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História Trying not to love you - Step XIV


Escrita por: nasubicchi_

Notas do Autor


Olá ~
Só quero dizer que provavelmente o próximo capítulo será o ultimo :')

Obrigada a quem acompanha, de verdade <3

Capítulo 15 - Step XIV


Sexta-feira

 

Nem eu, nem Kuina havíamos contado para qualquer um dos rapazes sobre a gente durante essa semana, sobre o encontro e tudo o que acabou rolando desde então.

 

E eu não acho que eles tenham percebido. A nossa relação sempre foi muito intima.

 

Nem perguntei à Kuina se ele queria falar para os meninos e quando iria contar, acho que ele estava esperando o nosso próximo encontro, que seria no sábado, que iriamos conversar sobre e fiquei de dar a resposta se eu iria aceitar namorar com ele. Como se já não fosse óbvio.

 

Quando as aulas acabaram, avisei Kuina que iria comprar uma garrafa de chá na máquina da faculdade e ele optou por esperar na sala, já que estava terminando de arrumar as coisas. Havia tido duas provas naquele dia, as últimas da semana e eu não estava com uma sensação boa. Eu mal havia estudado.

 

Quando eu voltei para a sala, tinha um rapaz ali com Kuina. Eu o conhecia apenas de vista, já havia visto ele falando com Kuina outras vezes, se eu não estava muito enganado, aquele rapaz cursava Artes Cênicas.

 

- Qual o problema? Vocês já ficaram! Ela está louca para sair com você de novo! – O rapaz falou.

 

Franzi o cenho. Dei dois passos para dentro da sala de aula e aquele cara me viu ali. Kuina ainda estava de costas.

 

- Não, eu não... – Kuina negou com a cabeça.

 

- Minha prima é linda, Kuina! E na época você gostou de ficar com ela... Que foi? Tá saindo com alguém?

 

Que cara chato e insistente. Revirei os olhos, fazendo questão de mostrar a ele que aquilo não me agradava.

 

- É, eu estou.

 

Sorri de canto.

 

- Oh, entendo. Quem é a garota? Eu conheço?

 

- Não. Não é um- – Impressão minha ou notei Kuina vacilar? Ele cortou a própria frase ao meio.

 

- Não é...? Ela não é daqui da faculdade?

 

Kuina levou alguns longos segundos para responder e então, acenou com a cabeça em positivo.

 

- É, ela não é daqui, você não a conhece.

 

Suspirei.

 

Eu devia confessar, aquilo me decepcionou um pouco. Mas o que eu esperava? Que ele já confessasse para todos que estávamos juntos, se até outro dia ele tinha dificuldades em se aceitar?

 

- Bom, tudo bem. Felicidades á vocês. Mas, caso deixe a garota, lembre-se que minha prima é maravilhosa e está super afim de você!

 

E após dizer isso, o rapaz deu um leve tapa no ombro de Kuina e saiu, passando por mim. Ao acompanha-lo com o olhar, Kuina me notou ali.

 

- Subaru...

 

- Vamos? – Sorri a ele – Terminou de arrumar as coisas?

 

Ele acenou positivo com a cabeça. Notei um misto de surpresa e decepção ao olhar dele, mas não perguntei nada.

 

 

- Quer um gole? – Ofereci a garrafa de chá, quando já estávamos atravessando o portão da faculdade.

 

- Não, obrigado. Baru, você está chateado?

 

O encarei, fazendo uma expressão confusa.

 

- ... não, por que?

 

- Por nada. Vamos naquele parque em frente à cafeteria? Não queria já ir pra casa...

 

Kuina estava tenso, isso era algo óbvio, eu só não sabia o porquê estava agindo daquela forma.

 

Fomos devagar até o parque e ele sentou-se em um banco, de frente para o parquinho, que aquela hora já não havia nenhuma criança.

 

O sol estava quase se pondo. Até que era uma paisagem bonita dali.

 

- Me perdoa.

 

Assim que ouvi as palavras dele, me sentei ao seu lado no banco, colocando a mochila e a garrafa de chá no chão.

 

- Pelo que?

 

- Por não ter dito que não havia garota nenhuma, por não ter dito que era com você que eu estou saindo.

 

Ri baixo, negando com a cabeça.

 

- Não tem problema Kuina... Tá tudo bem, hm? Se você não se sente bem em falar.

 

- Eu não tenho vergonha de você. Eu só... Não consegui. Me perdoa, de verdade.

 

- Jamais pensei que tivesse vergonha de mim. – O encarei – Eu sei que ainda não está preparado para encarar os outros e está tudo bem.

 

- Eu vou falar hoje para os meus pais... Digo, eles desconfiam e eu acho que minha mãe sabe, mas eu preciso falar. E depois eu preciso encarar os outros. Eu sempre digo que os outros são os outros, mas eu falho...

 

- Não tem problema se você nunca falar para os outros, eu te amo e eu vou aceitar ficar com você qualquer que seja sua condição. – Falei, pegando na mão dele e acariciando devagar.

