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História Trying not to love you - Love like a bomb


Escrita por: teamvauseman

Notas do Autor


Desculpem pela ansiedade causada pelo capítulo anterior. Agora o domingo acabou de ficar mais interessante... Boa leitura <3

Capítulo 13 - Love like a bomb


POV LAURA


    Jodi havia ido embora e apesar de eu ter amado sua companhia por esses poucos dias, eu precisava mais do que nunca estar sozinha. Eu estava sonhando acordada desde que Taylor contou-me sobre o que realmente sentia em relação a nós, confundindo tudo que existia dentro de mim e era difícil sorrir e fingir que eu estava bem como antes.
    Passavam das 6am do sábado quando eu estava saindo do banho, eu não havia ido para o set no dia anterior, apenas avisado a Jenji e pedindo para que ela deixasse o motivo apenas entre nós; claro que eu havia omitido as razões para faltar naquele dia mas ela parecia ter entendido, ou pelo menos aceitado.
    Eu não havia parado de pensar um minuto sequer em Taylor, ela estava certa quando disse que não era normal o que havia entre nós, e esses dias com Jodi serviram para que isso ficasse mais claro do que nunca. Talvez Taylor tivesse razão, nos envolvemos de uma forma que não tinha como ignorar ou reverter mais, todo esse tempo sem falar com ela, mesmo precisando de uns dias para pensar foi um tortura. Eu sentia falta da sua presença a cada minuto. Era triste não ter minha co-star por perto, e isso só tornava tudo mais difícil.
    Pensar nela dessa maneira fez com que eu perdesse a cabeça. Por tanto tempo evitei questionar os meus reais sentimentos, e ao ouvir todos eles sendo ditos em voz alta, por Taylor, algo dentro de mim foi desbloqueado. Eu precisava daquilo, precisava ouvir. Sem perceber eu estava me trocando e pegando as chaves da moto, eu queria estar perto de Taylor, sentir seu cheiro e seu gosto, só assim todas as dúvidas iriam sumir de minha cabeça.
    Peguei minhas coisas e fui para o estacionamento do apartamento, subi em minha moto e dei a partida saindo dali o mais rápido que eu pude.
    Eu estava extremamente nervosa e meu coração batia sem um ritmo incerto. Minha mente estava embolada e tudo que eu conseguia pensar era no corpo de Taylor junto ao meu.
    Cheguei em frente ao seu apartamento e percebi que as luzes de sua sala estavam acesas. Agradeci mentalmente por ela estar ali, eu me sentiria totalmente frustrada se não a encontrasse esta noite.
    -Laura? -Foi a única coisa que eu ouvi Taylor dizer ao abrir a porta e me encontrar ali. Sem pensar, atirei-me em seu encontro, e nossos corpos se tocaram produzindo uma energia incomum. Arranquei a blusa de Taylor e no mesmo instante em que ela parecia assustada com a situação, correspondia todos os meus movimentos ferozmente.
    Virei Taylor contra parede, de forma que seu rosto ficasse totalmente encostado naquela superfície fria. Joguei seu cabelo para o lado e comecei a distribuir beijos por toda a extensão de suas costas parando exatamente na barra de sua calça de moletom. Eu o abaixei rapidamente, sem pensar duas vezes. Taylor não vestia calcinha, e a visão de sua bunda era algo maravilhoso. Por mais magra que ela fosse, cada parte sua era bem desenhada, o que me deixava ainda mais ansiosa pelos seus toques.
    Beijei toda perna de Taylor, substituindo alguns beijos por fortes mordidas. Ela gemia e arranhava a parede na medida em que eu aumentava a intensidade. Ainda de joelhos no chão, virei Taylor de frente, deixando seu sexo bem visível. Taylor puxou-me pelo cabelo, fazendo com que nossos rostos ficassem totalmente colados. Seus olhos estavam negros, e ela literalmente rasgou a camisa que eu vestia.
