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História Tudo ou Nada (Hiatus) - Café para Você, Ele Faz


Escrita por: poetria

Notas do Autor


Caro leitores, nesses quatro dias em que fiquei sem postar, me senti tão vazia ao ponto de perceber o quanto vocês entraram na minha vida tão subitamente que causaram uma grande saudade em mim 😢
Vocês mudaram tanto a minha vida de um dia pra noite, que nem sei como agradecer! Vocês são tudo pra mim, juro. E estou fazendo o máximo para que eu atualize a fanfic diariamente! E, bem, só queria agradecer aqui no comecinho mesmo, antes de lerem um dos capítulos que irá densenvolver um romance SasuSaku ;)
Amo amo tantooooo vocês...
Quero que se deliciem e tanto com essa gostosura de capítulo, amores!
Aproveitem 💖

Capítulo 5 - Café para Você, Ele Faz


Fanfic / Fanfiction Tudo ou Nada (Hiatus) - Café para Você, Ele Faz

O vento frio que assolava pelas cortinas e rodopiavam zunindo ao meu ouvido, fizeram-me espertar ainda sonolenta, cujo branco em minha mente permaneceu durante os seguintes segundos antes de recobrar com pequenos flashs, meu espírito.


Tateio sobre aquele tecido grosso e macio, desconheço ligeiramente aquela profundidade de seda que se estendeu sobre meus olhos. Tons acinzentados adornavam aquele colchão, uma vez que, fazia par com a madeira pintada de prateleiras que seguravam alguns livros indecifráveis e quadros monótonos – algo que não me ajudava a relembrar se algum dia eu realmente me atrevi de estar ali.


Sinto minha cabeça pesar quando me ajeito na cama e um gosto escasso de álcool invade minha boca, fazendo-me recordar de momentos escrupulosos, como quando Karin decidiu me levar ao bar e jogamos algo que nem fazia sentido ao meu ver, ou quando esperneio sobre os braços de Sasuke após acarrear todo meu estomago a sua jaqueta.


Pulo inquieta com essa última lembrança verificando a roupa em que vestia, já que subitamente a leveza em minhas pernas se fez presente.


– Puta merda! – exclamo ao notar uma única camiseta de cor verde-musgo comprida, estar trajada em meu corpo magrelo.


Entreolho quando panos brancos se esvoaçam, me dando uma visão súpera de costas branquelas e nuas, revelando-se traços finos de um contorno, a um desenho de um águia com as asas abertas, ocupando todo o espaço de um ombro ao outro. Os músculos contraídos faziam o pássaro ganhar vida naquela pele, como se a liberdade sempre esteve presente, que nada podia pará-lo além dele mesmo.


É exuberantemente lindo.


Eu podia contemplar aquela paisagem dias e noites sem me cansar, principalmente quando fios negros entram na cena e me dou autonomia de observar o rosto sereno do garoto enquanto mexia em seu celular e aproveitava a ventania da varanda – quem o visse assim com certeza não acreditaria quando eu dissesse que ele é um arrogante de primeira; até parece que hoje, algo o havia acalmado.


Perco o folego quando subitamente, mil pensamentos pervertidos me invadem, duvidando de qualquer possibilidade do que Sasuke poderia ter feito. Ou do porquê estou ali, deitada em sua cama, ao invés de estar na minha? Aperto o cobertor com a ideia mais previsível a se ter, quando se tratava de situações como essa.


– Eu não acredito que eu transei com um cara como esse. – protesto em lamentação. – Como posso ter caído nesse seu charme egoísta e barato? Como você é burra Sakura! Ainda por cima é seu chefe. – soco o tecido desacreditada.


– Se lamentando Sakura? – desperto quando a figura se mante apoiado no batente da porta.


– A-ah – gaguejo após ser pega de surpresa. – O que estou fazendo aqui? – recobro a postura habitual.


– Isso não é obvio? – analiso suas sobrancelhas subirem de forma pernóstica.


– Não, não é. – reluto.


– É só prestar atenção aos fatos, Sakura. – vejo sua seriedade estampar o rosto.


