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História Trying not to love you - After the fall


Escrita por: teamvauseman

Notas do Autor


Boa noite, vocês esperaram tanto por esse capítulo e ele chegou. Espero que gostem e entendam que nem toda paz dura pra sempre, e as brigas também não. Qualquer coisa estaremos no @teamv4useman
Boa leitura 💖

Capítulo 32 - After the fall



POV LAURA
    Era manhã do dia 31 de dezembro e faziam exatamente 2 dias que Taylor estava ignorando minha mensagem. Eu estava me segurando tanto para não mandar outras coisas, ou até mesmo ir até sua casa. Se ela precisava de um tempo, eu estava disposta a dar isso.
    -Laura, que tal velas? -Natasha perguntou, levantando um pacote com velas brancas. Estávamos no Walmart fazendo compras para a recepção que teria em minha casa para a chegada do ano novo.
    Eu não estava no clima para esse tipo de festa e só conseguia pensar em passar o ano novo deitada em minha cama assistindo as pessoas comemorando na Times Square pela TV, mas o quão deprimente isso seria? De certa forma, eu também quase nunca convidava as garotas para minha casa e sentia que precisava me aproximar delas.
    -Eu ainda não estou conseguindo assimilar essa sua ideia de decoração. -Confessei, enquanto me aproximava de Natasha e olhava as coisas em seu carrinho. Haviam luzes, velas e ramos de flores prateados.
    -Eu estou tentando fazer como minha mãe fazia. -Ela respondeu com um sorriso no rosto. -Vai ser uma recepção com a luz um pouco baixa, essas lâmpadas são para ficar na parte da comida. -Ela gesticulava rapidamente, como se estivéssemos em minha casa e ela me mostrando onde tudo ficaria.
    -Como uma saída de emergência iluminada? -Perguntei, terminando de pegar alguns copos e jogar no carrinho.
    -Sim, exatamente. Você conseguiu descrever perfeitamente, Prepon. -Ela falou dando um leve tapa em meu braço e eu sorri, revirando os olhos.
    Entramos no corredor de alimentos e só então eu percebi que não tive tempo para pensar em uma ceia ou qualquer outra coisa assim. Peguei algumas frutas e legumes, juntamente com carne e peixe. Aos poucos as ideias iam surgindo em minha cabeça e mais coisas entravam no carrinho.
    -Pronto, compras feitas. -Natasha riu, se aproximando de mim com um carrinho repleto de vinhos e prosecco.
    -Isso que eu chamo de compras. -Dei um sorriso enquanto colocava uma caixa com alguns chocolates dentro do carrinho. Eu havia escolhido ingredientes que formavam o doce preferido de Taylor e me perguntava como seria passar o ano novo sem ela.
    Enfrentamos uma razoável fila e logo após estávamos em meu carro já a caminho de minha casa. Eu havia marcado 8 da noite com as poucas pessoas que havia convidado. Algumas haviam oferecido ajuda para preparar o jantar ou decorar a casa, mas eu já estava acostumada a cozinhar para um grupo de pessoas desde Los Angeles.
    De qualquer maneira, Natasha estava comigo. Ela tinha bom gosto, mesmo que eu não fizesse ideia de como ela iria decorar meu apartamento, eu confiava nela. Assim que cheguei em casa, logo comecei a arrumar tudo que eu havia comprado em cima da bancada para que eu não esquecesse de nada.
    Comecei a cozinhar enquanto Natasha arrastava uma pequena escada por todo o apartamento. Ela havia mudado as cortinas e pendurado algumas luzes brancas nas paredes da sala.
    -Se nada der certo como atriz eu viro decoradora de ambientes. -Natasha falou séria, enquanto terminava de mudar o sofá de lugar para que a janela da sala tivesse um bom espaço aberto. Estava tudo realmente bonito.    
    Algum tempo depois, a maior parte das coisas já estavam prontas e Natasha havia ido para sua casa se arrumar, logo eu iria fazer o mesmo.
    Ao entrar em meu quarto, olhei o pacote com o presente que eu havia comprado para Taylor em minha cama. A falta dela me causava dor e constantemente eu me perguntava se ela também sentia minha falta. De certa forma, me causava um enorme vazio estar brigada com ela; e eu passava meus dias esperando o seu tempo ter fim.
