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História Trying not to love you - Our time


Escrita por: teamvauseman

Capítulo 53 - Our time



    POV TAYLOR
    Enquanto eu cortava algumas frutas, Laura montava a barraca. Por alguns segundos eu tentei ajudá-la, mas tudo que eu consegui foi cair por cima dos ferros e me embolar na lona. Eu deveria confessar que ela era extremamente boa e eu não tinha ideia do que estava fazendo.
    O lugar tinha uma vista maravilhosa para a região costeira de LA, enquanto o sul era preenchido por uma imensidão de montanhas. Além de tudo, ainda dava para ouvir um pequeno riacho ali perto. Era impossível contar com os olhos quantos picos eu era capaz de enxergar, mas a sensação de estar naquele local isolado com Laura fazia com que qualquer aflição sumisse.
    O tempo estava favorável, mas eu sabia que com o cair da noite a temperatura iria diminuir.
    -Teremos uma fogueira? -Perguntei certa hora enquanto Laura terminava de forrar a barraca por dentro.
    -Com certeza, não seria um acampamento sem fogueira. -Ela parecia tão entusiasmada quanto eu.
    -Parece que você trouxe sua casa inteira dentro dessa mala. Acho que vou trocar meu carro assim que eu chegar a NYC. -Coloquei as frutas dentro de um pote na mala. Laura havia preparado alguns sanduíches então provavelmente fome não seria um problema ali.    
    -Esse carro me dá poder. -Laura caminhou até mim enquanto falava. -Eu me sinto segura com ele, eu não sei explicar. Parece que foi feito exatamente para mim.
    -Eu não tenho nenhuma dúvida nisso. -Falei rindo enquanto ajudava Laura com algumas toras de madeira.
    -Sabia que seria difícil achar madeiras por aqui, e daria trabalho pra cortar. -Ela jogou algumas no chão próximo a barraca.
    Passei mais algum tempo ajudando Laura até que tudo estivesse pronto. Era incrível ver como ela havia pensado em cada detalhe. Tínhamos uma barraca grande e acolchoada, uma fogueira feita para durar a noite toda, comida saudável e frutas variadas.
    A noite havia acabado de cair quando nos sentamos em uma toalha estendida no chão, observando o céu estreado e a lua cheia no céu. A grama era bem verde, mas não era alta o suficiente para incomodar. Basicamente, tínhamos apenas a iluminação da fogueira e das estrelas naquela noite.
    Laura estava enrolada em uma coberta enquanto acariciava minha cabeça  que repousava em seu colo.
    Eu estava feliz, fazer aquilo com ela era bem diferente da correria que estávamos acostumadas em Nova York. Parecia um outro mundo, uma outra dimensão, e provavelmente isso acentuava a preocupação que eu passei o dia todo tentando enterrar no fundo da minha mente.
    -Isso é uma despedida? -Falei, desistindo de tentar reprimir durante o dia todo aquela frase. -Quero dizer, sei que não vamos evitar isso para sempre. Segunda eu estarei de volta e preciso que as coisas fiquem claras.
    -Eu queria que pudesse ser evitado. -Ela observava o horizonte fixamente enquanto suas mãos permaneciam em meu cabelo. Laura suspirou profundamente antes de começar a falar. -Eu não sei se vou ter outra oportunidade, Taylor. Eu quero isso para minha vida, eu quero crescer. Eu amo você, pra sempre. E eu tenho absoluta certeza disso. Eu queria tanto que você pudesse vir comigo, quer dizer, eu quero que você venha comigo, mas eu não posso te obrigar a largar Orange.
    -Assim como é o seu momento lá, o meu está sendo em Orange. Você sabe o quanto é importante ser a protagonista de uma série, saber que o seu personagem começou tudo aquilo. Mesmo que as histórias sejam infinitas, ainda vai ser Piper quem deu início a tudo. -Laura não acariciava mais meu cabelo. Suas mãos estavam repousando em suas pernas.
    -Eu sei, eu entendo, Taylor. Eu queria te pedir para me esperar, na verdade eu ainda vou desejar isso todos os dias, que você esteja me esperando. -Sua voz de repente se tornou trêmula, fazendo com que um abismo se criasse em meu estômago. Eu queria gritar, chorar, deixar Laura ver o quanto isso machucava. Mas não valeria de nada.