Semicerro os olhos de forma acusadora pelo modo de seu atrevimento.


– Eu vou pra casa. – afirmo.


– Tsc. – assisto caminhar com sua calça moletom, que realçava de forma tênue suas partes mais marcantes, e ir até seu guarda-roupa e vestir uma camiseta preta em que acabara de tirá-la. – Tome essas aspirinas e depois desça e tome seu café. – noto a caixa do remédio em cima do criado mudo. – Tem pessoas querendo te ver.


– Não estou com fome, eu vou pra casa. – cruzo os braços ao fazer bico.


Sasuke poderia protestar sobre ou não dizer mais nada, porém, meu próprio estomago me denuncia após roncar pela falta de alimentos digeridos.


Observo sua feição convencida se alastrar junto com um sorriso ladino, achando graça de minha situação atual.


– Não demore. – sai do quarto sem ao menos me dar explicações sobre o que eu estava fazendo ali ou quem queria ter a sorte de ver minha pessoa.


– Só me diz se a gente usou camisinha pelo menos! – exalto em uma tentativa falha, querendo uma resposta sobre aquilo. – Eu não quero ter um filho com essa sua cara mal humorada!


Me espreguiço atordoada com toda aquela situação já pela manhã. Não hesito, entretanto, a contragosto pelo meu orgulho, tomar um comprimido de aspirina com a ajuda de um copo d’água em que me esperava por ali. Levanto disposta a encontrar minha roupa do dia anterior, presumi estar jogada por algum canto daquele quarto, já que deixei aquele brutamonte me invadir internamente.


– Fala sério. – suspiro agoniada ao não achar minhas peças. – Que se dane.


Abro a porta do cômodo e saio em disparada, ao descer as escadas, indo em direção a sala. Formo um “o” com os meus lábios, abalada ao encontrar figuras com feições inquietas e desesperadas.


– Oi – pigarro.


– Pelo visto, dormiu muito bem hoje docinho. – Karin sorri de orelha a orelha com aquela sua pose cínica de se sentar com as pernas cruzadas e uma das mãos pendente no sofá.


Fecho a cara com seu comentário de segundas intenções.


– Essa que é a famosa Pantera Cor de Rosa? – noto um rosto semelhante ao de alguém que carrega o sobrenome Uchiha.


Pálido com uma feição tentadora.


Arque-o uma das sobrancelhas confusa com o apelido.


– Seu novo nome agora docinho. É o que está rolando por aí. – desfaço o rosto compreendida.


– E você, quem é? – direciono ao homem sentado com as mãos cruzadas sobre suas pernas.


– Shisui Uchiha. Muito prazer, querida. – pende a cabeça para o lado com brilho nos olhos. – Sou administrador das papeladas do bando e das relações externas com outras gangues. Também fico de olho quando se tem algo de errado, principalmente, quando uma garota de cabelo rosa está dando mais trabalho que o próprio Sasuke.


– Não estou dando problema para ninguém. Apenas trabalho pelo dinheiro.


– Não quando se trata de ser irmã de Suzuki Haruno. – molha os lábios.


– Isso não tem nada demais. – dou de ombros.


– Pelo visto você é ignorante ao ponto de não saber nada sobre seu irmão, querida.


– E eu não vejo aonde sua opinião é relevante em questão disso. – afronto irritada com suas suposições.


Risos abafados ressoam o local, vindos de uma ruiva nada intrigada com minhas repostas habituais.


– Você está certa, querida. – sorri ao balançar a cabeça positivamente. – Agora entendo seu novo apelido.


– Shisui – me assusto ao avistar a figura masculina interromper-me. – Faça suas perguntas intrigantes só enquanto a Sakura come. – dizia ao por na mesa de centro uma bandeja com um copo de suco de laranja e pães fatiados com alguma coisa como recheio. 


– Coma. – ordena. 


– Você quem fez? – indago surpreendida.


– Isso importa, ou você vai querer me comer também? 


