma coisa com que se preocupar: o que poderia acontecer a Hagrid se alguém descobrisse que estava escondendo um dragão ilegal em sua cabana.

― Como será ter uma vida tranquila ― Suspirou Rony, pois noite após noite eles lutavam para dar conta de todos aqueles deveres de casa suplementares que estavam recebendo. Hermione agora começava a programar as revisões de Harry e Rony também. Estava deixando os dois malucos. E se formos sitar a situação de Amy,era ainda pior com todos aqueles pesadelos.

Então, certo dia ao café da manhã, Edwiges trouxe outro bilhete de Hagrid para Harry. Ele escrevera apenas duas palavras: Está furando.

Rony queria faltar à Herbologia e ir direto à cabana. Hermione nem quis ouvir falar nisso.

― Hermione, quantas vezes na vida vamos ver um dragão saindo do ovo?

― Temos aulas, vamos nos meter em confusão, e isso não vai ser nada comparado à situação de Rúbeo quando descobrirem o que ele anda fazendo.

― Hermione está certa. Vocês não podem faltar aula.

― E você pode?― Retrucou Rony. Amy ainda não falava totalmente com ele mas respondia algumas perguntas com pouquíssimas palavras. Se estavam tentando descobrir algo da Pedra tinham que se tolerar por alguns momentos.

― Tenho período livre.

― Cala a boca! ― Cochichou Harry.

Malfoy estava a apenas alguns passos e parou instantaneamente para ouvir. Quanto teria ouvido? Harry não gostou nem um pouco da expressão que viu na cara de Malfoy.

Amy franziu o cenho,do jeito que conhecia Malfoy sabia que ele estava aprontando alguma coisa.

Rony e Hermione discutiram todo o tempo a caminho da aula de Herbologia e, no final, Hermione concordou em dar uma corrida à casa de Hagrid com os três no intervalo da manhã.

Quando a sineta tocou no castelo anunciando o fim da aula, os três largaram as colheres de jardineiro e atravessaram a propriedade correndo em direção à orla da floresta. Hagrid cumprimentou-os parecendo vermelho e excitado.

― Então? ― Pergunto Amy,ansiosa.

― Está quase furando. ― Conduziu-os para dentro.

O ovo estava em cima da mesa. Tinha fundas rachaduras. Alguma coisa se mexia dentro dele; fazia um barulhinho engraçado.

Todos puxaram as cadeiras para junto da mesa e observaram com a respiração presa.

De repente ouviram um som arranhado e o ovo se abriu. O dragão-bebê caiu molemente em cima da mesa. Amy tombou a cabeça com o nariz torcido, não era exatamente bonito; Parecia um guarda-chuva preto amassado. As asas espinhosas eram enormes em contraste com o corpo preto e magro, tinha um focinho longo com narinas largas, tocos de chifres e olhos esbugalhados cor de laranja.Espirrou. Voaram fagulhas do seu focinho.

― Ele não é lindo? ― Murmurou Hagrid. Esticou a mão para afagar a cabeça do dragão. O bicho tentou morder seus dedos, deixando à mostra presas pontiagudas. ― Deus o abençoe, olhem, ele conhece a mamãe! ― Exclamou Hagrid.

Amy o olhou como se Hagrid fosse louco. Ele claramente tinha um cconceito diferende de coisas "lindas".

― Ele é...,bem,impressionante. Por assim dizer.

― Rúbeo ― Perguntou Hermione ―, exatamente com que rapidez um dragão norueguês cresce?

Hagrid ia responder quando a cor subitamente desapareceu do seu rosto - ele deu um salto e correu à janela.

― Que foi?

Amy franziu o cenho,preocupada.

― Tudo bem,Rúbeo?

― Alguém estava espiando pela fresta nas cortinas, um garoto está correndo de volta para a escola.

Harry e Amy se precipitaram para a porta e espiaram para fora. Mesmo a distância não havia como se enganar. Os cabelos platinados balançavam junto com as vestes preta.

Malfoy vira o dragão.

Alguma coisa no sorriso que rondou a cara de Malfoy durante a semana seguinte deixou Harry, Amy, Rony e Hermione muito nervosos. Amy pensou em simplesmente ir e convoca-lo para uma conversa franca mas achou que podia piorar as coisas caso Malfoy tentasse dar um de engraçadinho.

No entanto passaram a maior parte do tempo livre na cabana sombria de Hagrid, tentando argumentar com ele.