    Não valeria de absolutamente nada.
    -Então... É isso? -Perguntei enquanto virava o rosto de Laura com as pontas dos dedos para mim. Nossos olhos se encontraram, e só então eu percebi o porquê dela estar evitando me encarar.
    -Eu sinto muito. -Algumas lágrimas rolaram pelo seu rosto e ela mordeu seus lábios assim que terminou de concluir a frase reprimindo o choro que se instalava em sua garganta.
    -Eu te amo, eu vou te esperar. -Laura puxou meu corpo para perto do seu e o apertou com toda sua força.
    Eu não sabia como reagir, apenas fiquei ali durante alguns minutos tentando processar tudo que estava acontecendo. Laura iria embora para a Europa.
    -Sinto muito por isso. -Ela falou após um longo suspiro. -Eu realmente não consigo entender as coisas da vida. Eu tenho tanto medo de estar sendo egoísta com você, Taylor. Eu te amo de verdade, você vê isso, né?
    -Shhh. -Falei enquanto beijava seus lábios suavemente. -Não fica assim, eu estou aqui agora, não é? Eu quero que se lembre sempre disso, que eu sempre estarei aqui pra você. -Laura levou suas mãos até minha nuca e puxou delicadamente fazendo com que nossos lábios se encontrassem, e dessem início a um beijo.
    Toquei na cintura de Laura e apertei fortemente enquanto nossas línguas se encontravam em uma perfeita sincronia. Seu gosto era incrível e era fácil perder o controle quando eu a sentia tão perto assim de mim.
    Levei uma de minhas mãos até o pescoço de Laura e agarrei alguns fios do seu cabelo, puxando levemente para trás. Laura estava com uma blusa fina de alça e suas clavículas estavam levemente exaltadas, dando uma visão maravilhosa dos seus seios. Ela era um conjunto, delicada, perfeita. Cada parte parecia ter sido planejada cuidadosamente, por isso era fácil me excitar por ela.
    Beijei e mordi seu pescoço com força. Eu sabia que ficariam marcas o suficiente para uma semana, mas para ser sincera eu não estava me importando com isso.
    Laura encarava o céu enquanto sua respiração parecia ficar ofegante. Ela arranhava e puxava meu cabelo conforme os movimentos dos meus lábios em sua pele.
    Alcancei seus lábios novamente com os meus, e diferentemente do primeiro momento, nosso beijo rápido e desesperado ganhou intensidade mais rápido do que o normal.
    Levei minhas mãos abaixo da blusa de Laura na direção das suas costas e arranhei levemente sua pele. Ela arrepiou e eu tremi. Suas mãos dessa vez estavam em minhas coxas e Laura apertava e arranhava na mesma intensidade que a minha.
    -Vem me fazer sua. -Laura sussurrou enquanto eu tocava seus seios com as pontas dos meus dedos.
    Laura se levantou e me encarou profundamente. Ela tirou sua blusa e jogou no chão juntamente com o sutiã que eu havia tirado anteriormente.
    O fogo iluminava apenas uma parte dela, seus seios e todo seu abdômen. Laura era maravilhosa. E eu sentiria falta daquela mulher todos os dias.
    Ela tocou o zíper de sua calça sem tirar seus olhos dos meus. Ela mordia os lábios conforme abria lentamente. Sem pensar duas vezes, me levantei do chão e caminhei ao seu encontro. Laura abriu a barraca e entramos, ela deitou-se enquanto tentava se livrar a todo custo do jeans que vestia.
    Laura estava completamente nua, e então se sentou puxando-me pela cintura para perto dela.
    -Você é maravilhosa. -Ela falou após abrir o zíper do meu vestido nas costas e observar enquanto ele escorregava sob a minha pele. Laura aproximou seu rosto do meu pescoço, e o beijou delicadamente enquanto sentia o cheiro daquela região.
    Deitei-me em Laura. Sua pele estava fria, mas seu sexo produzia um calor incomum. O toquei com a minha coxa, e seus olhos fecharam rapidamente. Suas unhas fincaram em minhas costas e ela assentiu para que eu começasse a me movimentar.
    Alcancei seu sexo com o meu e fiz leves movimentos enquanto beijava seu pescoço. Laura provocava sensações em meu corpo que até então eu nunca havia experimentado, e jamais pensei que existissem. Aos poucos seus gemidos ganhavam intensidade.