    Eu ainda não estava completamente animada, mas sabia que iria me sentir melhor com a chegada dos convidados então me esforcei para aguentar até isso. Enquanto me preparava para ir me arrumar, dei uma olhada nas redes sociais de Taylor e percebi que estavam sem atualizações. A última coisa que ela havia colocado era uma foto da sua sacada coberta de neve. Eu sorri ao ver aquilo, imaginando como seria se eu tivesse em sua casa tentando impedir a neve de entrar na sua casa.
    Deixei meu celular de lado e caminhei até o banheiro para tomar uma longa ducha. A água estava extremamente quente, eu sentia como se fosse capaz de passar um bom tempo ali. Após sair, logo caminhei para frente do espelho. Eu resolvi usar um vestido branco, com detalhes em dourado nas pontas.
    Marquei meus olhos com lápis preto e meus lábios com um tom de vermelho fosco, optando por deixar meu cabelo solto.
    Caminhei de volta para sala e liguei o som, completando o cômodo com uma música ambiente no fundo. Comecei a servir alguns aperitivos na mesa e depois liguei algumas luzes que Natasha havia colocado.
    Não demorou muito para que a campainha tocasse pela primeira vez. Era pouco antes do horário marcado quando ouvi a voz de Uzo do outro lado da porta.
    -Hey! -Falei assim que abri a porta e vi Uzo do outro lado. Ela estava toda arrumada e vestia algo azul. -Você está linda. -Sorri, enquanto dava espaço para que ela passasse.
    -Tomei a liberdade de trazer uma amiga. -Ela disse ao me apresentar sua amiga. -Essa é Julie. -Automaticamente senti como se a conhecesse e demorei algum tempo até perceber que era a mesma Julie de que Natasha havia me falado.
    -Outra me olhando com esse olhar. -Julie disse, parada ao lado de Uzo.
    -Não me leve a mal, mas Natasha me contou justamente essa manhã sobre você e eu achei coincidência. -Falei com um sorriso, fechando a porta e caminhando até a sala em seguida. -Mas acho que ela vai gostar de te ver por aqui.
    Ficamos mais algum tempo conversando e logo Samira e Yael chegaram. Elas estavam juntas, e vestindo a mesma cor.
    -Uau, um belo par de jarros. -Disse assim que abri a porta, fazendo com que elas sorrissem.
    Eu havia avisado Jodi sobre a comemoração em minha casa, mas o único vôo que ela e Danny haviam conseguido pousaria no JFK por volta de 10 da noite. Eu estava ansiosa para encontrá-los. Já faziam alguns dias sem nenhum tipo de contato e isso era o suficiente para que eu sentisse falta.
    Natasha chegou um pouco depois com seu amigo Phil e em poucos minutos o barulho de conversa e música se faziam presente em meu apartamento. Normalmente era tudo quieto e silencioso, eu costumava ver aquele meu apartamento como uma "fuga" para toda a agitação da minha outra casa, mas eu não tinha do que reclamar.
    Eu comi alguns doces e bebi muitas taças do champagne caro que Natasha havia escolhido. Eu tentei distribuir bem o meu tempo para todos ali, tarefa que não era muito difícil pois todas éramos um grupo bem grande, ao invés de nos dividirmos. Depois de algumas semanas, eu havia superado o assunto “Jenji”, o que me permitia fazer piadas sobre a situação.
    Algumas horas depois Jodi chegou com Danny, eles ainda estavam com suas malas e eu os levei para o quarto vazio de meu apartamento. Após eles se acomodarem e se trocarem, juntaram-se a todos na sala. Minha única preocupação era que todos interagissem, mas após algum tempo, Danny já havia encantado quase todo mundo ali com as suas piadas idiotas.
    Natasha estava me ajudando a por a comida na mesa enquanto eu percebia Samira tentar fazer Jodi dançar uma música animada tocando no rádio.
    Eu sorri com aquela cena, mas esse era o tipo de coisa que me fazia virar para Taylor e falar sobre. Quase que por instinto, eu olhei em volta, esperando que por um milagre ela pudesse estar ali.