― Deixe o dragão ir embora ― Insistia Harry. ― Solte ele.

― Não posso ― Disse Hagrid. ― Ele é muito pequeno. Morreria.

Amy gemeu tampando parte do rosto com a mão. Eles olharam para o dragão. Aumentara três vezes de comprimento em uma semana. A fumaça não parava de sair de suas narinas. Hagrid não estava cumprindo suas tarefas de guarda-caça porque o dragão o mantinha muito ocupado. Havia garrafas vazias de conhaque e penas de galinha por todo o chão.

― Decidi chamá-lo de Norberto ― Anunciou Hagrid, olhando para o dragão com olhos sonhadores. ― Ele realmente sabe quem eu sou, olhem. Norberto! Norberto! Onde está a mamãe?

― Ele pirou ― Cochichou Rony na orelha de Harry.

― Não. ― A voz de Amy soou firme. ― Não há condições de criar um dragão nessa cabana,ainda mais escondido!

― Rúbeo ― Disse Harry em voz alta ―, dê mais quinze dias e Norberto vai ficar do tamanho de sua casa. Malfoy pode procurar Dumbledore a qualquer momento.

― Eu sinto muito,Rúbeo. ― Amy balançou a cabeça devagar e franziu os lábios.

Hagrid mordeu o lábio.

― Eu... eu sei que não vou poder ficar com ele para sempre, mas também não posso largá-lo assim, não posso.

Harry de repente virou-se para Rony.

― Carlinhos ― Falou.

― Você também ― Respondeu Rony. ― Eu sou Rony, está lembrado?

Os olhos de Amy brilharam. É claro! Carlinhos.

― Não não, Carlinhos... seu irmão, Carlinhos. Na Romênia,você disse. Estudando dragões. ― Explicou Amy.

― Poderíamos mandar Norberto para ele. Carlinhos pode cuidar dele e depois devolvê-lo à floresta!

Amy sorriu largo ― Genial!

― Brilhante! ― Exclamou Rony. ― Que é que você acha, Rúbeo?

E no fim, Hagrid concordou que podiam mandar uma coruja a Carlinhos para consultá-lo.

A semana seguinte se arrastou. Amy passou boa parte do tempo com Andrew, Timothy e Natalie,não foi difícil esconder a preocupação com a história do dragão e Hagrid pois felizmente seus amigos não pareceram notar nada. A parte mais irritante do dia era quando descansava no Salão Comunal. Como é situado nas masmorras e bem perto do lago de Hogwars,sempre estava frio,então consequentemente a ruiva sentava próximo a lareira e lia algum livro ou testava feitiços que lera e aprendera. Também não lhe surpreendia que Malfoy compartilhasse do mesmo gosto por sossego e aparecesse lá. Não havia problemas,ela apenas fingia que ele não estava lá e Malfoy fazia o mesmo. Mas agora era diferente,ele fazia questão de enviar-lhe sorrisinhos maliciosos e irritantes que não havia jeito algum de ignorar. Além de ficar vermelha e cheia de raiva,também perdia toda vontade de estar no mesmo ambiente.

Na manhã de quinta-feira Amy recebeu a notícia da resposta de Carlinhos,Rony lhe entregou o bilhete para que pudera ler. Dizia:

Caro Rony, Como vai? Obrigado pela carta - terei prazer em cuidar do dragão norueguês, mas não será fácil mandá-lo para mim. Acho que o melhor será mandá-lo por alguns amigos que estão vindo me visitar na próxima semana. O problema é que eles não podem ser vistos carregando um dragão ilegal.

Você poderia levar o dragão para a torre mais alta à meia-noite de sábado? Eles podem se encontrar com você lá e levá-lo enquanto ainda está escuro.

Mande-me uma resposta o mais breve possível.

Afetuosamente, Carlinhos

Eles haviam decidido ir com a Capa de Invisibilidade de Harry então não havia como alguém lhes pegarem invisível,o que era um alívio.

Mas naquela manhã também um imprevisto aconteceu. Norberto havia mordido a mão de Rony um dia atrás enquanto o alimentava e a mordida do dragão fizera a mão de Rony inchar, ficando duas vezes o seu tamanho normal. Ele não sabia se era seguro procurar Madame Pomfrey - será que ela reconheceria uma mordida de dragão? Amy pensou que podia preparar a poção Winggenweld para ajudar. Mesmo que não fosse difícil de preparar e nem demorado mas Rony não quis,ele era teimoso e argumentou por um longo tempo que não havia necessidade. À tarde, porém, não houve mais jeito. O corte adquirira uma feia cor verde. Dava a impressão de que as presas de Norberto eram venenosas.