– Como se você não tivesse aproveitado essa oportunidade. – cerro os olhos fulminante ao me relembrar de ter tido alguma relação sexual com o moreno, mesmo que, nenhuma lembrança referente surgia a minha mente. 


Não espero por mais uma de suas frases grotescas, e logo me aconchego no sofá de veludo, que ajudava ao dar um ar familiar para a casa. Coloco o recipiente em minhas pernas e começo a dar mordidas na massa, na qual comecei ao me deliciar com a pasta de amedoim se explodir em minha boca. Eu estava sedenta de fome. 


– Eu consegui entender todas essas suas baboseiras, cara. Mas ainda não entendi do porquê está aqui. – pronuncio entre mastigos e o alimento se interromper a descer pela garganta, ajudo-o com um gole de suco. 


– Quando você falou que tinha caras atrá de você docinho, na vez em que foi até o galpão, não achávamos que fosse verdade ou se teria alguma relevância sobre isso. – Karin começa. – Não até um cara vir atrás de você ontem, denovo. 


Engasgo com suas palavras.


– Como assim? 


– Sakura, quando você se instalou no bar de Sasuke, tínhamos que saber sobre você, sua família, seus dados pessoais, sobre tudo; já que estávamos em uma ameaça muito grande com outras gangues. Só que, o mais surpreendente, a única coisa que conseguimos achar sobre você, ainda com muita dificuldade, era seu parentesco com o sobrenome Haruno. – Shisui desbloqueia o celular e mostra-me uma foto, radiante, onde meu irmão, com aqueles seus fios castanhos-avermelhados, sendo jogados conforme o vento que se arrastava pelo local. 


– Suzuki... – deixo de lado ao perder a fome e me concentro ao pegar o aparelho em minhas mãos, e apreciar de forma contínua, aquele seu sorriso aberto e convencido. Era único.


– Foi Sasuke quem te salvou ontem na boate, se não fosse por ele, docinho...


Ralho meu olhar para figura máscula,  pentende numa parede do outro lado da sala, e que se concentrava em não deixar de me encarar, mesmo quando nossos olhares se cruzaram e por, o que supôs ser uma eternidade, mergulhei profundamente naquele mar de egocentrismo e arrogância que demonstravam em seus glóbulos oculares. Afoguei-me neles. Permiti-me entrar e sem barco e nem salva vidas, afoguei-me neles. Conquanto, não morri. Por um acaso, Sasuke Uchiha não deixou-me morrer, e eu estava viva, boiando em suas águas mais profundas de dor e compaixão. Sasuke fez-me sentir viva em sua dor, mesmo que eu não soubesse o que fosse.


– Todos nós sabíamos que Suzuki tinha alguma dívida em pé. Mas não sabíamos que ele morreria antes disso. – me deliciei ao sentir a voz rouca e tão vibrante me assustar, enquanto recuava da praia perigosa que era os olhos ônix do garoto. 


– Eu sabia que meu irmão tinha uns amigos e tals, mas nunca achei que fosse algo envolvido com gangues. – suspiro. – Nunca me atentei a isso. 


– Suzuki era esperto. Nunca se metia em encrenca e era aliado de todo mundo, e todo mundo gostava dele. E foi uma surpresa pra gente quando ele tirou a própria vida. 


– Conheciam ele tão bem assim? – embargo a voz pelo choro que implorava para sair. 


– Não tanto quanto a Akatsuki. 


Uno as sobrancelhas atordoada com o nome desconhecido. 


– Akatsuki era a gangue em que seu irmão era membro. – a ruiva me consola ao apertar meu ombro como solidariedade. – Uma velha rival nossa. – sorri amargurada. 


– Então era eles que estavam atrás de mim? 


– Seria o mais provável. Como se quisessem estar mais perto do garoto, já que prezamos muito pela lealdade dos nossos membros. – Shisui espreguiça as costas. –Mas parece que não. Akatsuki não tem nada haver com isso, não até onde sabemos. 


– Então... quem está atrás de mim?


Suspiros e tensão contaminam o ar, na qual fico inquieta e preocupada.