    -Mais forte. -Ela disse, suas mãos apertavam fortemente minha bunda.
    -Porra, Laura. –Falei, enquanto ela me tocava com mais força. Nunca era o bastante para ela e eu sabia isso mais do que ninguém.
    Meu corpo queimava, e minha garganta estava completamente seca. Eu sentia o fogo percorrer cada polegada da minha pele.
    -Senta em mim. -Falei enquanto olhava fixamente em seus olhos. Minhas mãos estavam em seu pescoço e eu depositava mais força enquanto ela esfregava seu sexo em mim.
    Sem pensar duas vezes, Laura se virou, fazendo com que eu ficasse por baixo dessa vez. Ela sentou-se na altura dos meus seios, e esfregou lentamente seu sexo em meus mamilos.
    Um sorriso malicioso se fazia presente em seu rosto, e ela soltava leves gemidos. Segurei suas coxas por trás, na altura de sua bunda e a puxei para mim.
    Laura colocou as pernas ao redor do meu rosto, se posicionou em minha boca e esfregou rapidamente. Seu gosto era maravilhoso, e eu sentia que poderia ficar ali ate sentir minha boca adormecer.
    Eu chupava e mordia conforme ela sentava. Hora ou outra eu batia fortemente em sua perna para que ela esfregasse seu sexo em minha língua com mais intensidade.
    Seus movimentos eram rápidos e precisos.
    Alcancei seus seios com as minhas mãos sem deixar que Laura parasse os seus movimentos.
    -Eu vou gozar. -Ela falou com dificuldade. Suas mãos estavam em meu cabelo e por um instante parecia que Laura queria arrancá-lo.
    Alcancei seu clitóris com a língua e o chupei fazendo com que Laura perdesse completamente o controle.
    Ela se deitou sem se afastar de mim e me tocou com uma de suas mãos de forma tão delicada, que fez com que todo o meu corpo se arrepiasse.
    E foi ali, tocando e sendo tocada por Laura, que desfrutamos da melhor sensação de nossas vidas que era nos entregar uma para a outra.     
    
    O domingo amanheceu com uma camada fina de nuvens no céu, mas o calor não havia sumido totalmente, mesmo com o sol ausente. Eu saí da barraca após perceber que Laura ainda estava dormindo, encolhida nos meus braços. A fogueira agora se resumia a cinzas, nada mais. Uma fumaça clara ainda subia e eu mexi nas toras de madeira para que se apagasse totalmente.
    Quando chegamos no dia anterior, Laura havia me mostrado um pequeno rio ali perto em um mapa na internet. Era uma caminhada de 5 minutos, e eu fui até lá levando algumas garrafas para encher.
    -Onde tá pensando que vai sem mim? -Eu já estava me preparando para ir quando ouvi a voz de Laura soar atrás de mim. Eu me virei na mesma hora para encontrá-la com o rosto ainda sonolento.
    -Ia buscar água, nossas garrafas estão vazias.
    -Eu vou com você. -Ela bocejou, vestindo um casaco fino e caminhando até o meu lado.
    Nós andamos em silêncio entre as árvores na direção do riacho. Quando chegamos, percebi que ele era mais largo do que eu havia imaginado e água era tão cristalina quanto gelada.
    -Dormiu bem? -Laura perguntou, enchendo uma das garrafas e bebendo em seguida.
    -Sim, eu pensei que teríamos problemas com insetos. -Falei, tirando minha blusa.
    -O que você tá fazendo? -Laura perguntou, sem entender, olhando em volta.
    -O que? Agora está preocupada se alguém vai nos ver? -Eu ri.
    Ela revirou os olhos. Eu caminhei até o rio somente com as roupas de baixo e me joguei na água, me arrependendo logo em seguida.
    -Muito gelada. -Eu me encolhi, mergulhando a cabeça algumas vezes para me acostumar.
    -Prefiro ficar aqui. -Laura havia terminado de encher as outras garrafas e estava me olhando da beira.
    Eu caminhei até ela sutilmente.
    -O que foi? Tem medo de água? -Eu bati minha mão na água com certa força, fazendo algumas gotas respingarem nela.
    -Taylor! -Ela se afastou um pouco. -Não tem graça.