    Estávamos praticamente nuas quando a puxei em direção ao chão da sala, deitando Taylor por cima de mim. Nossos lábios se encontraram com força e a intensidade do beijo aumentava a cada vez mais.
    Tay me direcionou até o tapete no meio da sala, por alguns rápidos segundos a ideia dela se preocupando comigo me fez hesitar, mas me livrei desse pensamento na mesma velocidade em que ele surgiu em minha mente. Eu não queria pensar aquela noite, só queria agir, queria fazer tudo o que desejava a tanto tempo inconscientemente. O modo que Taylor estava agindo era totalmente novo pra mim, era como se ela estivesse sendo completamente instintiva, suas mãos tocavam todo o meu corpo de forma intensa e ao mesmo tempo habilidosa. A única coisa que eu conseguia pensar era que eu nunca tinha a visto tão sexy, e nunca a desejei tanto como ali.
    Taylor me beijou de forma violenta e eu retribui. Sua língua explorou cada canto da minha e eu sentia como se fosse explodir. De forma rápida, Taylor tirou a minha calça e trilhou um caminho de beijos pelo meu corpo. A sensação dos seus lábios quentes e úmidos em minha pele fria me causava arrepios.
    Ela apertou os meus seios suavemente e por um segundo tive um deslumbre de seus olhos completamente enegrecidos. Mordi o meu lábio suavemente enquanto sentia os dentes e a língua de Taylor entrando em contato com os meus mamilos. Ela chupava suavemente e eu podia sentir o calor entre as minhas pernas aumentar a cada vez que ela fazia os movimentos ritmados com os lábios na minha pele sensível, gemidos abafados insistiam em sair pela minha boca e parecia que isso incentivava Taylor a aumentar a sua intensidade.
    Novamente ela desceu pelo meu corpo, mantendo as mãos nos meus seios. Olhei para baixo rapidamente e pude ver os pequenos hematomas roxos causando um contraste na minha pele pálida. A sala estava escura, a única luz que vinha era da televisão, talvez aquilo tornasse mais fácil pra mim não pensar em nada, apenas deixar que os meus desejos me guiassem. Levei minhas mãos para o seu cabelo e entrelacei meus dedos entre seus fios, puxando-os levemente enquanto ela se posicionava entre as minhas pernas.
    A expectativa era a pior. Taylor beijava e mordia minhas pernas enquanto sua mão passeava pelo meu abdômen de forma quase distraída, era como se ela quisesse me provocar e estava conseguindo obter as reações desejadas. Eu sentia as ondas de calor e excitação fluindo no meu corpo quando finalmente pude sentir sua língua, suave e macia em mim. Eu gemi alto com o primeiro contato e senti suas unhas sendo fincadas na minha pele. Em resposta, puxei o seu cabelo e eu notei um sorriso em seu rosto quando fiz.
    Aos poucos ela começou a movimentar sua língua de forma mais rápida e ritmada e eu quase sentia como se pudesse sair do meu corpo com aquilo. Eu novamente puxei forte o cabelo de Taylor, queria machucá-la, mas a única reação que eu conseguia dela com isso eram suas unhas arranhando minha pele, aos poucos finas linhas vermelhas estavam se formando e só quando começaram a arder eu pude perceber que era sangue.
    Os meus gemidos involuntários aumentavam de altura cada vez que Taylor tocava meu clitóris com a ponta dos dedos, alternando com a língua. Isso causava o tipo de fricção que me fazia arquear as costas e apertar os meus lábios para não gritar.