– Achamos que devem ser os Otsutsuki. – vejo Sasuke estalar o pescoço repudiando a resposta do rapaz. – É uma gangue em que ninguém se atreve a comprar briga...


– Porque eles não tem um pingo de humanidade. – a mulher interrompe o raciocínio do amigo. – Eles basicamente só pensam em dinheiro, mulheres, jogos de azar e mortes. Adoram estar no poder, docinho. 


Sinto nós se formarem de minha garganta até meu estômago – como eu podia estar envolvida em tudo aquilo?


– Eles só são um bando de carniceiros. Não passam de uns bandidos fracassados. – o moreno trinca o maxilar, sem me obter respostas para aquela atitude. 


– Que merda. – balbucio. – Mas porquê eu? Fala sério. 


– É o que estamos tentando descobrir, querida. E bem, o mais certo é que seja sobre essa dívida em que seu irmão deixou. 


Não pude deixar de impedir que lágrimas rolassem em minhas bochechas, sem poder decifrar, se seria água aclamada com frustação ou mágoa. Limpo-as mesmo que outras continuassem a se formar e tornassem um ciclo. 


– Shisui acho que está bom por hoje. 


– Está certo. – avisto ao se levantar e depositar um beijo em minha testa. – Até da próxima vez, Pantera. – sorrio com o apelido. – Te espero no carro, Uzumaki.


– Não vou demorar muito. 


Ouço passos pesados partirem do assoalho para o concreto a fora. 


– Docinho, trouxe peças de roupas pra você. São minhas, e juro que tentei pegar algumas bem discretas. – encaro enquanto a garota me entregava uma mochila de porte médio ao meu colo. 


Sorrio satisfeita ao sentir meu coração aquecer. 


– Obrigada. – agradeço ao da lhe um abraço. 


– Não agradeça. – se levanta. – Ah, se não ia me esquecendo danadinha. – forma pose ao apoiar uma de suas mãos em sua cintura. 


"– Você e Sasuke não transaram, você apenas passou a noite na casa dele. Até porquê ele não vai ser homem o suficiente para te dizer que ele cuidou de você enquanto estava bêbada, então ele prefere que você pense que transaram e que ele é um baita escroto, ao invés de querer que você sinta compaixão por ele. E não pense que ele dormiu na mesma cama em que você, ele dormiu basicamente no sofá. – prendo a respiração ao perceber, no canto do sofá em que estava encoberto pela presença de Shisui, um travesseiro sobre um cobertor devidamente dobrado. – Sasuke Uchiha e suas peculiaridades. – suspira. 


– Achei que você fosse mais inteligente, docinho. – revira os olhos indignada – Ele até preparou café-da-manhã pra você, o que é muito difícil dele fazer para alguém, até quando é para si mesmo. – balança a cabeça em negativo. – O Uchiha não é pra brincadeira. – mordisca o lábio maliciosa. – Bem, eu tenho que ir. Bye, bye docinho." 


– Karin, espera, eu... –  minha voz caiu no esquecimento quando a figura se desaparecia em minha vista. 


Abro a boca inúmeras vezes pasma, ainda tentando digerir com cautela, todas aquelas palavras jorradas aos meus ouvidos e tentando compreender o estado de humor do garoto pertencente dos olhos ônix. Não sabia do porquê ele teria o trabalho de ter cuidado de mim, talvez, fosse por pena ou arrependimento do que ele me causou nesses últimos dias – até eu teria feito a mesma coisa, se eu estivesse me condenando de meus próprios atos. 


Admito que essas minhas notórias suposições, teria saciado meu martelo de curiosidade e indagues. 


Fungo ao ouvir a porta ser fechada e aquela figura adentrar para casa. 


– Sakura, se troque que iremos sair. Estarei te esperando na garagem. – sem antes protestar-me de sua inconveniência, o rapaz se atira para uma porta, me deixando com meu relutamento para trás. 


