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História Trying not to love you - Nobody knows


Escrita por: teamvauseman

Notas do Autor


boa noite, espero que gostem do capítulo. desculpem a demora, e qualquer crítica ou sugestão, se sintam a vontade para nos dizer através dos comentários.
boa leitura! @teamv4useman <3

Capítulo 15 - Nobody knows


POV TAYLOR


       Estávamos chegando ao set quando percebi através do retrovisor do carro um céu cinzento que se formava. Eu agradecia pelo clima todos os dias que acordava, pois era um dia a menos de calor. Eu amava infinitamente o frio e até sentia falta de estar em contato com a neve.
    Saímos do carro assim que parei meu carro em minha vaga. Não havia ninguém do lado de fora, e de certa forma Laura parecia aliviada com isso.
    Caminhamos em silêncio até a sala principal, onde haviam algumas pessoas. Jenji estava sentada mexendo em seu celular e eu apenas acenei de longe para ela.
    -Quais os planos pra hoje? -Perguntei para Laura enquanto pegava um xícara de café no canto da sala. Passei os dedos levemente pelo seu rosto, o que fez com que ela se afastasse.
    -Taylor! -Ela me repreendeu. -Olha quantas pessoas estão aqui, o que você pretende fazer? -Olhei assustada para Laura. Ela estava agindo como uma paranoica. Não que ninguém precisasse saber das nossas vidas, mas ela sabia muito bem que todos ali já tinham uma ideia do que acontecia entre nós.
    -Vou fingir que você não fez isso, Laura. -Revirei os olhos e dei as costas para ela, indo em direção ao meu camarim.
    Estava acontecendo novamente, Laura não fazia a menor ideia do que queria de fato. Eu sempre imaginei que ela era do tipo morde e assopra, só não sabia por quanto tempo aguentaria coisas assim.
    Troquei-me rapidamente, e embora a manhã tenha sido calma, eu já não poderia dizer o mesmo tarde. Eu teria que gravar com uma boa parte do cast e estava sofrendo para memorizar todas aquelas falas.
    Todos já se encontravam em suas posições no set. Laura estava do outro lado da sala e mal olhava em minha direção.
    -Dia ruim, Schilling? -Natasha disse praticamente sussurrando.
    -Eu acho que ainda não consegui distinguir. -Suspirei ao perceber a movimentação se acalmando.
    -Você sabe que por mais que eu tenha certeza do que tá acontecendo, pois eu sou uma pessoa realmente incrível... -Ela disse com um sorriso convencido nos lábios. -Eu sempre estarei aqui para quando você precisar ou quiser desabafar.
    -Está tudo bem? Você está com febre? -Perguntei passando a mão na testa de Natasha, fazendo com que ela revirasse os olhos.
    -Eu acho que bati a cabeça quando estava no banho. -Ela riu.

    Por mais trabalho que eu tivesse a fazer, tudo estava fluindo perfeitamente bem. Eram por volta das 3pm quando todos resolveram ir até o café como era de costume. Marquei de encontrar com Natasha lá mesmo, já que eu havia esquecido minhas coisas no camarim.