    Respirei fundo, sentindo meu coração se apertar. Terminei de colocar as travessas na mesa e saí, caminhando até a cozinha rapidamente. Eu precisava respirar, e naquela sala eu quase sentia como se estivesse sufocando.
    Me encostei na parede fria e suspirei diversas vezes, tentando voltar ao normal. Ao abrir os olhos, percebi que Natasha havia me seguido e visto o meu pequeno deslize.
    -Eu sei que você sente a falta dela, mas dói te ver assim. -Ela falou, colocando a mão no meu ombro. -Você está cercada de pessoas mas é como se não tivesse ninguém.
    -Eu tento não pensar nisso, mas é meio impossível tentar preencher o vazio que Taylor me causa. -Eu respondi com a voz baixa, evitando o olhar de Tasho em mim.
    -Você não pode preencher, Laura. -Natasha aproximou seu rosto do meu. -Você a ama demais para isso. E acho que esse tempo foi bom pra vocês duas aprenderem a pararem de ser orgulhosas uma com a outra.
    Natasha tinha razão. E eu odiava quando isso acontecia.
    Voltamos para a sala enquanto todos começavam a se servir. Eu me limitei a comer algumas frutas, pois, apesar de não estar com fome, eu era a única vegetariana ali.
    Enchi uma taça de vinho e fui até a sacada, subindo a pequena escada exterior que dava na cobertura do meu prédio. Apreciei o silêncio, apesar dos diversos prédios ao redor do meu que estavam, cada um, com a sua pequena comemoração particular.
    Meu celular, que estava na minha mão, começou a vibrar. Eu reconheci o número e imediatamente meu coração começou a se acelerar.
    -Taylor? -Eu chamei por ela, assim que atendi.
    -Não é meia noite ainda, mas você já pode fazer um desejo. -Sua voz do outro lado da linha fez os meus joelhos tremerem. Eu não esperava falar com ela naquela noite.
    -Ele vai se realizar? -Eu ri de forma nervosa.
    -Isso você só vai descobrir depois. -Sua voz estava séria, mas ainda assim era possível sentir um pouco de humor nas suas palavras.
    -Eu quero...
    -Você não pode falar o seu desejo! -Ela me interrompeu. -Senão não realiza, Laura.
    Eu ri novamente, dessa vez de forma mais prolongada.
    -Eu não entendo o que você quer, então.
    -Só faz o desejo. -Taylor falou e, sem que eu respondesse, ela desligou.
    Me senti um pouco frustrada, mas, ainda assim, curiosa. Olhei para o céu estrelado e em seguida fechei os olhos, desejando que ela estivesse ali comigo.
    Assim que abri, olhei em volta e percebi que ainda estava sozinha. Contei exatamente dois minutos até ouvir a campainha do meu apartamento tocar e alguém atendê-la.
    Mais alguns minutos se passaram. Percebi que as vozes estavam mais animadas do que antes, como se alguém tivesse chegado de surpresa. E eu sabia exatamente quem era. Meu corpo já estava reagindo da sua própria maneira com a expectativa de ter Taylor por perto. Meu coração batia descompassado e eu podia sentir minhas mãos trêmulas e geladas. Era idiota eu me sentir daquela forma depois de quase um ano, mas nada no mundo iria me acalmar naquela noite.
    Não até eu vê-la subindo as escadas, como se o tempo tivesse congelado.
    Não até eu encontrar os seus olhos azuis, calmos, e na mesma hora, minhas mãos pararam de tremer. Meu coração começou a bater da forma mais vagarosa possível, como se estivesse desfrutando de cada segundo daquele momento.
    Taylor estava linda. Tão linda que era impossível desviar os olhos do seu rosto. Todo o nervosismo se dissipou aos poucos, enquanto ela diminuía a distância entre nós e parava bem na minha frente. Eu contei todos os seus passos. Foram 8, no total. 8 passos se transformaram em uma eternidade naquela noite.
    Ela não falou nada e eu também não. Era quase como se estivéssemos em um transe impossível de sair.
    Lentamente, de forma quase imperceptível, Taylor se aproximou mais de mim, cruzando a linha imaginária que tornava a nossa proximidade perigosa. Eu vi o seu rosto ficar a centímetros do meu quando as vozes do meu apartamento se tornaram mais próximas.