Esperneio furiosa com seu mal humor e subo diretamente ao quarto, onde jogo a mochila sobre a cama e tiro dali, uma calça jogger preta e um top de renda na costura, que estampava apenas a pele de meus seios, da mesma cor. Sorrio ao ouvir a voz da Uzumaki invadir meus pensamentos e contorcer com a frase "... juro que tentei pegar algumas bem discretas." 


Visto-as não muito animada com a escolha da parte de cima, onde o frio batia em meus ombros e em minha barriga, o que me incomodava internamente. Calço a bota em que usava ontem, logo, dobro a camiseta do garoto e deixo-a pelo colchão. Desço e caminho para caragem, na qual encontro o Uchiha inerte ao seu celular, já enfiado dentro do veículo. 


Faço o mesmo sentando-me no banco de frente do passageiro, já causando um olhar intrigado, ao notar minha vestimenta perniciosa. 


– Que foi? Perdeu? – cruzo os braços sobre minha barriga de fora, afutricada com seu semblante acusador. 


Observo-o sorrir de canto com minha atitude e logo, dar a marcha e sair do lugar, finalmente, fechando a porta metálica com um controle remoto. Tamborilo os dedos sobre minhas pernas vestidas, aflita sobre onde Sasuke nos levaria e de como, além de três palavras, teria dito para mim. 


– Hum. – pigarro desconcertada. – Onde estamos indo?


– Para estrada Fuyuki. – analiso seu bater de dedos no volante. 


– Foi pra onde você m...


– É. Eu sei. – me entreolha categórico.


– O que estamos indo fazer lá? – postulo ao encarar. 


– Pegar uma coisa. 


– Ah. – já deveria saber que um cara como ele não abriria a boca e não falaria mais do que necessário. 


Abdico ao deslizar sobre o banco e começo ao prestar atenção na rua, tão metódica quanto, em que me recordava de ter passado dias antes. Estar ao lado do Uchiha, não era nada legal, principalmente quando foi o responsável de ter cuidado quando eu estava ébria em seus braços e tomei o lugar de sua cama. Choramingo em meus pensamentos, culpada por tê-lo precisado me levar até sua casa e fazer-me dormir lá – mesmo que eu pensasse, que sua tal atitude fosse apenas por pena; e eu odiasse tudo aquilo. 


Não precisava de alguém sentindo pena de mim, só pelos meus problemas. Queimei em fúria com minhas paranóias, o que não era surpresa. 


– Sasuke... – bem, mas eu precisava agredecer, certo? 


– Hum? 


– Karin me falou e... – mordisco o lábio ao sentir estar pisando em ovos. – Eu só queria te gradecer, por ter cuidado de mim. 


– Tsc. – estala a língua ao céu da boca. – Karin fala demais. – vejo-o estender o braço, ao pende-lo a fora da janela. – Qualquer um teria feito o que eu fiz.


Gringo ao anotar em um lista interna, fatos de que Sasuke Uchiha é orgulhoso demais para assumir que fez alguma coisa boa para alguém, já que deseja manter sua pose de durão sempre. 


– Mesmo assim, eu só queria te agradecer. Minha mãe deu educação pra isso. – bufo desacreditada. 


– Não é o que parece. 


– Pra você eu não pareço muita coisa. – faço beiço. 


– Não está errada. – o olho com desdém sobre sua frase. 


Não protesto em responde-lo, já que a petulância daquela estrada, onde, o motoqueiro fez questão de persegui-me, fez presente ao estar absorta em saber que eu poderia estar morta ou em uma casa de prostituição. Contudo, eu estava ali, ao lado do garoto que impediu uma das outras perseguições, com o meu coração batendo em meu peito, com o meu sangue percorrendo em minhas veias. Eu estava viva, e isso estufou um alívio em minha caixa torácica. 

*

– Estava te esperando, não achei que fosse chegar, rapaz. – ao longe ouço o velho o recepcionar. 


– Como anda as coisas, Kakashi? – cumprimenta-o com um aperto de mão. 


– Muito bem. Principalmente com aquela sua carga, rapaz. – bate sua mão no ombro do garoto. – Você exagerou como sempre. – sorri em negativo.


– Mesmo com você falando, sabe que não irei parar de enviar. 