    -Tudo bem. -Eu levantei as mãos, fingindo me render. Caminhei até a beira como se fosse sair da água, e num movimento rápido, a puxei pela mão, fazendo Laura cair no rio junto comigo.
    -Ugh. -Ela grunhiu, assim que emergiu na água. -É uma guerra, então.
    -Pode apostar que sim. -Eu estava rindo, mas Laura apenas revirou os olhos, tentando evitar que um sorriso aparecesse nos seus lábios.
    Pouco tempo depois, a temperatura da água já estava agradável. Nós nadamos por algum tempo até que começamos a sentir fome. Fizemos o caminho de volta para o acampamento e trocamos de roupa logo em seguida.
    Comemos algumas frutas e os sanduíches que Laura havia levado. Eu me deitei de frente para a fogueira, agora apagada, observando o céu acizentado.
    -Pelo menos conseguimos algum sol ontem. -Laura comentou, se deitando na grama ao meu lado.
    -Eu gosto desse tempo. A maioria das pessoas odeia, mas por algum motivo eu gosto.
    -Eu sei, Taylor, você ama ser do contra.
    -E talvez seja esse o motivo pelo qual você não vive sem mim. -Eu sorri, me virando para ela. Por algum motivo, dizer aquele tipo de coisa parecia estranho, não soava mais como uma brincadeira, igual a antes. Ela ficou séria na mesma hora.
    -É, eu sei que não.
    Eu suspirei. Querendo ou não, aquilo sempre voltava. Mas Laura já havia tomado sua decisão, aquilo ficou bem claro na noite anterior.
    Eu engoli a seco.
    -Vou sentir sua falta. -Eu falei, após minutos de silêncio.
    Ela não me respondeu. Apenas me olhou profundamente, talvez afetada demais para falar. Eu entendi aquilo como um "eu também vou sentir a sua".
    Infelizmente, nós precisávamos ir para a casa. Ficamos um bom tempo ali, com o silêncio pairando sobre nós. Eu não sentia a necessidade de dizer nada, as palavras pareciam superficiais demais àquele ponto. Nada que pudesse ser dito faria justiça ao que já passamos e ao que eu sentia por ela.
    Era como se tivéssemos uma conversa silenciosa através de nossos olhares. Certa hora, eu sorri e beijei de leve os seus lábios, que retribuiu na mesma hora.
    -Nós temos que ir.
    -Eu sei. -Ela se levantou e me ajudou a ficar de pé logo em seguida.
    Começamos a recolher nossas coisas e a desfazer a barraca. Felizmente, aquilo era mais fácil do que montar, então em pouco tempo tudo já estava dentro da SUV. Nós entramos, e eu cegamente quis voltar para a tarde anterior. Não queria que aquilo tivesse acabado tão cedo, não era justo termos tão pouco tempo uma com a outra.
    Laura dirigiu calmamente e com apenas uma mão, segurando a minha com a outra durante boa parte do caminho. Saímos dos subúrbios e os prédios e casas luxuosas voltaram a ocupar a paisagem. Laura fez um caminho diferente para que passássemos pela a Hollywood Boulevard; eu já havia estado ali algumas vezes antes, mas não com Laura Prepon como uma guia.
    Ela dirigiu lentamente ao lado da calçada da fama e tivemos que descer do carro para comprar algumas coisas em uma loja de souvenirs. Conhecendo de um outro ponto de vista, aquele lugar era incrível e era meio impossível não se sentir pequena ali.
    Acabei comprando mais coisas do que havia esperado e também andamos mais do que o previsto. Laura me levou para conhecer algumas ruas famosas e lojas, cafeterias e restaurantes que ela amava.
    Voltamos para o carro, e enquanto Laura dirigia, observei as palmeiras cortarem o céu em um estúdio famoso de Hollywood que Laura já havia trabalhado uma vez, anos atrás.
    No meio do caminho, Jodi ligou para Laura. Ambas ficaram longos minutos no telefone e eu não fazia ideia do que a conversa se tratava porque eu mal prestei atenção. O brilho e o movimento lá fora me lembrava vagamente Vegas e eu acabei sonhando acordada.
    Algum tempo depois, estávamos na garagem de Laura. De volta a realidade.
    -Estou um pouco cansada, hoje foi um dia cheio. -Ela comentou, suspirando, antes de sair do carro.