    -Yo, Prepon? -Natasha chamou, quebrando o nosso transe. Eu ainda estava um pouco tonta e intoxicada com o cheiro do perfume de Taylor quando me virei para ela, que estava com um sorriso idiota no rosto.
    -O que foi, Tasho? -Eu perguntei quase impaciente.
    -Vai dar meia noite. -Ela deu uma risada, então Taylor se virou para trás e olhou no relógio do celular.
    -Eu perdi a festa inteira? -Tay perguntou, frustrada.
    -Não, Schilling. A festa tá só começando. -Ela piscou para nós duas e desceu novamente a escada. -Eu vou chamar todo mundo pra cá, ok?
    Ela não esperou uma resposta e eu revirei os olhos, percebendo que faltavam 5 minutos para o ano virar.
    -Poderia ter vindo mais cedo. -Eu disse para Taylor, que voltou a me olhar.
    -Eu quis manter o suspense. -Ela sorriu e eu fiz o mesmo.
    -Eu achei que você não iria vir... -Suspirei, tentando ignorar o sentimento de tristeza que tinha me invadido horas antes.
    -Mas eu vim, não é? -Taylor perguntou, colocando a mão no meu queixo e me fazendo olhar para ela. -Eu vim, Laura.
    Eu assenti, observando Tasho subir novamente com as outras garotas. Pegamos algumas taças cheias champagne enquanto contamos os segundos finais, e finalmente estávamos em 2013. Depois de tanto tempo, eu senti como se estivesse exatamente onde deveria estar e com as pessoas certas. Em um segundo, o céu estava coberto com os fogos de artifício coloridos e barulhentos. Eu sorri, e quando olhei para baixo, percebi que Taylor me observava, como se algo em mim fosse muito mais interessante do que qualquer outra coisa ao redor.
    Por fim, senti suas mãos no meu rosto e sua aproximação repentina. Taylor me beijou de forma rápida, intensa, como se tivéssemos passado dez anos separadas e finalmente nos reencontrado. A sensação era como se não houvesse ninguém ali além de eu e ela.    
    -Seu desejo se realizou? -Ela perguntou após nos separarmos, eu estava ofegante mas não queria me afastar novamente dela.
    -Meu desejo se realizou desde o momento que você subiu aquela escada. -Eu sorri, sentindo alguém me puxar para um abraço.
    Abracei Jodi demoradamente e em seguida Danny. Falei com todas as garotas, Uzo, Yael, Samira, e por fim Tasho.
    -Feliz agora? -Ela me perguntou, com um sorriso, após nos soltarmos.
    -Você me conhece. -Eu respondi após tomar um gole da minha taça.
    -Eu tive uma conversa com ela mais cedo. Sabia que viria.
    -E você preferiu me deixar sofrer ao invés de me contar? -Eu ergui uma sobrancelha.
    -Mas foi uma boa surpresa, não foi? -Ela riu, sem nenhum vestígio de culpa nos olhos.
    Descemos de volta para sala após os fogos cessarem e o frio se tornar quase insuportável. Estávamos no mesmo lugar que antes, mas dessa vez eu estava finalmente ali, ao invés de deixar minha mente vagar para outro lugar. Era como se a minha energia estivesse completamente revitalizada.
    Depois de falar com todas, observei Taylor do outro lado da sala e caminhei até ela.
    -Você não me disse uma coisa... -Eu falei, me encostando na parede.
    -O que?
    -E o seu desejo? Se realizou? -Eu perguntei e ela suspirou.
    -Acho que só vou saber mais tarde. -Sua voz transbordava mistério, automaticamente eu fiquei curiosa para saber do que se tratava.
    Desde o momento em que nos afastamos eu não conseguia parar de pensar em beijá-la, então sem hesitar, novamente me aproximei dela e a beijei. Dessa vez era mais calmo, e foi quase estranho pra mim estar em um momento assim com Taylor na frente de todos ali, mas não me importei. Eu confiava neles.