Harry, Amy e Hermione correram para a ala do hospital no fim do dia e encontraram Rony acamado numa situação horrível.

― Não é só a minha mão ― Cochichou ele ―, embora ela pareça que vai cair. Malfoy disse à Madame Pomfrey que queria pedir emprestado um livro meu, para poder vir dar uma boa gargalhada. Ficou ameaçando contar a ela o que realmente me mordera. Eu disse que foi um cachorro mas acho que ela não está acreditando. Eu não devia ter batido nele no jogo de quadribol, é por isso que ele está agindo assim.

Harry e Hermione tentaram acalmar Rony,enquanto Amy somente torceu o nariz.

― Tudo vai terminar à meia-noite de sábado ― Disse Hermione, mas isso não acalmou Rony nem um pouquinho. Pelo contrário, ele se sentou muito empertigado e desatou a suar.

― Meia-noite de sábado! ― Disse com a voz rouca. ― Ah, não... ah, não... acabei de me lembrar: a carta de Carlinhos estava no livro que Malfoy levou, ele vai saber que vamos nos livrar de Norberto.

O rosto de Amy tornou-se uma carranca.

― Viu o que aconteceu por ser tão teimoso? ― Disse entredentes ― Eu falei que podia fazer a poção Wiggenweld,isso lhe deixaria bem melhor,talvez sua mão nem sequer teria inchado!

― Como é-

Amy continuou interrompendo

― Mas você me ouviu? É claro que não!
― Ou também a poção limpa-ferida.

― Epa,espere um segundo,essa última você não mencionou ― Retrucou Rony ― Além disso,como saberia que é capaz de preparar essas poções?

A carranca de Amy deu lugar para o rosto ofendido,as orelhas ficaram vermelhas.


― Com licença? ― Disse incrédula ― É claro que sou capaz de preparar tais poções! Sou capaz de fazer qualquer coisa com tamanha perfeição!


Harry pensou que nunca havia visto a ruiva tão ofendida,nem mesmo quando insultou a Sonserina na Comunal da Grifinória. Naquele dia ela parecia mais irritada que ofendida, mas nessa situação as duas coilsas pareciam competir.


Harry e Hermione não tiveram nem chance de comentar nada. Madame Pomfrey apareceu naquele instante e fez os três saírem, dizendo que Rony precisava dormir.

✧✧✧


― Agora é tarde demais para mudarmos de plano. Não temos mais tempo para mandar outra coruja a Carlinhos e essa pode ser a nossa única oportunidade de nos livrarmos de Norberto. Teremos de arriscar.


― Malfoy é esperto,você entende? Ele não falou nada a ninguém,isso não é de seu feitio. Precisamos estar um passo a frente.


― Temos a capa da invisibilidade, Malfoy não sabe disso. ― Adicionou Harry.


― Pode não ser o suficiente.


― É tudo que podemos fazer!


― Mas talvez não o suficiente!


― Pessoal! ― Interrompeu Hermione,repreenciva ― Não vamos discutir agora,temos que falar com Hagrid.


Antes que Harry pudesse falar outra coisa,Amy avançou um pouco mais rápido murmurando algo sobre precisar de um plano digno.


Eles encontraram Canino, o cão de caçar javalis, sentado do lado de fora da cabana com a cauda enfaixada, quando foram contar a Hagrid, que abriu a janela para falar com eles.


― Não vou deixar vocês entrarem ― Ofegou. ― Norberto está passando uma fase difícil, nada que eu não possa cuidar sozinho.


Quando lhe contaram sobre a carta de Carlinhos, seus olhos se encheram de lágrimas, embora isso talvez fosse porque Norberto acabara de mordê-lo na perna.

― Aai! Tudo bem, ele só mordeu minha bota. Está brincando; afinal é um bebezinho.

Amy balançou a cabeça,ainda bem que falaram com Carlinhos.

O bebê bateu com o rabo na parede, fazendo as janelas estremecerem. Amy,Harry e Hermione voltaram para o castelo achando que o sábado talvez não chegasse bastante rápido.