    -Eu também. Acho que poderia dormir aqui mesmo. -Eu sorri.
    Saímos do carro e tiramos as nossas coisas, arrumando logo em seguida. Infelizmente eu tinha que trabalhar no dia seguinte e iria embora de manhã bem cedo para gravar a tarde. Preparei minha mala para a viagem do dia seguinte, junto com a passagem e todas as outras coisas necessárias.
    Depois de aprontar tudo, entrei no banheiro e percebi que Laura estava ali, no meio da espuma em sua banheira e uma taça de vinho nas mãos.
    -Essa é a sua vingança pelo rio? Não ter me chamado para entrar com você?
    Ela abriu os olhos, um pouco assustada por eu ter aparecido ali tão de repente.
    -Talvez. Mas eu sou boazinha, abro um espaço para você.
    Eu sorri e tirei as roupas, entrando na banheira espaçosa e me sentando de frente para ela, na outra extremidade de onde ela estava. A água estava aquecida e os sais de banho juntamente com a espuma fizeram eu me sentir instantaneamente relaxada.
    -O que estava fazendo? -Ela perguntou preguiçosamente, novamente de olhos fechados.
    -Arrumando minhas coisas para amanhã.
    -Que tal você mandar a Jenji se ferrar e continuar aqui comigo?
    Eu ri.
    -Eu não tenho outro emprego como você. Preciso gravar.    
    -Ouch, ok. -Ela me olhou, bebendo um gole do vinho.    
    -Que dia...? -Eu ia perguntar, mas a frase acabou se perdendo no meio e eu fiquei parecendo uma idiota. Torci para que ela entendesse do que eu estava falando.
    -Eu não sei. Ainda falta um tempo, acho. -Ela desviou os olhos dos meus, encarando o nada.
    Eu segurei sua mão que estava apoiada na borda da banheira. Queria dizer que estava tudo bem, mas seria mentira, então eu apenas fiquei quieta.
    -Jodi disse que eu estou sendo idiota, sabe? -Ela falou de repente, ainda sem me olhar. -Que eu estou "cometendo um erro". -Laura imitou a voz de Jodi perfeitamente, com uma risada. -Mas acho que ela só está triste.
    -Bem, ela pode ir com você, não é?
    -Não é tão fácil assim. Ela tem família aqui, blá blá blá. -Laura revirou os olhos.
    Novamente eu fiquei em silêncio. Era difícil, mas naquele momento achar palavras para falar com ela estava mais um pouco complicado que o normal.
    -Você vai para Nova York antes de ir?
    -Sim. Preciso ir no set. -Ela respondeu com uma voz entediada e eu sabia que ela estava falando de negócios.
    -Tudo bem. -Eu fiquei um pouco aliviada. Não estava nem um pouco preparada para uma despedida, precisaria de algum tempo para amadurecer essa ideia.
    Saímos do banho pouco tempo depois. Me vesti e enquanto Laura ia preparar algo na cozinha, eu me joguei no sofá da sala e peguei o meu celular, me lembrando que Alycia estava ali em Los Angeles.
    "e aí, você ainda me deve uma explicação, lembra?" Era uma mensagem dela, enviada naquela mesma manhã.
    "eu estou em los angeles. quando voltar, prometo que te ligo e digo tudo." Eu enviei sem esperar uma resposta tão cedo, mas fiquei surpresa ao sentir o telefone vibrar segundos depois.
    "você está aqui????? vamos nos ver! onde laura mora?"
    Não consegui evitar um sorriso com a animação dela, mas hesitei. Não era um bom momento.
    "não podemos agora aly, desculpe."
    "ah cara, ela ainda me odeia, né?"

    "não é isso, só não é um momento bom agora. como eu disse, te conto tudo logo. depois me fale como los angeles está te tratando, okay?"
    "claro, claro. aliás, quando minha peça estiver em cartaz, vou guardar um lugar pra você na primeira fila. xx, aly"

    Eu guardei o celular logo depois de ler aquela mensagem. De certa forma, eu não queria pensar no futuro. A ideia de que eu não teria Laura comigo era dolorosa demais, então eu simplesmente decidi adiar aquela dor para quando de fato meus medos se concretizassem, ao invés de sofrer por antecedência como sempre fazia.

                                                                                   (...)



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