    -Merda, Taylor. -Era tudo o que saía da minha boca, palavras que não faziam o menor sentido, pelo menos não pra mim.
    Fechei meus olhos com um suspiro quando senti dois de seus dedos entrarem em mim de forma lenta. Conforme Taylor começava a movimentá-los para dentro e fora eu desisti de suprimir os meus gemidos e aos poucos os gritos começaram a ecoar pela casa.
    -Você é tão gostosa, Laura. -Taylor sussurrou tão baixo que me perguntei se ela queria que eu ouvisse aquilo. Dei uma rápida olhada para baixo e pude perceber que Taylor se tocava ao mesmo tempo que fazia em mim aqueles movimentos. Ter aquela visão foi o que faltava pra eu começar a me enfraquecer, mas tentei segurar o máximo possível. Enquanto ela se apoiava nos cotovelos e levantava a cabeça, Taylor curvou os dedos e começou a movimentá-los ferozmente dentro de mim. Foi tão rápido e repentino que eu não tive tempo nem ao menos de gritar, somente fechei os meus olhos com força enquanto me contorcia no chão, sentindo todas aquelas ondas elétricas de prazer entorpecendo cada parte do meu corpo.
    Suspirei algumas vezes com os olhos ainda fechados, pude sentir apenas a respiração de Taylor passando por algumas partes do meu corpo até chegar em meu pescoço. Suas pernas estavam estrategicamente encaixadas no meio das minhas e aos poucos Taylor deslizava seu sexo no meu que ainda se encontrava completamente molhado.
    -Você gosta disso? -Taylor perguntou enquanto seus mamilos arrastavam-se lentamente nos meus fazendo com que eles ficassem ainda mais excitados. -Diz pra mim. -Ela sussurrou em meu ouvido enquanto seus dentes alcançaram o lóbulo de minha orelha. Taylor mordeu com um pouco de força enquanto segurava minhas duas mãos na altura de minha cabeça
    -Mais rápido. -Sussurrei como se algo estivesse preso em minha garganta. Taylor balançou sua cintura com mais força enquanto fazia movimentos circulares com a sua cintura.
    Soltei-me de suas mãos e agarrei sua cintura com as pontas de minhas unhas, provocando marcas vermelhas em sua pele. Seus olhos alcançaram os meus e Taylor levou seus seios até minha boca e eu rapidamente os agarrei com a boca. Conforme eu chupava Taylor, mais forte o ela movimentava seu sexo contra o meu. Seus olhos estavam fechados e ela gemia cada vez mais. Antes que Taylor pudesse chegar finalmente no ponto em que eu desejava, virei-me fazendo com que meu corpo ficasse por cima dela.
    Rapidamente desci por todo o seu corpo, passando minha língua em alguns pontos, o que fez Taylor suspirar diversas vezes.
    Cheguei até seu clitóris e Taylor colocou suas pernas em meus ombros, fazendo com que eu tivesse uma boa visão. Levei minha língua até seu sexo e o chupei de uma maneira tão rápida que Taylor se contorcia de forma totalmente desajeitada em minha boca. Seus gemidos ecoavam por toda a sala e suas pernas tremiam levemente.
    -Apenas goze pra mim, Taylor. -Sussurrei de onde eu estava, fazendo com que ela olhasse nos meus olhos.
    Continuei com meus lábios no sexo de Taylor, e no mesmo instante introduzi dois de meus dedos fazendo com que ela perdesse mais ainda o controle de si mesma.
    -Laura... -Taylor disse com a voz falhando. Seu sexo estava pulsando em meus dedos e antes que eu pudesse olhar nos olhos de Taylor, ela havia despejado toda sua excitação em mim.
    Após alguns minutos, finalmente estava de volta a mim. Repousei novamente no chão, cansada e com a respiração ofegante. Eu não ousei abrir os olhos, a única coisa que senti foi Taylor se deitando ao meu lado, igualmente cansada.
    