– Eu sei. Só não traga a mocinha junto com elas denovo. – aponta para minha presença. – Por aqui anda muito perigoso, não vai querer perder alguém como ela. 


– Ei. Eu estou aqui também. – brando em minha defesa. – Vocês não tem o direito de opinar sobre minha vida, já que vocês quase tiraram ela. – bato meus pés em birra.


– Eu não vou. – ouço balbuciar cínico a minhas palavras anteriores.


– Ótimo, rapaz. Vem, vamos entrar. – Kakashi nos direciona a entrada para o galpão, que de imediato, ao entrar, ouço latidos eufóricos ecoando pelo lugar. 


Encontro ali, cães pulando e correndo, felizes e libertos uns com os outros. Me contagio com aquela cena, que não presenciava a muito tempo – transformaram ao contagiar minha manhã, eu mal sabia que eu precisava daquilo. Era uma sensação fantástica.


– Oi coleguinhas. – acaricio cabeças peludas que se entrelaçavam em minhas pernas. – Meu deus que lindos. São todos seus? – brilho os olhos ao velhote.


– Praticamente. Antes era cachorros de rua, sabe, nem sempre tem raça específica. 


– Eu me derreto toda. – agacho para melhor acaricia-los e mando beijos no ar como carinho. – Manda beijinho pra mamãe, manda. – sorrio. 


– Cadê a Aoda? 


– Ela deve chegar em alguns segundos. – cruza os braços satisfeito ao notar a presença da garota ir de encontro a Sasuke.


– Ah garota – vejo-o passar as unhas em seu queixo. – Que saudade. 


Contemplo a felicidade do garoto com o pitbull a sua frente. Estremeço só por reconhecer suas características. O que nada adianta, já que ao me avistar, o animal corre em minha direção, pulando em meu colo, como fazia com Sasuke. Hesito um pouco, antes de me atrever a por uma de minhas mãos em sua pele. 


– Oi Aoda. Tudo bem? – sorrio ao receber uma lambida como resposta. – É acho que sim. – gargalho ao sentir novamente sua baba em meu rosto.


– Aoda, vem, vem pro papai. – alargo meus lábios ao perceber o quão frágil Sasuke poderia ser quando se tratava de algo que ama. 


– Ele é uma criança ainda. – Kakashi se aproxima. – Ele tem toda essa pose de machão escroto, mas por dentro ainda é uma criança. 


– Não sei se acredito. – contorço o rosto.


– E nem vai. Só vai quando ele quiser te mostrar. – me encara sorridente.


– E porquê ele faria isso? – arque-o as sobrancelhas confusa. 


– Porque ele é uma boa pessoa. – suspira – Manda para cá todo mês, sacos de rações para os cachorros, mesmo que o trabalho seja todo meu, e eu diga que não é preciso. Mas ele é um cabeça dura. 


– Disso eu sei. Mas duvido muito que ele sinta alguma coisa, além de repulsa ou pena por mim. Só estou dando problemas pra ele desde que pedi pra ser contratada. 


– Sasuke não te contrataria sabendo quem é seu irmão. 


– Como você sa... 


– Eu sei de tudo mocinha. – lança-me uma piscadela. – Pergunte a ele. Pergunte a ele do porque te contratou ou porquê permitiu que viesse até aqui. 


– Acha que eu não tentei? Ele não vai me responder. – mordisco o lábio pensativa.


– Tente de novo, Sakura. – ralho os olhos rapidamente ao arrepiar-me com meu nome em sua voz. 


Eu mal conhecia aquele velhote, e há poucos minutos o repudiava antes de aquecer meu coração com aqueles cachorros tão indefesos. E bem, ele sabia tudo sobre mim, e eu nem sabia como. 


– Sakura, vamos? – ouço Sasuke me chamar. 


– Vai me levar para casa? – pergunto farta do cansaço em minha mente.


– Não. 


– Então, vai me levar pra onde? – indago.


– Pra onde é seguro. 


Notas Finais


Esse Sasuke mexe com o meu psicólogo, oh pai 😣


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