✧✧✧


Como não tinha uma capa de invisibilidade para esperar até tarde da noite,Amy seguiu para cabana de Hagrid um pouco de iniciar o jantar,seus amigos ficaram um pouco confuso ao ver a ruiva sair da mesa um pouco depois da comida ser servida mas alegou está com um pouco de dor na cabeça. Com o castelo todo no Salão Principal ficou fácil caminhar até Hagrid. Quando chegou Amy sentiu pena de Hagrid, os olhos estavam meios caídos e as coisas curvadas em sinal de frustação. A ruiva preparou um chá na tentativa de alegrar um pouco o meio-gigante enquanto Harry e Hermione não chegavam. Não funcionou,na verdade só fez com que os olhos de Hagrid enchecem de lágrimas.

― Oh,Rúbeo. ― Disse Amy,com doçura servindo-lhe o chá. ― Eu fiz algo?

Parecia uma pergunta boba mas Amy achou que deveria fazê-la.

― Não,Amy ― Fungou Rúbeo ― Você parece tanto com sua mãe.

O coração de Amy esquentou no peito. Ela sabia que sua mãe e Rúbeo eram amigos assim como os dois.

― Como ela era?

A barba dele se mexeu num sorriso mas dava para notar pelo olhos que era um sorriso triste.

― Inteligente,alegre,boa e um ótima bruxa. ― Um sorriso fantasma apareceu no rosto de Amy ― Ela sempre vinha aqui com os amigos,bem parecidos com você,Harry,Rony e Hermione. Por mais que brigassem, sempre estavam juntos novamente e mesmo que não Rose não aceitasse muitas das brincadeiras dos garotos,nunca desistia deles,porque eram uma família.

Amy sorriu triste também,mas um pouco alegre por saber mais sobre a mãe. Ela resolveu ignorar o menção dela e o comentário logo em seguida.

― Garotos?

A barba de Hagrid mexeu novamente.

― Oh,sim. Os Marotos. Eram conhecidos assim por Hogwarts.

Amy observou curiosa.

― Você falou brincadeiras. ― Notou ― Que tipo?

― Os garotos eram brincalhões,sempre fazendo pegadinhas com os alunos da Sonserina. Eles pertenciam a Grifinória.

Amy quase revirou os olhos,tinha que ser. Hagrid pareceu perceber seu pequeno desconforto.

― Vamos,não ligue para isso,nem todos pensam assim. Eu sou um exemplo e seus amigos também. ― Disse ele, Amy sorriu agradecida ― Mas,bem,por mais que não fosse uma Sonserina,Rose tinha amizade com alguns deles e repreendia os Marotos pelas brincadeiras desagradáveis.

― Mas eles nunca paravam ― Afirmou Amy ― ,estou certa?

― Tem razão,novamente.

Amy levou a xícara aos lábios,satisfeita. Hagrid sabia como levantar seu ego.

― Os Marotos,é um bom nome para um grupo. ― Disse Amy ― Mas,vamos lá,Rúbeo. Você só os chama de garotos. Diga seus nomes e quantos eram.

― Eram quatro. ― Começou Rúbeo,subitamente animado ― Rem-

E então parou como arregalando um pouco os olhos,como se tivesse falado mais que deveria.

― Rúbeo? ― Chamou Amy,confusa.

― Por que não vamos embalar Norberto? Harry chegará daqui a algum tempo,estamos atrasados ― Mudou de assunto,levantando-se da cadeira.

― Mas...

Não adiantava,ele já tinha ido para Norberto. A garota franziu o cenho e deixou-se levar pelo falatório de Hagrid a respeito do dragão. Mas,logo se adiantou ajudar,Ela tinha problemas maiores e não devia ser nada demais.

Amy ajudou Hagrid a embalar Norberto. Na verdade ela ficou mais entregando as coisas que Hagrid pedia que perto do dragão realmente,apreciava sua vida.

Quando Harry e Hermione chegaram,Amy suspirou em alívio,queria tirar um longo cochilo e se tivesse sorte,sem pesadelos. Além que quanto mais rápido levassem o dragão melhor.

― Está atrasado. ― Murmurou Amy para Harry. Hermione encarava o grande caixote de Norberto.

― Desculpe,fiquei em dúvida se deveria trazer um relógio.

Amy revirou os olhos.

― Ao trabalho,Cicatriz.

Ela e Hagrid aprontaram Norberto embalando-o num grande caixote.