    Na manhã seguinte, abri meus olhos pra luz cinzenta de uma manhã nublada. Olhei para baixo e tinha uma coberta por cima de mim e um travesseiro embaixo da minha cabeça. Mesmo com todos os esforços de Taylor minha coluna doía e era como se um trator tivesse passado por cima de mim enquanto eu dormia.
    Me sentei, sentindo dores que sabia que não eram culpa da ausência de uma cama. Eu suspirei, me lembrando da noite anterior e sentindo meu estômago revirar no mesmo instante em que eu percebi que queria mais.
    Me levantei, pegando minhas roupas e me enrolando num lençol. Caminhei até o banheiro e tomei um banho rápido, eu ainda não sabia o que pensar de mim mesma após fazer aquilo tudo na noite anterior. Eu nunca tinha transado com mulheres antes e aquela experiência foi quase transcendental. Taylor me fez sentir coisas inéditas, e aquele tipo de pensamento me assustava mais do que qualquer outra coisa na vida. Mas eu tinha esperança de que que não era nada do que parecia. Eu queria Taylor, a desejava, depois daquela noite aquilo ficou mais claro do que nunca. Mas o que eu sentia era somente físico. Não era?
     Ouvi barulho lá fora e eu percebi que estava sonhando acordada. Terminei o banho e me vesti, saindo do banheiro. Taylor estava na cozinha e eu caminhei até lá sem pressa. Eu não sabia como confrontá-la ou como agir.
    -Bom dia. -Ela falou, sorrindo. Em suas mãos haviam dois sacos do Starbucks e na mesa repousavam dois cafés. -Trouxe o seu muffin preferido.
    Eu estava tão nervosa de vê-la ali que eu sentia como se fosse vomitar. Taylor era tão linda, mesmo quando ela achava que estava péssima. Naquela manhã o seu cabelo estava preso e ela vestia um moletom qualquer, mesmo assim era como se nenhuma outra mulher no mundo pudesse se comparar com a atmosfera que emanava dela. Até nos dias cinzentos, como aquele, ela brilhava e fazia tudo parecer mais bonito e esperançoso.
    -Obrigada. -Foi tudo o que eu consegui dizer.
    Me sentei na mesa, pegando um café com as duas mãos e tomando vários goles. Ele queimava a minha garganta, mas eu não me importei.
    Com a visão periférica eu pude ver Taylor erguer uma sobrancelha. Ela contornou a bancada da cozinha e se sentou ao meu lado, colocando os bolinhos em cima da mesa.
    -Tá tudo bem? -Sua voz parecia preocupada.
    -Taylor, por favor, só não faz nenhum tipo de pergunta sobre ontem.
    Ela bufou, se encostando na cadeira.
    -Você tá brincando comigo, né? De novo?
    Eu me virei pra ela, segurando seu rosto com as mãos e a aproximando de mim, beijando-a demoradamente.
    O que acontece quando duas pessoas, ligadas por um magnetismo tão forte que é quase sobrenatural finalmente ficam juntas? Eu soube a resposta no momento que Taylor me arrastou pro seu quarto, tirando minhas roupas de forma tão violenta como na noite anterior. Era impossível separá-las. Falávamos tanto de atração no trabalho e eu acabei percebendo que o que acontecia entre nós de fato era como uma reação química. Quando por fim nos juntamos, ficou claro que nos fundimos e tornamos apenas uma pessoa.    
    

