Despertou horas mais tarde, vendo a luz mais clara que entrava no quarto. Foi como se a própria manhã o despertasse. Ainda estava escuro lá fora, mas a noite já dava o seu lugar ao dia. Suspirou. Abraçou Saori ainda mais uma vez, antes de chama-la em um sussurro. Ela logo acordou, como se soubesse que era chegada a hora.
Passou as mãos pelos braços dele, descansando-as em seus ombros. Ele suspirava como se estivesse triste. Ela quis deter-se mais um pouco até espantar a sua própria tristeza, mas soube que se ficasse mais ali não seria capaz de ir embora. Então afastou-se gentilmente do seu abrigo enquanto Saga lhe dava passagem retirando seus braços. Olhou bem naqueles olhos de um verde cor do mar, um verde belíssimo, e deteve-se. “Eu não quero ir”, sussurrou.
“Eu não quero que você vá”, ele sussurrou de volta. Saga olhou nos olhos que tinham a cor do mar Egeu à noite, um azul profundo que ele nunca se cansava de admirar.
Não precisaram completar suas frases. Sabiam o que tinham que fazer. Mas demoraram-se nos olhos um do outro, buscando aliviar aquela separação. Permitiram-se um beijo delicadamente sôfrego, que coroava a entrega de um para o outro e era também um consolo. Prenunciava carícias que estariam por vir.
“Eu te amo”, Saori sussurrou com uma das mãos no rosto de Saga.
“Eu te amo”, Saga disse no mesmo tom, segurando o rosto dela com ambas as mãos. Os olhos dela brilhavam intensamente como na noite passada. Um brilho de íntima alegria. Saori deu um pequeno sorriso, ao qual Saga correspondeu. Sorrisos que logo deram lugar a expressões sérias, que preparavam seus donos para voltarem ao mundo em que estariam longe um do outro. Ela resvalou os dedos no cabelo dele antes de levantar-se. Aos poucos chegou até a porta. E antes que ela se fosse, carregando um certo pesar no peito, sentiu que ele a detinha pela mão.
Virou o rosto para vê-lo. Saga se ajoelhou e beijou sua mão, com uma devoção diferente de tudo o que já havia experimentado antes. Uma devoção sem culpa e sem medo pelo futuro. Uma que dizia: “Eu te quero tanto”.
Saori mal pôde conter as lágrimas, que diziam a mesma coisa. Subitamente os dois estavam mais leves. Ela enfim saiu do quarto, acompanhada pelo olhar de Saga. Ficaram, cada um do seu lado, como se ainda sentissem a presença do outro. Não havia palavras para descrever o que sentiam. Algo de sublime, algo de novo. Algo que prometia sem querer roubar nada. Que preenchia o peito da mais estranha leveza, mas da mais deliciosa também. E então souberam que teriam, junto ao outro, a paz que tanto fugia.
Te regalo mi cintura
Y mis labios para cuando quieras besar
Te regalo mi locura
Y las pocas neuronas que quedan ya
Mis zapatos destenidos,
El diario en el que escribo,
Te doy hasta mis suspiros,
Pero no te vayas más.
Porque eres tú mi sol,
La fe con que vivo,
La potencia de mi voz,
Los pies con que camino.
Eres tú amor,
Mis ganas de reír,
El adios que no sabré decir,
Porque nunca podré vivir... sin ti
Si algun día decidieras
Alejarte nuevamente de aquí
Cerraría cada puerta,
Para que nunca pudieras salir.
Te regalo mis silencios,
Te regalo mi nariz,
Yo te doy hasta mis huesos,
Pero quedáte aquí.
Porque eres tú mi sol,
La fe con que vivo,
La potencia de mi voz,
Los pies con que camino.
Eres tú amor,
Mis ganas de reír,
El adios que no sabré decir,
Porque nunca podré vivir... sin ti
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