― Pus muitos ratos e um pouco de conhaque para a viagem ― Disse Hagrid com a voz abafada. ― E Amy deu a ideia de embalar junto o ursinho de pelúcia para o caso de ele se sentir solitário.

Harry e Hermione encararam Amy estranho.

― Rúbeo estava triste,eu só arranjei uma solução. ― Sussurou para que somente os dois escutasse.

De dentro do caixote vinha um ruído de pano rasgado que pareceu a Harry ser o dragão arrancando a cabeça do ursinho.

Amy tombou a cabeça,tudo bem,ela sabia que isso aconteceria logo.

― Até a vista, Norberto! ― Soluçou Hagrid, quando Harry,Amy e Hermione cobriram o caixote com a capa da invisibilidade e entraram debaixo dela. Amy mandou um sorriso reconfortante antes de entrar ― Mamãe nunca vai esquecer você!

Como foi que conseguiram levar o caixote de volta ao castelo, eles nunca souberam.

Aproximava-se a meia-noite e eles subiram com Norberto pela escadaria do saguão de entrada e pelos corredores escuros. Mais uma escada, mais outra - nem mesmo um dos atalhos de Harry facilitou muito o transporte.

― Estamos quase lá! ― Harry ofegou quando chegaram ao corredor sob a torre mais alta.

― Cale a boca, isso trás má sorte.

Então um movimento brusco à frente deles quase fez com que deixassem cair o caixote.

Esquecendo que já estavam invisíveis, encolheram-se nas sombras, espiando os contornos escuros de duas pessoas que se debatiam a uns três metros. Uma lâmpada se acendeu.

A Profa. Minerva, num robe de lã escocesa e rede no cabelo, segurava Malfoy pela orelha.

― Está detido ― Gritou. ― E são vinte pontos a menos para Sonserina. Perambulando no meio da noite, como você se atreve...

― A senhora não compreende, professora, Harry Potter está vindo aí; vem trazendo um dragão.

― Que absurdo! Como você se atreve a contar tais mentiras? Vamos: vou conversar com o Prof. Snape sobre você, Malfoy!

A íngreme escada em espiral até o alto da torre pareceu a coisa mais fácil do mundo depois disto. Somente quando saíram para o ar frio da noite foi que se livraram da capa da invisibilidade, felizes de poderem respirar direito outra vez. Hermione dançou uma espécie de jiga escocesa. Amy segurou-se para não gargalhar alto.

― Malfoy vai ficar detido! Eu seria capaz de cantar.

― Não cante ― aconselhou Harry.

Sabia que ele estava armando algumas para nós. ― Amy encarou Harry com um olhar esperto. Ele cerrou os olhos mas logo riu ao lembrar de Malfoy.

Rindo,eles esperaram, enquanto Norberto se debatia dentro do caixote.

Passados uns dez minutos, quatro vassouras surgiram da escuridão mergulhando em direção à torre.

Os amigos de Carlinhos formavam um grupo animado. Mostraram a Harry, Amy e a Hermione os arreios que tinham trazido de modo a poder suspender Norberto entre eles. Todos ajudaram a prender Norberto muito bem nos arreios e então os três apertaram as mãos de todos e lhes agradeceram muito.

Finalmente Norberto estava indo... indo... e finalmente se foi.

Eles desceram a escada espiral sem fazer barulho, os corações leves como as mãos, agora que Norberto fora tirado delas. Nada de dragão - Malfoy detido - o que poderia estragar essa felicidade?, Harry se perguntava.

A resposta à sua pergunta estava esperando ao pé da escada. Quando chegaram ao corredor, a cara de Filch assombrou-os, emergindo da escuridão.

Amy engoliu em seco. Maldito azar.

― Ora, ora, ora ― Sussurrou ―, estamos encrencados.

Tinham deixado a capa da invisibilidade no alto da torre.

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Notas Finais


NOTAS:

•Contém trechos de Harry Potter e a Pedra Filosofal,créditos a autora.

•Espero que tenham gostado.

•Qualquer erro ortográfico, desculpe-me.

Hey,está aí mas um capítulo,espero que gostem. Desculpe a demora da postagem as aulas de ead estão me consumindo mas o capítulo foi um dos mais longos que já postei.

Lembrem: Respeite a quarentena,use máscara e álcool em gel para proteger você e outras pessoas. Beijão!

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