POV TAYLOR

    Eu estava deitada em minha cama quando Laura surgiu na porta segurando uma fruta em uma de suas mãos. Passavam das 2pm de um domingo e não havíamos feito nada, além de ficarmos juntas na cama. Eu estava tentando bloquear qualquer tipo de pensamento que ousasse repreender ou questionar Laura sobre algo feito nessas horas que estivemos juntas, eu sabia que ela estava sóbria o suficiente para saber o que realmente queria.
    Por mais que eu tentasse explicar as sensações que Laura provocava em mim, sabia que era impossível. Meu estômago ainda estava totalmente comprimido num canto da minha barriga e era como se nada tivesse no lugar. Na noite passada quando me deitei ao seu lado, não conversamos sobre absolutamente nada. Laura apenas encarou o teto de minha sala como se quisesse abrir um buraco ali mesmo e fugir pra longe, mas ela não fez. Laura virou-se para mim, por algum momento olhou em meus olhos e acabou por fim segurando a minha mão, adormecendo sem que eu pudesse dizer nada.
    Eu já havia observado Laura dormir, não que eu fosse uma perseguidora ou algo do tipo, mas apenas a visão de seu corpo descansando me trazia muita paz.
    Após eu cobrir seu corpo totalmente nu, deitei-me ao seu lado novamente e adormeci admirando seu rosto. Pensar em como a noite havia sido maravilhosa, fazia com que eu tivesse vontade de reviver o tempo inteiro.
    -Em que você tanto pensa? -Ela perguntou enquanto sentava-se em minha cama. Laura estava com um robe meu, ela provavelmente já havia desistido de se vestir.
    -Não é óbvio? -Respondi abrindo um sorriso enquanto olhava para cada ponto de seu corpo coberto por aquele tecido.
    -Sim, é óbvio. -Laura revirou os olhos e soltou um pequeno sorriso.
    -Olha, eu sei que você não está acostumada com isso. -Eu disse enquanto sentava-me na cama apenas coberto por um lençol branco fino.
    -Taylor... -Ela rebateu enquanto encostava-se na parede.
    -Não, Laura. Me deixa falar. Eu entendo se você não souber como agir ou o que dizer dizer, mas o que aconteceu foi real. -Laura abaixou a cabeça e pude ver um leve sorriso formando-se em seu rosto.
    -Eu sei. Eu não vou correr, Taylor. Por favor, só aproveita o momento. É isso que eu tô tentando fazer. -Laura disse e então eu assenti, talvez ela estivesse certa. Ela estava aqui ainda, então queria tanto quanto eu.
    Laura puxou-me para mais perto de forma que nossos rostos ficassem próximos. Seus olhos estavam em meus lábios e ela passava a ponta de seu dedo delicadamente por eles.
    Seu toque era singelo, mas eu era capaz de sentir a energia que vinha de seu corpo diretamente para o meu através de seus dedos. Era como se Laura me admirasse no mesmo instante que queria me devorar.
    Laura levou seus lábios até o meus. Minhas mãos repousavam em seus ombros, e então nos beijamos da forma mais delicada possível. Diferentemente dos anteriores, foi um beijo sem pressa e calmo, onde ela demonstrava o quanto estava gostando daquela sensação.
    Suas mãos passavam delicadamente por alguns fios do meu cabelo enquanto sua língua pedia calmamente passagem para a minha e eu rapidamente atendi ao seu pedido. Laura mordia levemente meus lábios, que após algum tempo começou a esquentar devido as suas mordidas.
    -Eu preciso ir pra casa. -Ela falou certa hora, revirando os olhos. -Eu não repassei nenhuma vez o texto que preciso gravar amanhã, Jenji vai querer me matar.
    -Não vai. -Disse enquanto deitava e puxava Laura para o meu lado. -Fica aqui.
    -Não pede assim. -Laura sorriu e então fechou os olhos balançando a cabeça. -É difícil dizer não quando você faz isso.
    -Então almoça comigo e aí quem sabe eu deixo você ir. -Falei enquanto Laura deitava com a metade do seu corpo por cima da metade do meu.
    -Você não gosta de sair perdendo, né? -Ela perguntou e logo após depositou um beijo em meus lábios.
    Não ficamos muito tempo deitadas e logo já havíamos nos trocado. Resolvemos ir até um restaurante que ficava em frente ao meu prédio. Laura e eu frequentamos muito ele enquanto ela estava uns dias em minha casa, mesmo que fosse apenas para um café.
