História Tudo Pode Mudar - Imensidão Ruiva

Eu tenho medo de suas palavras, o que ele poderia fazer? Como ele se vingaria? Ele não machucaria Harry, não é? Não, ele não faria isso.

Pov. Harry

Uma semana depois...

1:00

Fazem 2 horas que eu estou na cama, sem conseguir dormir, pensando em Gina. Ela já dominava quase todos os meus pensamentos antes depois de tê-la beijado então, nem Voldemort conseguiria tirar Gina dos meus pensamentos. Faz uma semana desde o nosso beijo, e desde então tenho estado mais perto dela. O problema era que ela queria que fôssemos devagar, eu não podia passar dos abraços, e eu sentia muita falta de sua boca. E caralho, que boca. Ela tinha a boca macia, na medida certa, bem vermelha de uma maneira linda e perfeita. Tudo em Gina era perfeito. Seu rosto, seu cheiro, seus cabelos, isso sem falar na sua cintura...

Cansado de estar deitado me levantei pra tomar água, quando terminei de descer as escadas me deparo com a menina com os cabelos imensamente ruivos sentada em um banco, olhando para o céu escuro lá fora. Me aproximo devagar e a abraço, ela se assustou mas logo relaxou em meus braços.

- Também sem sono, ruiva?

- Sim - ela suspirou levantando-se e virando pra mim sem sair de meus braços - Muita coisa na cabeça, e você?

- Uma ruiva lindíssima não sai da minha mente

- Posso saber quem é essa ruiva?

- Claro, chama-se Ginevra, conhece? - apertei sua cintura mais forte e a trouxe mais pra perto, a vontade de beija-lá estava quase incontrolável

- Harry...

- É só um abraço

- Tá...- Me afastei levemente beijando sua testa, suas têmporas, sua buchecha, seu pescoço, seu colo... e então ela me empurrou - Só um abraço né? Poxa Harry, será que não tem como respeitar o que te pedi?

- Gina, não é isso, desculpa. É que sabe, as vezes eu te quero mais que o normal e é uma tortura estar tão perto e não poder beijar você e...

- Harry - ela me interrompe - Eu entendo você, mas acho que agora não posso te dar o que você precisa. Por isso acho melhor a gente parar por aqui e... e...

- Não, não quero parar. Nem que eu tenha que esperar uns 350 anos pra te dar um beijo, não quero me afastar agora. Gina, eu te quero.

- Mas você precisa de alguém que possa ser uma boa namorada, ou que deixe ao menos você beijá-la

- Eu preciso de você Gina, e de mais ninguém. Preciso que entenda duas coisas. Primeira, eu sei que você se sente mal pelo Dino e insegura comigo, mas eu te desejo, de tanto Gina, que as vezes acho que vou explodir só de te olhar. Segunda, e mais importante, como eu disse, te desejo e muito, mas não é só isso, não é só desejo, é carinho, afeto, paixão, amor... eu não me importo de esperar 200 anos por você, ruiva, porque eu te adoro e isso é muito maior do que qualquer outra coisa, mas as vezes eu não vou conseguir me controlar, se você não estiver à vontade ainda, continue chamando minha atenção, eu não vou me importar, mas por favor, não seja tão má comigo.

- Harry... - ela repentinamente cruzou seus braços em minha nuca e encostou seus lábios nos meus e logo os descolou, foi rápido mas cheio de carinho. - Prometo tentar, ok? - Fiz que sim com a cabeça e voltei a envolver sua cintura com meus braços, voltando também à beijar seu pescoço. Ela riu, porém não reclamou, ao invés disso transferiu sua mão direta até meus cabelos e fez um carinho gostoso. Ficamos desse modo por um tempo até ela falar que precisava ir dormir e se despediu de mim com um outro rápido selinho que eu aceitei de bom grado. Finalmente tomei meu copo d'água e voltei para cama bem feliz.

Pov. Hermione

- Tchau mãe, tchau pai, amo vocês - eu disse e logo depois fui para à Toca com auxílio do pó de flu. Eu iria passar o resto de minhas férias lá, como de costume, mas dessa vez era diferente, dessa vez eu estava decidida a ter uma conversa com aquele ruivo sem noção.

Assim que cheguei, fui recebida com muitos abraços, eles já haviam tomado café da manhã é o único que ainda estava na mesa, é claro, era Rony. Depois de me cumprimentar todos foram fazer suas tarefas, sra. Weasley mandou Rony limpar tudo quando acabasse de comer, e eu me ofereci para ajudar, deixando o ruivo aliviado de não ter de fazer tudo sozinho. Vi Gina e Harry se afastarem, indo para fora de casa, os dois pareciam bem felizes, sinto que preciso ter uma pequena conversa com eles depois. Pouco tempo depois Ron termina de comer e eu o ajudo a arrumar tudo. Assim que terminamos ele diz que já volta e sobe para o quarto. 5 minutos depois, me encho de coragem e subo até o quarto dele. Bato na porta e logo ele abre, vestindo somente uma calça cinza.

- Mione? Ué, eu disse que já descia.

- Eu sei, mas é que... será que podemos conversar?

- Claro... entra - Ele me deu espaço para entrar e me sentei em sua cama, ele se sentou ao meu lado logo após fechar a porta - Sobre o que quer conversar?

- Sobre coisas do coração, há um tempo eu venho sentido uma coisas sabe? Umas coisas diferentes

- Diferentes? Está doente Mione? Eu posso ajudar?

- Eu não diria doente, mas sim, você pode me ajudar.

- Me diz como então, por favor, não quero que fique mal.

- Eu... eu não sei como dizer... eu... - soltei um longo suspiro e por fim decidi - Acho melhor mostrar - e depois disso o beijei, ele ficou surpreso mas correspondeu, seu beijo era bom, receoso, porém bom. Um tempo depois o ar se fez necessário e nós afastamos. - Rony, eu, não sei se o que eu sinto é uma doença, só sei que é forte, e que se for, eu não quero que tenha cura.

- Eu entendo Hermione, e acho que estou sentindo a mesma coisa, ha muito tempo...

- Está falando sério? - eu questionei olhando em seus olhos enquanto suas mãos iam para minha cintura, me apertando levemente

- Nunca falei tão sério na minha vida.

Suas mãos em minha cintura me apertavam cada vez mais forte, eu ansiava desesperadamente pela sua aproximação. Então ele finalmente me beijou. Não foi um beijo calmo, não foi delicado, mas ainda assim, havia muito amor.

SPOILER do Próximo Capítulo

Seus dedos passavam pela minha cintura meu fazendo muitas cócegas, eu ria desesperadamente, sem nem conseguir respirar direito. Até a mão de Harry subir um pouco mais em minha pele, e de repente perdeu a graça, tudo que eu queria era tê-lo mais perto. Tudo que eu queria era estar desesperadamente em seus braços.