    O gosto de álcool em sua língua desafiava as terminações nervosas do meu corpo a traírem o meu auto controle, e a cada segundo aquilo estava se tornando uma tarefa mais difícil. Eu senti tanto a falta de Taylor que era impossível pensar em ficar longe dela enquanto estávamos no mesmo cômodo.
    Após algum tempo, saí com Natasha para comprar mais garrafas de vinho. Assim que voltamos reparei que a música estava mais animada do que anteriormente e eu havia me deixado contagiar com isso. Eu sabia perfeitamente que boa parte disso se dava ao fato de que Taylor estava ali comigo.
    Taylor. Taylor.
    Eu repetia mentalmente várias vezes consecutivas enquanto a observava do outro lado da sala. Ela estava vestindo uma calça social branca que colava em sua perna suavemente e um blazer com um decote maravilhoso. Eu pude perceber que Taylor não vestia nada por baixo, o que instigou ainda mais a minha mente.
    Algo que também reparei era que ela estava mais alta do que o normal e isso se deu devido ao salto que ela estava usando naquela noite. Seu cabelo solto estava com um penteado incerto, ele estava bagunçado e uma parte estava atrás da orelha.
    Apesar de tudo, eu sabia que nós teríamos muito para conversar. Eu e Taylor tínhamos muitos assuntos pendentes, mas até então eu queria só aproveitar a sua presença. Felizmente, parecia que ela queria o mesmo que eu. Não havia nenhum clima ali para discutir o relacionamento e eu agradeci mentalmente por isso. Prometi a mim mesma que ia apenas agir com o instinto, ao invés de questionar todas as coisas que estávamos fazendo e onde isso poderia nos guiar no futuro. Pensar só no presente, pelo menos por uma noite. Para falar a verdade, isso não seria algo muito difícil de se fazer; eu já havia perdido a noção da quantidade de álcool no nosso sangue.
    Ela virou-se em minha direção certa hora e levou sua taça de vinho até a boca. Chegando até a borda, sua língua foi lentamente até a taça e pude a ver lambendo o resquício de líquido que ali estava. Seus olhos estavam fixos no meu e eu sabia que tudo que ela queria era fazer com que eu perdesse completamente a consciência.
    Levantei e caminhei até ela, e antes que eu pudesse chegar, Natasha colocou uma música pop qualquer.
    -Sério? -Falei enquanto soltava uma risada.
    Taylor rapidamente colocou sua taça em uma mesa no canto e caminhou até meu encontro. Ela levou suas mãos até minha cintura e chocou seu corpo contra o meu, fazendo com que eu a acompanhasse em seus passos de dança desajeitados.
    -Vamos lá, eu sei o quanto você quer isso. -Ela disse com um sorriso nos lábios, e então eu apenas assenti com a cabeça e me rendi aos passos de Taylor.
    Conforme dançávamos, seu corpo arrastava-se lentamente no meu, e pude notar quando seu blazer abriu mais um botão devido aos movimentos. Taylor e eu rimos com a cena e logo em seguida ela colocou o botão de volta no lugar.
    Natasha estava em um canto da sala e suas mãos passavam por todas as partes possíveis de Julie. Ela estava bêbada demais para tentar se preocupar com o que acharíamos dessa cena.
    Conforme ficava mais tarde, eu podia sentir o cansaço de todos ali. Uzo especialmente, e ela foi embora perto das 2 da manhã. Fiz questão de chamar um táxi para todas, não queria que ocorresse nada não planejado.
    Apenas Natasha e Samira ainda estavam ali, enquanto Jodi e Danny já haviam ido dormir. Eu insisti para que Taylor dormisse na minha casa, mas por algum motivo ela não quis.
    -Estou um pouco cansada e vim de táxi, será que você poderia me dar uma carona? -Assenti com a cabeça e logo depois Taylor caminhou até um canto da sala para pegar suas coisas.
    Era totalmente satisfatório ver que eu tinha feito, com a ajuda de Natasha, uma festa muito boa. A princípio, minhas expectativas não eram as maiores, mas a vida me provou que tudo pode sempre surpreender e melhorar.