    Eu estava terminando de me arrumar em frente ao espelho quando Laura apareceu por trás e colocou suas mãos em minha cintura.
    -Eu gosto quando você se arruma pra mim. -Ela sussurrou em meu ouvido e eu senti meu corpo arrepiar. Laura beijou levemente minha nuca, mordendo fortemente depois.
    -Eu sei. -Disse enquanto terminava de me arrumar. Virei na direção de Laura e ela ainda estava atrás de mim, mesmo que suas mãos não estivessem mais em minha cintura, ela me olhava com desejo. -Vamos antes que você tire tudo que eu coloquei.
    -Volta aqui. -Laura pediu enquanto caminhava até mim. -Será que vamos ser aquelas pessoas que não conseguem fazer nada sem se pegarem pelos cantos? -Soltei uma gargalhada ao ouvir aquilo.
    -Laura, você nunca foi assim, por que seria agora? -Perguntei enquanto pegava minha bolsa na cozinha e caminhava até a porta principal.
    -Agora eu tenho você, é meio difícil não pensar em coisas assim. -Ela falou enquanto pegava suas coisas e saía ao meu lado.
    -Uau, e eu sou extremamente resistível. -Disse ironicamente e Laura assentiu com a cabeça.
    Caminhamos até o restaurante e estava quase lotado. Agradeci por ter uma mesa no canto vazia.
    -Você realmente gosta dessa mesa, todas as vezes vem diretamente nela. -Laura disse enquanto sentava-se.
    -Tem uma visão linda daquele parque. -Laura olhou na mesma direção que eu, e observamos as pessoas que lá estavam.
    Logo fomos atendidas e fizemos nossos pedidos. De olhos fechados eu podia ser capaz de adivinhar o que Laura havia pedido, ela era totalmente fascinada por coisas saudáveis.
    Ficamos algum tempo no restaurante conversando, e todas as vezes em que Laura dizia “eu realmente vou embora agora”, um novo assunto surgia entre nós.
    Após um longo tempo tentando deixar o restaurante, pagamos a conta e saímos. Laura resolveu ir embora sem subir novamente, provavelmente se isso acontecesse ela não iria descer mais.
    -Tem certeza que não quer subir? -Perguntei pela última vez enquanto Laura subia em sua moto que estava em frente ao meu prédio.
    -Você sabe que eu nem teria descido se não precisasse ir embora. -Ela colocou o capacete.
    -Você fica sexy nessa roupa. -Eu confessei enquanto olhava a forma como ela estava sentada. Era maravilhoso não precisar mais guardar aquele tipo de coisa para mim, e finalmente poder dizer para ela sem ficar estranho.
    -Você não imagina as coisas que eu gostaria de fazer com você em cima dessa moto. -Ela piscou e então colocou a chave em sua moto. Senti meus músculos se contraírem ao ouvir a última frase de Laura.
    Despedimo-nos rapidamente, sem beijo. Por mais que eu quisesse beijá-la ali mesmo, eu sabia que não poderia me precipitar. Observei por algum tempo Laura até ela sair de meu campo de visão, e então voltei para o meu apartamento. Arrumei algumas coisas que estavam foram do lugar na sala e no quarto, e por fim me deitei no sofá. Fiquei um longo tempo ali, apenas encarando o mesmo lugar da sala em que eu e Laura estávamos na noite passada. Por que ela era tão difícil de desvendar? Uma hora parecia querer o mesmo que eu, e depois, ignorava qualquer tipo de pergunta que eu fizesse sobre o assunto. Talvez ela estivesse me usando, mas isso não era algo que me incomodava por completo. Depois de meses eu finalmente tive a chance de estar com ela, mas o que eu estava sentindo naquele momento estava longe de ser satisfação. Eu nunca iria conseguir tratar Laura como um caso de uma noite só, eu sabia que precisaria tê-la novamente.

Peguei o meu celular, desejando ter algum vestígio dela ali, mas a barra de notificações estava vazia. Eu estava cansada por quase não ter dormido na noite anterior, então sem que eu percebesse acabei adormecendo assistindo a um filme qualquer. Não sonhei durante aquele período de tempo, eu sabia que todos os meus maiores desejos tinham acabado de se realizar horas antes, e pela primeira vez, eu não estava dormindo.   
 



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