Caminhei rapidamente pelo corredor e tive uma surpresa ao abrir a porta

-Laura? -Perguntei ao entrar e perceber que Laura estava deitada no sofá.
          -Achei que você não fosse voltar nunca. -Ela disse revirando os olhos e levantando-se. -Essas gravações estão me matando... -Laura veio em minha direção, empurrando-me contra a porta. -O que você acha de uma pausa?
    -Isso é sério? -Revirei os olhos. –Primeiro você age como se nem me conhecesse na frente de todos, fica toda “oh, não encoste” e agora você vem aqui e quer que eu simplesmente transe com você? -Olhei Laura fixamente e ela parecia irritada.
    -Taylor, só não podemos confundir as coisas, o que Jenji diria se percebesse que estamos nos envolvendo tanto assim? -Ela voltou para o sofá e jogou todo o seu peso nele.
    -Como se ninguém aqui imaginasse qualquer coisa desse tipo, Laura. -Peguei minhas coisas na bolsa. -Mas você quer que eu comece a agir profissionalmente? Ok, nada de sexo aqui e em casa talvez eu pense se você realmente merece algo.
    Saí do camarim sem que Laura fosse capaz de dizer uma só palavra. Eu sabia onde tudo aquilo iria dar, eu provavelmente não iria conseguir resistir por muito tempo aos seus olhos repletos de desejo olhando fixamente nos meus.
    Caminhei rapidamente até o café, todos estavam com seus pedidos sendo entregues no momento em que sentei-me ao lado de Natasha.
    -Acho que você vai precisar disso. -Natasha havia pedido alguns donuts de chocolate e um café expresso duplo.
    -Obrigada, você adivinhou exatamente o que eu precisava. -Dei um sorriso para Natasha e ela retribuiu com o seu debochado de sempre.
    Todos estavam conversando sobre uma festa que aconteceria no sábado na casa de alguém da produção, não seria algo muito grandioso. Aconteceria durante a tarde e todos estavam convidados.
    Eu estava tentando não pensar em Laura, e em como as coisas pareciam uma montanha russa onde as coisas nunca ficavam estáveis. Talvez ela estivesse tentando não se envolver emocionalmente e só respondia ao que seu corpo desejava, de certa forma esse era o maior problema no momento. Tudo o que eu queria era me envolver de todas as formas possíveis e impossíveis com Laura.
    
    Fechamos o dia de gravações e eu fui pra casa, um pouco irritada demais para lidar com qualquer outra coisa naquele momento. Não que eu não quisesse ver Laura, mas era complicado pensar na nossa situação atual. A cada dia que se passava eu me sentia mais dependente dela, mas não só do sexo, e sim das conversas e do tempo que passávamos juntas, sem fazer nada. Laura havia "travado" desde que começamos a nos relacionar, antes ela agia de forma tão natural comigo e depois era como se cada movimento seu fosse calculado.
    Cheguei em casa e decidi ir para a yoga, tudo o que eu precisava naquela noite era relaxar e tentar tirar pelo menos parte dos problemas da minha cabeça.