POV TAYLOR

    Questionei-me o dia inteiro se deveria ou não ir até a festa de Laura. Eu sabia que seria difícil recuperar tudo que tínhamos, por isso, durante varias vezes tirei e coloquei minha roupa do armário. Após conversar com Natasha, decidi ir e essa foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Ao entrar em sua casa, o seu cheiro invadiu meu corpo e todas as lembranças que tivemos ali também. Eu amava aquele lugar e estaria mentindo se dissesse que não considero minha segunda casa. Quando eu e Laura não fazíamos nada, preferíamos ficar em seu apartamento. Eu poderia ter um sofá macio e espaçoso como o seu, mas ele não seria o mesmo se estivesse em minha casa.
    Eu me encontrava terrivelmente bêbada e estávamos dentro da sua espaçosa SUV. Não tinha reparado o quão bonita ela era quando entrei pela primeira vez. Ela era moderna e combinava perfeitamente com o jeito de Laura. Eu não podia fazer comentários sobre como ela ficava em seu carro desde L.A., e aqueles foram tempos  complicados, ninguém sabia do nosso relacionamento. De certa forma as coisas haviam evoluído e isso era reconfortante para um futuro melhor.
    -O que foi? -Ela me perguntou enquanto colocava o cinto de segurança.
    -Você fica maravilhosamente sexy dirigindo esse carro. -Falei com um sorriso, encostando-me no banco.
    -Uau. -Ela falou com um sorriso no rosto. -Não é todo dia que ouvimos algo assim de Taylor Schiling. -Ela deu a partida no carro e então acelerou de forma que em poucos segundos já estávamos na rua principal.
    -Você trata como se isso fosse grande coisa, mas deixa eu te falar o que é uma grande coisa. -Forcei meu dedo no botão fazendo com que o vidro do carona se abaixasse por completo. -Laura Prepon é a mulher mais sexy que já conheci! -Pude ouvir Laura soltar uma enorme gargalhada. As ruas estavam vazias e foi realmente uma lástima ninguém ter ouvido nada daquilo.
    -Eu te desafio a gritar isso em um lugar lotado. -Ela disse enquanto prestava atenção nas ruas.
    -Eu pretendo dizer isso na premiére da série. -Pisquei para ela, ao fechar novamente o vidro.
    -Taylor Schilling. -Ela disse, fingindo-se de brava. -Você não vai querer que todos pensem isso, vai? -Laura estava com um olhar malicioso.
    -Ok, você venceu. -Levantei minhas mãos num sinal de rendição e observei as ruas cobertas de neve através do vidro escuro de seu carro.
    Não demorou muito para que Laura estacionasse o carro na garagem do meu prédio.
    -Sã e salva. -Ela falou, tirando o cinto e virando-se de frente para mim. Mesmo após diversas taças de vinho, Laura dirigia incrivelmente bem.  
    -Obrigada, você é uma adorável dama. -O álcool já havia se misturado em meu sangue há horas e o resultado disso eram coisas aleatórias que eu dizia sem controlar.
    Laura aproximou seu corpo do meu e levou seus lábios até os meus. Seu gosto era ainda melhor do que a última vez que nos beijamos.
    Soltei o cinto sem quebrar o nosso beijo e eu tremi ao sentir seus dedos na minha nuca. Ela levou sua outra mão até o botão do meu blazer, e eu soube naquele momento que isso era algo que ela queria fazer desde o instante em que me viu.
    Seus lábios deslizaram pelo meu pescoço e se demoraram ali, chupando algumas regiões sensíveis e eu mordi o lábio pelas sensações que isso me causava. Depois Laura levou sua língua até o meu seio. Ela chupou meu mamilo delicadamente enquanto sua mão esquerda massageava o outro lado.
    -Tira. -Ela falou sem me olhar e eu tirei o blazer logo em seguida.
    Laura apertou um botão qualquer, o que fez com que o banco fosse para trás e praticamente se deitasse. 10 pontos para a modernidade. Ela passou do banco do motorista para o do passageiro e eu joguei meu blazer no banco de trás.
    Levei minhas mãos até o botão da minha calça e ela ajudou para que eu me livrasse rapidamente dela e de minha calcinha.
    Laura soltou seu vestido atrás e ele deslizou pelo seu corpo. Ela não estava usando sutiã e imediatamente eu tive uma bela visão dos seus seios.  