 

Eu falava aquilo, mas sabia que no fundo queria uma relação com ele que não precisasse ser às escondidas. Não queria o ouvir mentindo que tinha uma namorada. Queria poder andar de mãos dadas com ele as vezes, queria dar selinhos sempre que sentisse vontade, não queria me frear de nada.

 

- Subaru. – E ele me encarou – Você ficou chateado, não ficou?

 

- Fiquei, eu confesso. Eu fiquei muito feliz quando você confirmou que estava saindo com alguém, mas... Kuina, não é por causa disso que eu não respeito você e não te entenda. Tá tudo bem.

 

- Ah, me perdoa! Eu te amo. Eu realmente te amo, essa semana foi tão perfeita, você realmente me faz tão feliz. Eu acho que nunca fiquei com alguém que me fez tão feliz assim, que me encantou tanto e eu que me sentisse tão pleno. Eu sei que quero passar toda a minha vida ao seu lado, se fosse possível eu casaria com você! – E ele finalmente sorriu – Subaru! Namora comigo, eu não quero esperar até amanhã, por favor, deixa eu ser seu namorado!

 

E Kuina me abraçou.

 

Um abraço forte, tanto que eu podia jurar que sentia seu coração batendo contra o meu.

 

Eu estava tão feliz que não conseguia conter o sorriso enorme que tomava conta do meu rosto.

 

- Seja, Kuina. Seja meu namorado. – Sussurrei em seu ouvido.

 

E logo senti seus lábios selando o meu, de forma demorada.

 

Estávamos em um lugar público, mas naquele momento ele não pareceu se importar.

 

- Meu Subaru? – E sua voz saiu em sussurros contra meus lábios.

 

O abracei novamente, guiando os lábios até seu pescoço e selando devagar ali.

 

- Sempre fui seu.

 

E ele me abraçou mais forte ainda. Aquele contato era tão gostoso... O abraço dele, seu cheiro, tudo era maravilhoso.

 

- As pessoas podem estar vendo, sabia?

 

- Não estou me importando no momento. Eu estou muito feliz. – Ele sussurrou contra meu pescoço.

 

E eu apenas o abracei novamente, deixando um selo rápido no alto de sua cabeça.

 

 

 

Eu insisti para que pudesse estar junto dele quando Kuina contasse aos seus pais sobre nós, mas ele não deixou. Disse que aquilo só o deixaria mais nervoso ainda, então o respeitei.

 

Meus pais sabiam, eles sempre souberam do meu sentimento por Kuina, então quando eu falei que finalmente estávamos juntos, eles ficaram muito felizes.

 

A amizade que eles tinham com os pais de Kuina era a melhor coisa. Isso faria com que nosso relacionamento fosse aceito melhor. Se caso os pais dele não aceitassem, meus pais conversariam com eles e tudo iria ficar bem. Eu acreditava naquilo.

 

 

Eu estava saindo do banho quando meu celular tocou.

 

Kuina.

 

Eu havia desbloqueado ele naquela noite mesmo.

 

- Olá. – Atendi.

 

- Subaru, não poderemos ficar juntos.

 

Gelei. Parei ali mesmo, em frente a cama, de toalha. Não podia acreditar naquelas palavras. Eu ouvi certo?

 

- P-Por que? – Foi o que consegui falar.

 

- Meus pais não aceitam.

 

Não podia ser verdade.

 

- Sério? M-Mas-

 

- Não. – E ele me interrompeu. – É mentira! Estou brincando com você!

 

E gargalhou.

 

Maldito. Eu queria socar ele!

 

- Idiota! Kuina, eu quero te bater!

 

- Quer bater pra mim, Subaru? – E o tom que ele usou ali foi totalmente malicioso. Eu perdi o ar por instantes, até que ele voltasse a rir.

 

- Maldito, vai se foder! – Grunhi.

 

- Foder? Quer, Subaru? – E voltou a rir.

 

Respirei fundo e caminhei até o guarda roupa, pegando o pijama.

 

- Então as brincadeiras já chegaram a esse ponto... – Comentei – Você tá bem saidinho, hein?

 

- Não gostou?

 

Mas o tom dele não era de decepção, ele ainda estava me provocando.

 

Ele é meu maior pecado, mesmo. Eu nunca resisto ao Kuina.

 

- Você vai ficar ai hoje, Kuina? – Falei – Não vai dormir comigo? Vai deixar eu dormir sozinho nessa noite de sexta?

 

Ele riu curto.

 

- Você acha que vou deixar meu namorado sozinho? Primeira noite como namorados e você acha que eu não vou querer passa-la com você?

 

Eu vesti apenas um short folgado e sentei na cama, mantendo o celular na orelha.

 

- Estou te esperando. – Falei.

 

- Estou indo e tem uma coisa que eu quero muito fazer.

 

E desligou.

 

Kuina desligou e me deixou ali, ainda com o celular na orelha, encarando o nada.

 

Que raios era a coisa que ele queria muito fazer? Kuina maldito, vai ficar com esses joguinhos de provocar até quando?

 

~



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