POV LAURA
    Levei longos minutos para digerir o que Taylor havia dito para mim, no seu camarim. Nada de sexo? Eu sentia como se ela estivesse me dispensando. Assim que saí do set resolvi ir até o seu apartamento para esclarecer algumas coisas. Eu evitava pensar no que estava fazendo, parecia uma namorada grudenta, mas sabia que isso era bem longe da nossa situação atual.
    Estacionei a moto e entrei no prédio, subindo pelo elevador logo em seguida. Assim que as portas se abriram, encontrei a garota loira de olhos azuis que estava permanentemente nos meus pensamentos. Ela estava com o cabelo preso e suas roupas me sugeriam que ela estava indo para a yoga.
    -Vai a algum lugar? -Eu perguntei, erguendo uma sobrancelha. Taylor parecia um pouco surpresa de me ver ali.
    As portas estavam prestes a se fechar e Taylor as segurou.
    -É, eu planejava ir pra yoga.
    Saí do elevador ficando de frente pra ela.
    -Podemos entrar? -Perguntei, dando uma rápida olhada na porta do seu apartamento.
    Taylor não respondeu, só se virou e destrancou a porta. Eu entrei e ela veio atrás de mim, fechando a porta atrás dela.
    Havia um certo conforto em estar ali, na sua casa. Me lembrava de quando vim para Nova York, antes mesmo de começar a gravar a série, e Taylor era só uma garota tímida que sempre pensava duas vezes antes de falar comigo. Eu ri com esse pensamento.
    -O que foi? -Ela perguntou, se jogando no sofá. Eu fiz o mesmo.
    -Tava lembrando de quando vim pra sua casa pela primeira vez. Eu te intimidava, não é?
    Taylor riu fraco, o que me satisfez imensamente. Desde que eu havia chegado ela estava um pouco séria demais.
    -Você ainda intimida. -Ela respondeu após algum tempo, colocando os pés em cima da mesa de centro. -Você é a Laura Prepon, como não me intimidaria?
    Eu dei de ombros, observando-a.
    -E você é a Taylor Schilling. Mas não me intimida.
    Ela revirou os olhos, então se virou para mim.
    -Podemos ficar aqui como era antes? Eu sinto falta disso.
    Eu assenti, puxando-a pelo braço para beijá-la levemente.
    -Mas antes não tínhamos isso. -Eu comentei, assim que Taylor se afastou.
    Ela suspirou. Parecia pensativa.
    -Você fica estranha comigo quando estamos em público. Isso tudo pela nossa "nova" aproximação.
    -Taylor... -Eu não queria entrar naquele assunto. Eu não sabia como explicar aquilo para mim mesma, então não pretendia explicar para ela.
    Ficamos em silêncio por alguns segundos. O sol lá fora já estava sumindo, era a hora do dia onde o céu se torna uma mistura de laranja com azul, enquanto o vento gelado começava a anunciar a chegada da noite.
    -Eu gosto de você. Não basta? -Perguntei.
    Ela assentiu, ainda pensativa. Me deitei no sofá e Taylor se deitou ao meu lado, puxando uma coberta sobre nós. Ela se acomodou no meu peito, era meio constrangedor pensar que ela ouviria meu coração acelerar por estar tão perto, mas não pretendia deixá-la perceber isso.
    Coloquei meus braços ao seu redor e a abracei, sentindo seu cheiro doce e suave me invadir, se misturando nas minhas roupas. Fechei os olhos e acabei adormecendo.
    Quando abri meus olhos novamente, ainda sonolenta, já era noite lá fora. A casa estava completamente escura e silenciosa, o que trazia uma sensação gigantesca de paz. Eu estava acostumada a trabalhar em um lugar com grande movimentação e dezenas de pessoas falando o tempo todo. Era relaxante fugir daquela realidade pelo menos por alguns minutos.
     Taylor ainda estava deitada ali comigo, na sua roupa de yoga. Ela ressonava levemente e sua expressão era tranquila. Ficamos daquele jeito por longos minutos, eu não pretendia levantar e Taylor também não parecia que iria acordar tão cedo. Eu ia voltar a dormir quando a campainha tocou, eu e ela pulamos de susto na mesma hora.
    -Você tava esperando por alguém? -Eu perguntei, me sentando no sofá.
    -Não. -Taylor respondeu, esfregando os olhos. Ela ainda parecia extremamente sonolenta. -Eu vou lá. -Ela se levantou, quase cambaleando.
    Taylor abriu a porta. Não era possível ver quem estava ali de onde eu estava do sofá, por isso era difícil não ficar meio nervosa.
    -Ah, oi, Natasha! -Taylor disse e eu revirei os olhos. Soube que ia ouvir piadas pelo resto do mês.
    -E aí, Tayloface? Quer sair pra tomar um café? -Pude ouvir Natasha dizer.
    -Anh, na verdade não dá agora. -Taylor respondeu e uns segundos de silêncio se passaram entre as duas. Me senti totalmente desconfortável.
    -Ah, já entendi. Você tem visita? -Natasha perguntou na seu tom sugestivo. Pude ver sua cabeça aparecer do outro lado da parede, e no momento em que nossos olhos se cruzaram, ela sumiu. Pude ouvi-la rir alto e eu acabei sorrindo também. Ela era tão idiota. -Okay, eu volto mais tarde. Aproveitem a noite! -Ouvi sua voz vir de longe dessa vez, então Taylor fechou a porta.