    Laura se ajoelhou no chão do carro e beijou levemente minha perna, subindo lentamente. Eu podia sentir minha respiração ficar mais ofegante enquanto eu esperava por ela.
    Ela gostava de provocar e demorar para me dar o que eu queria, mas não naquela noite. Eu senti ela tocar o meu clitóris levemente com a ponta da língua e esse toque me fez paralisar. Seus movimentos circulares eram leves, que pouco tempo depois começaram a se intensificar, descendo até minha entrada e penetrando dois dedos.
    Eu prendi a respiração e comecei a gemer baixo, sentindo Laura voltar a me chupar lentamente enquanto seus dedos se movimentavam mais fundo dentro de mim. Ela dividia a intensidade do seu olhar entre me observar fixamente e o modo como fazia movimentos rápidos e precisos dentro de mim.
    Eu sentia minha musculatura se fechar a cada vez em que seus dedos iam mais fundo. Meu corpo suava e minhas mãos tremiam, então segurei forte no seu cabelo e a deixei ainda mais próxima de mim.
    Eu estava completamente extasiada.
    Meus gemidos ficaram mais altos conforme ela intensificava o que estava fazendo comigo. Era difícil ficar parada naquele banco e eu me contorcia, sentindo espasmos leves viajarem pelo meu corpo.
    Abruptamente, Laura tirou os seus dedos de mim e veio na minha direção.    
    -Eu senti falta do seu gosto. -Antes que eu pudesse reclamar, ela sussurrou enquanto subia lentamente em meu corpo e arrastava-se por cima de mim.
    Levei minhas mãos até sua cintura, fazendo com que seu quadril se encaixasse exatamente no meu. Ela jogou seu cabelo para trás e levantou levemente seu corpo segurando-se na janela e no banco do motorista. Laura estava com os olhos fechados quando começou a movimentar-se em cima de mim rapidamente.
    Seu sexo molhado e quente arranhava o meu bruscamente, o que me fazia voltar exatamente onde tinha parado anteriormente. Porém, era um tipo de prazer totalmente diferente ter Laura por cima de mim.    Eu apertava sua cintura como quem queria fundir nossos corpos.
    O gemido de Laura ecoava por todo o carro. Ela ainda estava de olhos fechados e alguns fios de cabelo estavam em seu rosto, misturando-se com seu suor.
    -Porra. -Falei enquanto levava minha mão até meu cabelo para controlar o que eu estava sentindo.
    -Você gosta assim? -Ela disse com sua voz rouca e trêmula, eu apenas assenti.
    Estar num carro era bem limitado, mas ao ouvir a sua voz tudo o que eu queria era jogá-la ali e fazer tudo o que desejava. Ela era tão sexy e maravilhosamente deliciosa ao mesmo tempo.
    Puxei Laura pelo cabelo e a trouxe para perto de mim, ela alcançou meus lábios com rapidez e sua língua invadiu completamente minha boca. Laur passou seus mamilos rapidamente nos meus enquanto nossos clitóris esquentavam cada vez mais.
    Sem que eu pensasse muito ou tivesse força para fazer mais alguma coisa, senti a mão de Laura estalar em meu rosto, e logo após um sorriso se formou em nossos rostos.
    -É o que você merece. -Ela falou com um olhar de quem havia ganhado a batalha.
    -Não seja tão apressada. -Sorri de volta para Laura e levei novamente minhas mãos até sua cintura, forçando ela em mim.
    Comecei a fazer movimentos rápidos e Laura fez o mesmo.
    -Eu... -Laura ousou dizer algo, mas era tarde demais.
    Nossos gemidos ecoaram em perfeita sintonia, e era inacreditável a sensação de gozar junto com Laura.
    Demoramos um bom tempo até recuperarmos a consciência e sairmos do estado de êxtase que nos encontramos anteriormente.
     Eu quis dizer coisas, quis falar o quanto senti sua falta, mas sentia que não era a hora. Pelo menos por algum tempo, eu queria fingir que nada de ruim tinha acontecido entre nós. Ela deitou sua cabeça em meu ombro e beijou levemente meu rosto. Depois de tanto tempo novamente, era apenas eu e ela.



 



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