    -A Tasho é uma figura. -Ela comentou, voltando pro sofá ao meu lado.
    -Vocês estão bem próximas. -Falei, pegando o controle da tv e ligando.
    -É, acho que isso é bom. -Taylor falou, se deitando novamente no meu colo. -Quer assistir alguma coisa?
    -Você escolhe, lembra? -Eu sorri, dando o controle para Tay.
    Sabia que estávamos prestes a entrar em uma de nossas noites antigas. Taylor escolhia o filme e criticávamos até  não poder mais, mesmo sabendo que o filme era bom.
    Resolvemos pedir algumas pizzas -vegetarianas, óbvio- enquanto assistíamos. Taylor tinha escolhido American Pie e era meio difícil não ter vergonha alheia de ver Jason e Natasha atuando naquele filme péssimo.
    -Team Alex ou Team Larry? -Eu comentei enquanto dava uma mordida na pizza.
    -Não posso responder isso. -Taylor falou rindo e eu revirei os olhos.
    -Claro, eu sei a sua resposta. -Eu disse, limpando as mãos num guardanapo. -Provavelmente só a mãe do Biggs vai ser Team Larry.
    Taylor riu, eu sabia que ela não gostava de ser maldosa com ele, mas era engraçado.
    -Não é culpa dele fazer um personagem tão chato. -Tay falou enquanto recolhia a caixa de pizza da mesa de centro.
    -Hmm, algo me diz que você gostou de fazer aquelas cenas de sexo com ele. -Eu falei num tom sugestivo.
    Taylor me olhou com uma expressão totalmente desconfortável.
    -Vamos apenas dizer que foi... Estranho.
    Eu ri, pensando em como queria ter visto eles gravando aquele momento. Eu sabia como Taylor se sentia em relação às tais cenas e era impossível não achar cômico.
    Fui até o banheiro, e quanto voltei para a cozinha percebi que Taylor estava de frente para a pia arrumando algumas coisas. Mordi o lábio, a observando por trás durante alguns segundos. Resolvi ir até ela, passando as mãos pela sua cintura e colando seu corpo no meu. Pude senti-la suspirar e se retrair enquanto eu beijava o seu pescoço e colocava minhas mãos por dentro da sua camiseta.
    Antes que eu pudesse prosseguir, ela segurou as minhas mãos.
    -Por favor, Taylor. Já faz muito tempo. -Eu pedi e ela sorriu, ainda de costas pra mim.
    -Faz só um dia.
    -Então você não quer? -Eu virei ela de frente pra mim bruscamente, ficando a centímetros de seu rosto. Eu pressionava ela contra o balcão, fazendo nossos quadris ficarem colados.
    Seu rosto estava levemente mais rosado e ela mordia o lábio. Eu sabia quando Taylor estava excitada, não era algo difícil de descobrir.
    -Você sabe o que eu quero. -Ela sussurrou enquanto eu voltava a beijar seu pescoço, fazendo um caminho pelo seu maxilar até os seus lábios. -Mas não será tão fácil assim.
    Afastei-me de Taylor e dei um sorriso irônico, eu sabia muito bem o que ela pretendia com aquilo.
    -Tudo bem, você venceu. -Disse, levantando meus braços. -Agora quem vai implorar para ter isso é você. -Falei no tom mais ameaçador e convincente possível.
    -Agora a greve é com você? -Taylor perguntou, erguendo uma sobrancelha, enquanto andava atrás de mim.
    -Cuidado, Schilling. Você definitivamente não sabe com quem está brincando. -A risada de Taylor ecoou por todo o apartamento. Eu não podia acreditar que ela estava debochando de mim.
    -Você é má. -Ela retrucou enquanto suas mãos repousavam em minha cintura. Pude sentir os lábios de Taylor se aproximarem lentamente do meu pescoço. -Eu gosto disso.
    Uma onda que arrepiou todo o meu corpo passou por mim rapidamente, e logo eu me vi de olhos fechados com a respiração um pouco mais pesada do que o normal.
    -Ok, não provoca. -Revirei os olhos e terminei de beber água.
    Ficamos mais algum tempo conversando, os olhos de Taylor denunciavam o quão cansada ela estava.
    -Eu já vou indo, ok? -Perguntei enquanto levantava do sofá.
    -Não quer dormir aqui? -Taylor falou num tom triste enquanto observava eu pegar minhas coisas.
    -Eu ainda tenho scripts para ler. -Revirei os olhos. -Eu preciso de férias. -Dei um sorriso ao perceber que Taylor me encarava com um sorriso.
    Ela levou-me até a porta, e não era difícil adivinhar o quanto ela queria que eu ficasse ali. Nunca foi tão complicado dizer tchau. Havia algo na forma como Taylor me tratava e me olhava, na forma como ela ficava instantaneamente triste quando eu anunciava que teria que ir embora, na maneira como seus olhos ficavam grudados em mim até eu sumir naquele corredor. Havia algo na forma como ela agia comigo que fazia eu sentir que não iria demorar muito antes que eu cedesse e ficasse totalmente de joelhos para ela. Eu estava tentando adiar o máximo possível, mas meu sub consciente tinha plena certeza que era impossível dizer não para aqueles olhos.
 



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